~ continuando ~
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Ele sai o vejo o Tomás me rondando.
- Diga, Tomás, o que quer me dizer? Mas vai falando que quero ir na cozinha.
- Seu interfone estragou senhor? Posso pedir ao Antônio para olhar.
- Não, não estragou, só quero ir lá - E vamos andando enquanto ele fala:
- Senhor, esse Beija Flor não é uma boa companhia. Ele tem ficha na polícia desde os 14 anos. Foi preso a primeira vez com 15 anos. Parece até que já matou alguém. Ele mexe com prostituição desde os 17 anos quando abriu um puteiro, desculpe, uma casa de...
- Tomás, sei o que é um puteiro - Disse irritado.
- Claro, mas ele foi fechado pela polícia uns 5 anos depois. Ele logo abriu outro que também foi fechado, mas parece que por ele mesmo e foi quando começou com os books. Seu pai morreu na prisão, era chefe de tráfico, ele tinha um irmão que morreu baleado por outro bandido.
- Espera aí, não era para não mexerem na vida dele? - Pergunto realmente irritado.
- Senhor, não procurei nada, é só ver a ficha policial dele. Foi preso mais umas duas vezes, só não tiveram provas contra ele e tiveram que soltá-lo.
- Então, pode nem ser verdade - Disse parando e olhando para ele. - E ele matou quem? Se é que matou mesmo, não é?
- Parece que o tal sujeito que matou o irmão dele. Ele foi morto por uma facção inimiga e o tal sujeito apareceu morto no dia seguinte e de forma cruel.
- Tomás, ele vai voltar - Eu o interrompi - Gostei muito de sua companhia, de suas ideias e dos seus serviços. E digo mais, se eu tivesse um irmão e alguém o matasse talvez eu fizesse o mesmo, se é que ele fez isso, não é? Acho que seremos até amigos, então acostume-se com a presença dele, como disse o pai, se isso for um problema para você, colocaremos outra pessoa para cuidar da casa e você fica com só com os rapazes.
- Por favor senhor, isso não será necessário. Só estou preocupado com o seu bem-estar.
- Olhe para mim Tomás, algum dia já me viu com cara melhor? Pois ele é pessoalmente responsável por isso. Então se quer meu bem-estar, torça para ele ESTAR por aqui mais vezes e não quero voltar a esse assunto, e com licença, quero mesmo ver se faço uma boquinha na cozinha.
- Podemos providenciar o que quiser - Ele diz
- Que bom saber!!!!!! Pois quero que saia de minha frente e me deixe passar, hoje vou conhecer um prato chamado mexido. Vamos ver se gosto. Boa noite, Tomás, não preciso mais de você hoje.
No dia seguinte estou no carro a caminho da faculdade quando meu celular toca.
Desde que comecei a faculdade que o pai pede minha presença em algumas reuniões. Sempre que ele faz um primeiro contato com algum cliente ou está fechando algum negócio, ele me “convida” para participar. Assim posso ir aprendendo como tudo funciona e quando me formar estarei mais a par de tudo. Então, pensando que fosse sua secretária me avisando de algum compromisso atendo. Vejo que é um número privativo.
- Pronto?
- Bom dia, meu príncipe
- Booom diiiia. - Digo animado
- Estou ardido! - E ouço uma risada gostosa
- Que bom, assim não se esquece de mim o dia todo - Digo rindo - Na verdade, eu também estou.
- Que bom e pelos mesmos motivos - E continua - Queria te agradecer por ontem, foi um dos melhores dias da minha vida. - Ouço e sinto meu corpo todo se arrepiar.
- E olha que ainda tenho muito a aprender - Digo brincando, mas emocionado com suas palavras.
- Não falo só disso. Foi muito bom sim, do caraaaaaaalho na verdade, mas você me lembra muito meu irmão e nunca achei que encontraria alguém que pudesse ocupar seu lugar no meu coração.
- Desculpe, não me entenda mal, mas não sei se quero o lugar do seu irmão, eu preferia...
- Lipe foi meu primeiro homem, e eu o dele e ele foi o meu companheiro por 16 anos até ser baleado naquela manhã, e foi a única pessoa que já havia amado na vida, talvez por isso tenha sonhado com vocês dois essa noite.
- Qualquer dia quero ouvir essa história. - Falo surpreso
- Ele dizia algumas coisas que eram só dele... - Ele continua
- Domingo é um bom dia para se morrer? - Lembro
- Essa também, mas tinham outras. Ele era louco, tanto quanto você. - E ouço uma risada gostosa. - Dizia que se não temos coragem de fazer uma loucura, não merecemos o prêmio que sempre a acompanha e ontem, mais uma vez, vi que ele estava certo.
- Acho que ia gostar de conhecê-lo. Quantos anos vocês tinham?
- Eu 14 e ele 13, ficamos afastados uns meses por causa dessa história de sermos irmãos, foi quando arrumei um namorado e a mãe nos pegou, mas depois vimos que queríamos mesmo era ficar juntos, ele quase quebrou meu namorado no braço - Ele ri e continua - E com certeza se dariam bem, mas acho que acabariam comigo, não sei se daria conta dos dois - E ouço sua gargalhada.
- Onde está? - Pergunto surpreso com aquela conversa
- Na cama, liguei porque sei que está a caminho da faculdade e não vou atrapalhar, deixe ver seu mapa, agora são 7:12h, então deve estar passando pela Rua Ouvidor (falso) e temos 14 minutos antes que chegue na Faculdade.
- Hum rum - E olho pela janela rindo, não queria que meus seguranças soubessem que falava do meu percurso - Mas mudamos. - Digo surpreso.
- Eu não vou te perder, já tenho o novo percurso, e quando mudarem, te acho de novo!
- Você dorme nu? - pergunto
- Hum rum - Ele brinca - E meu amigo sabe que falo com você, falta me jogar para fora da cama de tanto que pula, estou parecendo touro em dia de rodeio.
- Oba, me passe o endereço, vou mandar mudarem o trajeto.
- Você é louco mesmo.
- Me sinto igual criança aprendendo a andar, agora que descobri que posso ir onde quiser, ninguém me segura. - Digo rindo.
- Então vá para a faculdade, seu louco!
- Ahhhhhh!!!!! Que pena, assim não tem graça, então me fale mais do seu irmão - Eu peço.
- Isso é mais fácil que colocar um pote de sorvete na sua frente e te pedir para tomá-lo. O que quer saber?
- Assim na hora, nem sei. Não fica chateado em falar dele?
- Não, até gosto, gosto de me lembrar dele.
- Bom, vejamos, qual a última coisa que conversaram?
- Falamos de você!
- Está brincando? - E agora eu estava realmente surpreso.
- Não, naquela noite tínhamos acabado de transar e deitado em meus braços, ele me contava que a garota que você chamou, quer dizer que chamaram para você, tinha lhe dito que vocês dividiram um pote de sorvete e viram um filme no vídeo, vocês nem transaram, você estava muito triste. Ia ter um acampamento da escola e todos da sala estavam animados, mas você não podia ir.
- Eu lembro disso, mas não me lembro o nome da garota
- Normal, foram muitas e isso tem muitos anos, foi logo que começou a usar nossas garotas. Ele até me mordeu, acredita? E com força!!!
- Tadinho, porque ele fez isso?
- Pois é, também perguntei e ele disse que eu estava me envolvendo muito com o meu príncipe, ele que te deu esse nome.
- Por quê? - Pergunto novamente, curioso.
- Bom, eu fui preso com uns quinze anos e o pai o mandou para a Bahia, antes que ele fizesse alguma merda qualquer tentando me tirar de lá, é um centro para menores e fiquei poucos meses e quando ele voltou, ficou me chamando de meu rei, e com aquele sotaque baiano, sabe! E me chamou assim até morrer. Então, se eu era o seu rei, você só podia ser o príncipe.
- Entendi - Disse rindo - Mas continue, porque ele disse que estava se envolvendo comigo?
- Disse que era bobagem dele, mas o Lipe disse: “- Seus olhos estão negros e você não tem nenhum motivo para estar com raiva” e passou o dedo no meu pau esporrado, “então só pode estar muito triste” - E ele concluiu: “- Esse seu príncipe, está precisando levar um susto para ver se acorda, vou pensar em alguma coisa”, ele falou para mim. Pedi que ele não fizesse nada com você, ele só me olhou sério e disse que não ia mexer com o MEU PRÍNCIPE, depois transamos de novo, dormíamos de conchinha e ele foi morto na manhã seguinte.
- Eu sinto muito, cara - Digo emocionado com a história que acabava de ouvir.
- Eu também, mas obrigado.
- Se bem que se ele estivesse vivo nunca teríamos ficado juntos. - Eu disse de repente, vendo a faculdade se aproximando
- Provavelmente não, você era a única pessoa de quem ele sentia ciúme, mas não diga...
- Não, nunca faria isso - Falo rapidamente, sabendo o que ele queria dizer
- Acho que não diria mesmo, não seria elegante de sua parte, nem digno de um príncipe.
- Vamos combinar assim, vou separar um pote enoooooooorme de sorvete para nós e você me conta dele na próxima vez.
- Está certo, tenho histórias ótimas, aquele louco quase nos matou um moooonte de vezes, tinha cada ideia mais louca que a outra... Você deve estar chegando...
- Hum rum, mas e seus olhos?!
- Acredita que continuam de duas cores? Vou por uma peruca loura e quando subir o morro só vai dar eu. Você ainda vai acabar com a minha reputação!!!!!!!
Ficamos rindo e o carro vai parando na entrada da faculdade.
- Chegou? - Ele pergunta
- Hum rum, então volte a dormir e desta vez sonhe só comigo.
- Boa aula, meu príncipe lindo.
- Bons sonhos, se cuide, beijo, estou te esperando, não esqueça.
- Não esqueço, esse é meu número pessoal, salve e ligue quando quiser. Se não puder atender vai estar desligado, retorno quando der. Beijo, sua matilha está bem treinada, deixe que cuidem de você, pensa em mim - Ele diz carinhoso e desligamos.
E assim, aquele carneirinho tolo e facilmente conduzido acabou se transformando em poucos meses.
Claro que é um processo continuo, errei muitas vezes, mas continuo achando que errar ainda é melhor que simplesmente aceitar.
Beija Flor e eu passamos a nos ver sempre depois daquele dia.
Aprendi muito com ele e uma das lições mais interessantes e proveitosas, foi que as noções de certo e errado, não variam somente de uma cultura para o outra, variam de uma pessoa para a outra.
Uma vez fiz um comentário, ele deitado em meus braços após uma gozada espetacular dos dois. Estávamos deitados na hidro e ele apoiando seu corpo para pegar uma geladinha na lateral escorregou o joelho e eu o segurei antes que afundasse sua cabeça e engolisse alguma água.
- Vou pedir para colocarem algum tipo de console mais baixo, semana passado seu rapaz, o Simão, escorregou também. - Falo e fico sem graça ao falar de outro homem para ele e ele percebe.
- Que foi? Parece menino que fez arte, ficou vermelhinho - Ele brinca chupando meu mamilo.
- Não se importa que eu mencione outros homens? - Pergunto olhando seus olhos incrivelmente azuis.
E aí fiquei realmente sem graça quando me dei conta, ele não era nada meu, nem namorado, nem companheiro, não havia mesmo porque ele se importar.
Beija Flor se vira me virando junto e me deitando em seus braços, levanta meu corpo esticando os braços e me olha, eu estava completamente sem lugar.
- Meu príncipe, sou capaz de jurar que pensou merda. Quase fedeu, diga seu último pensamento. - Ele pede sério.
- Não há porque se incomodar, não somos nada um do outro, não temos nada, porque iria se importar com quem me deito - E sinto a primeira lágrima escorrer.
Ele usando seus braços me põe sentado na beirada e sai da hidro.
- Eu devia te porrar, seu filho da puta - Ele diz bravo, pegando uma toalha e começando a se secar.
Olho surpreso para ele, estico meu braço tentando tocá-lo e ele bate em minha mão forte, um tapão mesmo.
- Não me toque - Posso ouvi-lo dizer e sai do banheiro indo até meu quarto onde estão suas roupas. Eu chego rápido e o abraço por trás, molhado.
- Cara, vamos conversar, não sai assim, não me deixe assim - Digo e ele se vira, encarando meu rosto coberto de lágrimas. Posso ver seus olhos escurecendo. Incrível, o azul já havia desaparecido.
- É isso que você pensa? - Ele pergunta apertando meu pulso. - Nada, não temos nada? - Ouço sua voz alterada.
- Não, eu não penso assim, só tenho medo que você pense assim, penso em você todos os dias, anseio pelos momentos que possa estar comigo...
- Então porque disse uma merda daquela? - Ele me interrompe soltando meu pulso e se sentando no sofazinho.
- Porque você me deixa confuso, você diz que me ama e quando ligo até escolhe o melhor amante para mim. Se não pode me ver, manda alguém em seu lugar. Hoje sugeriu que poderia vir com alguma garota e que poderíamos fazer uma festinha juntos. Não sei o que pensar, às vezes tenho medo que esteja só se divertindo com seu principezinho tolo e apaixonado.
Ele pega a toalha que usava, se aproxima de mim e seca meu rosto.
- Você está apaixonado por mim?
Eu o abraço e só balanço a cabeça concordando. Nossos lábios se buscam, seu beijo é doce, apaixonado seria a melhor palavra, seus braços me envolvem carinhosamente, como um ninho. Ele vai me levando até minha cama e nos deitamos nela, ele nos cobre e ficamos abraçados algum tempo.
- Molhamos a cama toda... - Ouço. - Você acredita em fidelidade? - Ele pergunta alguns minutos depois e percebo uma expressão divertida em seu rosto. Como se perguntasse se eu acreditava em coelhinho da páscoa ou papai noel.
- Você não?! - É minha resposta
- Me diga o que você acha que é fidelidade - Ele joga várias almofadas em um canto da cama, deitando-se nelas e me deitando em seu peito.
- Fidelidade é... - E vejo que não consigo responder
- Porque não me entregou para a polícia? - Ele pergunta e ele mesmo responde - Porque você foi fiel, foi leal. Porque me esperou, quando sei que quis muito dar seu rabinho pela primeira vez? Porque você foi fiel. - Ele responde novamente. - Onde você enfia isso. - E pega em meu pau com carinho e o punheta um pouquinho vendo-o crescer e repete. - Onde põe essa delícia não define sua fidelidade - Sua boca beija minha testa - Aqui você define sua fidelidade.
- Você não se importa com quem eu me deite? - Pergunto surpreso
- Porque deveria?
- Porque eu tenho prazer? - Pergunto e acho ridícula a minha pergunta antes mesmo dele responder.
- Se for assim terei que achar ruim também quando toma um excelente vinho, ou come um delicioso prato, ou dirige uma de suas Ferraris. Eles também te dão prazer. Te proíbo de tomar sorvete? - E posso ver seu sorriso divertido.
- Você sempre teve acesso ilimitado aos rapazes e moças que trabalham para você, como fazia com seu irmão? Vocês viviam juntos, eram companheiros.
- Sempre experimentei todos eles antes de contratá-los, sempre foi assim e muitas vezes me deito com algum deles pela simples vontade de fazer. Todos são muito gostosos, não os teria contratado se não fossem - Ele sorri safado. - Lipe também, ele era só passivo, mas sempre experimentou todos os rapazes que tínhamos.
- E isso nunca foi um problema? - Pergunto curioso
- Porque seria? Quanto melhor amante você for, melhor será o nosso sexo. Ivan esteve por aqui, eu sei disso pelo modo como brincou com meu rabinho, aquilo é coisa dele. Você gostou, se preocupou em aprender e fez comigo. Eu devo sentir ciúme ou agradecido pelo seu carinho, seu cuidado em dividir essa informação comigo? Aprendeu a dançar com o Artur e me encanta dançando para mim. Devo sentir ciúme? Ou feliz em perceber que faz de tudo para me agradar? Lipe e eu éramos livres - Ele continua - Ele era meu sócio, muitas vezes transamos em três, quatro e era bom pra caralho, a gente fazia muita putaria juntos, mas quando me cansava e queria tirar uma gostosa, quando queria fazer amor, só procurava por ele, quando queria uma cama para dormir ao lado de alguém, só me lembrava dele, em cada dia dos 16 anos que vivemos juntos, nunca dormimos uma única noite separados. Bom... só quando um dos dois estava preso - Ele diz rindo. - Insistir em acordar ao seu lado, vendo seus olhos verdes me encarando, seu selinho ao me acordar, isso é fidelidade. Não interessa o quanto estávamos cansados, bêbados ou longe, sempre voltávamos para os braços um do outro. Sempre usamos camisinha com qualquer outro parceiro, mesmo quando isso não era moda, preocupados em nunca passar nenhuma doença para o outro, isso é fidelidade. Sempre que fazíamos alguma coisa diferente com outra pessoa, tentávamos juntos, trocando nossas experiências; não havia segredo, não havia cobrança, só o prazer em estarmos juntos, isso é ser fiel ao sentimento que tínhamos um pelo outro.
- Que coisa louca - Digo realmente surpreso.
- Loucura é acreditar em monogamia. Seria como se obrigar a comer uma única comida pelo resto da vida, só porque gostou dela. Desde que começamos a ficar juntos nunca mais deixei ninguém dormir comigo. Quase toda noite tem alguém na minha cama e sempre chamo um táxi para que ele ou ela possa ir embora. Desejo você em meus braços cada noite antes de dormir, desejo você em meus braços cada dia ao acordar, se dormisse com qualquer outro estaria sendo falso, porque não é o que eu desejo, não infiel. Quando me convida e não posso vir, sei que gostaria de uma foda gostosa e se não posso te dar naquela hora, procuro o melhor rapaz que tenho disponível e o mando para você, e ainda peço que capriche!!!!! Não porque eu não me importe, mas porque eu me importo e muito. Desde que me comeu a primeira vez, nunca dei meu rabinho para mais ninguém. Não tenho nada para lhe dar, nem dinheiro, ou posição, presentes fabulosos, então escolhi lhe dar algo que só você conseguiu. Faço sexo com homens desde os 14 anos, faz ideia de quantas vezes pediram meu rabinho?! Você nunca me pediu isso e provavelmente nem sabia que tinha exclusividade. Faço isso como um presente que eu sei que estou lhe dando, dar um presente é muitas vezes melhor que recebê-lo. Faço por mim, faço para me lembrar de você, quando por acaso desejo dá-lo a alguém e não o faço, não para ser fiel a você. Igor estranhou quando você achou ruim quando ele pegou um pedaço de chocolate que estava guardado em cima do seu console na cama. "- Ele me deixa pegar o que quiser no frigobar, mas reclamou que eu peguei uma merdinha de pedaço de chocolate", ele comentou comigo voltando daqui. Acho que sei a resposta, mas pode me dizer por que achou ruim?
- Estava guardando para você - Respondo perplexo com a simplicidade e a verdade que podia ver em tudo que ele dizia.
- Estava sem dinheiro para comprar a barra toda? - Ele pergunta sorrindo.
- Desde a primeira vez que veio descobri que é chocólatra - Respondo. - Vi que as únicas coisas que pegou foram cerveja e chocolate. Comi um chocolate gostoso e guardei um pedaço para você e ele o comeu. Era seu, não gostei que ele tivesse pegado. - Digo sem graça.
- E você ainda acha que não temos nada? - E ganho um beijo delicioso.
- Também não dou para ninguém - Falo ainda com minha boca pertinho da dele
- Eu sei, os rapazes reclamam - Ele sorri - Ficam loucos para experimentar esse rabinho lindo, Simão saiu louco daqui na última vez. Traçou o Arthur que estava lá - E fica rindo lembrando da cena - Eu nunca lhe pedi isso, porque o faz?
- Quero ter alguma coisa que seja só nossa.
- Faz para ser fiel ou para se lembrar de mim?
Abaixo meu rosto até seu pau e o chupo gostoso, posso ouvir seus gemidos, sua mão segurando minha cabeça e logo que seu pau fica bem duro vou me levantando e me sentando nele.
- Seus olhos ainda estão escuros - Digo encarando-o
- Não há um botão para apertar e mudar a cor - E ele mexe seu corpo para se encaixar melhor em meu rabinho.
- Só dou para você porque quero me lembrar de você, cada vez que ele pisca de desejo.
- Igual agora? Posso sentir seu rabinho me mordendo.
- Hum rum, preciso acabar com essa tristeza, quero seus olhos azuis - E dou selinhos neles. Estico meu braço abrindo uma gavetinha e pego um pedaço de chocolate.
- Esse também é gostoso, e agora estou guardando na gaveta - Eu dou uma mordida, e dando um beijo nele comemos juntos, nossas línguas lutando para dividir aquele doce delicioso.
- Hum que delícia!!!!! – Ouço.
- Gostou do chocolate?
- Hum rum e desse rabinho também - E ele pega na minha cintura, me levantando um pouco, enfiando novamente nele, logo estou cavalgando naquele cacete delicioso, Beija Flor morde mais um pedaço do chocolate e me beija, lambuzando meus lábios e os chupando.
No final do mês seria meu aniversário e foi minha primeira festinha oferecida por ele. Na verdade, foi minha primeira putaria.
Naquele mês Beija flor conversou algumas vezes com o Tomás, oferecendo um sítio que ele costumava usar. Tomás pessoalmente foi lá e vistoriou tudo.
- O que pretende fazer? - Pergunto para ele deitado em seu peito, em minha cama.
- Você disse que nunca fez uma boa putaria. Pensei em te mostrar como é.
- Está falando em transar com três ou quatro ao mesmo tempo?
Ele dá um sorriso sacana.
- Pensei mais em um para cada ano que estiver fazendo.
Olho assustado para ele.
- E eu dou conta?
- De que vale ter vinte e poucos anos? - E ri - Eu te ajudo. Pode ser?!
Demoro um pouco para responder e ele pergunta:
- Não quer? Do que tem medo?
- Quero, claro que tenho muita curiosidade...
- Mas????
- Como será ver você transando com outros?
- E outras! Minha ideia é ter dos dois, mas é seu aniversário, a decisão tem que ser sua. E eu só vou ajudar, quem vai ter que cuidar deles é você.
Beija flor levanta-se pega uma mousse de chocolate na geladeirinha e volta para a cama.
- Bom isso aqui, obrigado. - E enfia o dedo no potinho lambendo-o
- Pedi para ter sempre chocolate. - E vejo seu sorriso, ele vira a mousse em meu corpo e lambe, enche meu umbigo e o chupa.
- Seu umbiguinho podia ser maior, espera aí, tem um lugarzinho maior aqui e vira meu corpo arrebitando minha bunda, vira a mouse e chupa gostoso meu rabinho. - Esse potinho é muito pequeno, seu pessoal está amarrando mixaria - E me vira vendo meu cacete empinado.
- Só tem esse? - Pergunto rindo. Rapidamente ele levanta e pega outro virando em meu pau e o chupando. Quando sinto minhas pernas bambeando, ele simplesmente para e fica me olhando. - Volta aqui, me chupa vai - Peço enlouquecido de tesão.
- O melhor jeito para entender a noção de fidelidade é vendo acontecer.
- Não acredito que quer conversar agora.
- Porque não, está louco de desejo? - E brinca com a babinha que saia de meu pau. - Deixou de ser quem é? - Ele levanta, afasta-se um pouco e começa a se punhetar. Sua cara é ótima. Tento me aproximar e ele ri gostoso. - Fica olhando vai, estou tendo prazer e não é com você. Como é? Acha que gosto menos de você por isso? - E geme alto, sento e fico olhando, e sinto muito tesão com a cena.
- Também quero participar.
- Quem disse que não pode?
Me aproximo, inclino seu corpo e vou entrando em seu rabinho delicioso.
- Então o que resolveu? - Ele pergunta pouco antes de ir embora.
- Não farei nada que não queira?
- Essa sua pergunta me ofende, meu amor.
- Eu gostaria de saber como é isso - E vejo suas covinhas.
- Terá sua melhor festa de aniversário, isso eu lhe garanto!
Sábado jantamos em casa. Mamãe o convidou e me ofereceu um jantar delicioso, champanhe, presentes, ele disse que não podia dormir lá.
- Descanse - Ele diz na porta de casa quando reclamo dele não ficar. - E nada de bater uma, vamos precisar de todo leitinho que puder armazenar - E pega gostoso em meu pau. - Amanhã vou te mostrar como se faz uma festinha boa.
- O que está aprontando? - Pergunto sentindo meu pau crescer em sua mão.
- Oi, Tomás - Ele o chama, soltando meu pau. - Tudo certo para amanhã? Você entendeu, não é?! Poucos seguranças e de preferência vendados.
- A farra vai ser boa - Tomás diz e dá uma gargalhada. - Tudo certo. Fabrício vai levá-lo e deixamos mais dois na portaria do sitio. Sabe que teremos que revistar todos.
- Sei, Tomás, não tem problema e vamos facilitar. Já deixo todos nus, o que acha?
- Melhor não, Beija flor, preciso dos meus rapazes atentos. - E sai rindo.
- Nem uma dica? - Pergunto tentando ver se descubro alguma informação.
- Vai ter sorvete - Ele diz rindo, me dá um beijo delicioso e vai embora. – Descanse! - Ele diz do carro saindo de nossa propriedade.
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~ eae, povão do meu coração. hoje o post foi um pouco menor em questão aos demais, prometo que amanhã compenso com o post da festa que vai ser do caralho!!! :D
ah! no capitulo anterior, pra quem leu logo que postei, o site ocultou a altura do Beija flor (site chato que fica ocultando números sequenciais), foi dito que ele tem por volta de 1,90m / 1,95m de altura. só deixando essa informação clara para quem leu mesmo, depois de algumas horas que postei, vi isso e modifiquei lá ;)
até amanhã <3 ~