Toc, toc, toc... Toc, toc...
Karen dormia profundamente em sua aconchegante cama de lençóis brancos. Deita de bruços vestia apenas sua querida e estimada calcinha rosa da playboy que de forma evidente se mostrava pequena demais perante aquela enorme bunda kryptoniana que a engolia completamente.
Toc, toc, toc... Toc, toc... Novamente ressoou pelo apartamento.
Karen remexeu-se em cima do colchão incomodada com o barulho, esticou o braço em direção ao seu criado-mudo e tentou desligar o despertador. Entretanto lembrou que não tinha mais um, pois desde que quebrara o anterior dias atrás ainda não havia comprado um novo.
Toc, toc, toc... Toc, toc...
Ao ouvir de novo o som, Karen soltou um longo suspiro desgostoso ainda recusando-se a abrir os olhos que pareciam pesar uma tonelada cada. Depois de um dia cansativo para sua cabeça, fora jantar com Simon para relaxar e acabou voltando bem tarde para casa. A noite havia sido divertida, se empanturraram de comida enquanto davam boas risadas com antigas histórias de derrotas, mas agora Karen sentia aquele famoso arrependimento de “Porque não fui dormir mais cedo?”.
Toc, toc, toc... Toc, toc.
—Merda. – resmungou ela com um longo suspiro.
Karen com um esforço colossal começou a abrir os olhos e claridade do dia atingiu sua vista de forma “dolorosa”. Irritada por ter seu prazeroso sono interrompido jogou seu corpo para o lado e seus enormes seios nus sacudiram pesadamente em seu peito com o movimento rápido que fizera. Agora virada para cima ficou encarando o teto do apartamento por alguns segundos até que sentiu seu cabelo loiro grudado em seu rosto que parecia úmido.
—Que beleza. – resmungou Karen ao passar a mão em sua face e perceber que havia babado enquanto dormia.
Sentou-se na cama e olhou para seu travesseiro de fronha branca que mostrava um belo e grande circulo molhado de saliva. “Eu mereço” pensou ela.
A porta novamente tocou e Karen de má vontade saiu da cama e deu uma longa espreguiçada no corpo. Pegou o celular para ver as horas, o qual marcava 9:10 da manhã. Jogou o aparelho em cima da cama e foi até o guarda-roupa, onde puxou uma camisola e vestiu.
Então partiu para a porta e ao abri-la seus dentes se apertaram em ódio.
—Fisher. – resmungou Karen quase como um sussurro de raiva ao ver o jovem adolescente ruivo parado logo a sua frente.
—Bom dia. – respondeu Fisher também parecendo bravo.
—O que você quer? – perguntou Karen tentando evitar dar um belíssimo soco na cara daquele moleque sem noção.
—Vim para meu treinamento. Você disse que eu tinha que estar aqui todos os dias as 8:00. Mas já faz mais de uma hora que estou aqui esperando. – reclamou Fisher.
Karen revirou os olhos lembrando-se do acordo deles e soltou um longo suspiro desanimado.
—Entra. – respondeu Karen dando passagem ao garoto.
Fisher entrou todo marrento e nem se quer olhou no rosto dela, muito menos em seus seios o que não era comum.
Após fechar a porta Karen foi logo ao ponto.
—O que tem contigo garoto? – perguntou Karen colocando as mãos na cintura e levantando uma das sobrancelhas.
—Nada. – respondeu Fisher de um modo seco. —Eu só vim treinar como a senhora combinou.
Karen sentia que tinha algo errado. Fisher sério e educado? Isso não era normal. E o mais alarmante era que até o momento o moleque ainda não tinha lançado um de seus olhares tarados para cima dela.
—Certeza? – perguntou Karen novamente.
—Sim. – respondeu Fisher prontamente sem contato visual.
Karen pensou um pouco.
—Você não quebrou nada aqui em casa ontem né? – perguntou ela observando cuidadosamente seu apartamento.
Fisher pareceu ficar sem jeito e após algumas tosses se recompôs.
—É claro que não, pode conferir. Está tudo ai no lugar certinho. Não mexi em nada. Nadinha. – falou Fisher apontando para os lados.
Karen ainda estava desconfiada.
—Certo... Vou tomar um banho rápido e já volto para falar com você. Pode assistir TV se quiser. – explicou ela.
Fisher apenas confirmou que entendeu balançando a cabeça.
Karen pegou algumas peças de roupas e partiu para o banho. Enquanto se banhava utilizou sua visão de raios-x para ver se o garoto não tentava espia-la pela porta, mas para sua surpresa Fisher estava sentado no sofá assistindo TV. Isso a deixou ainda mais curiosa.
Após sair do banheiro mais bem humorada, Karen foi preparar algo para comer.
—Já tomou café da manhã? – perguntou Karen montando um pelo sanduiche recheado generosamente com diferentes condimentos.
—Já. – respondeu Fisher dando uma rápida espiadela para o que ela estava fazendo.
—Você quer um? – perguntou Karen mostrando o seu mega sanduiche.
—Não, obrigado. – falou Fisher olhando com desejo para a comida e desviando o olhar para TV.
“O que está pegando com ele?” – pensou Karen preparando outro sanduiche.
Terminado de preparar sua obra de arte alimentícia, colocou um em cada prato com um copo de suco de laranja, foi até Fisher e sentou-se ao seu lado de pernas cruzadas.
—Toma. – disse Karen oferecendo um dos pratos.
—Eu disse que não queria. – respondeu Fisher tentando parecer sério, mas visivelmente atraído pelo saboroso sanduiche.
—Garoto... Para de joguinho e pega logo que eu sei que você quer. – criticou Karen empurrando o prato para Fisher que aceitou.
Os dois começaram a degustar o belíssimo sanduiche de presunto com diversos condimentos que Fisher tentou identificar, mas não conseguiu descobrir o que eram.
—Hum. – balbuciou o garoto adorando o sabor em sua boca.
—É bom né? – gabou-se Karen sorridente, talvez isso melhorasse também o humor dele e o fizesse abrir o bico.
Fisher apenas assentiu com um meio sorriso e um balançar de cabeça tímido.
Alguns minutos em silêncio entre os dois, apenas ouvisse cada um devorando seu sanduba com o noticiário passando na TV até que Fisher interrompeu:
—Porque você não foi ontem? – perguntou ele mais amigável, porém com uma tonalidade frustração.
—Não fui onde? – perguntou Karen largando o prato na mesinha de centro e voltando sua atenção ao garoto.
—Na quadra de basquete, as 6:30. Tínhamos combinado de você aparecer e confirmar para meus amigos que aquela calcinha era sua. – explicou Fisher.
“Droga” lembrou-se Karen do pedido dele.
—Ah... Foi mal Fisher. Eu me esqueci. – falou Karen com pesar na voz.
O dia anterior havia sido um turbilhão para ela. Teve que inspecionar a empresa, fazer uma entrevista com um babaca, depois foi sequestrada e teve que retornar para terminar a papelada que havia deixado mais cedo. Karen nem sequer lembrou-se do pedido de Fisher.
—Você ficou com vergonha de falar aquilo? – perguntou o garoto.
—O que? Não. – respondeu Karen, pois falar aquilo para um bando de adolescentes não era nada demais. —Eu só me esqueci mesmo. Tive um dia bem complicado ontem. – tentou explicar.
—Ah. – falou Fisher parecendo bem decepcionado.
Karen ainda sabia que tinha mais naquilo.
—Aconteceu alguma coisa ontem lá na quadra com seus amigos? – perguntou Karen curiosa.
Fisher ficou em silêncio por alguns segundos.
—Bom... É que... – começou ele parecendo pensar bem no que iria falar.
—É que...? – perguntou Karen inclinando-se para o lado dele.
—É que quando chegou perto da hora de você aparecer, eu mostrei a calcinha para eles e disse que era sua. – falou Fisher de um modo mais tímido.
Karen já havia entendido tudo.
—Já sei... Você ficou se exibindo com a minha calcinha e como não apareci, eles não acreditaram em você e te zuaram. Estou certa? – perguntou Karen com um sorriso cômico no rosto.
—Sim. – confirmou Fisher de uma forma tímida.
Karen riu levemente e Fisher a olhou envergonhado.
—Relaxa garoto. Eu apareço lá hoje e confirmo. – disse Karen ainda sorridente.
—Não vai dar. – falou ele.
—Por quê? Não vão se encontrar hoje? – perguntou Karen.
—Depois de me zuarem bastante, disseram que não querem andar com um mentiroso. Fui expulso do grupo. – explicou Fisher parecendo muito frustrado.
O sorriso cômico de Karen foi sumindo aos poucos como um navio no horizonte e um sentimento de culpa foi crescendo em sua mente ao escutar aquelas palavras.
—Eu sinto muito. – falou Karen de um modo mais sério.
—Tudo bem. – falou Fisher de cabeça baixa tentando esconder a frustração.
“Droga, não faz isso” pensou Karen vendo a reação do garoto e seu sentimento de culpa crescendo ainda mais.
—Seus amigos são uns idiotas, sabia? Te expulsarem por causa de uma bobagem dessas. – falou Karen recostando-se no sofá. —Eu teria te deixado no grupo só para te dar aquela zuada de leve, daria uma boa história no futuro. – completou sorridente.
Fisher olhou para ela e sorriu sem jeito.
—Quer saber? Hoje seu treinamento vai ser diferente. – falou Karen levantando-se do sofá animada.
—O que? – perguntou Fisher confuso.
—Vamos dar uma volta pela cidade. – disse Karen mexendo as mãos no ar.
—Volta? – falou Fisher parecendo mais curioso.
—Sim. Eu como Poderosa e você como... – falou Karen ergueu os olhos pensativa.
—O Escorpião Ruivo. – completou Fisher animado.
—O Escorpião Ruivo? – falou Karen estranhando demais aquele nome.
—Sim. Pode ser? Pensei muito nos últimos dias no meu nome de herói-ajudante e esse eu gostei bastante.
—É... Como nome temporário dá para usar. – falou Karen não querendo quebrar a alegria dele.
—Isso. – comemorou Fisher. —O Escorpião Ruivo, o terror dos bandidos e colírio das garotas. – exclamou ele fazendo uma voz mais grossa.
Karen riu levemente.
—Então Escorpião Ruivo, precisamos de um uniforme para você. – falou Karen colocando as mãos na cintura e olhando o garoto dos pés a cabeça.
—SIM, SIM. Eu pensei em uma roupa tipo do Batman só que vermelha e na cabeça a mascara seria um rosto de um escorpião e atrás sairia a cauda dele como um cabelo. – explicou Fisher todo animado.
—Segura essa cauda ai Escorpião. Você ainda está em treinamento, vamos começar com algo mais simples e humilde. – falou Karen balançando as mãos. —Lembre-se do que falei do Robin.
—Certo. – concordou Fisher um pouco menos animado. —Como vai ser?
—Vamos fazer com menos glamour. Me traz algumas roupas velhas suas que eu dou um jeito. – disse Karen já tendo umas ideias.
—Minhas roupas velhas? – questionou Fisher menos animado ainda.
—Sim. A humildade é uma das principais características dos super-heróis. – argumentou Karen segurando o riso.
—Tá bem. – concordou Fisher indo para sua casa buscar algumas peças de roupas velhas.
Não demorou muito e garoto retornou com os braços lotados de roupas. Karen achou um exagero aquela quantidade.
—Acho que trouxe pouco hein. – disse ela em um tom irônico vendo a pilha de roupas em cima do seu sofá.
—Se quiser posso trazer mais? – falou Fisher todo animado sem entender o sarcasmo dela.
—Eu estava brincando. Isso já é mais que o suficiente. – explicou Karen começando a mexer naquele amontoado.
Quarenta minutos depois...
—Não ficou tão ruim. – disse Karen com as mãos na cintura enquanto olhava para Fisher que estava enfrente ao espelho com seu novo uniforme.
—Ficou legal mesmo. – elogiou ele o trabalho de Karen.
Fisher vestia uma camisa preta de mangas vermelha que fora retirada de uma e costurada na outra. Em seu peito tinha o símbolo de um escorpião pintado por Karen que também tingiu parte de sua bermuda preta com algumas linhas em vermelho. Seus pés calçavam um all star velho também da cor preta e sua mascara consistia em uma blusa preta que tapava metade do seu rosto e ia se enrolando para traz como um cabelo amarrado com um metal curvado na ponta para tentar lembrar a cauda de um escorpião.
Após ficar algum tempo se admirando em frente ao espelho, Fisher ficou muito empolgado para sair.
—Então vamos caçar quem? Ladrões, terroristas, assassinos, alienígenas? – falou ele em tom misterioso. —Nossa você já se trocou.
Karen já havia colocado seu uniforme de Poderosa. Um maiô branco com um generoso decote, uma capa vermelha, luvas e botas azuis. Era evidente que o traje dela era bem mais elegante e refinado do que o de Fisher.
—Vamos ver o que encontramos por ai. – disse Karen sorridente. —Você não tem medo de altura né?
Poderosa não pretendia procurar nada do que Fisher dissera. Mesmo que o lugar mais seguro do mundo fosse ao lado dela, Poderosa não tinha intenção de colocar a vida do garoto em risco, por menor que fossem as chances. Então sua ideia era sair com Fisher voando pela cidade, dar uma passada na delegacia para conversar com alguns policias, resgatar algum gato preso em uma árvore e se tivessem sorte encontrar algum pichador distraído e dar lhe uma bronca. Simples como cozinhar um ovo.
Algum tempo depois...
Quando Poderosa agarrou Fisher pela cintura e levantou voo, o garoto ficou com muito medo da altura e parte de seu turismo voador pela cidade foi feito de olhos fechados.
—Você está perdendo uma bela vista da cidade. – comentou Poderosa com um leve riso.
—Tudo bem. Só me avise quando chegarmos ao chão. – pediu Fisher.
Contudo a curiosidade dele foi ficando cada vez maior, pois Poderosa não parava de falar das coisas que estava vendo a centenas e centenas de metros abaixo. Então aos poucos Fisher foi abrindo os olhos e descendo sua visão para baixo de forma lenta e cuidadosa. Poderosa notando que garoto criou coragem para apreciar a bela paisagem abaixo, apertou um pouco mais seu braço ao redor da cintura dele, o que fez Fisher ficar mais confiante de que não cairia.
Não demorou muito para ele finalmente estar olhando para todos os lados com curiosidade e tagarelando sem parar enquanto apontava com o dedo. Poderosa não sabia se ficava contente ou com irritado com aquilo. Em certos momentos em que o garoto parecia uma metralhadora de palavras Poderosa pensou seriamente na possibilidade de largar Fisher e deixa-lo se esborrachar ao chão.
—Ninguém iria saber. – resmungou Poderosa baixinho enquanto este pensamento se tornava engraçado em sua mente.
—O que você diss... - começou Fisher, porém teve seu raciocínio interrompido ao perceber o que estava bem próximo ao seu rosto.
O enorme decote do traje de Poderosa.
Fisher ficou hipnotizado olhando aqueles grandes seios que estavam a um palmo de distancia de seu rosto. Nunca havia chegado tão próximo deles. Ele estava tão perto que aquelas mamas pareciam ainda mais gigantescas do que o normal. O garoto ficou em silêncio admirando o generoso decote ao seu lado enquanto começava a sentir sua boca salivar de desejo.
Poderosa logo notou o estranho silencio repentino de Fisher e ao olhar em sua direção pegou o jovem Escorpião Ruivo embasbacado olhando fixamente para seu decote. Por um instante ela cogitou a possibilidade de deixa-lo ali, quieto e não dizer nada e ter uma pouco de silêncio até chegarem a delegacia. Porém o garoto estava com uma cara tão de idiota que ela não conseguiu se aguentar:
—Não sou sua mãe. – falou Poderosa em um tom ríspido.
Fisher no mesmo instante olhou para o rosto dela sem entender.
—O que? – perguntou ele.
—Se está com fome e quer ser amamentado peça para sua mãe, porque aqui não tem leite. – explicou Poderosa serrilhando os olhos em direção ao garoto.
Fisher ficou com o rosto corado parecendo quase um pimentão vermelho. Poderosa gostou daquela reação e esboçou um sorriso de satisfação, o qual Fisher notou.
—Então quer dizer se você tivesse leite ai me deixaria mamar neles? – devolveu Fisher de forma sarcástica querendo dar o troco.
No mesmo instante o sorriso de Poderosa desapareceu do rosto precedido de um longo suspiro de raiva. Então ela olhou para Fisher com um leve sorriso frio e abriu o braço.
Fisher soltou um grito alto ao começar a despencar do céu em direção ao solo. Poderosa ficou levitando no ar enquanto observava o garoto cair.
—DESCUUULPA... FOI SÓ UMA BRINCADEIRA... AAAAH... EU NÃO FAÇO MAIS... EU JURO... AAAAH. POR FAVOR, NÃO ME DEIXA MORRER. – repetia Fisher desesperado.
O garoto já conseguia ver o asfalto quase com perfeição e então antes de se esborrachar fechou os olhos.
—AH. – gritou Fisher uma ultima vez e depois ficou em silêncio com braços enfrente ao rosto.
Alguns segundos passaram e ele não sentiu nada, apenas uma brisa tocando em seu rosto e um som esquisito perto da sua cabeça.
Fisher criou coragem e foi abrindo os olhos. Ele estava novamente no alto e ao seu lado estava Poderosa que parecia estar tentando segurar o riso. Porém não aguentou e caiu na gargalhada.
—Acho que você aprendeu sua lição. – falou Poderosa rindo.
—Isso não tem graça. – falou Fisher bravo.
—Ah tem sim. – afirmou Poderosa rindo bastante. —Da próxima vez seja mais educado ao falar com uma mulher. – completou ainda rindo muito.
Fisher não disse nada apenas ficou quieto por um tempo querendo se recuperar do susto.
—Poderosa? – falou o garoto momentos depois.
—O que foi? – perguntou Poderosa ainda dando algumas ultimas risadas perdidas.
—Eu acho que me borrei todo. – falou Fisher encabulado e fazendo Poderosa voltar a rir muito.
Após uma pequena pausa em um banheiro publico...
O susto de Fisher havia sido em vão, pois sua cueca estava felizmente limpa para seu orgulho. Então Poderosa e seu ajudante continuaram seu “treinamento” pelas ruas de Nova York, visitaram a delegacia, onde Fisher se proclamou o novo herói-ajudante da cidade e até ganhou algumas rosquinhas e risadas dos policiais. Depois ambos partiram a procura de alguma “ação”, o qual foi conseguida ajudando a resgatar alguns animais de árvores e telhados altos como o previsto.
Enquanto perambulava pela cidade sobre o pretexto de ser uma patrulha qualquer, Poderosa escutou novamente alguns boatos que o Crocodilo estava na cidade aprontando alguma. Ela vinha ouvindo a mesma coisa de diferentes fontes nas ultimas semanas, porém até aquele momento não havia encontrado nada suspeito nas ruas ou qualquer coisa que demonstrasse que Crocodilo estivesse em Nova York.
Crocodilo também conhecido como Killer Croc, era um homem que nasceu com uma mutação genética que lhe deu grandes traços reptilianos, além de habilidades sobre-humanas. Croc era um criminoso de Gotham sem escrúpulos que almejava ser o chefão da cidade, era extremamente cruel e perigoso com um comportamento brutal. Poderosa meses atrás havia ajudado Batman a prendê-lo no asilo Arkham e desde então não teve mais noticias de seu paradeiro. Apenas soube mais tarde que Crocodilo conseguira escapar de sua prisão.
Poderosa estava com Fisher em uma barraca de cachorro-quente pronta para fazer um saboroso lanche da tarde quando bem próxima dali escutou um grande barulho semelhante a uma explosão. Imediatamente ela agarrou o garoto pela cintura e foi em direção ao som.
—Meu cachorro! – exclamou Fisher ao derrubar sua refeição ao chão.
—Compro outro depois para você. – falou Poderosa voando rapidamente para o local.
Em segundos chegaram ao lugar, onde a policia já estava tentando controlar uma multidão curiosa que observa um grande buraco no meio da rua que adentrava para o grande esgoto da cidade. Poderosa largou Fisher ao solo perto dos policiais e foi falar com um deles.
—O que aconteceu? – perguntou Poderosa.
—Crocodilo apareceu assaltou aquela loja ali e depois voltou para o esgoto. – explicou um dos policiais que parecia amedrontado.
Poderosa olhou para entrada da loja que estava completamente destruída e logo voltou sua atenção para o grande buraco no meio da rua.
“É parece que os boatos são verdade” pensou ela.
Poderosa aproximou-se de Fisher que escutava atentamente todas as conversas ao seu redor e parecia altamente empolgado com aquilo.
—A gente vai atrás dele, certo? – perguntou Fisher todo animadinho.
—Eu vou, mas você vai ficar aqui com os policiais. – disse Poderosa.
—O que? Não. Eu sou seu ajudante tenho que ir junto. – argumentou Fisher.
—Dessa vez não. Croc é muito perigoso e insano, você pode acabar se machucando e eu não quero isso. Dessa vez você fica. – advertiu Poderosa firmemente deixando claro que aquilo não era negociável.
—Mas... – tentou falar Fisher, porém foi interrompido pela voz de Poderosa.
—Fiquem de olho nele. Eu vou dar um jeito no Croc e não deixem ninguém entrar no esgoto da cidade até eu voltar. – falou Poderosa para um dos polícias.
—Pode deixar Poderosa. – falou o policial colocando uma das mãos no ombro de Fisher.
Poderosa saiu voando com sua super-velocidade para dentro do buraco e nem prestou atenção no protesto de Fisher que ficou para trás.
Alguns minutos depois abaixo das ruas da cidade...
Poderosa voava pelos fétidos e podres corredores dos esgotos tentando a todo custo evitar a água insalubre abaixo e os pingos escuros que caiam do teto. Contudo Croc havia deixado um generoso rastro por onde passou, marcas de grandes e grossos arranhados apareciam tanto nas paredes quanto no teto. Não demorou para ela encontrar o esconderijo de Crocodilo, logo abaixo estava um grande câmara circular onde desaguava algumas cachoeiras de imundice, porém diferente dos corredores sujos e mais apertados, o lugar era imenso e com o teto bem alto. Havia um chão seco de concreto, o qual podia-se pisar e algumas escadas nas paredes que levavam a algumas entradas no teto.
Bem em seu centro encontrava-se Crocodilo. Um homem imenso com mais de 2 metros e 20 de altura. Era extremamente musculoso e sua pele era composta por grossas escamas verde-escuras. Suas costas apresentavam grandes espinhos e em seus longos dedos afiadas agarras. O seu rosto ainda apresentava traços humanos, porém com uma pele grossa e escamosa. Suas pupilas eram vermelhas e todos seus dentes afiados como grossas agulhas assustadoras.
Croc assim como Poderosa, tinha sua pele invulnerável graças a dureza e a resistência de suas escamas. Sua força era colossal conseguindo aplicar facilmente mais de 20 toneladas em um único golpe e podendo levantar até 50x seu próprio peso. Todos seus sentidos eram aprimorados, além de possuir uma sensibilidade sobre-humana que podia fazê-lo saber e sentir quando alguém se aproximava ou quando pretendiam tocar em sua pele.
Logo Croc olhou para cima detectando a presença de sua antiga captora.
—Poderosa! – exclamou Croc com raiva fazendo sua grossa voz retumbar pelo lugar.
—Croc. Ainda não se cansou de viver rastejando pelos esgotos? – falou Poderosa descendo aos poucos enquanto ainda levitava no alto.
—Aqui é meu habitat e logo será o seu também. – advertiu Croc exibindo seus longos dentes afiados.
—Todos sempre com o mesmo papo. – criticou Poderosa já tendo ouvido aquilo centenas de vezes.
—Levei meses planejando meu ataque a Gotham e você apareceu e estragou tudo. Eu poderia ter sido o rei daquela cidade desprezível. – falou Croc com muito ódio na voz.
—No máximo você teria sido o rei dos esgotos. – caçoou Poderosa.
Croc rosnou.
—Depois você me enjaulou feito um animal em Arkham e agora vai pagar por isso. – ameaçou Croc.
—Se você não agisse feito um animal, não precisaria te tratar como um. – protestou Poderosa. —Então como vai ser? Por bem ou por mal? – perguntou Poderosa parando no ar a uns 2 metros acima de Croc.
—Por mal. – escolheu ele tentando esboçar um sorriso em seu rosto rígido.
—Bom, já que você quer levar outra surra... – sentenciou Poderosa indo na direção dele.
Entretanto quando ficou a um metro de Croc, o grande reptiliano ergueu o braço e abriu a mão. Poderosa parou no ar e ficou olhando fixamente para uma pequena pedra brilhante de cor rosa. Estranhamente seus olhos pareciam hipnotizados por aquela gema radiante e seus sentidos começaram a ficar estranhos. Poderosa não estava ficando tonta ou desorientada, mas sim mais calma. Um incomum calor começou a percorrer seu corpo e sua respiração ficou mais forte. Seu coração batia mais rápido e em poucos segundos sua a pele estava umedecida por um leve suor quase como o orvalho que cai durante a noite sobre a vegetação.
O estranho calor que sentia começou a ficar mais intenso nas aureolas de seus seios que se forçavam contra o traje e por algum motivo lhe causava certo prazer. Aquela sensação quente desceu por seu corpo e parou no meio de suas pernas, e sem saber o porquê, Poderosa contraiu seus orifícios fortemente quase como um sinal de desejo. Seu ânus e sua vagina se contraiam e descontraiam como se quisessem sugar algo para dentro. Logo Poderosa sentiu o interior de sua buceta começar a ficar muito molhado e sensível.
“O que está acontecendo comigo? Porque estou ficando tão excitada?” - pensou ela sentido seu corpo estremecer.
Croc apenas observava e sorria medonhamente.
—O que... É... Isso...? – apontou Poderosa para a pedra rosada com sua respiração mais pesada e sem a menor intenção de se mover.
—Isso? – risadas. —Isso é kryptonita rosa. – falou Croc em um tom vitorioso.
—Kryptonita... Rosa? – repetiu Karen sentindo aquele calor ficar mais intenso em seu corpo.
—Sim. Não é tão boa quanta a verde, mas tem efeitos interessantes em kryptonianos. – disse Croc sorridente.
—Efeitos? – repetiu Poderosa parecendo cada vez mais perdida em seus pensamentos tentando manter seu raciocínio acima de sua forte excitação.
—Digamos que essa pedrinha causa uma imensa excitação nos kryptonianos e um desejo sexual inimaginável. – explicou Croc.
Poderosa entendeu tudo. Entretanto estava tão excitada naquela altura que fechou os olhos e não conseguiu pensar em mais nada além de sexo. Seu cheiro, seu sabor, seu calor, suas posições, suas perversões.
“Vamos Karen... Se concentra... Para de pensar bobagens...”- dizia Poderosa para si, mas nada adiantava. Quanto mais lutava contra aquilo, mais forte a pedra brilhante agia em seu corpo e aumentava drasticamente sua excitação.
Tanto seu corpo quanto sua mente estava envoltos naquela armadilha sexual. Aquela pedra radioativa agia com tanta força nela que Poderosa parecia ter perdido a disposição para tentar se afastar ou jogá-la longe.
Por mais que lutasse internamente, seu corpo se entregava cada vez mais a lascívia e ao desejo enquanto Croc apenas a assistia tudo de forma contente e satisfeita.
Logo seu espirito guerreiro foi quebrado com uma atitude de seu oponente.
Croc arrancou as próprias calças e sentou-se nu em um grande trono feito de canos e metais retorcidos construído por ele. Suas pernas estavam abertas mostrando orgulhosamente seu grande falo.
Poderosa olhou para aquilo e desistiu de resistir.
Pousou devagar aos pés de seu inimigo e ajoelhou-se bem enfrente aquele grande pênis rosado. O pau de Croc era comprimento e largo com diversas veias grossas que percorriam aquela monstruosidade peniana.
Poderosa conseguia apenas pensar no cheiro e no gosto que aquilo deveria ter.
—Como será o sabor dessa porra? – sussurrou Poderosa olhando para as enormes bolas de Croc.
—Está na hora de você pagar o que fez comigo kryptoniana. – disse Croc agarrando seu membro e erguendo para Poderosa.
Ela não questionou, não revidou e não argumentou. Apenas retirou as luvas e agarrou com firmeza aquele pau pesado e grande. Então sem nenhuma timidez Poderosa inclinou-se e enterrou seu nariz nas bolas de Croc dando uma bela e profunda cheirada naquele saco.
O cheiro forte de suor invadiu suas narinas e fez seu corpo estremecer de desejo. Poderosa sorriu para Croc e deu uma generosa lambida em suas bolas.
—VAMOS DESCOBRIR QUE GOSTO TEM AQUI DENTRO. – falou Poderosa totalmente dominada pelos desejos libidinosos enquanto seus olhos brilhavam na mesma cor da pedra na mão de Croc.
—Isso... Seja uma boa vadia e comece a chupar. – ordenou Croc.
Poderosa já salivando de desejo deu uma lambida bem molhada que subiu da base do pau até a cabeça rosada, fazendo um choque prazeroso percorrer o corpo de Killer Croc.
Então com voracidade abocanhou aquela enorme glande começando a chupá-la com força. No interior de sua boca sua língua lambia e se esfregava querendo saborear cada centímetro e cada canto daquela carne sensível. Croc respirava pesadamente com um sorriso vitorioso no rosto enquanto assistia aquela enorme loira cavala kryptoniana mamar fortemente em seu membro.
Poderosa brincava satisfeita na cabeça daquele pau duríssimo, suas lambidas e chupadas se alternavam com levíssimas mordiscadas que faziam Croc se contorcer em seu trono metálico. Contudo aquilo era apenas o começo. Ela olhou para cima e sorriu sem retirar o pau dentro da sua boca como se quisesse dizer “Agora o show vai começar”.
Então Poderosa com um fortíssimo chupão que só um kryptoniano poderia dar puxou para dentro de sua boca metade daquele pau duro de uma só vez. Croc chegou a ter seu quadril puxado para frente por aquela vigorosa sucção que lhe arrancou um gemido alto de prazer.
Poderosa chupava com vontade o pau imenso a sua frente, babando bastante enquanto escorregava para dentro e fora de sua boca. Sua língua percorria toda a extensão daquele falo rosado deixando-o ainda mais molhado por sua saliva e retornando a suga-lo com furor.
Croc se contorcia fortemente em cima de seu trono enquanto suas mãos seguravam os braços metálicos de seu assento a cada chupada furiosa que recebia, parecendo que Poderosa queria sugar sua alma por ali. Ele sabia que se não fosse sua super resistência sobre-humana com certeza aquela kryptoniana já teria arrancado seu membro fora com aqueles chupões, porém como esse não era o caso, o que lhe restava era apenas apreciar o extremo prazer proporcionado pela força bruta daquela boca úmida.
Ajoelhada Poderosa degustava aquele pau duro de sabor peculiar. Alternava entre lambidas generosas e mamadas ferozes, escorregava sua boca molhada por aquele membro cheio de veias grossas que deviam transporta uma boa quantia de sangue para manter aquela monstruosidade de carne em pé.
Sem pudor algum e dominada pelo desejo e a depravação, Poderosa batia e esfregava aquela enorme pica pesada em seu rosto fazendo um som estalado ecoar naquela grande câmara circular e pelos corredores pútridos dos esgotos. Sua alta excitação a estimulava enterrar a cara nos avantajados testículos de Croc e cheirá-los com prazer, a mistura do odor suado com sua própria saliva escorrida por seu boquete super babado a deixava ainda mais doida para transar.
Poderosa esfregava seu rosto naquelas enormes bolas sorrindo como se fosse a prostituta mais bem paga para fazer aquilo.
—ESTÁ NA HORA DE DRENAR ESSAS BOLAS. – anunciou Poderosa apertando levemente os testículos de Croc que gemeu de prazer.
Então ela agarrou com as duas mãos aquele pau espesso e cabeçudo, sorriu e de um modo selvagem voltou a chupá-lo com mais força e maestria babando em grandes quantidades de uma maneira obscena.
A excitação, o desejo e a lascívia que Poderosa sentia queimando em seu interior era colossal. Aquela pequena gema rosa de kryptonita retirou todas as vontades de Karen, seu senso de justiça, sua presença de espirito, sua força para lutar, sua dignidade e seu orgulho. A única coisa que a pequena pedra brilhante deixou em Poderosa foi uma sede avassaladora por sexo, uma sede que ansiava pelas formas mais depravadas e “sujas” que o ato sexual poderia proporcionar.
Poderosa estava tão ensandecida de desejo e tesão que sentia inveja de cada mulher humana e até mesmo de cada prostituta que existiu na historia daquele planeta por terem o prazer de sentar e chupar um pau duro. Esta inveja era ecoada na enorme câmara por diversos sons úmidos e molhados produzidos por fortes sucções vorazes.
Quando terminasse com Croc, Poderosa planejava apenas uma coisa: reunir cada homem da Terra, do mais jovem ao mais velho, para uma grande orgia sem fim com ela.
“Sim. Eu sou uma deusa neste lugar, cada macho desse planeta pertence a mim e somente a mim.”- pensou Poderosa mamando sem parar naquele ser reptiliano.
“Irei começar por este.” – concluiu Poderosa.
Algum tempo atrás fora dos esgotos de Nova York...
Fisher ainda não acreditava que Poderosa tivesse lhe deixado para trás. A aparição de Crocodilo tinha sido a coisa mais legal que aconteceu naquele dia. Tudo bem que o sanduiche que ela fez pela manhã também foi algo fenomenal, mas aquilo era bem mais divertido e interessante. Pensava Fisher sentado na calçada com a cabeça apoiada nas mãos.
Fazia vários e vários minutos que Poderosa havia entrado naquele enorme buraco no meio da rua. Os policias isolaram a área com fitas para afastar o publico curioso que ainda se mostrava em peso. Todos sabiam que Croc era extremamente perigoso e deixar que Poderosa resolvesse a situação sozinha era a melhor opção.
—Relaxa garoto. Sua parceira está bem, já já ela aparece com Croc preso. – falou um dos policiais antes de sair correndo para impedir um fotografo de se aproximar do buraco.
Fisher não desacreditava no potencial de sua parceira, mas ele queria estar lá para ajudar. O que não era o caso naquele momento. Apesar disso, Fisher estava estranhando a demora dela para retornar. Croc não tinha como fugir, certamente ele não era mais rápido do que ela pensou o garoto. Poderosa era mais rápida, mais forte e mais resistente. Sem chance concluiu ele.
“A menos que...” – começou Fisher a cogitar diversas formas que Poderosa poderia ter sido derrota.
O garoto mudou de posição e ficou mais alerta.
“Será que o Croc tinha parceiros? Poderia ter atraído ela para uma armadilha. Será que Poderosa está com problemas?” – pensou Fisher quase tendo certeza daquilo.
O Escorpião Ruivo levantou-se rápido e foi falar urgentemente com um policial. Contudo na metade do caminho seus passos foram ficando cada vez mais lentos e ideias começaram a surgir.
“Porque vou avisar isso para um policial, se sou eu o ajudante dela? Poderosa está contando comigo e não com eles.” – pensou Fisher olhando para os guardas distraídos com a multidão e depois voltando sua atenção para o buraco.
“Eu que tenho que ajuda-la.” – conclui ele indo em direção à fissura no asfalto.
Os policiais que estavam ocupados segurando repórteres inconvenientes não perceberam o pequeno garoto se aproximando do buraco e sorrateiramente descendo.
Quando Fisher chegou ao fundo do buraco, correu em disparada pelo túnel escuro pretendendo sumir da vista dos polícias que poderiam notar sua falta. Alguns metros a frente encontrou uma curva, o qual parou para descansar e observar se não havia sido seguido. Após recuperar o fôlego, Fisher catou seu canivete suíço que tinha embutido uma pequena lanterna.
—Sabia que era uma boa trazer isso. – comemorou Fisher começando a inspecionar o escuro túnel.
A primeira coisa que sua lanterna iluminou foi seus pés que estavam completamente molhados.
—Eca. – resmungou ele vendo a água suja e fedida ao seu redor que batia na altura de sua canela.
Não havia nada que pudesse ser feito aquele respeito, então a atenção de Fisher foi para outras direções a procura de pistas. Não demorou para o garoto encontrar profundos sulcos nas paredes e no teto do túnel como se algo grande e afiado tivesse passado por ali e rasgado o concreto.
—Só pode ser o Crocodilo. – sussurrou Fisher empolgado com sua descoberta, mas ao mesmo tempo amedrontado por aquelas marcas.
O Escorpião Ruivo reuniu sua coragem juvenil e foi seguindo os rastros pelos escuros corredores do esgoto nova-iorquino. Cada barulho novo em seu caminho fazia o garoto dar um pulo assustado e mover seu pescoço para todos os lados como uma coruja em meio à noite. Água corrente, ratos, pingos e metais velhos rangendo eram os sons mais comuns naquele lugar que aos poucos foram caindo na normalidade da audição de Fisher.
Quanto mais adentrava naquele labirinto, mais temia dar de cara com Croc sem a presença de Poderosa. Entretanto isso não abalava seu espirito corajoso de ajudante, talvez por ser jovem e achar que nunca iria morrer, Fisher fosse tão imprudente daquela maneira.
Logo um novo som foi captado por seus ouvidos já aguçados pelo receio. Fisher não conseguia identificar que tipo de barulho era aquele, parecia algo engasgado até mesmo molhado. Talvez fosse um cano semi-entupido pensou.
Cada passo que dava a frente o barulho parecia mais nítido e alto. Agora um novo som surgia uma espécie de grunhido com gemido. Tal som fez a espinha de Fisher se arrepiar toda, porém com um caminhar mais lento continuou sua trajetória para o fim do túnel da onde pareciam emanar os estranhos barulhos.
Quando finalmente chegou ao seu fim, Fisher se confrontou com uma queda de mais de 20 metros de altura. A sua frente encontrava-se uma enorme câmara circular, o qual alguns túneis despejavam suas podridões. Ao começar inspecionar o lugar Fisher arregalou os olhos com que viu lá embaixo: Crocodilo, o enorme homem réptil, sentado no que Fisher denominou mentalmente de “Cadeirão” soltando vários grunhidos semelhantes a gemidos. E aos seus pés viu a metade de um corpo feminino e ao serrilhar os olhos para focalizar melhor sua visão, percebeu que era a Poderosa.
Fisher mudou varias vezes de posição tentando enxergar o que estava acontecendo lá embaixo e que sons eram aqueles, porém todas suas tentativas foram frustradas por diversos canos que cruzavam entre si em diferentes alturas e obstruíam boa parte de sua visão. O garoto voltou sua atenção para seu redor e em poucos segundos identificou uma rota para descer até o local onde os dois estavam.
Sem demora Fisher deu a volta nos túneis e encontrou uma escada que descia até algumas barricadas de concreto que poderiam escondê-lo. O Escorpião Ruivo ajeitou seu uniforme, aguardou seu canivete suíço e CUIDADOSAMENTE começou a descer.
A cada degrau que avançava, mais seu coração acelerava ao ouvir os sons que vinham lá de baixo. Em poucos segundos Fisher havia descido a longa escadaria e ao por os pés no chão moveu-se sorrateiramente entre os pequenos muros de concreto. Quando achou uma posição boa e escura para se camuflar, Fisher foi devagarzinho erguendo a cabeça até seus olhos ultrapassarem a barreira de concreto a sua frente.
—CARAMBA. – exclamou baixinho com que os seus olhos presenciavam.
Poderosa de joelhos segurando o pau duro de Croc com as duas mãos enquanto chupava ferozmente seu membro grosso e longo.
Fisher estava boquiaberto com a cena, parecia que seu cérebro havia congelado com aquela cena. Várias vezes remexeu os olhos com as mãos fechadas para ter certeza que não estava vendo coisa errada. Contudo a cena era clara e simples, Poderosa estava pagando um forte boquete para Croc.
O garoto não sabia o que fazer. Não moveu um músculo e nem piscou um olho. Apenas observava aquilo começando a ter um misto de sentimentos e sensações.
Poderosa mamava gulosamente aquela pica saborosa ao seu paladar enquanto Croc emitia gemidos tenebrosos em aprovação. De repente ele levantou-se e agarrou o cabelo loiro da kryptoniana. Fisher no mesmo instante abaixou-se torcendo para o enorme monstro não ter notado sua presença.
—VAMOS MAIS FUNDO. – escutou Fisher e sons mais molhados e engasgados começaram a ecoar pela imensa câmara.
Curioso, Fisher voltou a se levantar cuidadosamente para espiar o que ocorria e nova cena que se desenrolava a poucos metros fez o garoto sentir seu acelerado coração começando pulsar no meio de suas próprias pernas.
Croc segurava com firmeza os cabelos de Poderosa enquanto fudia sua boca fazendo-a engolir por inteiro seu membro desproporcional. Fisher estava tão próximo daquilo que conseguia ver a garganta de Poderosa se dilatando quando Croc empurrava sua pica grossíssima para dentro.
—ESTÁ GOSTANTO NÉ VADIA. – falou Croc para Poderosa, fazendo Fisher se abaixar rapidamente, mas em seguida voltado a espiar.
Fisher percebeu que Poderosa parecia estar gostando, pois apenas sorriu desajeitadamente com aquele membro dentro da boca.
Croc movia seu quadril para frente e para trás em um ritmo constante e forte. Não tinha nenhuma piedade ao enterrar seu longo falo no interior daquela garganta kryptoniana.
O Escorpião Ruivo começou a ficar cada vez mais excitado ao ver sua parceira de combate ao crime ser fudida pela boca. Não demorou muito para Fisher ficar com seu pau completamente duro.
Croc gemeu alto e agarrou a cabeça de Poderosa com suas duas grandes mãos.
—QUE TAL GOZAR DIRETO NO SEU ESTÔMAGO. – falou Croc fudendo com mais força e velocidade a boca de Poderosa.
Ela apenas sorriu e inclinou ainda mais a cabeça para trás dando total liberdade ao reptiliano.
Fisher estava de queixo caído com aquilo enquanto sem perceber já mexia em seu pau duro por cima de sua bermuda preta.
Por minutos ele apenas assistiu sem dizer uma palavra ou piscar um olho. Acompanhava cada estocada que Croc dava na boca de Poderosa que emitia sons molhados e engasgados.
“Será que os dois são namorados?” – pensou Fisher varias vezes tentando encontrar alguma explicação para aquilo entre outras milhares de teorias.
Contudo as coisas mudaram repentinamente para ele quando Croc em meio as suas bombadas frenéticas vangloriou-se:
—QUEM DIRIA QUE APENAS UMA PEDRINHA TRANSFORMARIA A MULHER MAIS FORTE DA TERRA EM UMA TOTAL VADIA. – falou Croc metendo sem parar olhando diretamente para Poderosa que estava com seu rosto todo molhado por sua própria baba que escorria abundantemente para fora de sua boca.
Neste momento Fisher saiu de seu transe obsceno e se questionou:
“Pedrinha? Que pedrinha?” – pensou olhando ao seu redor e no mesmo instante um pequeno objeto rosado, mas muito brilhante chamou sua atenção em cima do braço do “cadeirão”.
“Será aquilo?” –questionou se lembrando com perfeição as palavras de Croc.
—Pedrinha... Transformaria... Vadia... Ah não. – sussurrou Fisher entendendo tudo que estava acontecendo ali.
O garoto ficou sem saber o que fazer e ao escutar gemidos de Poderosa voltou a olhar o sexo explicito que ocorria a pouquíssima distância de onde estava.
—Não! Para Fisher. Se concentra. – sussurrou Fisher tentando controlar sua excitação ao mesmo tempo em que dava algumas espiadelas por cima da mureta. —Para. Se concentra Escorpião Ruivo. Sua parceira precisa de você. Para de ser tarado. – repeti para si.
Fisher respirou devagar e profundamente. Aos poucos foi assumindo o controle de seu corpo e deixando sua excitação desaparecer. Sentou-se no chão recostado no pequeno muro e começou a planejar o que faria. Não demorou muito e o garoto construiu um plano em sua mente, não era genial, mas talvez desse certo.
Fisher voltou a espiar por cima da mureta para ver a atual situação. Croc ainda fudia sem parar a boca de Poderosa que não oferecia resistência alguma.
—Desculpa Poderosa, mas vou ter que deixa-lo gozar na sua boca. – sussurrou Fisher com um leve sentimento de culpa.
Seu plano consistia em entrar na água do esgoto e se aproximar cuidadosamente por trás dos dois. Contudo o canal insalubre não ia até ao trono de Croc, uma parte ele teria que sair e ir andando sorrateiramente até lá, por isso sua melhor chance seria quando Croc gozasse. Sua teoria era simples: Se quando gozo batendo punheta já fico meio “perdido” durante o orgasmo, imagina ele fazendo aquilo conclui ele.
Fisher com extremo nojo e tendo seu orgulho ferido, foi deslizando de modo triste para dentro daquela água suja e mal cheirosa. Deixou apenas seus olhos de fora e foi cuidadosamente se movendo em direção ao “cadeirão”.
Todos os sentidos de Croc estavam fragilizados pelo extremo prazer que sentia. Devido a isso não percebeu o jovem garoto deslizando pela água em direção as suas costas. Fisher cruzou o esgoto e parou enfrente ao outro piso de concreto onde os dois estavam e aguardou.
Então poucos segundos depois escutou um grande gemido de Croc e viu Poderosa se afogar em uma imensa e avassaladora quantidade de porra que explodiu para fora de sua boca caindo em seu rosto e seus grandes seios. Aquilo era inacreditável, Poderosa parecia um chafariz de porra interminável, jorrando mais e mais sêmen para fora da boca com o pau de Croc completamente enterrado em sua garganta.
Se Fisher não estivesse morrendo de medo pelo que iria fazer naquele exato momento, aquela cena seria maravilhosa de se assistir. Sem pensar duas vezes o Escorpião Ruivo ergue-se no piso e começou a andar rapidamente em direção ao trono metálico tentando fazer o mínimo de barulho possível sem olhar para lado.
Cada pingo de água que caia de seu corpo molhado parecia para Fisher uma pequena explosão nuclear que o sentenciaria a morte.
“Não vou olhar. Não vou olhar.” – repetia mentalmente para si com um extremo medo de Croc estar olhando para ele.
Segundos andando pareciam mais minutos. Fisher olhou fixamente para seu objetivo rosado, entretanto sua curiosidade foi maior e moveu os olhos em direção aos dois que estavam a poucos metros dele.
Então Poderosa abaixou a cabeça e olhou diretamente para Fisher. Lambeu parte do sêmen espesso que escorria de sua boca e abriu um estranho e tenebroso sorriso. Ela continuou sorridente acompanhando seu movimento apenas com o olhar o que fez Fisher sentir um frio na espinha.
Ele retornou sua atenção para sua missão e para seu alívio a pedra rosada estava logo ali a sua frente. Não querendo dar mais um passo se quer, esticou o braço e conseguiu apanhá-la.
Entretanto de um modo inesperado sentiu algo agarrar sua perna e puxá-lo para trás.
Fisher soltou um grande grito que ecoou pelo lugar.
—SUA VEZ GAROTO. – disse Poderosa desvirando Fisher e forçando-o abrir as pernas.
Croc olhou para trás ensandecido de raiva e soltou um grande rugido ao ver o garoto.
Apavorado com a situação, Fisher apenas conseguiu pensar em jogar a pedra o mais longe possível e torcer para dar certo. Pôs toda força que conseguiu no braço e arremessou a pedra a dezenas e dezenas de metros longe de Poderosa que no mesmo instante parou de forçar suas pernas.
Croc acompanhou com o olhar a brilhante gema rosada se perder na escuridão do esgoto e soltou outro rugido furioso.
—Fisher? – falou Poderosa sem entender nada, sentindo um gosto amargo e pegajoso dentro da boca.
—PODEROSA, PODEROSA, PODEROSA! – repetiu Fisher desesperado apontando para o lado.
Poderosa olhou para a direção que Fisher apontava e viu Croc avançando ferozmente para cima deles. Então como um estalo mágico sua cabeça voltou a funcionar normalmente e lembrou-se de tudo que tinha ocorrido ali.
—AI CARACA! – gritou Fisher vendo Croc pulando ao ar em sua direção.
Poderosa sentiu uma raiva primordial queimar em seu corpo e sem pensar duas vezes avançou para cima de Croc. Desviou de seu ataque abaixando-se, fechou o punho e com toda a força acertou um colossal soco nos testículos dele que o arremessou para cima quebrando o teto da câmara.
Alguns pedaços de concreto caíram do buraco formado e a luz do dia adentrou e iluminou parte do lugar. Poderosa ainda enfurecida saiu voando pela fissura e retornou para superfície.
Croc estava levantando-se do chão gemendo muito enquanto colocava uma das mãos no meio das pernas. Poderosa sem nenhum piedade avançou novamente para cima dele.
—AQUI IMBECIL! – gritou ela.
Croc virou-se rapidamente e tentou golpeá-la com suas garras, porém Poderosa desviou e acertou outro soco em seus testículos, o qual fez Croc cair de joelhos no asfalto e soltar um longo urro de dor.
—SUA VAD... – e antes que Croc pudesse completar levou um fortíssimo golpe no queixo que o vez apagar na hora.
—Vamos ver se agora você vai ter saco para fugir da prisão. – disse Poderosa em tom sarcástico.
Várias pessoas começavam a se aproximar dali para ver o que aconteceu, Poderosa arrancou sua capa, limpou seu rosto e seus seios que ainda estava sujos de porra. Neste momento ironicamente lembrou-se de Fisher.
Super-veloz retornou para o esgoto abaixo e pousou com força ao chão que criou uma rachadura ao seu redor.
—Você está bem? – perguntou Poderosa preocupada se aproximando de Fisher que parecia meio capengo de uma perna.
—Eu estou bem e você? – perguntou ele sorridente.
—Estou bem, graças a você. – elogiou Poderosa dando uma olhada melhor no garoto.
Foi ai que ela percebeu porque Fisher estava com o corpo inclinado para um lado. Sua coxa direita apresentava uma forte marca roxa com um perfeito desenho de uma mão. Logo Poderosa lembrou-se do momento que atacou Fisher.
Ele notou o olhar culpado de Karen:
—Relaxa. Eu já levei tombos que me machucaram bem mais que isso. - disse Fisher bem sorridente, estufando o peito e com certo orgulho na voz. —Além disso, essa marca ficou bem legal não acha? – perguntou Fisher levantando a bermuda para mostrando melhor o enorme roxo em forma de mão na coxa.
Poderosa deixou escapar um leve riso. O garoto a pouco fora atacado por ela e Croc e ainda sim não demonstrava estar nenhum pouco abalado. Na verdade ele parecia estar muito feliz e animado.
—O que aconteceu com Crocodilo? – perguntou Fisher olhando para o teto furado.
—Está apagado lá em cima. E digamos que ele vai ter que usar muito gelo nos próximos meses. – ironizou Poderosa.
—Entendi. Croc não foi páreo para Poderosa e seu ajudante... O incrível ESCORPIÃO RUIVO. – falou Fisher de um jeito glorioso arrancando uma bela risada de Poderosa.
—Com certeza não foi. – concordou Poderosa agarrando Fisher pela cintura e levantado voo para sair dali.
Alguns minutos depois voando pelo alto da cidade...
Poderosa pensava em tudo que havia acontecido mais cedo. Apesar de achar que poderia ter sido mais cuidadosa, logo chegou a conclusão que não teria mudado os acontecimentos. A kryptonita rosa era algo totalmente inesperado e novo para ela. Se não fosse por Fisher com certeza estaria ainda naquele esgoto sendo fudida por Croc pensou Poderosa. Por isso ela resolveu aliviar o lado do garoto e não dar-lhe uma bronca por ter se exposto a tamanho perigo. Poderosa sentia-se aliviada por Fisher ter feito aquilo, mas ao mesmo tempo brava por ele ter desobedecido suas ordens para ficar em segurança. Então deixaria Fisher comemorando sua vitória e no dia seguinte conversaria com ele de um modo mais calmo.
—Poderosa? O que era aquela pedra rosa? – perguntou Fisher cortando o pensamento dela.
—Ah. Era uma espécie de kryptonita com efeitos... Diferentes. – explicou Poderosa meio sem jeito.
—Hum... Aquilo vai ficar lá? Não era melhor ter pegado? – perguntou curioso.
—Não se preocupe. Já avisei a Liga. Alguém vai passar lá e recolhe-la. Vão guardar em um lugar seguro. – contou Poderosa.
—Hum. – exclamou Fisher.
Ao tocar no assunto uma pergunta voltou à mente de Poderosa.
—Fisher, posso te perguntar uma coisa? Mas você tem que me falar a verdade. – disse Poderosa.
—Pode. O que é? – questionou ele olhando para cima para ver o rosto dela.
—O quanto você viu do que aconteceu lá embaixo? – perguntou Poderosa muito curiosa.
Fisher lançou um sorriso amarelo enquanto lentamente começou a desviar o olhar de um jeito sem graça. Seu rosto culpado expressava claramente que vira muita coisa.
Poderosa entendeu tudo.
—Ok, então. Podemos manter isso só entre nós? – perguntou ela.
—Sim. Minha boca é um túmulo. – disse Fisher heroicamente.
—Não só a boca. Você inteiro cheira a um túmulo. – caçoou Poderosa afastando o rosto para evitar o mal cheiro.
—Isso é o cheiro do sacrifício feito para salvá-la. – se defendeu Fisher. —Nem o Robin teria feito isso pelo Batman.
—Realmente foi um grande sacrifício, porque a catinga é impressionante. – caçoou Poderosa rindo muito.
—Olha quem falando. Você está com o maior cheiro de água sanitária e das bem baratas. – retrocou Fisher marrento.
O sorriso de Poderosa se desfaleceu do rosto e um olhar irritado encontrou os olhos de Fisher.
—Ah não... – resmungou Fisher prevendo o que aconteceria.
Poderosa largou sua cintura e deixou-o despencar centenas de metros abaixo enquanto ela apenas lançava um sorriso vingativo.
—FOI MAL... EU TAVA BRINCANDO... DESCULPAAAA... – gritava Fisher todo desengonçado em queda livre.
Quando estava perto de se esborrachar no concreto, Poderosa o apanhou e Fisher se agarrou nela com toda força.
—Mais alguma piadinha Fisher? – perguntou Poderosa ainda com uma expressão irritada e vingativa no rosto.
Fisher não respondeu nada e Poderosa estranhou o silêncio dele. Ao olhar para ele viu o garoto por baixo de seu corpo com as pernas cruzadas por cima das delas e abraçado fortemente ao seu corpo. Mas o que a deixou ainda mais irritada foi ver que Fisher estava com o rosto completamente enterrado em seu decote.
—Isso só pode ser brincadeira. – resmungou Poderosa abrindo os braços e deixando garoto despencar novamente.
—DESCULPAAAA...
—Não poderia ter desejado um ajudante melhor. – ironizou Poderosa soltando um longo suspiro cansado enquanto assistia a queda desajeitada de Fisher.
Continua...
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