[Último dia no rancho da Vó Bete]
Dia ensolarado e quente, clima e situação propícia pra aproveitar a piscina. Eduardo estava dormindo no quarto dele e eu dormi no de hóspedes porque infelizmente não conseguimos nos entender direito. Faltavam 4 horas pra eu ir embora e ele ainda estava deitado, dormindo, suado de tanto calor que fazia. Entrei no quarto e liguei o ventilador na direção dele pra não acordar todos abitolado que bem eu acordei. A pele dele estava vermelha e molhada de suor mas a aparência de cansado era a mesma de sempre. Dormia como uma pedra. Sentei do lado dele e passei a mão na testa, como um gesto de carinho e ele se ajeitou na cama.
Voltei pro meu quarto e tirei a blusa, fiquei só de shorts depois desci até a piscina, que, pra falar a verdade, estava uma delícia. Eu nunca tinha consegui "boiar" mas naquele dia parecia que estava dando certo. Olhar pro céu enquanto ficava ali boiando foi a melhor coisa que eu fiz. Ver as nuvens passando, os pássaros voando, o sol ora tapado ora me iluminando...que tranquilidade senti.
Em meio a tanta tranquilidade me veio o pensamento de que tudo muda de repente. Como as coisas que são boas podem virar uma tempestade. Na verdade, é incrível como exatamente tudo passa por uma mudança, mesmo que você ache que não, tudo muda. Relacionamentos duradouros podem se tornar um verdadeiro caos, sua estabilidade pode se transformar numa corda bamba do nada e as pessoas que você mais ama estar perto, podem simplesmente ter que ir embora. Tudo muda.
Eu queria ter pensado naquele momento em como continuar mantendo a pessoa que eu mais amava perto de mim mas nada me vinha a mente. Nada. Era um simples e rápido adeus. Todos os beijos, carinhos, gestos trocados seriam apenas minha memória. Inclusive o amor. Até mesmo o amor é capaz de ser reduzido a uma simples lembrança pois não dá pra mudar o que está evidente que vai acontecer. E o que iria acontecer é que eu e Eduardo seríamos separados, e isso é impossível de mudar.
Quando menos esperava, minha tranquilidade foi afetada. Um canhão humanos estava caindo perto de mim na piscina.
— Afff Eduardoooo — eu gritei assustado — Que susto!
— Tu veio pra piscina e não me chamou seu abusado! — ele falou e espirrando água na minha cara.
— Você estava dormindo seu bocó!
— Uau eu sou um princípe que não quer ser incomodado agora?
— Pode não ser um de verdade, mas pra mim é um princípe
— Então já que eu sou um princípe, eu ordeno que pare de ficar irritadinho e me beije — ordenou com autoridade o tal do princípe
— Sim, Majestade! — respondi em reverência, sou muito obediente. Adorava beijar sua boca rosada enquanto aqueles olhos castanhos me fuzilavam.
— Senti sua falta do meu lado hoje — ele disse mas continuou me beijando
— Eu não, você me aperta demais — brinquei
— É mesmo? — apertou minha cintura mais forte — Assim?
— Para! — eu gritei dando risada
Ele retribuiu o riso e ficamos nos beijando e admirando um a beleza do outro. Se é que eu sou belo mesmo né...
— Você me acha bonito, Eduardo? — perguntei arrumando os cabelos pretos molhados dele
— Você é um gatão, amor — ele respondeu
— Tipo, o que você gosta em mim? — continuei
— Ah...tudo...mas se você quer uma resposta detalhada...
— Quero saber tudo!
— Ok.
— Então fala!
— Eu gosto dos seus olhos meio verdes, seu corpo, seu sorriso e seu cabelo loiro — respondeu dando risada no final
— Tu gosta do meu cabelo?
— Sei lá, eu não achei que loiros fossem minha praia mas você é um tesão
— Bobo
— Tá, e você, o que gosta em mim?
— Eu gosto de tudo em você
— Lipe, isso não é uma resposta, quero uma descrição igual a minha
— Como tu és chato!
— Amo ser chato!
— Eu também amo seu cabelo preto, tipo, amo mesmo
— Uhum, eu percebi, tu não para de mexer nele, toda hora!
— Também amo seus lábios, super rosinhas, que tesão eu tenho na sua boca!
— Uau, não sabia que lábios podiam ser atraentes...
— Os seus são, adoro fazer isso aqui com eles — eu o beijei de língua e ele ficou de pau duro — Eduardo!
— Desculpa! — ele riu — Você que começou!
Eu saí e sentei na borda da piscina e ele ficou entre minhas pernas. Nós paramos de falar naquele momento, só estávamos curtindo aquele breve momento juntos, silenciosamente. Eu fazia massagem nos seus ombros e ele relaxava mais e mais. A tristeza estava começando a querer tomar conta de cada um de nós. Mas é claro que não dava pra evitar a realidade. Ele segurou minhas mãos e as beijou carinhosamente.
— Eu queria que não fosse embora — disse num volume tão baixo que me deu dó.
— Eu também...eu também... — beijei sua cabeça e fiquei apoiado nela, olhando pra frente.
— Eu sinto muito por ter me irritado com você ontem, eu fiquei tão triste que me irritei pelo fato de estar nessa posição — disse desapontado consigo mesmo
— Não se desculpe, a culpa foi toda minha e ponto — tentei confortar seu coração — Se tem um culpado, sou eu, só eu
Eduardo inesperadamente começou a chorar de novo, muito pior. Parecia um bebê de queixando de algo.
— Por favor, não vai — ele virou pra mim e me abraçou muito forte — Fica aqui comigo, não me deixa sozinho — ele gemia muito, muito mesmo, e eu nem sabia como fazer aquilo parar, tudo o que eu fiz foi abraçá-lo de volta. Aquele momento continuou por alguns instantes mas eu sabia que minha memória faria questão de me perturbar pelo resto dos meus dias, até minha morte. Eduardo estava mal, muito mal e eu só tinha forças pra estar ali do lado dele até chegar a hora de ir.
[2 horas antes de ir embora]
Depois de almoçar, eu o chamei pra me ajudar a arrumar minhas coisas. Ele se arrastou mas tomou coragem pra me auxiliar.
— Depois a gente vai pra vó Bete porque tem mais coisas lá — eu disse
— Ok — sem brilho nenhum na voz ele respondeu — Isso aqui é seu? — estava falando de um relógio antigo
— É do meu pai, ele me deu de presente, era da minha vida
— Uhmm — respondeu "naquela famosa empolgação"
Eu parei de esvaziar o guarda-roupas e fui até ele de novo.
— Hey, não fica assim, a gente vai continuar se vendo — eu tentei dar um ânimo
— Celular não é a mesma coisa — ele resmungou como sempre
— Mas pelo menos você vai ver meu rosto lindinho — brinquei e não funcionou — E tem mais: eu vou voltar! Daqui há 5 meses mais eu vou!
— Até lá você vai estar sentando em o...
— Se você disser isso eu juro que vou ficar puto de verdade!
— Desculpa, 5 meses é muito tempo!
— E a vida é assim, meu amor — respondi — Eu também vou estar me contorcendo de saudade mas a gente vai ver, eu juro
— Você jurou que ia dar um jeito nisso também...
— Você sabe que eu queria mudar isso e que não dá
Ele olhou pra baixo e continuou arrumando a mala.
— Mas escuta vem aqui — ele começou — Se eu souber que tu pegou alguém eu vou te espancar! — seu humor deu sinais de vida — Você é meu, só meu!
— Essa porta só tem uma chave meu bem — respondi na mesma dose
— Assim que eu gosto!
Demoramos bastante pra arrumar minhas malas, estranho porque não tinha tanta coisa assim pra ter levado todo aquele tempo. Aprendi que a tristeza faz a gente ficar bem lento mesmo, que coisa... Eduardo me ajudou a levá-las até a famosa charrete que estava estacionada na frente de casa.
— Bom, você vai embora mas eu ainda trabalho hoje, vou me arrumar e já volto — avisou
— Ok, não demora senão eu vou derreter nesse calor!
Finalmente ele me atendeu porque foi "vapt vupt". Fiquei feliz por vê-lo mais relaxado naquele momento mas eu sabia que estava só tentando não me ver triste, assim como eu estava tentando não deixá-lo também. Falsidade emocional mútua (risos).
— Vamo — fechou a casa e subiu na charrete.
— Até hoje não me acostumei a andar nisso — falei
— É porque não é seu único meio de transporte, você é muito burguês pra essas coisas — todo debochado, voltamos a era do deboche novamente
— Nossa, falou o que vem da família Oliver do bairro nobre lá de BH!
Ele deu um sorriso de lado.
— Mas aquela não é minha realidade
— Não deixa de ser um burguesinho também
Eu ainda estava tentando lidar com meus sentimentos embaraçados e confusos, mas pelo menos eu tinha a vista daquela estrada, da floresta, dos animais passando e do meu namorado trabalhador que só sabe debochar da minha cara. Andar de charrete me fazia sentir falta dos dias em que andávamos juntos para chegar nos lugares da fazenda, só para demorar mais, no intuito de passar mais tempos um do lado outro. Era muito bom...
Eduardo fez questão de manipular o cavalo pra andar bem devagar o que me deu muita calma, nem me preocupei com o andar da "carruagem", só queria curtir aquele momento. Eu olhei pra ele e ele olhou pra mim sorrindo. É. Aquele sorriso que eu vi nos primeiros dias. Aí como eu adorava aquele sorriso. Ele puxou a corda e parou o galopar do animal e desceu da charrete.
— Vem — ele me deu a mão e me ajudou a descer.
— O que tá fazendo?
— Eu não vou deixar você sem te mostrar uma coisa — ele me conduziu num caminho meio fechado da mata, mas que ainda sim estava um pouco aberto, como se fosse uma estrada só que pouco usada
— Tu tá me deixando curioso
— Calma
Andamos só uns minutinhos adentro da mata e de repente a paisagem mudou e quando chegamos no final da estradinha estava um local aberto com um rio super lindo passando. Nem acreditei quando vi. Um paraíso escondido! Eduardo continuou segurando minha mão e me trouxe pra perto do seu corpo e eu somente me rendi. O momento era propício pra aquela atitude. Nos beijamos, mas não como das outras vezes, estamos pegando fogo, quase selvagem.
— Hey — eu disse
— Não fala nada não, só me beija
— Quer mesmo — ele simplesmente não deixava eu terminar a frase — Fazer....isso...que....eu....estou...pen...sando? — eu tentei perguntar enquanto me beijava feito um louco. Sem que eu conseguisse impedir ele tirou minha blusa e começou a beijar meu pescoço. Naquela situação, não tinha muito o que fazer, se não me render completamente. Ele saboreou todo meu pescoço e eu só passava a mão nos cabelos dele. Meus gemidos não demoraram muito pra resolverem sair. Ele tirou o macacão e ficou só de cueca.
— Tá tudo bem? — perguntou
— Sim — respondi ofegante
— Então tá — ele abaixou, tirou minha calça e sem pudor nenhum meu pau já estava sendo debitado pela sua boca deliciosa. Não dava pra aguentar, ele fazia um movimento perfeito, capaz de me fazer gemer feito um louco. Saiu um pouco de líquido mas mesmo assim ele saboreava cada centímetro do meu pau.
— Isso! Delícia!
Ele levantou e passou bateu uma pra mim enquanto me beijava. Um pouquinho daquele líquido ele tinha guardado pra compartilhar comigo e eu saboreei cada gotinha com ele. Puxei a cueca dele pra baixo e ficamos batendo um pro outro num tesão absurdo. A respiração dele era deliciosa de sentir, agradável e gostosa, só me dava mais vontade de beijá-lo.
— Eu quero muito te dar — eu falei morrendo de desejo
— É? — provocou
— Uhum
— Então pede de novo
— Eu quero muito dar pra você
Usou o macacão pra forrar o chão e sentou.
— Vem sentar aqui, vem — ele disse louco de tesão e eu obedeci. Abaixei de frente pra ele, fui devagar mas lembrei que não tinha mais o joelho machucado pra me impedir de quicar gostoso daquela vez. Quando senti tudo dentro de mim, gemi e ele respirou profundamente e soltou um suspiro delicioso. Segurei seus ombros e comecei a sentar como nunca tinha feito antes. Ele não aguentava o ritmo frenético que minha bunda comia aquele pau gostoso. Era nítida o tesão que ele estava sentindo naquele momento. Quando mais eu enterrava mais ele gritava de desejo e eu não parei. Continuei quicando, quicando. Tão forte que se desse eu teria engolido aquelas bolas também. Ele gritava e eu também, sem medo de alguém nos ouvir. O momento era nosso.
— Eu vou gozar! — ele disse e rebolei mais gostoso ainda.
— Me come Eduardo, derrama esse leite dentro de mim, eu quero tudo!
— Isso, senta nesse caralho, quica assim! Isso
Ele soltou o leitinho dentro de mim mas eu não parei, quiquei fazendo ele deitar. Foi aí que ele enlouqueceu mesmo, gemia muito alto e eu com mais vontade de tê-lo dentro de mim.
— Não acabou! Eu quero mais leite!
— Isso amor! SENTA NESSS PICA, VAI!
Estava vermelho e todo suado mas isso só alimentava meu desejo. Ele começou a bater uma pra mim de novo enquanto eu enterrava minha bunda naquele caralho gostoso. Eu não conseguia parar, até que ele mesmo passou meter dentro de mim. Foi mágico, uma delícia de metida. Não demorou muito pra vir mais um jato de leite dentro de mim.
— Eu quero mais! — eu falei
— Então senta, enterra mais fundo! — ele mordia os lábios pra falar, devia estar se mordendi de tanti desejo que estava sentindo.
— Me faz gozar, vai! — ele batia muito rápido pra mim e eu está a quase gozando, foi então que o beijei e finalmente soltei tudo e ele conseguiu preencher meu cú de porra mais uma vez. Rebolei mais um pouco e ele gemeu. Quando sai de cima dele, uma torneira de porra caiu de mim.
— Que delícia! — ele gritou — Vem aqui — me virou de costas e chupou o leite do meu rabo todinho
— Ssssssss aí que delícia de linguinha — gemi
— Caramba Felipe, que delícia!
Percebemos que sujos daquele jeito não dava pra voltar pra casa da vó Bete, então tomamos banho no rio mesmo e esperamos até os "ânimos" se acalmarem. Nos trocamos e voltamos pra charrete que ficou paradinha até aquele instante.
Que coisa mais surreal foi ter transado no meio do mato do nada, bem na minha despedida... Eduardo é realmente uma caixinha de surpresas. Subimos na charretee continuamos nosso caminho como se nada tivesse acontecido.
[Hora de ir embora]
Meu tio já estava no carro me esperando de boa, sem ficar me apressando até porque ele ia ter que ir e voltar então pressa meio que não ia fazer diferença. Eduardo ficou conversando com a vó Bete enquanto eu me despedia da Letícia e do restante do pessoal, que não são importantes de se citar. Só sei que depois de chegar, eu e Eduardo não mantivemos muito contato porque ele tinha coisa pra fazer bem naquele momento.
A hora passava rápido e eu não Inha muito tempo. Me despedi da vó Bete e chamei o Eduardo de canto. De novo ele ficou olhando pra baixo desanimado e eu tentei mudar aquela carinha de tristeza eterna pra tristeza good vibes.
— Heeey — comecei — Chegou a hora que você tem que me abraçar, uaaaaau!
— Como eu vou fazer isso se eu só quero te beijar?
— Eu também queria, mas aqui não podemos
— É mesmo? — rebelde como sempre ele me tascou um beijo mas ninguém viu
— Você é doido! — sorri
— Amo ser doido!
Segurei discretamente na mão dele e ele sorriu pra mim, aff, como eu amo esse sorriso...
— Me promete que vai fica bem? — indaguei
— Prometo que vou tentar ficar bem — respondeu
— Me promete que vai ser um babacão com os próximo hóspedes da minha velha porque eu não quero saber que você se apaixonou por outra pessoa?
— Prometo que vou ser o melhor babacão possível
— Promete que vai ajudar a Letícia quando essa barriga aparecer?
— Prometo que serei um bom pai... não, pera, um bom amigo!
Dei risada
— E promete que não vai chorar quando o carro partir?
— Prometo.
Apertei mais forte sua mão e encostei seu nariz com o meu e pedi que não chorasse.
— Eu te amo, ouviu? — eu disse bem baixinho
— Eu também te amo — respondeu sorrindo
Os passos de alguém se aproximou e a gente se separou pra não levantar suspeitas, não, ninguém sabia do nosso romance, nem poderiam saber... não por enquanto.
Era a vó Bete.
— Vamos Lipe, seu tio tá esperando — ela me disse — Eduardo, vem que a dona Lurdes quer coletar uns grãos e ela precisa de você
— Diz a ela que já vou — ele respondeu
Ele veio comigo até o carro e depois voltou pra fazendo. Quando entrei, a primeira coisa que fiz foi olhar pra trás. Ele e Letícia estavam dando um simples "tchau" e eu retribui. Carro ligado e minha próxima parada era São Paulo. Longe de tudo que se relaciona com fazenda e de tudo que se relaciona com meu maior amor até hoje em toda a minha vida. Ao virar a rua, meu coração partiu porque Eduardo não cumpriu a última promessa que eu tinha pedido.
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Fiiiiiiim!
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Mentiraaaaaaaaaa
Logo, logo tem mais
Kimi
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