Legado - Capítulo 3

Um conto erótico de Bento-Santiago
Categoria: Gay
Contém 1433 palavras
Data: 13/02/2020 14:46:35

CAPÍTULO 3 - NARRADO POR ANTÔNIO

OBS: Este capítulo diferente dos anterior é narrado por Antônio e não por Marcelo.

Descobrir que meu primo Marcelo não tinha conhecimento nenhum relacionado a sexo, mexeu com a minha mente que aquela altura já era pervertida. É claro que o lerdo do Jorge não percebeu meu interesse naquelas informações, meu irmãozinho sempre foi mais desligado. Contudo algo me incomodou, o modo que meu pai olhou para Marcelo, e o ouvir chamando o mesmo de Marcelinho, da forma que eu tinha chamado anteriormente, será que meu pai tinha planos para com meu primo? Não me surpreenderia, porém queria ser eu o responsável, por ensinar tudo para meu priminho amado, a ideia de ser eu o professor, o orientador, alimentava meu ego de uma maneira que eu amava.

E com apenas 16 anos meu ego já era enorme, na escola as meninas se jogavam para cima de mim, e eu adorava poder escolher com que ficaria, a sensação de ter poder era ótima e eu aproveitava muito tudo isso. Já meu irmão era o oposto, só éramos idênticos na aparência porque na personalidade, totalmente opostos, eu tinha mais atitude, quando queria uma coisa corria atrás, com as garotas eu tinha ousadia, Jorge era mais contido, não tímido, na verdade tão safado quanto eu, mas ele não conseguia ser tão ousado, era de sua personalidade, eu era um alfa nato, um dominador, já ele no máximo era um beta, um segundo melhor.

No jantar fiquei calado, enquanto mamãe e papai, faziam perguntas para Marcelo, não acho que eles tivessem tanto interesse, era mais por questão de assunto mesmo. Fiquei de olho em papai para verificar se ele dava olhadas “diferentes” para meu primo. Será que papai estava planejando fazer algo com seu próximo sobrinho, sangue do seu sangue?

Eu não deixaria.

Não que eu tivesse interesse amoroso no meu primo, afinal ele é um homem assim como eu, novamente meu interesse era apenas questão de ego, queria ser eu a iniciá-lo, a mostrar os prazeres que ele pode ter. Mas não posso negar que meu primo tinha uma presença forte, ele apesar de mais quieto, tem estilo de líder, se dá bem em todos esportes, e estava criando um corpo definido, apesar da sua recusa de puxar pesos, ele estava ficando definido, porém não maromba, já eu e Jorge estávamos focados em pegar pesos durante 2 horas todos os dias, nossos corpos já estavam um deleite.

O que eu estava planejando com Marcelo não era nada demais, eu queria apenas prepará-lo para a vida adulta dos machos, como disse meu próprio pai anos antes, isso não era ser gay, com certeza não, era coisa de homens, machos e seus segredos, e principalmente segredos de nossa família.

No meu colégio tinha apenas um garoto gay - Enzo - ele era delicado, só andava com as meninas, se requebrava todo quando passava pelos meninos, os meninos o zuavam sem parar, ele nem ligava, quando questionado ele sempre negava, afinal ainda era 2003, os homossexuais não andavam se assumindo por aí, ainda mais na escola. Enzo era do primeiro ano, e eu do segundo, vê-lo andar rebolando aquela bundinha pequena, mas empinada, me despertava a rola, e o putinho percebeu e usava isso a seu favor. Conclusão: todas as quartas-feiras nos encontrávamos no vestiário e eu recebia uma mamada, até ter as bolas esvaziadas pelo garoto. Isso já durava quatro meses, Jorge é claro não desconfiava, eu pretendia colocá-lo no esquema, mas tinha momentos que o achava imaturo demais.

Marcelo não era viado igual Enzo, era macho. Eu sabia disso.

Jorge começou a me cutucar na mesa de jantar, por que eu estava calado, e me envolvi no assunto, conversando com mamãe e Marcelo, percebi que meu pai me encarou alguns momentos, ele estava querendo falar algo comigo e tinha certeza que o tema era meu primo.

Após o jantar, Jorge e Marcelo voltaram animados para o vídeo game, eu fiquei enrolando na sala, até que resolvi procurar papai em seu escritório.

Eu, meu irmão e mamãe éramos muito parecidos na aparência, pele clara, cabelos loiros, já papai era o contrário, sua pele morena escura, traços latinos, resultado de sua descendência de espanhóis. Só tínhamos herdado sua musculatura grande, eu e Jorge possuíamos facilidade para ganhar massa muscular, já estávamos ficando “grandes”.

- Já estava te esperando - papai disse assim que entrei, ele estava sentado atrás de seu computador, vestindo uma samba canção e camiseta regata que realçava seu corpo malhado - Acredito que o assunto seja seu primo.

Me sentei na cadeira confortável em sua frente, meu pai estava com sua expressão de sempre, taciturno, parecia que ele sempre estava de mal humor, eu já estava acostumado com esse seu jeito de ser.

- O que você quis dizer com descobrir que seu primo precisa aprender coisas básicas de homem? - começou ele.

- Ele não sabe de nada pai, é totalmente inocente, ingênuo, não sabe nem o que é bater uma bronha - expliquei e vi que meu pai não estava acreditando.

- Isso é impossível, esse menino já tem 12 anos, como não pode entender dessas coisas e principalmente como pode não ter desejos?

- Ele pode estar tendo uma puberdade tardia - falei, pois já havia estudado sobre - primeiro o corpo dele se desenvolve e só depois ele tem um “despertar” sexual.

- Não fale comigo se eu não entendesse dessas coisas moleque - repreendeu meu velho - Não se esqueça que sou médico. Esse despertar sexual tardio eu até compreendo, o que não dá pra entender é que ele fazendo diversos esportes rodeado de outros garotos não tenha escutado nenhuma conversa mais perversa, ou visto alguma coisa atípica como um troca-troca ou mão amiga que esses meninos fazem para se aliviar.

- Eu sei que é difícil de acreditar papai, mas pelo que vi lá no quarto, o garoto está zerado, não entende nada de nada.

- Como Marcos nunca conversou sobre essas coisas com o garoto?

- Não faço ideia, mas eu estou disposto a dar algumas aulas para ele - falei em tom firme, vi as sobrancelhas grossas de meu pai se arquearem.

- Tá bom, um pirralho como você? - desdenhou.

- Melhor um pirralho que é quase da idade dele do que você um velho - debochei.

- Eu exijo respeito seu moleque, não se esqueça de que tudo que você sabe fui eu que ensinei seu fedelho sem educação - ele bateu com a mão na mesa irritado, respirou fundo e sorriu sarcástico - Qual seu interesse em fazer isso, não estou vendo seu irmão tão empolgado com isso. Não vá me dizer que gosta de homens, não te criei para ser um viado sem vergonha não.

- É claro que não sou viado, Jorge não tem interesse em nada você sabe bem disso, tenho interesse em ajudar meu primo, porque tenho. Não preciso te dar justificativas, mas e o seu interesse no garoto, seu próprio sobrinho? Eu querer fazer essas sacanagens de garotos beleza, mas e você um homem feito e casado? Cadê o respeito com sua mulher, aliás minha mãe? - enquanto falava via meu pai engolindo em seco, minhas palavras de alguma forma o atingiram, ele se levantou da cadeira e foi até a porta e a abriu, logo entendi: era um convite para que eu saísse.

Levantei e antes de sair ele sussurrou:

- Só espero que você não vire um maldito viado - suas palavras eram duras - Apenas ensino o que ele precisa saber, lembre-se bem disso.

Voltei a meu quarto e os dois garotos continuavam no vídeo game, em um jogo de corrida, chamei meu irmão, que de primeira é claro não deu atenção, apenas quando gritei pela terceira vez.

- Hoje você vai dormir no quarto de hóspedes - informei e vi que ele iria protestar - Sem mais nem menos, eu e Marcelo temos muitas coisas para conversar noite adentro.

- E por que não posso ficar, que papo é esse? - reclamou fazendo sua cara de bebezão de sempre.

- Não interessa Jorge, saí logo porra - peguei seu travesseiro e joguei - E outra arrumo esquema com a Melissa pra você - vi seu sorriso se abrir, não esperei mais nada abri a porta e o joguei pra fora - Boa noite.

Fechei a porta e tranquei com a chave, ao me virar para Marcelo vi que ele tinha uma expressão confusa no rosto. Agora éramos apenas nós dois: eu tinha muito a ensinar ao meu primo virgenzinho e inexperiente.

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Resolvi dividir o capítulo para que não ficasse tão grande e cansativa a leitura. Caso encontrem erros de língua portuguesa, podem me notificar. Obrigado aos que comentaram nos capítulos anteriores, esses primeiros capítulos são introdutórios para acontecimentos futuros, espero que estejam curtindo.

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Comentários

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Tirando alguns erros de português, o conto está ficando interessante.

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NÃO HÁ ERROS NO CONTO. MAS HÁ SIM UM PRECONCEITO GIGANTESCO DO SEU PAI E ATÉ DE VC MESMO COM RELAÇÃO AO SEU PRIMO. SÓ O FATO DE DIZER QUE VC NÃO É VIADO. E O SEU PAI DIZER QUE NÃO CRIOU VC PRA SER UM MALDITO VIADO. LAMENTÁVEL ISSO. MAS DE FATO O CONTO ESTÁ FICANDO INTERESSANTE, CONTINUE. SEU PAI É AUTORITÁRIO, E VC MUITO ARROGANTE. MACHO ALFA E JORGE UM MERO BETA. RSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS FOI DEMAIS.

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