Depois dos acontecimentos daquela tarde, passei o resto do dia evitando discretamente Carlos, conversava com ele quando perguntava alguma coisa para meus pais não estranharem, mas também não puxava mais assunto. Ele, por sua vez, parecia realizado. E devia mesmo, pois havia perdido a virgindade naquela tarde. E de certo modo, eu também.
Quando fui tomar banho, a água quente aliviou bastante a ardência que sentia na parte de trás, então não tive pressa. Passei um bom tempo ensaboando e lavando meu rabinho, e pude sentir que por baixo do ardor, sentia prazer mesmo roçando meus dedos de leve nele. Para meu desespero, constatei que queria ser agarrado de novo.
Não que nutrisse algum sentimento especial por Carlos, mas tão somente pela sensação que me proporcionou. Mesmo assim, tomei a decisão de não fazer isso novamente com ele. Na verdade, agora era a minha vez de aproveitar e sentir como era penetrar alguém também! Já tínhamos um segredo, o que seria ter mais um. O problema era: como?
Era sexta-feira, e meus pais não iriam sair de casa no fim de semana. Se fôssemos sair só nos dois, eles iriam querer saber onde vamos. Pensa, pensa...
- Vai demorar muito aí?! Tem gente querendo entrar!
Acordei do meu devaneio no susto, havia até esquecido que ainda estava no chuveiro.
- Já vou, mãe! Tô lavando o cabelo!
...
Quando chegou a noite, ainda não tinha conseguido pensar em nenhuma ideia boa. Como nosso apartamento era relativamente pequeno, só haviam dois quartos, então Carlos iria dormir num colchão no chão, ao lado da minha cama. A oportunidade que eu esperava surgiu quando minha mãe foi dormir. Ela apareceu na porta do meu quarto escovando os dentes e viu eu e Carlos sentados no colchão, jogando videogame.
- Vocês vão ficar jogando até mais tarde? – perguntou ela de sobrancelhas franzidas. Ela odiava que eu virasse a noite jogando.
- Deixa eu aproveitar, amanha não tem aula mesmo!
- Se você ficar fazendo barulho, o Carlos não vai conseguir dormir.
- Tudo bem tia, eu não tô com sono ainda.
Vendo que não iria vencer aquela batalha, fez uma retirada digna. E sem querer, resolveu meu dilema.
- Bom, EU não consigo dormir com barulho. Deixa o volume da televisão baixo, e a porta do quarto fechada.
- Tá, tá. – levantei e abaixei o volume enquanto ela fechava a porta e saia.
Olhei para meu primo, que sorria. O safado havia pensado a mesma coisa que eu. Antecipando qualquer atitude dele, já avisei.
- Espera um tempo até eles dormirem!
- E como vamos saber, com a porta fechada?
- Vai por mim, quando meu pai começa a roncar, dá pra escutar lá da sala.
Ficamos mais um tempo jogando, ou fingindo jogar ao menos, já que nenhum de nos dois estava mais prestando atenção na tela. Quando os roncos começaram, esperei mais alguns minutos e desliguei o videogame e a luz. Antes mesmo que voltasse para a cama, já pude sentir Carlos passando a mão na minha bunda.
- Pára cara, espera!
- Que foi?
- Você já fez de tarde, agora é minha vez!
- Fazer o que?
Mesmo no escuro, sabia que meu rosto estava ficando vermelho. Por que era tão difícil falar essas coisas?
- Eu... em você. Atrás...
- Eu não! Deve doer muito!
- Você não perguntou pra mim se estava doendo! – respondi indignado.
- Ah cara, é diferente. Você mesmo estava passando o dedo ali, eu pensei que já fazia isso antes.
- Não! Foi a primeira vez que fiz isso. Quer dizer...
E lembrei novamente de Marcelo. Por que sempre que fazia algo pervertido, ele aparecia na minha cabeça?!
- Hein?
- Nada! De qualquer modo, agora sou eu!
- Não quero fazer isso! Pede outra coisa então.
Outra coisa? O que poderia fazer fora isso? Não queria que ele simplesmente batesse punheta para mim. Então lembrei de outra coisa que havia visto na revista.
- Boca.
- O que?
- Quero que você coloque ele na boca!
- Porque na boca?!
- Boca ou bunda, você escolhe.
Ele pareceu hesitar, tive certeza que iria desistir e ir dormir. Mas acabou aceitando.
- Tá... mas só um pouco, tá bom?
Fiquei em pé no colchão e ele se ajoelhou na minha frente, visivelmente contrariado. Tirei meu pau já duro do calção e ele começou a punhetar devagar, olhando fixamente para ele, tomando coragem. Aproximou o rosto e sentiu o cheiro, esfregando de leve no nariz. Não sei exatamente o que ele esperava, mas aparentemente não achou ruim. Timidamente, colocou a língua para fora e lambeu a cabecinha. Senti um choque passar pelo meu corpo e suspirei alto.
- Que foi? – perguntou ele me olhando, sem parar de me punhetar.
- Nada, só arrepiei um pouco. Continua.
Ele então lambeu lentamente a cabeça, depois começou a chupar devagar. No inicio colocava só a cabeça na boca e continuava punhetando, mas conforme foi perdendo o medo, começou a colocar mais do pau na boca. As vezes parava de chupar e passava a língua molhada por toda a extensão até as bolas, depois voltava a chupar com mais vontade. Logo comecei a fazer movimentos de penetração na boca dele, segurando sua cabeça, e ele pareceu não se importar. Como estava quase perdendo o equilíbrio com as investidas nele, tirei meu calção e fiquei completamente nu.
Ele foi entrando no clima, fazendo pequenos estalos com a língua e se melando todo. Baixou o próprio calção e começou a se masturbar, sem parar de me chupar.
- Pelo jeito tá gostando, né? – perguntei sorrindo.
- Cala boca! – respondeu rápido, mas também sorrindo. A boca toda babada de saliva e pré-gozo.
Logo notei que a mão que antes se masturbava, agora passeava pelo cuzinho dele. Era minha chance!
- Ei Carlos?
- Hmm?
- Deixa eu passar ele na bunda um pouco? Por favor!
- Não cara, não quero isso!
- Quer sim! Tá até passando o dedo nele!
Só então pareceu notar o que estava fazendo. Mesmo assim, tentou remendar.
- Eu só queria saber como era, só isso!
- Então...?
Ele hesitou novamente, mas o tesão acabou vencendo, como fizera comigo mais cedo.
- Bem rapidinho, depois eu também quero!
- Depois. – respondi sem prestar atenção. Na hora, sá pensava que finalmente iria perder a virgindade do jeito certo!
Ele virou de costas e comecei a esfregar o pau na bunda dele, que deslizava fácil por causa da saliva dele. Mesmo assim, parecia que algo estava errado. Eu não conseguia encontrar o lugar certo para penetrar. Então tive uma ideia.
- Fica de joelhos na minha cama.
- Por que?!
- Você é mais baixo que eu, não tô conseguindo alcançar direito.
Resmungou um pouco, mas fez o que eu pedi, ficando de joelhos e erguido na cama.
- Assim não, apoia as mãos na cama também. – e ele o fez.
Mesmo no escuro, conseguia ver o contorno da bundinha branca de Carlos, o que me fez ficar com mais tesão ainda. Aparentemente, o mesmo não valia para ele. Tirando as partes onde havia espalhado saliva, ele estava completamente seco lá atrás. Discretamente, passei o dedo pela minha. De alguma maneira, ainda que ninguém tivesse encostado nela, estava toda melada. Tentei ignorar o fato e me concentrar na bunda de Carlos ao invés da minha.
Passei mais saliva no buraquinho dele e comecei a passar a cabeça, para ver se ele relaxava um pouco. Mas acabou tendo efeito contrario. Quanto mais eu tentava penetrar, mais apertado ele ficava. Mas tal como aconteceu comigo, ele foi cansando de apertar e numa investida mais forte, minha cabeça entrou nele. Tentei forçar mais um pouco mas ele fugiu de mim.
- Pára cara, tá doendo muito!
- Mas foi só a pontinha, para de frescura.
- Eu não gosto disso, vamos parar por aqui.
- Mas eu nem gozei ainda!
- Eu também não, mas já tô até mole de novo por causa da dor. Assim não dá certo.
- Tá, tá... outro dia tentamos de novo.
Ele não respondeu, apenas pegou suas roupas e foi em direção ao banheiro, ficando lá por um tempo. Eu me vesti lentamente enquanto tentava entender o que tinha acontecido. Havia feito exatamente como haviam feito comigo, como tudo podia ter saído tão errado? Será que eu que era estranho afinal de contas?
Terminei de me vestir e deitei em minha cama, Carlos ainda não havia voltado. Mais uma vez passei a mão pela minha bundinha e senti ela melada, mesmo eu tendo limpado um pouco com a cueca momentos antes. Por que diabos meu corpo era desse jeito? De qualquer forma, não era algo que pudesse sair perguntando por aí simplesmente, teria que esperar para descobrir.
Resolvi ir dormir sem esperar Carlos voltar. Virei de bunda para a parede para evitar surpresas e puxei as cobertas.
Amanha é outro dia.