Cresci numa família humilde e sem dinheiro pra muitos luxos, mas não trocaria minha infância por nada.
Morávamos num interior que permitia às crianças correrem soltas e livres, explorando cada canto da cidadezinha. Um dos locais preferidos era o rio que margeava a cidade e pra nós era não apenas um lugar pra nadar, mas também pra todo tipo de brincadeiras.
Apesar de sair com outras crianças também adorava ficar sozinho contemplando o rio e tinha um canto só meu que descobri explorando um dia a margem. Sempre ia simplesmente pra ficar vendo as águas passarem ou ler sob a sombra da árvore.
Foi nesse lugar, que tinha um trecho mais fundo de rio e, portanto, menos procurado pela molecada pra nadar, que vi ele a primeira vez.
Um menino até então desconhecido por mim, um short azul contrastando com sua pele moreno claro olhando distraidamente pro céu enquanto boiava na água. Fiquei uns minutos reparando até que acho ele sentiu que estava sendo observado e saiu daquela posição olhando justamente pra onde eu estava.
Abriu um sorriso que nunca vou me esquecer e foi se aproximando de onde eu estava na margem.
Se apresentou como Igor e disse que tinha acabado de se mudar e estava conhecendo os arredores. Eu também me apresentei e ficamos conversando um bom tempo. Depois ficamos nadando juntos e andando pela mata a tarde inteira enquanto eu ia a frente mostrando cada lugar.
Quando nos despedimos de tardinha sentia o peito leve com uma sensação que nunca tinha sentido e a noite só desejava que chegasse logo o outro dia para vê-lo novamente.
No outro dia, mal tomei café fui pro mesmo local na esperança de encontrar Igor. A sorte é que estávamos em período de férias, então teria todo tempo por algumas semanas. Ao chegar no rio não vi ele e me sentei olhando a margem, lembrando do dia anterior e poucos minutos depois ele apareceu. Tentei disfarçar a excitação, mas sem conseguir muito.
Os dias foram passando e nós cada vez mais próximos e amigos. Ficávamos praticamente o dia todo juntos e nos dávamos bem em tudo, apesar dele ser uns dois anos mais velho que eu.
As aulas voltaram e foi um martírio não passar o dia todo com ele, afinal estávamos em turmas diferentes pela diferença de idade e mesmo no intervalo geralmente estávamos com turmas diferentes. Ele sempre rodeado de uns amigos e eu na biblioteca como sempre gostava de fazer.
Mas a tardinha sempre nos encontrávamos pra jogar algum jogo ou simplesmente ficar trocando ideia sentados na porta de casa e nos fins de semana explorávamos o rio como nas férias.
As coisas começaram a ficar mais séria um dia que na saída da escola um repetente mais velho quis comprar briga comigo por não ter passado cola na prova daquele dia. Já estava esperando tomar uma surra, mas como sou orgulhoso não fugi da briga.
Uma boa parte da escola nos rodeava enquanto ele me dava uma chave de braço até que senti um empurrão e quando olhei lá estava Igor batendo no rapaz que vendo que não era capaz de enfrenta-lo fugiu.
Fomos embora andando juntos até minha casa já que ele não queria deixar eu ir sozinho com risco do rapaz voltar e tentar algo mais. Quando chegamos ele passou a mão no meu rosto em uma parte que estava levemente avermelhada, falando que não ia deixar aquele atoa fazer nada.
Senti um arrepio e sem me controlar dei um abraço nele agradecendo, que pra minha surpresa correspondeu mesmo estando no meio da rua.
Entrei pra casa mais feliz do que nunca, apesar do corpo dolorido em algumas partes.
Dito e feito não mais fui incomodado pelo carinha da escola durante o resto da semana. Com certeza Igor tinha dado uma prensa nele no dia seguinte.
Na sexta-feira ele falou comigo na saída da escola e disse que não ia poder encontrar no dia seguinte porque iriam visitar a avó dele durante o dia. Fiquei triste, mas me contive afinal não podia exigir ele perto o tempo todo.
Estava no final da tarde de sábado em casa vendo TV com meus pais, quando escutei ele chamando no portão. Meu coração disparou na hora e corri pra atender abrindo um sorriso ao vê-lo ali.
- Pensei que estaria dia todo fora
- Chegamos agora, quer ir lá no rio? Quero te contar algo.
- Sim claro – respondi e fui correndo avisar meus pais que iria sair e logo segui ele, apesar de já ser quase tardinha e logo escurecer.
Fomos até meu local secreto do rio e ficamos ali sentados conversando trivialidades e perguntando um do dia do outro, até que eu não aguentei a curiosidade e perguntei o que ele queria me falar.
- Eu quero tentar uma coisa, mas promete que vamos continuar sendo amigos se você não gostar.
- Isso é claro – falei rindo nervoso olhando Igor nos olhos. Mal contendo o coração palpitando vendo aqueles olhos castanhos profundos olhando bem dentro dos meus.
Como em cÂmera lenta vi ele se aproximando me olhando até que nossos lábios se tocaram. Ele tinha lábios macios e quentes e eu sem saber o que fazer apenas fechei os olhos sentindo um calor intenso percorrer meu corpo.
Nos afastamos depois de um instante e eu bastante confuso, apesar de no íntimo desejar isso há muito tempo sem ter a coragem de se quer visualizar.
- Desculpe - ele falou pegando minha mão vendo minha cara meio confusa – mas eu queria fazer isso há tempos e hoje voltei decidido a tentar, mas podemos esquecer se você não gostou...
- Igor, Igor – falei interrompendo ele – eu adorei, acho que já queria isso há muito tempo também. Só estou confuso porque nunca fiz nada do tipo – falei rindo e ele riu junto mais descontraído se aproximando mais de mim e me puxando pra um abraço.
Como era bom sentir o corpo quente dele no meu. Ficamos ali mais uma hora até começar a escurecer e esfriar e antes de sairmos da área de mata mais fechada pra clareira, Igor me puxou e me colocando de costas contra uma árvore e me beijou cheio de paixão. Agora enfiando a língua na minha boca, eu correspondi passando as mãos em volta do pescoço dele e me entreguei em um beijo digno de filmes de romance.
Nossos corpos colados, logo senti a ereção dele contra mim; mas ignorei e continuamos naquele beijo até que perdemos o fôlego.
Ele sorriu e me deu um último selinho antes de sairmos em direção a nossas casas.
Assim foram se passando as semanas. Igor e eu nos agarrando em beijos cada vez mais apaixonados sempre que tínhamos a oportunidade até que um dia enquanto estávamos na beira do rio no nosso lugar de sempre, ele puxou minha mão colocando sobre seu pau duro.
Foi um certo choque pra mim, mas ele me olhou sorrindo e pediu um carinho e não tive como negar aquela carinha dele e fiquei pegando nele por cima da roupa mesmo. Igor dava pequenos gemidos enquanto nos beijávamos. Ele logo tirou o pau pra fora e voltou a puxar minha mão e pude sentir a delícia que era aquela carne quente, dura e ao mesmo tempo macia.
- Quero fazer amor com você – ele falou me olhando sério.
- O que? Aqui? Ahh, não sei Igor – falei pensando bobamente pela primeira vez naquilo e que se fizesse algo do tipo não queria naquele lugar - Tem que ser um lugar bacana – falei procurando uma desculpa.
- Mas você vai deixar? – ele perguntava me hipnotizando com aqueles olhos lindos.
- Não sei Igor, sei lá – falei desviando os olhos e ele logo puxou meu rosto fazendo olhar pra ele.
- Mas por que? Não tá gostando?
- Estou, mas tenho medo sei lá
- Medo de que?
- Sei lá só tenho medo.
- tá bom, não vou te pressionar, mas você vai gostar
Ficamos mais um tempo juntos, um pouco sem graça no início um com o outro, mas logo passou e voltamos a nos beijar até dar a hora de ir embora.
Passaram se alguns dias e Igor sempre falando que estava doido pra me comer e aquilo, sinceramente, já me deixando cheio de vontade também. Se só pegar no pau dele já era uma delícia imaginava ele todo dentro de mim. Ele pedia pra eu mamar ele também, mas eu também me recusava. Não queria fazer daquele jeito ali no meio do mato. Acho que queria algo especial no fundo.
A ocasião apareceu alguns dias depois. OS pais dele tiveram que viajar as pressas pra ver um parente que havia sofrido um acidente, e como estávamos já no fim do trimestre, Igor não poderia perder aulas. Ele veio todo animado me contar que a casa estaria livre e iria pedir meus pais pra eu dormir lá com ele pra fazer companhia.
Meus pais que adoravam o Igor aceitaram numa boa, já que Igor além de encantador tinha uma ótima lábia. A excitação só crescia até chegar o tão esperado dia. Tomei banho após chegar da escola na sexta feira e fui arrumar minha mochila com roupas pra passar a noite fora. Quando deu 19h, como combinado Igor veio me buscar. Ele estava lindo com uma camiseta branca, bermuda preta e um boné pra trás que deixava mais charmoso ainda.
Fomos conversando até sua casa, e mal ele fechou a porta atrás de nós já me agarrou e foi andando comigo até o sofá.
Se deitou por cima de mim enquanto beijava minha boca pescoço, esfregando seu corpo que sobre o meu e me fazendo sentir sua ereção.
Logo ele foi tirando o boné pra puxar a camisa e tirá-la e também puxou a minha. Sentir nossos peitos nus um contra o outro só me fez ficar mais excitado ainda enquanto quase nos engolíamos em um beijo cheio de tesão.
- Calma, Igor – eu falei rindo quando ele pressionou mais forte meu corpo contra o sofá e sorrindo falou que estava excitado a semana inteira esperando esse momento.
Nos afastamos e ele foi me puxando pela mão até seu quarto. Sentei-me na beirada da cama enquanto via ele se despir inteiro na minha frente. Ele tinha um corpo maravilhoso. As pernas grossas e já bastante peludas. Uma barriga chapadinha da idade, peito largo e um pau maravilhoso acomodado sobre um saco bem volumoso. Fiquei hipnotizado olhando até que ele se aproximou com ele bem perto do meu rosto e eu segurando levei até minha boca engolindo pela primeira vez.
Igor soltou um gemido que me fez arrepiar e eu fui pouco a pouco me soltando mais na mamada enquanto ele acariciava meus cabelos delirando.
Nunca pensei que mamar aquele pau fosse tão gostoso e apesar de meio desajeitado no início os gemidos dele me mostravam que estava fazendo direitinho.
Ficamos ali alguns minutos até que senti as pernas dele darem uma bambeada e num gemido mais alto ele começou a esguichar seu leite na minha boca.
- Que delícia – falei limpando as últimas gostas do leite que ainda saía do pau dele.
- Eu que o diga – ele falou afagando meu cabelo e se abaixando pra me beijar.
Fomos andando pra trás e nos beijando até estarmos os dois completamente deitados na cama. O pau de Igor não abaixava e ele, então, se soltou de mim e ficou de joelhos sobre a cama e foi tirando meu short junto com a cueca me deixando todo nu embaixo dele.
Voltou a se deitar sobre mim e desceu beijando meu corpo todo, colocou meu pau na boca e me chupou um pouco todo desajeitado por um tempo, mas logo levantou minhas pernas e atacou meu cuzinho me fazendo ver estrelas. Não imaginei que fosse tão bom.
Depois de me deixar bem molhado ele se colocou de joelhos novamente, pegou um creme ao lado da cama e lambuzou bastante o pau e meu cuzinho e ansioso posicionou a cabeça.
Logo senti uma pressão forte. Os dois estávamos muito ansiosos, Igor mais ainda e então enfiou metade de uma vez. Senti uma dor forte me rasgando e gemi alto pedindo ele pra parar.
- Desculpe, empolguei - ele falou preocupado e ao mesmo tempo ansioso- vou mais devagar – ele falou me tranquilizando e colocou um travesseiro por baixo pra me deixar numa posição mais favorável
Novamente apontou o pau pro meu cuzinho e se deitou sobre mim me beijando enquanto ia pressionando. Até que senti novamente ele entrando em mim bem devagar. Gemia abafado pelos seus beijos e ele também gemia de tesão até que senti seus pelos pubianos na minha bunda. Ele estava todo dentro de mim e afoito começou a fazer um vai e vém enquanto eu gemia num misto de dor e tesão.
Sentir aquele invasor alargando meu cuzinho era a melhor sensação que já tinha sentido na vida, apesar do ardor. Logo meus gemidos foram mudando pra puro prazer. Igor vendo minha entrega se pôs de joelhos na cama pra conseguir enfiar melhor e começou a tirar e colocar o pau todo no meu cuzinho me levando ao delírio
- Que cuzinho mais gostoso, tá gostando?
- Estou, muito – falei pirando de tesão e ele abriu o mesmo sorriso que me fez apaixonar da primeira vez.
Depois de um tempo metendo assim ele pediu pra eu ficar de quatro, pois estava doido pra meter nessa posição.
Fiquei e logo senti ele acariciando minha bunda falando que ela era linda. Senti ele se posicionando atrás de mim e logo seu pau pedindo espaço de novo me fazendo gemer e sentir ele ir mais fundo que antes.
Igor começou devagar e logo já estava bombando meu cuzinho com tudo. Eu batendo punheta enquanto ele me comia não resisti muito tempo avisando a ele que não demoraria a gozar.
- Tesão, eu também to quase, essa bunda é muito gostosa.
- Seu pau que é uma delícia...ahhh, vou gozar Igor, vou gozar - falei pirando de tesão.
- Goza, amor...goza que eu também estou quase
Não resisti e explodi em um gozo intenso e caí sobre a cama. Igor ficou por cima de mim ainda metendo mais um pouco, o corpo todo colado ao meu e logo ouvi um gemido forte dele no meu ouvido enquanto sentia seu leite quente inundando meu cuzinho.
Ele deu os últimos espamos e soltou o peso sobre o meu corpo enquanto beijava meu pescoço e orelha.
Ficamos assim um tempo até que ele saiu de dentro de mim e se deitou ao meu lado, com um sorriso escancarado no rosto.
- Foi a melhor coisa que já fiz na vida, obrigado meu amor – ele me chamou de amor pela segunda vez para minha surpresa que tinha achado que era só empolgação do momento.
- Te amo - falei não me contendo e ele me puxou pra um beijo e rindo falou que também me amava.
Passamos a noite toda abraçados e transamos mais duas vezes antes do dia clarear.
Depois desse dia transávamos sempre que podíamos, principalmente próximo do rio no nosso canto onde ele me comia de quatro ou mesmo de pé contra uma árvore.
A lua de mel durou alguns meses até que veio uma notícia que me tirou o chão. O pai de Igor havia arrumado um emprego na capital em uma cooperativa e eles teriam que se mudar.
Não aguentei segurar quando ele me contou com a cara triste no nosso canto no rio e quando vi as lágrimas já estavam caindo. Ele me puxou pra um abraço e falou pra eu não ficar assim, que manteríamos contato e ele me escreveria sempre.
Mas eu desconfiava que nunca mais seria a mesma coisa.
No dia antes dele se mudar ficamos juntos o dia inteiro e ao me despedir ele me deu o beijo mais apaixonado de todos com a promessa de me escrever.
Passaram se semanas, meses sem nenhuma notícia de Igor. Entrei numa profunda tristeza e meus pais não sabiam o que fazer comigo, até que um dia tive coragem de falar pra minha mãe do meu amor por Igor e ela me disse que já sabia e sentia muito, mas a vida tinha que continuar.
Demoraram uns dois anos até que eu voltasse a pelo menos sair com amigos, sempre em casa escutando menino do rio e lembrando do menino que um dia conheci no rio.
Estava andando pelo estacionamento quase saltando de alegria com a notícia de que conseguira contrato pra representar mais uma companhia em meu escritório de advocacia. Quando pensava que havia saído do interior com meus pais pra vir estudar na cidade grande com a promessa de um futuro melhor, tantas dificuldades que passamos, a perda do meu pai alguns anos depois de virmos e eu tendo que cuidar de mim e da minha mãe e hoje, aqui estava eu progredindo cada vez mais.
Entrei na cafeteria e lá estava Rubens distraído fuçando em seu celular.
- Olha que alguém te rouba e você nem percebe – falei brincando pegando a pasta dele que estava no banco ao lado.
- Acha que não te vi chegando, marmota – ele falou rindo e se levantou pra me dar um abraço.
- Acho – falei me sentando a sua frente
- Pois acertou – ele falou cedendo.
Rubens era meu melhor amigo há alguns anos já. Nos conhecemos em uma festa e chegamos a ficar, mas logo vimos que nosso interesse não batia, ou melhor batia até demais. Rimos da situação e o que era pra ser apenas um encontro casual virou uma grande amizade.
É lógico que ele era lindo, branco, uma barba sempre bem aparada, corpo peludo e forte; do jeito que eu gostava e oposto ao meu que sou branco também, mas mais magro , liso e de olhos claros. Contudo, infelizmente ou felizmente, ele era tão passivo quanto eu.
Nos encontrávamos praticamente todos os dias nem que fosse rapidamente nessa cafeteria que ficava no meio do caminho entre nossos trabalhos.
Engatamos em um papo atrás do outro rindo bastante e contei-lhe de mais uma vitória que havia conseguido no serviço ao que ele me parabenizou segurando minha mão.
Nessa hora vi do outro lado da cafeteria um rapaz nos observando atentamente e pensei se tratar de mais um homofóbico que não podia ver dois homens juntos. Afinal, apesar de não sermos afeminados não nos controlávamos em demonstrar todo afeto da nossa amizade, ainda mais nessa cafeteria que todos já nos conheciam.
Fiquei encucado um pouco com aquilo, mas logo larguei pra lá e continuei com minha atenção toda em Rubens que também ia me contando alguns acontecimentos de sua vida.
Nos despedimos depois de uma hora com um abraço e eu fui caminhando de volta pro meu carro enquanto Rubens ia pro dele.
- Te prepara pra sábado sairmos pra comemorar, e nada de preguiça é pra virar a noite - ele gritou de longe já entrando no seu carro.
- Vou pensar no caso – gritei de volta rindo e entrei de volta no meu carro.
Antes de partir vi o mesmo rapaz moreno nos observando da porta da cafeteria e saí dali não querendo me irritar.