Eu, Meu Marido e Meu Vizinho 15 - Final

Um conto erótico de Marcelo
Categoria: Grupal
Contém 3704 palavras
Data: 28/09/2019 02:16:11
Última revisão: 18/10/2019 10:03:01

Fechei meus olhos com toda minha força. Aquele som reverberou por toda a minha alma. Sinto algo caindo sobre a minha cabeça, reúno toda a minha coragem e abro meus olhos de vagar. Pouco a pouco aquela imagem embaçada vai se tornando nítida e vejo Carlos de pé com um revolver na mão, suas calças arriadas, camisa social aberta e o pau apontando para frente, duro. Olho para cima e vejo o teto perfurado, caiam alguns destroços do geso em mim. Eu estava tremulo, tinha medo do que ele poderia fazer, aquele não era o Carlos que eu conhecia, era uma besta.

- Ele ainda está vivo - Carlos disse, me olhando fixamente. Sandra gritava do outro lado, era difícil entender o que, pois ela chorava e esmurrava a porta ao mesmo tempo. - Cala a porra da boca, se você ainda quer ser amante vivo - Carlos ameaçou.

Ele caminhou até mim, eu estava deitado na cama, jogado, puxou meus cabelos e aproximou-se do meu ouvido, apontou a arma para a minha cabeça e disse:

- É melhor você ficar de quatro, já foi a janela, já foi o teto, mas o meu próximo alvo vai ser tua cara.

Ele se afastou, juntei o resto das minhas forças e me posicionei de quatro naquela cama. Senti ele se aproximando de mim e me puxando pela cintura para ele. Seu dedo indicador começa uma breve massagem no meu cu e logo ele me invade, depois sinto um forte tapa da minha bunda e ele começa a apertar ela.

- Agora você vai ver como é bom foder com a vida dos outros, desgraçado do caralho - Carlos diz.

Sinto seu pau roçar na entrada do meu cu, depois ele começa a forçar sua entrada. Carlos não consegue de primeira, mas ele segue insistindo até que finalmente ele consegue meter a cabeça da sua rola em mim. Sinto uma dor desgraçada, como se ele estivesse me rasgando todo. Sinto minhas pregas se arrebentarem quando ele começa os movimentos de vai e vem. Ele posiciona uma mão na minha cintura e a outra no meu ombro e começa a bombar. Eu estava tenso, temia que ele pudesse me matar, meu corpo todo estava rígido, e Carlos continuava a me comer, ele acelerava cada vez mais seus movimentos, passando a ter um ritmo frenético na foda. Toda a dor que eu sentia começa a dar lugar a uma sensação de prazer que eu nunca tinha conhecido antes, apesar da tensão, eu estava começando a gostar daquilo, o que me confundia muito, afinal eu sou um homem.

Carlos me comia de forma animalesca, eu sentia seu pau entrando e saindo do meu cu de uma forma muito acelerado. A todo momento ele me dava tapas na bunda, me apertava e alisava, Carlos parecia estar gostando daquela foda, ele parecia estar sentindo tesão, assim como eu, que já estava de pau duro. Sinto Carlos empurrar minhas costas para baixo, posição que me deixa com o rabo ainda mais empinado. Ele então passa a tirar todo o pau e meter ele até o talo por várias vezes, toda vez que Carlos tira sua piroca de dentro de mim, meu cu piscava pedindo para ele voltar, o que logo era atendido por Carlos, que metia toda a sua rola no meu cu novamente, até o talo.

Depois de um tempo assim, ele voltou a me foder com intensidade, dessa vez o seu pau permanecia todo dentro de mim e ele só bombava, o som da sua carne batendo na minha enquanto me fodia estava me dando muito tesão, deixando meu pau ainda mais duro. Alguns minutos depois naquela posição, eu gozei sem nem tocar no meu pau. Em seguida, ele acelerou um pouco mais seus movimentos, que ficaram mais curtos e enfim gozou. Sinto sua porra quente me invadir por dentro e transbordar para fora do meu cu.

- Isso é pra você aprender, pra deixar de ser metido a esperto, metido a ricardão, baitola! - Disse Carlos, levantando a calça e afivelando o cinto.

Antes de sair, ele me deu uma coronhada e cuspiu na minha cara. Depois destrancou a porta e Sandra se jogou aos seus pés, pedindo perdão e pedindo para explicar tudo que ocorreu. Eu estava meio zonzo por tudo que havia ocorrido naquele quarto, mas vi Carlos dizendo que Sandra tinha vinte horas para deixar aquele apartamento, ou ela iria se arrepender. Depois, ele saiu batendo a porta. Sandra correu para mim, se horrorizou ao ver meus machucados, que sangravam um pouco. De todos, o meu cu era o que mais doía e ardia.

- Marcelo, meu Deus do céu, isso tudo é culpa minha, me perdoa - Sandra dizia, aos prantos.

- Para, não fala nada - eu pedia, mas não adiantava.

Tentei reunir minhas ultimas forças e levantei, saindo daquela posição que Carlos havia me posto. Sandra tentou me impedir, queria que eu ficasse, queria cuidar de mim, mas eu não queria estar mais naquele ambiente. Me levantei e caminhei em direção a porta, Sandra me acompanhou durante todo o caminho, tentando me impedir. Resistindo, sai de sua casa e fui em direção a minha, pelado mesmo, sem me importar com mais nada. Quando conseguir entrar em casa, tranquei a porta, deixando Sandra para o lado de fora. Revivendo aquela momento de tensão e tesão, ela batia na minha porta e implorava para eu abrir. Do meu banho, fingi não ouvir.

Dormi um pouco e comi algo e depois fiquei horas pensando no que havia ocorrido mais cedo. Eu estava confuso, sem saber no que pensar. Eu era um homem, um homem hétero, mas. Há semanas que eu tinha desejos e vontades que até então nunca tinha tido. Naquela noite com Alice e Carlos, eu me vi fora de mim. Algo dentro de mim gritava e implorava para eu pegar naquele pau, para eu por ele na boca. E apesar de ainda gostar de mulher, eu precisava possuir um homem e ser possuído por um. Eu precisava de Carlos, precisava dele dentro de mim e precisava estar dentro dele. Desde que eu beijei o Carlos pela primeira vez, eu nunca mais fui o mesmo e eu nunca mais conseguir pensar em outra coisa.

Na minha mente, só conseguia pensar nele, pensar nele nu, pensar nele duro, pensar nele comigo na cama. Eu quase enlouqueci de tanto desejar ele e de tanto reprimir meus sentimentos por ele. Depois que eu chupei o seu pau e que ele me chupou, eu tive a certeza que o mesmo acontecia com ele, caso contrário ele não teria retribuído o meu sexo. Sentir o seu membro, a sua carne, o seu sabor. Foi algo que incendiou ainda mais todo o meu desejo por ele. E o que aconteceu hoje, foi o equivalente a tentar apagar um incêndio com gasolina. Depois que eu senti ele dentro de mim, vivo, pulsante, duro, o meu corpo pareceu queimar muito mais,meu corpo parecer gritar por mais, cada poro da minha pele implora e deseja o corpo de Carlos junto ao meu. Estou ficando louco por aquele homem.

Desperto do meu transe com o barulho da campainha.

- Você? - digo, surpreso. - Tá fazendo o que aqui?

- Eu preciso da sua ajuda, não tenho pra onde ir - Sandra começa. - Deixa eu ficar com você.

- Mas é muita cara de pau - rio. - Mas é claro que não!

- Marcelo, por favor - Sandra implora. - É como uma amiga que te peço isso...

- Nós não somos amigos - digo, ríspido. - Já não basta tudo o que você causou hoje?

- Aquilo não foi culpa minha, nunca imaginei que o Carlos seria capaz de tamanha...

- Você tem razão, a culpa não é sua. É minha - digo, cortando ela. - Eu nunca deveria ter aceitado aquele papo doido de ser seu amante. Nunca deveria ter me aproximado de você.

- Marcelo...

- Prefiro me afastar de você, de vez, pra evitar maiores problemas - digo, fechando a porta em sua cara.

As semanas que se passaram foram as piores. Não vi mais Carlos, mas sabia que ele continuava morando no prédio. Vez ou outra cruzava com Sandra, que seguia tentando fazer sua mudança, mesmo sem ter um lugar definitivo para ficar. A academia era o meu único refugio, descontava toda a minha raiva na malhação. Nas primeiras semanas cai na noite e nunca peguei tanta mulher como naquela época. O meu record foram cinco de uma só vez. Depois, vi que aquilo não iria preencher o vazio que Carlos havia deixado na minha vida. Eu sentia muita falta dele, da companhia, da amizade, das piadas ruins, do corpo dele. Apesar de ter tido poucas vezes, como eu sentia falta do seu corpo, da nossa intimidade, da nossa cumplicidade.Alice era minha unica amiga, e amiga dele também. As vezes ela me contava algumas coisas sobre ele, mas eu nunca perguntei. Nunca precisei, ela percebia que eu queria muito ouvir sobre ele.

Um dia, quando chegava do trabalho, dei de cara com ele. Tremi da cabeça aos pés, meu pau ficou duro na hora, o tesão fervia em meu sangue. Ele tremeu, percebi o susto que tomou. Ficamos parados um encarando ao outro por alguns segundos. Quando eu dei um passo em sua direção, ele logo entrou para cara. Naquela noite eu me acabei na punheta pensando nele, lembrando dele. Eu já havia aceitado que eu não era mais totalmente hetero, mas ao mesmo tempo não queria fazer nada com outro homem que não fosse ele. Eu gostava muito de Carlos, eu sabia que ele gostava de mim, e não queria desperdiçar isso.

- Eu sinceramente, não ia nem querer olhar para ele depois daquilo - Alice comente.

- Alice, foi errado, eu concordo também, mas...

- Você gostou, se descobriu, virou uma chave dentro de você - Alice pontua. - Você já falou sobre isso várias vezes.

- Eu não consigo pensar em outra coisa que não seja ele - confesso.

- Eaí?

- Eaí o que?

- O que você vai fazer sobre isso?

- Eu? Nada, ué.

- Marcelo, faz uns três meses que vocês estão nessas, amor a distancia - Alice começa. - Pelo amor de Deus, um de você tem que dar o primeiro passo pra acabar com essa porra logo.

- Eu porque eu daria esse passo

- Por que o Carlos tá magoado com o que você fez com a mulher dele, só por isso - Alice diz. - Você tem que ir lá falar tudo oque sente, de uma vez. E torcer pra ele ser sincero e dizer o que sente de verdade. Ele nunca falou sobre isso, sabe, mas é nítido.

- Você acha que eu devo ir lá, então?

- Acho - Alice comenta. - Até porque, ele se muda amanhã.

- Como assim? - Me espanto.

- Isso mesmo, ele vai embora daqui - Alice conta. - A Sandra tá pegando as últimas coisas dela e ele já tirou tudo dele do apartamento. Hoje é o último dia dele no prédio. Sua última chance de falar com ele é hoje, honey.

Fico paralisado por um momento, tentando processar tudo aquilo. Levanto de uma vez e bebo todo o meu copo de cerveja. Alice me encoraja e eu parto para a porta, respiro fundo, calço meu chinelo e vou. Não sei bem o que vou dizer, como vou falar, só sei que preciso por para fora tudo que vem me perturbando durante esses três últimos meses.

Bato na porta dele e espero. Meu coração para de vai sair pela boca, sinto todo o meu corpo pulsar, um arrepio percorre toda a minha espinha quando ele abre a porta. Percebo que ele usava um shorts cinza e uma regata preta, descalço. Quando ele percebe que sou eu, tenta fechar a porta, mas eu impeço. Estava decidido a por um ponto final naquela história de uma vez por todas. Com um final feliz ou não, hoje eu teria um final.

- Carlos, espera, vamos conversar - digo, segurando a porta.

- Não quero falar com você - ele diz, sem nem me olhar.

Forço um pouco e consigo entrar, tranco a porta, Marcelo não me olha, diz que não que falar comigo, vou até ele e puxo-o para mim.

- Nós precisamos conversar!

- Eu não tenho nada pra falar com você.

- Tudo bem, mas eu tenho muito pra falar pra você - digo.

- Problema é teu - ele me responde, soltando seu braço da minha mão.

- Eu conheci a Sandra antes de você, bem antes - começo. - Nós não eramos amigos, eu nem morava nesse prédio.

- Isso não importa mais - ele responde.

- Importa sim. Conheci ela numa viagem, em São Paulo - continuo. - No bar do Hotel em que estávamos hospedados. Começamos a conversar e terminamos a noite no quarto. Tempos depois, por coincidência, eramos vizinhos.

- Eai você conheceu o cornão aqui, né.

- Eu conheci você, o cara mais gente boa do mundo, mais gentil, educado, engraçado, honesto - continuo. - Fiquei seu amigo e por você, lutei todos os dias contra o tesão que eu sentia pela Sandra. Como você mesmo viu, não foram todas as lutas que eu ganhei.

- Se você veio aqui pra falar o óbvio, pode ir embora - Carlos diz.

- Eu me tornei seu amigo. Você era e é o meu melhor amigo, apesar de tudo - continuo. - Durante nossa amizade, nossa convivência, eu passei a amar você, Carlos. Primeiro como amigo, irmão, depois... Como homem.

Carlos ficou em silêncio.

- Eu passei a querer ficar perto de você, sentir o seu calor, o seu cheiro, sua energia - digo para ele. - Ter você do meu lado transformava qualquer dia triste na mais plena alegria. Você me trazia luz, felicidade, alegria. Eu não sei bem em que momento, mas algo mudou a respeito de como eu via você. Demorei muito pra assumir isso pra mim mesmo, mas eu comecei a desejar o teu corpo, o teu toque, o teu gosto. A parte que eu mais gostava das nossas transas a três com a Alice era te ver duro. A parte que eu mais gostava de ir a academia com você era te ver no banho. Eu passei a desejar você mais do que qualquer outra pessoa, mesmo em silêncio e sozinho, Carlos, eu comecei a te amar, de uma maneira que eu nem sabia que era possível - digo, me aproximando dele, que permanecia quieto. - Eu não sei bem em que momento, mas se eu apareci na sua vida como o amante da sua mulher ou como seu amigo, eu passei a desejar a ser o seu homem. Eu desenvolvi um desejo muito forte por você, uma necessidade, uma fome. Eu tenho fome de você, do teu corpo, do seu pau.

Encosto no seu braço, já estou próximo dele o suficiente para sentir sua respiração pesada. Toco o seu rosto, acaricio ele com cuidado, afeto e ternura, aproveitando cada momento.

- Eu te quero - Carlos me diz.

Sinto seus lábios tocarem os meus e a sua língua invade a minha boca. Nossos narizes parecem trava uma luta enquanto nos beijamos, tamanha euforia que implementamos no nosso beijo. Volto a sentir o seu gosto, sua saliva se mistura da minha e eu posso finalmente chupar a sua língua sem temores. Carlos corresponde ao meu beijo e eu sinto sua mão passear por todo o meu corpo. Ele tira a minha camiseta e observa o meu peitoral por alguns segundos, alisando ele. Ele me beija seguidas vezes e passa a morder o meu pescoço, descendo para o meu peito que ele começa a sugar. Indo mais para baixo, ele beija toda a minha barriga, chegando na minha bermuda. Ele abre meu zíper e abaixa minha bermuda, me deixando nu e revelando meu pau, que aponta para cima.

Carlos tira sua camisa e em seguida, já de joelhos, abocanha meu cassete duro e começa a sugar minha cabeça. Depois, ele começa um movimento de vai e vem pondo pressão ao sugar o meu pau. Digo que estou quase gozando e ele para, levanta e tira o resto da sua roupa ficando nu assim como eu. Deito ele no chão e caio de boca na sua rola, chupo ela toda com muita vontade fome. Coloco seu saco todo na boca e depois fico chupando uma bola de cada vez enquanto masturbo seu pau. Volto minha atenção para sua pica e brinco com sua cabeça, deixando apenas ela na minha boca e chupando e passando minha língua em toda sua extensão. Carlos goza na minha boca, três jatos fartos de porra me invadem. Vou por cima dele e o beijo, dividindo parte do seu leite que eu não engoli. Ele levanta o meu braço e começa a lamber minha axila, que estava com pelos grande. Ele brinca chupando meus pelos, enroscando sua língua neles.

Depois, dou um beijo em sua boca e começo a descer por seu corpo, lhe dando vários beijos. Passo pelo seu pescoço, peitos, abdome, barriga, chupa um pouco seu pau e saco. Levanto suas pernas e começo a linguar o seu cu, que pisca toda vez que massageio-o. Quando seu cuzinho já estava molhadinho, me encachei atrás dele e comecei a pincelar meu pau na sua entradinha. Forço a entrada do meu pau aos poucos, vejo ele se contorcer um pouco e espero, depois forço mais um pouco, Carlos reclama masi aguenta e logo a cabeça da minha rola já estava dentro dele. Cuspo no meu pau, e enfio mais um pouco e logo já estava todo dentro do seu cu. Começo a bombar de vagar nele e ao mesmo tempo tocar uma punheta nele no mesmo ritmo que eu o comia. Lhe dou um beijo de língua e acelero os movimentos, passo a foder ele com mais força e intensidade, fazendo Carlos delirar de prazer. Sua feição de incomodo ou dor já não existia mais, via o prazer estampado no seu rosto, assim como no seu pau pulsante.

Pus Carlos de quatro e comecei foder ele, segurei ele pelos ombros e soquei com força, arrancando gritos e gemidos dele, que delirava pedindo para foder mais e mais. Eu estava suado, assim como ele, nossos cheiros exalavam pela casa, o que me dava ainda mais tesão. Cansado, ele desabou empinando ainda mais o seu rabo para mim, o que meu deu ainda mais liberdade para come-lo. Não demorou muito e eu logo gozei em suas costas. Cai do seu lado, cansado. Ele me deu um beijo e logo partiu para cima de mim, me ponde de frango assado. Enquanto me beijava, ele me tocava uma punheta e roçava o pau no meu cu. Pegou um creme, e sujou todo o meu rabo, metendo dessa vez com muito mais facilidade. A cabeça da sua pica entrou de uma vez e eu fui ao céu de prazer. Carlos começou a socar rápido, me fazendo gemer, eu gritava pedindo para ele meter mais, e ele me chamava de puto safado e metia mais. Estava perfeito, eu estava prestes a gozar de novo, só na punheta, e Carlos começava a dar sinais de que iria gozar.

Foi quando a porta do apartamento se abriu. Sandra ficou paralisada ao ver Carlos me comendo. Depois de alguns segundos em choque, ela saiu correndo desatinada. Carlos foi atrás dela, correndo nu. Eu levantei e peguei duas toalhas que vi jogadas no sofá, me enrolei em uma enquanto descia as escadas do prédio e levei uma outra para ele. Quando cheguei na portaria avistei Carlos paralisado com as mãos na cabeça, ele olhava para a sua. Corri e enrolei a toalha na cintura dele. Na rua, vi um carro parado e algumas pessoas em volta. Carlos desabou no chão, desmaiado, nem deu tempo para ampara-lo. Gritei por ajuda, uma mulher me disse que já haviam ligado para a ambulância, devido ao acidente. Fecho os olhos por alguns segundos e o abro em seguida. Olho novamente para a rua e vejo aquele mesmo carro parado com algumas pessoas em volta. Fecho os olhos e abro-os. Olho com mais atenção e vejo um mulher branca, de vestido azul caída na sua frente. Ela estava de bruços e na altura da sua cabeça, havia uma poça de sangue. Aquela mulher era Sandra. Fecho meus olhos, com força, sem acreditar, não querendo acreditar naquele pesadelo.

A ambulância demorou um pouco para chegar, mas prestou os devidos socorros. Fui junto de Carlos e quando Alice chegou, pude vestir finalmente uma roupa. Eu não conseguia acreditar naquilo tudo, não podia ser real, não podia.

- Quer um café? - Alice me perguntou.

- Não, obrigado - respondi.

- Irena avisou que missa é hoje - Alice disse.

- Eu sei, Leonardo passou aqui hoje e comentou - expliquei.

- Marcelo, você não pode ficar aqui desse jeito - Alice começou, novamente com aquele discurso. - Faz um mês que o acidente aconteceu, faz um mês que a Sandra morreu e faz um mês que o Carlos tá nesse coma. Você tem que viver a sua vida, honey.

- A minha vida era ele, Alice - digo. - Meu melhor amigo, meu homem.

Depois de algumas semanas Carlos acabou morrendo. Ver Sandra sendo atropelada foi um baque muito forte para ele, ele teve uma crise, desmaiou e nunca mais acordou. Descansou, feito um anjo que ele era. Foi meu primeiro e único homem. Depois dele nunca mais me interessei por qualquer outro. Ainda sonho com ele em algumas noites e quando acordo, choro por ter sido um sono e não realidade. Ainda não entendo o motivo de tudo ter acabado assim, de forma tão trágica. Talvez o que começa errado não possa acabar certo, talvez não existe finais felizes para amantes. Talvez não era para ser.

Eu e Alice nos aproximamos muito. Nossa amizade evolui e nos casamos. Hoje temos um filho, João Carlos, minha grande paixão. Flamenguista que nem o pai, o terror das garotinhas do jardim. Sou feliz. Meu casamento é feliz, Alice é uma boa companheira para mim e acredito ser para ela também. Todas as noite antes de dormir eu rezo por eles dois e peço para sonhar com eles, nos meus sonhos eu realizo a vontade de estar com os dois na mesma cama. Infelizmente só em sonho que eu posso ter eles comigo.

Fechos os olhos e abro-os. Minha visão estava embaçada, confuso. Vejo Sandra parada na porta do apartamento, sua bolsa cai de seu ombro, ela fecha a porta. Todas as noites o mesmo sonho.

Fim...

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Comentários

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Final surpreendente, porem gostaria de ter visto a pespectiva da Sandra tbm... Tudo q eka sentiu e pensou!

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Céus

Eu tava tão animado com o final

Que baque foi esse

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O final é carregado de preconceito e postura machista de um resto de tempo que não cabe mais. Avance no tempo, Marcelo. Abra-se para as possibilidades inúmeras do tempo de hoje. Essa culpa e punição não cabem e não são mais aceitos. Precisei retribuir tua sacanagem com os leitores quando te dei a nota. Paciência...

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Confesso que fiquei surpresa com o final

Pensei que vcs três iriam assumir esse triângulo amoroso. Mas como o conto é seu,vc da o fim que quiser.

Parabéns e até o próximo.

Bjs

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Escrito filho da puta. Perdi a conta de quantas punhrtas bati pra esses conto de 15 episódios, e você me faz isso no final?! Poha, isso é um site porno. Carralho. Se eu quisesse um desfecho assim, eu ia ler "Game Of Thrones", crlh que raiva de você, poha sonhei muito com o menage de Sandra, Irinel e Marcelo. Até uma possível putaria com os três incluindo Alice. Poha seu filho da puta, isso é um site porno, me fez chorar caralho, viado, corno, desgraçado... ISSO É UM SITE PORNO!(Esse é o cúmulo de minha vida, chorar em uma aba anônima, com o link porno!)

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Rapaz... quanta amargura. Pra que matar os dois no final. Tanto tempo sem nada q valha leitura nesse site pra terminar assim. .Pra se vingar da mulher vc matou até os dois amantes dela. Um morto mesmo e outro morto vivo. Isso é q é ter odio de "racha"

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que final épico, se desse pra colocar no topo do topo pra sempre, eu colocava. Que bom que não terminou numa grande suruba. Se tiver finais alternativos vai ficar mais top ainda. um do ponto de vista da Sandra também seria legal. Ou da Alice(que apesar de secundária, tem seu papel nessa história). Parabéns de verdade pela história.

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Realmente,um final decente,pois ficou nítido que a série tinha um enredo dramático,muito mais que uma novela de putaria simplesmente. Não curti os envolvimentos homo entre os dois personagens,mas é só um detalhe dentro de um todo. Parabéns,é gratificante escrever algo que envolve diversos leitores. Sucesso

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Falar o q? Surpreendente? Extraordinário? Acho q vou agradecer o presente e manter a expectativa que aconteçam inúmeras inspirações como essa que vc muito gentilmente nos brindou ao longo de toda narrativa. Muito obrigado e "Boa Sorte"

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Cara acompanhei do começo e gostei muito. Bati muitas, mas me envolvi na saga esperando e atualizando o site todos os dias, manhã, tarde e noite esperando. Pensei que a Sandra seria feliz ao lado dos três (Alice, Marcelo e Carlos). Vê se tu faz finais alternativos. Kkkk. Valeu pela história.

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