Na web - 3ª Parte 6/10

Da série Na web
Um conto erótico de CLAUDIO / LOBO
Categoria: Homossexual
Contém 1510 palavras
Data: 28/02/2020 14:51:08

PARTE 6 - CLAUDIO / LOBO

Se uma semana atrás alguém me contasse que eu estaria na minha cama, com o Marcelo e o Gustavo, conversando sobre a página do Lobo, depois de uma rodada de sexo. Eu diria que a pessoa é maluca.

Marcelo tinha se esforçado para ser dar bem com o Gustavo, eu sabia que ele não gostava do garoto por pura implicância. Mas agora parecia que eles realmente estavam se entendendo.

Meu amigo ficou todo bobo quando o Guga disse acha o Leão mais gostoso do que o Lobo, se ele soubesse que tinha acabado de chupar seu felino preferido.

- Aqui, olha esse vídeo, foi gravado há dois meses. Olha como eles são lindos. - Gustavo clica no vídeo.

Guga achava que estava apresentando a página para o Celo. O vídeo em questão tinha sido gravado em comemoração ao aniversario de um ano da página do Lobo.

No dia que o vídeo foi gravado, eu... Quer dizer, o Lobo se apresentou e faz um pequeno discurso, sobre o porquê estar ali e o que estava comemorando.

Eu e Marcelo tínhamos feito um acordo com as Trimigas, nós participamos da comemoração delas e elas iriam participar do nosso.

Marina também apareceu de Ovelha, mas ela tinha tido sua consulta de quatro meses e foi ali que a médica mandou que fizesse repouso, então ela só deu um "oi" e depois foi para atrás das câmeras.

Num momento o Lobo e o Leão fizeram uma apresentação maravilhosa e era esse vídeo que Gustavo estava vendo agora.

No vídeo, eu e Marcelo tinham saído para beber água, as Trimigas estavam deitas nuas na cama, seus corpos estavam suados. Então entramos em foco.

- Você já deve ter percebido, mas aquele é o Lobo e outro é o Leão - Gustavo avisou para Marcelo.

- Imaginei pelas máscaras, eles tem imaginação para nome - Marcelo olhou para mim enquanto falava.

- Eu achei maneiro - falei tentando defender os nomes que eu tinha inventado.

- o Gustavo falou que o Leão é gostoso, mas olha aquela bunda do Lobo.

Eu ia mandar o Celo se foder, mas Gustavo pediu para ficarmos quietos.

Lobo: que garotas gostosas, porra.

Leão: quero fazer algo que os fãs estão pedindo há um tempo.

Lobo: o que? - eu tinha ficado surpreso. Nós não tínhamos combinado nada.

O Leão se ajoelhou na minha frente e pegou meu pau, fazia pouco tempo que tinha gozado e meu pau não estava duro.

O Marcelo abriu a boca e começou a me chupar. Era a primeira vez que o Leão chupava meu pau na frente das câmeras.

Os fãs foram à loucura, o som de que as fichas estavam sendo enviadas, tocava toda hora.

Meu pau estava duro, Marcelo olhava para mim enquanto se movimentava me chupando. As Trimigas foram para a beira da cama e assistiam em silêncio.

O Leão chupou por um tempo e arrancou meus gemidos.

Lobo: caralho...

- viu aquela gozada? - Gustavo perguntou.

- foi uma senhora gozada - Marcelo responde com orgulho de mim.

- mas também, quem não gozaria com uma chupada daquela? – elogio.

- Esses dois se amam.

- O que você disse, Gustavo? – Meu amigo perguntou

- Que eles se amam, é só vocês verem como eles se olham, é claro que tem amor ai.

Percebi que ele ainda ia comentar alguma coisa, mas Gustavo colocou mais alguns vídeos e ele deixou para lá. Em certo momento, nós não queríamos ver nada e começamos a atacar o rapaz.

Marcelo ainda comeu o cuzinho do Guga mais duas vezes, depois foi para o seu quarto, deixando o garoto dormindo na minha cama.

No domingo, acordamos tarde. Gustavo se despediu ainda de manhã, tinha trabalhos da faculdade para fazer então voltou para sua casa.

Marina voltou da sua tia de tarde, ela trouxe uma bolsa com roupas de bebê que a tia tinha comprado de presente.

A gente sabia que Marina estava triste por não ter seus pais participando da gravidez, para distraí-la falei de um concurso que iria abrir na área dela, sugeri que ela fizesse, assim poderia estudar enquanto ficava de repouso e não ficaria com tédio.

De noite, o Lobo entrou em ação. Marcelo estava inspirado como Leão, e fizemos um show ainda mais especial quando vimos uma mensagem do Guga24. Pelo jeito o Gustavo tinha dado uma parada nos estudos.

Na segunda de manhã, eu estava no escritório quando a Sara, secretária do chefe me chamou.

- Claudio, o senhor Eduardo que falar com você.

- Ta bom.

Bati na porta e entrei.

- Claudio, meu rapaz, se aproxima. - fui ate ele - recebi uma ligação hoje do nosso amigo, ele me pediu um favor e eu não vi motivos para não ajudar. Fiquei sabendo que seu pai esta internado, então vou te dar essa semana de folga para você ir visitá-lo.

O senhor Eduardo continuou falando, mas eu não escutava, só conseguia pensar porque o Marcelo se meteu assim na minha vida.

Sai do escritório e fui para casa. Eu estava com raiva, e só aumentou quando vi que Marina já tinha feito minha mala.

Liguei para Marcelo, mas ele não atendeu, então deixei um áudio no whatsApp o xingando. Marina me avisou que tinha comprado a passagem e que estava quase na hora de irmos para rodoviária.

Sem desculpa para dar, eu estava voltando para cidade que eu nasci e tinha ido embora quase 10 anos atrás. Para ver um pai que tinha me expulsado da casa e da vida dele.

Quando desci do ônibus era de noite e Dona Cida me esperava na rodoviária. Dei um abraço forte nela ao encontrá-la.

- Como você esta meu filho?

- Ta tudo bem lindona.

- O Marcelo acabou de ligar, querendo saber se você já tinha chegado, ele disse que você estava com raiva dele.

- Ele não devia ter se metido no meu trabalho e armado para meu vir pra essa cidade.

- Não o culpe, foi eu que liguei para ele. Você tinha que ver seu pai.

Pensei em responder, mas era a Dona Cida ali, a mulher que cuidou de mim, quando ninguém mais quis. Ela me levou pro estacionamento, um rapaz esperava no carro.

- Lembra do Hugo? - ela perguntou.

- Claro, o primo do Marcelo. - respondi, e o cumprimentei - pensei que a senhora estava com seu marido.

- ele esta no sitio, só vem final de semana.

Hugo dirigiu ate a casa da Dona Cida. Lá, ela me fez jantar enquanto falava do estado de saúde do meu pai. Ela me disse que os médicos já tinham avisado que ele não teria muito tempo de vida.

Depois de comer, fui dormir. Dona Cida me levou pro antigo quarto do Marcelo, que agora era ocupado pelo Hugo, quando ele estava na cidade e não no sitio da família.

Eu falei que poderia dormir na casa do meu pai, mas Dona Cida não deixou. O que foi um alivio porque eu não estava preparado para voltar na casa dele.

Hugo cedeu a cama para mim, e dormiu no colchão no chão. Cansado da viagem, cai no sono rápido e acordei de manhã com Hugo me chamando para ir pro hospital.

Hugo era um rapaz bonito, devia ter entre 20 e 22 anos, mas segundo Dona Cida, ele era muito responsável e a ajudava muito.

Hugo me levou pro hospital, dei meu nome na recepção e fui encaminhado para o quarto em que meu pai estava.

Quase não reconheci o homem deitado naquela cama, ele tinha tubos ligados ao corpo. Me aproximei e parei em frente a ele, meu pai dormia.

Fiquei olhando meu pai dormir, tentando reconhecer aquele rosto das lembranças que eu tinha na minha cabeça. Alguns traços ainda estavam ali.

Sentei na cadeira de visita e fiquei esperando ele acordar, pensando no que iria dizer.

- Cla... Claudio? - escuto meu nome depois de muito tempo.

Levanto e vou para frente dele.

- Você... Veio...

- Sim. - respondo seco - mas se você quiser, eu posso ir embora.

- Não... Por favor, meu filho... - ele tenta levantar a mão tremulas, mas não consegue.

Não sei se eu deveria ou se ele queria que eu fizesse isso, mas pego sua mão.

Olhos nos seus olhos, e tento reconhecer ali o homem que eu amava, o pai que ele era antes da minha mãe morrer. Não queria ver o cara que se acabou em bebida, o que me excluiu da sua vida.

Ele estava ali, eu senti quando ele apertou minha mão. Meu pai estava ali.

- Me conta... Sobre a sua vida... No rio de janeiro...

Eu comecei a contar, falei sobre a faculdade que fiz, falei sobre os empregos que passei, contei que tinha comprado uma casa com Marcelo. Falei sobre Marina e a criaturinha que estava esperando.

Meu pai escutava tudo em silêncio, quando eu parei de falar, seus olhos estavam cheio de lagrimas. Então ele me pediu perdão, eu falei para ele que estava ali, que já não tinha mais nada para perdoar.

Meu pai morreu de tarde, depois de eu passar o dia todo com ele, falando sobre a minha vida.

CONTINUA...

*** Então passamos da metade da terceira parte, ate agora, o que vocês estão achando?

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Chorei com a parte do reencontro com o pai

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