Com o tempo meus olhos foram se acostumando e a pouca luz que atravessava as frestas da janela permitiam ver onde estava. Era uma visão monocromática, porém, clara.
Estava no canto da sala, naquela posição dolorosa e constrangedora. Na minha direita a cama, também também em metal com um colchão fino. Era possível observar o sistema de encaixe para as algemas e a coleira em diversos lugares da cama. Mais tarde descobri que esse sistema era chamado de B-mod (bondage modular), criado pelo própio Mestre.
Do lado direito da cama ficava a porta, seguida da outra parede.
Do outro lado do quarto, ficava uma daquelas cruzes em forma de X, conhecida como cruz de Santo André. Também em metal com conexões b-mod.
Continuando a seguir os olhos pela sala, havia uma jaula, em metal aramado. algo que parecia uma daquelas telas para galinheiro. Era grande, talvez caberiam duas pessoas. Como em um armário, havia uma divisória que separava as portas. Acho que era possível entrar com o corpo reto mas, os movimentos lá dentro eram quase impossíveis.
Entre minha canga e a jaula ficava a janela, protegida com uma cortina opaca.
Nos pés da cama, havia outra estrutura, pelo ângulo que estava, era meio difícil entender exatamente sua finalidade. Parecia um tipo de cadeira erótica com várias posições e possibilidades, visto as conexões b-mod.
Claramente, aquele não era um quarto para dormir. Foi montado pelo Mestre K com uma finalidade: dominar.
Eu estava numa posição meio difícil de tolerar por muito tempo; as pernas abertas e os tornozelos presos na base da estrutura, o corpo dobrado a 90 graus os os pulsos e pescoço presos. Praticamente imóvel.
No começo foi interessante. A posição e a dor nas costas, causada pelas chicotadas, até causaram um certo tesão, cheguei a ficar de pau duro. Com o tempo, o prazer se tornou agonia. Chorei e gritei pedindo por socorro e nada. Com certeza o quarto tinha um isolamento de som.
A iluminação aos poucos foi diminuindo, com rápidos clarões vindos da janela. Dava para ouvir, bem baixinho, os trovões, típicos das tempestades que caem no final da tarde nessa época do ano.
O corpo doía muito mas não havia nada para se fazer, ou melhor, não havia nada para se fazer além de aceitar aquela condição. Eu era um escravo e esse era meu destino.
Com a noite, a minha visão era menos de 10% do que era antes. já eram 18 horas? 19? 20? Perdi totalmente a noção do tempo.
A porta se abriu.
A luz acendeu me obrigando a fechar os olhos.
Aos poucos vi Mestre K se aproximando com algo na mão. Ia pedir para me soltar mas ele fez sinal para que ficasse em silêncio.
Sem falar nada, enfiou algo em meu ânus, rápido e com força. Dei um pequeno grito pelo susto e pela dor. Pude perceber que não era de metal, estava bem lubrificado e começou a soltar um líquido dentro do meu intestino.
Passou algum tempo até que tirasse o que quer que fosse de dentro de mim e colocasse um adesivo no meu buraco.
Só então soltou as conexões b-mod, primeiro as pernas depois o pescoço e os braços. Despenquei no chão e ali fiquei por algum tempo.
-Levante-se! Disse o Mestre.
Com muito custo levantei. Não tinha forças para desobedecer.
Mestre K apontou para a cruz de santo André. Atravessei a sala e me coloquei de costas para as chapas de metal, com os braços e pernas na posição para ser fixado no aparelho. E assim fui imobilizado novamente.
Depois de me prender, Mestre K saiu da sala por alguns instantes. Quando voltou trouxe uma cadeira e uma pequena caixa. Dessas de ferramentas.
Comecei a ouvir música clássica no quarto mas não sabia de onde vinha.
O Mestre se sentou na cadeira bem na minha frente, abriu a caixa de ferramentas e retirou um alicate universal. Com a ferramenta, apertou levemente meus testículos e fortemente meu Pênis. Claramente se divertia...
É claro que isso foi dolorido mas nem chegou perto do que ele fez em seguida; com o alicate arrancou meu pelos pubianos. Todos! Eu me debati, gritei, pedi para parar e o Mestre não estava nem ai continuava a me "depilar" comum sorriso no rosto. Se não tivesse aquele adesivo no meu ânus, todo o enema já teria saído.
Quando terminou, me desconectou e me mandou ficar de quatro no chão, catando todos os pêlos que havia arrancado de mim. Quando estava terminado de cumprir sua ordem, ele retirou, de uma só vez, o adesivo em meu ânus, arrancando os pelos que ali estavam e terminando seu trabalho.
Ordenou que fosse ao banheiro, na porta ao lado daquele quarto,que jogasse fora tudo que tinha pego do chão e usasse o vaso para soltar toda a água que estava em meu intestino. Deveria também tomar banho e voltar para aquela sala.
Quando voltei, vi que havia um dispositivo de castidade em cima da cama. Era algo grande, com uma chapa de metal de uns 5 cm que iria em volta da minha cintura e uma outra que ficaria entre minhas pernas, nessa havia um tubo que abrigaria meu pênis, impedindo que ficasse duro. Onde deveria estar o buraco para o ânus havia apenas um plug pequeno, na verdade era uma esfera de metal de uns 6 cm de diâmetro com ligada à chapa do dispositivo por um pequeno tubo, também de metal. Era bem curo com uns 2 ou 3cm de comprimento.
Mestre K ainda sentado na cadeira, ordenou que voltasse à cruz, o que obedeci prontamente. Colocou lubrificante no plug e no tubo e me colocou em castidade fechando o dispositivo com um cadeado.
O plug e o tubo se encaixaram perfeitamente, se não fosse a dor daquela esfera entrando em mim, até seria confortável.
Mandou o seguir até a sala e ficar do lado da caixa com minhas roupas, com as mãos na parede. Soltou a coleira e as algemas nos meus pulsos e tornozelos. Mandou eu me vestir.
Só então que pude ver no celular; eram mais de 22:30.
já vestido, Mestre K abriu a porta e apenas disse enquanto apontava para a saída:
-Eu te ligo.
Era difícil andar com aquele negócio de metal entre minhas pernas. Como a condução estava lotada, preferi usar o transporte por aplicativo.
Chequei em casa e fui direto para cama. Desmaiei de dor e de cansaço.
Na manhã seguinte o despertador tocou. Era hora de levantar e ir para o trabalho. Que desculpa daria para a falta da tarde anterior?
Fui ao banheiro. Na hora de urinar, precisei me sentar e deixar que escorresse pelo pequeno orifício no tubo. Era necessário fazer aos poucos para que a urina não subisse pelo tubo saindo por cima.
Foi então que percebi o porquê do enema da noite anterior. Aquele plugue impediria que algo entrasse ou que saísse. Minhas necessidades estavam totalmente nas mãos de Mestre K.
Continua?
Bem, esse foi um pequeno bônus de natal.
Gostaria muito que vocês fizessem um comentário sobre o conto. É a única recompensa que eu recebo por escrever.
Aproveito para lembrar que meus contos não são reais e as técnicas não dever ser reproduzidas por ninguém.
10 comentários para a próxima parte.
Desejo a todos um feliz natal e um próspero ano novo!
Obrigado por lerem meus contos!
