AVISO: CALMA, CALMA, CALMAAA...
Se você ainda não leu os primeiros capitulo, recomendo que faça a leitura antes de prosseguir e entender o contexto.
RECADO DO AUTOR: Oi Pessoal, como vocês estão? Quando eu planejei a história do Rafa e do Danilo, imaginava em minha cabeça, como se fosse um seriado e assim como um seriado a primeira temporada ( parte), chega ao fim. Estou em mente como vou criar os próximos episódios e melhorar no nível de detalhes e história. Espero que tenham gostado e até em breve.
Episódio 16. Despedida
Depois daquele dia, Danilo tinha tentado de todas as formas ligar, comunicar-se com Rafael, mas esse parecia ter desaparecido. Danilo ainda se lembra triste da ultima vez que virá Rafael.
- Rafa, eu te levo até em casa... – Danilo falou ainda ao volante, tinhas olhos e rosto vermelho, havia parado de chorar e limpado seu rosto.
- Não, eu quero ficar aqui. – Rafael falou, abrindo a porta do carro, a chuva estava bem mais forte na cidade. Rafael saiu correndo, deixando a mochila vermelha dentro do carro. Correu e nem deu tempo de Danilo ir atrás, desapareceu na chuva forte, sem dinheiro, sem celular, tudo dentro da mochila.
Danilo ainda deu uma volta, mas ou Rafael tinha fugido bem rápido, ou havia se escondido bem, não queria ver Danilo.
Danilo via no caderno de Rafael dentro da mochila, poemas e frases de amor, que Rafael escrevia para seu amor impossível, sem nome, mas com datas que antecediam ao namoro deles. Danilo também mexia no celular às vezes, na mochila podia sentir o perfume do menino, exposto ao ar pela mochila vermelha.
"Eu queria te amar, cabeção, para que tantas barreiras? Por que eu sempre faço merda?" - Danilo se questionava. Lagrimas rolavam e a barulho da chuva abafava o choro que embalava Danilo.
Os dias se passaram, a mãe de Danilo sempre perguntava por Rafael, ela já sabiam que os dois estavam namorando. A mãe de Danilo, tinha se encantado com Rafael, o garoto e ela tinham criado uma senergia que a Mãe de Danilo nunca havia conseguido criar com nenhuma namorada dele.
Ela queria muito o bem de Rafael, mas não imaginava que seria seu filho, que parecia ser um anjo, mas que todos sabiam que era um menino inconsequente.
Rafael também não tinha sido bom, de certo estaria classificado como inconsequente também, dois meninos inconsequentes, que se enganavam, que fugiam.
Decido, Danilo pegou a chave do carro e foi até a casa de Rafael, alguns quarteirões de sua casa, não iria conseguir esperar o tempo de Rafael.
- Bom Dia! Sou o Danilo, amigo Rafael, posso falar com ele – Danilo falou no interfone da casa.
- Bom Dia Senhor Danilo, o Senhor não apareceu mais aqui para comer meus bolos...– Disse uma voz familiar para Danilo, era Marlene, a empregada que trabalhava a anos na casa de Rafael, da qual Rafael tinha uma estima muito grande.
- Meu menino foi viajar, o senhor não estava sabendo? - Continuo a mulher com tom de espanto.
- Viajar? – Danilo ficou espantado, Rafael não tinha falado sobre nenhuma viagem a três dias atrás. – Marlene, pode me informar para onde?
- Olha Senhor Danilo, acho que vai para casa de um tio em Manaus, mas acho que o ônibus dele ia sair da rodoviária em uns vinte minutos...
Marlene mal acabou de falar, Danilo nem agradeceu, apenas entrou no carro e partiu para a rodoviária da cidade. Tinha vinte minutos, para convencer um certo menino de que amava ele, como faria isso à frente de todos? Será que depois de tanto custo para manter a descrição, teria que abrir toda sua vida num jogo da verdade?
De certo, não ligava, queria viver com Rafael toda sua vida, até quem sabe a morte os separasse. Aquelas últimas semanas com Rafael haviam sido tão perfeitas, nunca tinha sido feliz daquela forma ao lado de ninguém. Estacionou o carro de qualquer jeito. Sabia que para ir para Manaus, Rafael teria que ir para o São Paulo, um aeroporto.Seguiu até a plataforma e viu Karol e Bia, paradas ali olhando para o nada, pareciam ver um ônibus distanciar.
- Meninas, cadê o Rafael? - Danilo falou ofegante, tinha a mochila nas mãos e o rosto vermelho, estava muito ansioso, precisava ver Rafael.
- Ele já embarcou - Danilo disse aflito.Elas olharam para o menino, já sabiam de tudo, afinal era melhores amigas de Rafael. De certo já sabiam também dos jogos de mentiras de Danilo.
- Não deveríamos falar.. - Karol encarou Bia quando essa não se conteve - mas mesmo que você faça ele sofrer, e tal, pede para não ser para sempre, pede para ele voltar?
Danilo não entendeu nada do que Bia falou:
- Como assim?
- Bia, além de sempre abrir essa boca, ainda fala as coisas erradas... - Karol se colocou frente a frente com Danilo - É que o Rafa disse que depois que passar uma temporada na casa do tio em Manaus, vai morar em Sidnei.
Danilo sentiu seu coração parae por segundos, o ar em seus pulmões se foi durante aqueles segundos, Rafael estava indo embora, em um daqueles ônibus que já estava distante naquele momento. Seus olhos cheios de lágrimas, ele virou de costas, segurou a mochila vermelha na mão firme. Suas esperança de ver o garoto, caiam no chão da rodoviária igual suas lágrimas.
- Mas ainda dá tempo de você convencer ele a pelo menos voltar pra gente - Bia falou tentando se convencer de que aquela não era uma pessima ideia.
Danilo limpou as lágrimas com a mão que estava livre e virou para as meninas:
- Como faço isso, Bia?
- Ele ainda está aqui! Está no banheiro! O ônibus que saiu ia fazer escala em outra cidade antes de São Paulo e ele decidiu pegar um ônibus que vai direto e que sai daqui a quinze minutos. - Bia respondeu rapidamente.
Danilo apenas sorriu e correu seguindo as placas até o banheiro.
Quando chegou a porta, “sanitário Masculino”, seu peito disparou, entrou e viu. Rafael estava de cabeça baixa, terminava de secar seu rosto. Danilo olhou-se no espelho, seu peito saltava de felicidade, estava vendo aquele garoto novamente. Danilo, podia afirmar que amava Rafael, um amor que ele tinha pensado jamais sentir, queria abraçar Rafael, prender ele em seus braços para nunca mais fugir.
Sabendo que a porta daquele sanitário poderia ser trancada por dentro, Danilo foi até a porta e fechou-a.
- Rafael... - Danilo, falou tentando controlar seus sentimentos.
O coração de Rafael começou a bater bem mais rápido, era a voz de Danilo.De certo sua imaginação, aquela que havia pegado peças nele nos últimos três dias. Rafael lavou o rosto mais uma vez e levantou-se, quando viu a imagem de Danilo refletida no espelho.
- Rafael - Danilo falou novamente.
Danilo se aproximou, Rafael virou-se bruscamente, não tinha reação para esboçar, não sabia se sentia feliz ou se sentia triste. Rafael olhou para baixo. Danilo se aproximou, colocou uma mão sobre o coração de Rafael e outra em seu rosto.
- Olha para mim? Sente como meu coração está batendo! A gente precisa conversar. - Danilo não sabia se eram essas as palavras certas. Rafael olhou nos olhos de Danilo, foi um olhar realmente profundo, como se tentasse enxerga a alma do outro que estava a sua frente.
- Por que você faz isso Danilo? - Rafael disse com a voz falhando.
- Por que, Rafael? Por que eu te amo Rafa. Eu te amo e você vai embora para Sidnei. - Danilo falou enquanto lagrimas rolavam.
Rafael olhou para o lado, parando de encarar Danilo.
- Elas te contaram? Por que elas te ligaram para me impedir de ir? - Rafael controlava sua emoções, mas queria fugir daquela situação mais que tudo.
Danilo olhou, parecia que Rafael não o conhecia mais. O menino parecia esta falando para a parede. Nas lembranças de Danilo nitidamente vinha um poema escrito por Rafael, no caderno que havia ficado no carro: “Agora que já é tarde. Já não há o que ser dito. E sei em mim que nada que eu diga, terás forças para mudar o que eu sinto. Seguir o caminho é o que me resta.”
- Eu fui até sua casa e a Marlene me disse que você estava indo para Manaus. Eu decidi que antes de você ir precisava te pedir desculpa. Desculpa por não saber que eu poderia te machucar tanto, pedir desculpas pelos beijos que não te dei, pedir desculpa por ser tão egoísta a ponto de te negar, que te amei desde aquele primeiro momento. Sabe quando eu vi que você era da minha turma, apesar de achar que jamais rolaria nada, eu já fiquei feliz em ser teu amigo, fiz questão se sentar ao seu lado, somente para sentir sua presença, seu cheiro, sua energia. Eu te amei e deixei isso crescer, você apesar de ser tão humano e defeituoso como eu sou, mas me fez cativar um amor jamais igual, eu te amo, e peço desculpa se fui burro a ponto de ter feito tudo que fiz. Eu só queria te amar.
Os olhos de Rafael estava cheios de lágrima “Lágrimas já não estarão mais comigo.Pois a escolha foi minha em te deixa aqui.Talvez eu acredite que longe de ti, estarei melhor.”
Danilo olhou para baixo, Rafael não se conteve, olhou para Danilo e viu uma lágrima cair dos olhos dele. Com a mão molhada pela água do lavatório, levantou o rosto de Danilo, e olhou nos olhos dele “Meus pensamentos estão tão confusos, mas agora que já é tarde, Não há para que voltar. A não ser as lembranças.Os sorrisos dos lindos e inesquecíveis momentos ao seu lado.Quando estamos em plena certeza do nosso encontro perfeito.”:
- Também te amei desde aquele primeiro instante. Primeiro amei seu corpo, depois amei você. Foi tudo tão louco, jamais esperava encontrar você na minha turma. E eu sempre me enganado. Eu fazendo jogos. Você também! Por que sermos tão inconsequentes? O que ganhamos com isso? Dor? Não sei, eu só sei que te amo. E desculpa por ser tão imaturo, menino da mochila verde!
Rafael sorriu e Danilo também. “Mas tudo foi intenso, coberto de incertezas e mesmo que neste momento seja tarde pra voltar, um dia amor acredita que estarei de volta, pois agora é tarde, já não há o que fazer.Mas quando as incertezas se forem, e as magoas passarem. Me espera que estarei voltando pra ti.”
- Não vai embora, prometa voltar?
Rafael suspirou:
- Eu voltou, vou passar um mês em Manaus e prometo que volto. Nesse tempo dá para pensar em tudo.
Danilo abraçou Rafael.” Nunca é tarde para voltar, Nunca é tarde pra te amar, Meu amor, mesmo que hoje seja tarde.”:
- Te amo.
Danilo falou no ouvido de Rafael.
Rafael e Danilo fizeram seus rosto se colar. Rafael sentia o halito quente de Danilo. Seus lábios se tocaram, cada centímetro do corpo de Rafael recebia a eletricidade que aquele beijo gerava. Queria ficar para sempre naquele momento. E foi quando uma voz interrompeu a musica no rádio:
- Atenção passageiros, o ônibus que segue diretor para o São Paulo, sai dentro de dois minutos.
“Fica em mim a certeza de que na saudade,e na recordação de amar você acima dos erros, Voltarei sem medo, livre e pleno".
- preciso ir, Danilo. Mas eu volto.
Danilo olhou com os olhos cheio de lágrimas, não ia se despedir e falar mais nada. Mas antes de Rafael sair pela porta, ele virou-se e perguntou:
- Por que BoyDeBoa
Danilo riu com os olhos cheios de lágrimas, e com a voz embargada disse:
- Por que antes de tudo, eu era um cara de boa, que não queria nada com nada. Você consegiu me mostra que é impossível se manter de boa, volta logo pra mim.
Rafael sorriu. “Mesmo que seja tarde, somente para amar você.” .. Rafael piscou para Danilo e saiu em direção a zona de embarque. Danilo ficou ali chorou um pouco limpou o rosto esperou uns dois minutos. Foi quando saiu e viu Karol e Bia o esperando. Quando elas o viram, sorriram para ele e andaram na direção dele:
- Viemos de agradecer, Rafael falou que volta daqui a um mês! Obrigado e quando ele voltar, faça nosso amigo feliz, viu!
As duas piscaram juntas para Danilo que respondeu com a cabeça que sim. E viu um ônibus ao longe seguir viagem, segurou a mochila vermelha na mão, a abraçou com os dois braços e saiu em direção ao carro.