Anjinho ou Diabinha? – Parte 2
O sábado chegou e minha expectativa de beijá-la novamente era enorme, e também de ir além, no entanto, ela não passeou pela área de serviço, estava me evitando. Parecia indiferente e desconversou em um raro momento quando tive a oportunidade de abordá-la. Eu até a entendi, pois a tia das cachorras passou o dia andando pelas áreas comunitárias tirando nossa privacidade.
No domingo a garota deu sinal de vida somente após o meio dia. Só percebi que estava em casa quando começou a tocar uns rocks balada. A propósito, eram bem sugestivos.
Perto das 14h a moça chegou desesperada à minha porta perguntando se eu tinha o telefone do entregador de gás, o dela acabou e não tinha como terminar de assar a carne que estava no forno. Falei que a entrega demoraria, ela se lamentou com medo que o assado não ficasse bom. A garota aceitou minha oferta de empréstimo do meu botijão. Mais tarde, quando seu almoço estivesse pronto, eu o pegaria de volta.
Fiz a troca dos botijões em seu fogão, porém não consegui recriar o mesmo clima do dia em que a beijei na chuva. Ela não estava indiferente e nem me pareceu arrependida do acontecido daquele dia, acho que era apenas medo de se envolver, ou de ser flagrada pelo feirante.
Não forcei a barra, daria tempo ao tempo. Voltei para casa ligeiramente frustrado, já que havia criado grandes expectativas com aquela oportunidade.
Passado mais de meia hora o entregador ainda não havia dado as caras, mas o marido sim. Ele veio até a minha porta agradecer pelo gás e convidou-me para almoçar com o casal. Aceitei, claro, nem foi preciso ele insistir.
Eita! Pensei, acabara de tomar minha última cerveja e o mercadinho já estava fechado. Ficaria chato ir de mãos abanando. Com pesar, levei uma garrafa de Smirnoff quase cheia, era a última bebida que eu tinha em casa. Levei também alguns limões para fazer uma caipirinha e acompanhar o assado da vizinha.
O papo com o vizinho até que foi legal, apesar de que ele falava muitas gírias e expressões típicas do pessoal do submundo.
Deixei-o fazer a segunda caipirinha, enquanto isso ajudei a Liliane (que passara a ser Lili) a resolver problemas em seu computador. Divertimo-nos olhando algumas fotos de um grupo para adultos em seu perfil no facebook. Naturalmente criou-se uma cumplicidade entre nós e ficamos a um passo de algo mais íntimo.
A comida estava deliciosa, há meses que não saboreava uma comidinha caseira tão boa. A segunda caipirinha e a garrafa de vodca chegaram ao fim, ainda restavam 3 ou 4 latinhas de cerveja na geladeira do vizinho.
Depois do almoço a Liliane colocou um DVD de um show de rock para assistirmos. O maridão não era muito chegado ao estilo musical, ele dormiu deitado no tapete, recostado no sofá. Eu estava ao lado esquerdo dele, sentado no mesmo sofá, a Lili do lado direito. Quando o feirante começou a roncar, ela foi até seu quarto. Voltou em seguida e pude perceber pelo balanço dos seus seios que ela tirara o sutiã. A danadinha aproximou-se e deitou seu corpo ao meu lado apoiando a cabeça em minhas pernas. Fiquei extremamente receoso que o cara acordasse, mas pelo ronco e quantidade de bebida ingerida pelo feirante, achei que não correria riscos.
Acariciei os cabelos daquele anjinho com a mão esquerda, com a direita eu percorri seu peito e ventre por cima de sua roupa. Penetrei devagar a minha mão por dentro de sua blusa e toquei seus seios nus os amassando carinhosamente.
Dois minutos depois ela não parecia satisfeita, segurou em meu braço e o moveu em direção da sua boceta. Deslizei a mão no interior do seu short e calcinha, massageei sua vulva e penetrei sua fenda com um dedo e pressionei seu clitóris e proximidades firmemente com meu dedo "mau". A penetrei com mais um dedo e a garota se contorcia toda sobre o sofá. Fiquei de olho no cara, estava preocupado que aquela atividade o acordasse.
A doidinha aumentou seus movimentos e deu um gemidinho profundo. Senti minha mão umedecida, ela chegou ao orgasmo.
A garota estava descontrolada, pensei, pois ela virou o corpo para o meu lado e compulsivamente começou a abrir a braguilha de minha bermuda. Mesmo morrendo de receio eu entrei no jogo e a deixei colocar meu membro para fora. Ela o abocanhou e começou a sugar vorazmente. O homem resmungou alguma coisa e se mexeu. Ela se recompôs rápido sentando na outra extremidade do sofá enquanto eu ajeitei meu pau duro e minha bermuda em tempo recorde. O vizinho ainda demorou a voltar à realidade. Ajeitou-se calmamente disfarçando e tentando dar a entender que não havia dormido. Foi o tempo suficiente para que eu ficasse apresentável novamente.
O vídeo chegou ao fim.
— Da hora essas melô, né? — exclamou o dorminhoco.
Respondi que sim, disse ter curtido muito. Levantei para ir embora, acordaria cedo no dia seguinte, expliquei. A Lili pegou as chaves e acompanhou-me até a saída do pequeno quintal, abri e atravessei a porta de alumínio e vidro, virei para ela e sussurrei:
— Você é muito doida menina.
— Pensei que você gostasse de correr riscos — disse ela em tom provocador e com o olhar cheio de malícia.
Eu quase a agarrei ali mesmo, mas afastei-me para evitar encrenca.
— Eu gosto, sim, de brincar com fogo — retruquei —, mas odeio me queimar.
Virei e continuei a caminhar, ouvi o som de porta sendo fechada e trancada.
Mais uma semana passou e o desejo me consumia, fiquei bolando um plano para atraí-la até minha casa naquela manhã de sábado, porém, ela antecipou meu movimento surgindo de repente em minha porta vestida apenas com uma toalha. Jesus! Que visão maravilhosa aquela ruivinha de cabelos molhados, olhos castanhos e brilhantes, pele sedosa sem uma manchinha e os lábios vermelhos que eu tanto amo. Ela pediu ajuda, pois seu chuveiro não estava esquentando. Claro que ofereci minha casa para que terminasse o seu banho, apesar de não ser necessário, visto que ela estava toda cheirosinha e não era somente pelo banho que acabara de tomar ou pelos cabelos lavados, mas sim pelo seu perfume que tinha algo de alucinógeno e sedutor.
Ela insistiu para que eu fosse olhar seu chuveiro. A acompanhei até sua casa. Entramos pela sala e ela graciosamente caminhou à minha frente, abriu sua toalha e a deixou ir ao chão. A visão da parte posterior daquele corpinho nu ficaria registrado em minha mente para sempre. Seu bumbum perfeito fisgou-me como um peixe em um anzol. Eu a segui, não em direção ao chuveiro, mas em direção ao quarto. Foi nesse dia que tivemos nossa inesquecível primeira transa. E na cama do casal.
Teria que usar muitos adjetivos para descrever o quanto foi bom, resumirei dizendo que a Lili é um fenômeno. Fiquei esgotado e esparramado em seu colchão, satisfeito e observando aquele anjo de perninhas arreganhadas, toda molinha com um sorriso de felicidade.
Após rearmar o disjuntor do chuveiro — que a danadinha desarmou de propósito — e divertir-me com ela durante uma ducha gostosa, voltei radiante para minha casa já pensando no próximo encontro.
Continua…