Na manhã de quinta de novo a emoção de mais uma estreia. De novo eu em frente ao espelho ensaiando. A vantagem do preto pra roupa é que ele dá bem mais flexibilidade para as outras roupas, por isso, além do vestido comprei também aquela saia preta. Não tão curta como a bege que eu já tinha e que tive que dar um jeito de abaixar, mas o suficiente pra manter a exposição das minhas pernas e descartar, pelo menos por uns dias, o uso de calças compridas. Só que agora naqueles meus ensaios no espelho eu já pensava abertamente no Seu Antônio. Como eu me mostraria pra ele dessa vez? Engraçado é que eu pensava só naquele prazer da hora de ele me olhando e esquecia completamente da óbvia consequência de ele me cantando.
Lá embaixo, nada do Seu Fernando; devia estar entretido com as irmãs. No trabalho, minha nova imagem parece que ia se estabilizando, normalizando, mas seria no café que as coisas começariam a fugir do controle ... Éramos quatro e de repente ficamos somente eu e Seu Antônio no café da copa, como na verdade nós chamávamos o café principal. Ele falava sem parar e calou-se bruscamente parecendo só me olhar. Depois dos dois dias anteriores, claro que ele percebia naquela minha mudez, naquele meu colocar o café na boca meio nervosa evitando olhar pra ele; enfim, claro que ele percebia uma reação bem diferente de minha parte com relação a ele. E parecia já uma coisa instintiva eu buscar aquele prazer e pensava “como posso me mostrar pra ele agora?”, e esse pensamento já desencadeava toda uma reação em mim, mas não achava uma solução pra me mostrar. Eu sentia o peso dos seus olhos, quase como se me tocasse, percorrer meu corpo de cima a baixo. -Como vão as coisas em casa, Jaci? =ele falou quebrando o silêncio e se aproximando mais = -Acho que bem, Seu Antônio. -Na parte da manhã te vejo por aqui porque tenho mesmo que ir nos departamentos; à tarde não posso sair do almoxarifado porque tenho que completar os fechamentos e às vezes fico lá sozinho. Lá também tem café, se quiser ir lá pra tomar um café comigo vai ser muito bem vinda... Eu já estava excitada sem me mostrar, só de sentir alguma excitação por parte dele, só de pensar “ele está falando isso porque quer me comer...”. Dei uma pequena coçadinha nervosa na coxa sobre a saia próximo à minha virilha, acho que ele pensou que isso foi algum sinal, mas não foi, só coçou mesmo. Me surpreendendo ele pegou um copinho vazio de café e jogou no chão e falou quase sussurrando, fazendo com que sua voz saísse mais grossa, envolvente -Pega pra mim, Jaci... =dobrando somente as pernas muito lentamente eu fui me agachando, a saia veio até a metade das coxas e eu não ajeitei, olhei pra ele -Você sempre foi uma delícia, Jaci =seu rosto se modificava enquanto falava; tentando pegar o copinho sem ver ele escapuliu pra mais adiante e eu sentindo aquele espasmo por dentro me enfraquecer não tirava os olhos dele esperando que ele dissesse mais alguma coisa. Mas ele parecia também não conseguir dizer mais nada. Ele parecia querer me enfiar os olhos e totalmente envolvida por aquele olhar que me comia abri um pouco minhas pernas pra aquele olhar me comer melhor. E num instante que abaixei os olhos, senti, já me apercebendo molhada, que alguma coisa sozinha se moveu dentro das suas calças; e percebi nitidamente o volume que crescia. Ele estava ficando de pau duro pra me comer... Era um lugar de idas e vindas e ao perceber a chegada de alguém ele virou—se rapidamente para a parede o que fez com que eu em seguida me levantasse já meio aérea deixando o copinho vazio lá no chão. Eu já estava completamente tomada por aquela fraqueza tipo a primeira vez no apartamento do Seu Fernando. Aquelas minhas novas reações, emoções, sensações, sei lá; me deixavam numa fraqueza deliciosa, mas que eu reparava, completamente vulnerável e inconsequente. Eu estava a um minuto de esticar a mão e tocar pra sentir a coisa dele dura, se não fosse a chegada de alguém... Corri para o banheiro! Eu estava trêmula. Será que ele iria gemer com o meu toque? E quando eu chupasse ele? Enfiei minha mão direita por dentro do sutiã e apertei. Olhei meu rosto no espelho e as sensações cresciam. Feito louca, falei comigo mesma no espelho “ele quer te comer, você tem que dar pra ele...” e coloquei o dedo indicador da mão direita todo na boca... Meu Deus! Tenho que trabalhar! Mas as imagens não saíam mais da minha cabeça praticamente em momento algum. Era um cio sem interrupção me fazendo errar coisas bobas dentro das minhas tarefas. E se ele vier encontrar comigo na saída? Vou sair correndo igual aquele dia? Vou aceitar ir tomar alguma coisa lá fora como ele sugeriu? E se ele quiser me levar pra um motel? Meu Deus! Muito arriscado! E se eu for escondida no carro dele? Imaginando, imaginando e o cio ficando quase insustentável. E o tempo todo sentindo que aquela melação atingia a calcinha. O café lá fora? Ele tinha me convidado pra ir lá tomar um café com ele lá dentro também! Isso! Ele disse que ficava sozinho à tarde. Às vezes ficava sozinho. Ah! Eu tenho que ir lá! Mas e os meus serviços aqui? Depois eu vejo, vou rápido, não vão me procurar... Lembro que quando olhei quinze e dez no relógio de parede levantei resoluta. E aquele tesão parecia subir da minha vagina pelo útero, estômago, esôfago, garganta, boca; enquanto me doía as pernas, me deixava bamba, fraca... Nem me lembro como passei pelos corredores de estantes de ferro abarrotados de materiais diversos, lembro vagamente de ter visto duas pessoas trabalhando no caminho. Abri a porta e entrei na sua sala onde ainda se amontoavam algumas estantes de ferro e apoiei a mão esquerda na estante mais próxima à sua mesa, completamente à sua vista. Seu olhar de admiração e tesão me fizeram encostar a bunda na estante deixando minhas mãos livres. Eu já quase gemia quando simplesmente com uma mão em cada coxa comecei a suspender a saia. Não contive um pequeno gemido quando ele levantou-se atabalhoadamente deixando cair a cadeira e veio em minha direção e eu já estava com a saia levantada aparecendo a calcinha. Ele era alto, grande, diferente do Seu Fernando, mas pareceu ter aquela mesma afobação insana de querer pegar em tudo em mim ao mesmo tempo com a boca e suas mãos afoitas. Lembro que o que eu senti primeiro foi sua mão direita alisar e apertar minha coxa direita por dentro e logo em seguida chegar rapidamente à minha buceta e apertar me fazendo gemer. Eu queria o pau. Tateei suavemente por sobre sua calça e lá estava já completamente duro. Alisei por sobre a calça, era grande, parecendo bem mais comprido do que os que eu conheci. Eu podia sentir a extensão, mas queria sentir a pele. Ele arfava, o que por si só já fazia minhas pernas tremerem e me lembrava o Seu Fernando, mas eu queria arrancar gemidos altos, espontâneos de prazer. O seu afã atrapalhava um pouco minhas mãos querendo abrir a calça, até que ele me ajudou e a coisa soltou imponente, bonita, com a cabeça brilhando e não me contive; não o masturbei como imaginava fazer, já fui me inclinando e abocanhei. Aí ouvi seu gemido sincero, abafado, não tão alto, mas sentido, carregado de emoção e prazer. Meu corpo pareceu tomado por prazer da unha do dedinho do pé até o último fio de cabelo. Que delícia era aquilo! Me ajoelhei pra abrir melhor e soltar tudo pra fora. Agora a afoita era eu. Queria tudo e deslizei minha língua por toda extensão até o saco. Os gemidos dele eram assim, abafados, secos, mas dava para percebê-los carregados de todo o prazer que eu queria. Mas o tempo da minha buceta molhada, sentida, no cio, tinha sido muito grande e ela já não pedia, ela exigia ser penetrada. Tomando a iniciativa me levantei já virando de costas pra ele, suspendi totalmente a saia expondo toda minha bunda. Deliciosamente puta... Segurei em dois ferros da estante e empinei minha bunda pra trás deixando minha buceta ao alcance, só impedida pela calcinha que ele puxou pro lado e empurrou a cabeça que entrou facilitada pela minha buceta muito encharcada. Ah! Era um delicioso alívio, ele estava me comendo. Não! Não tive como conter os gemidos. Sim! Soaram alto e com certeza se tinha alguém do lado de fora nas proximidades ouviu. Porque não eram gemidos de somente as estocadas, eram gemidos por suas estocadas fortes, doidas e eram gemidos de um gozo constante que explodiu quando ele gozou me inundando e me fazendo o corpo estremecer como se eu estivesse tendo um estranho ataque de nervos. Eu tinha que chupar agradecida por aquele orgasmo! E me agachei e lambi a cabeça melada sentindo todo o gosto do seu prazer. Olha, nem um resquício de culpa! Somente um sentimento incontido de gratidão que, depois que me recompus, claro, eu sorri, alisei o rosto dele e dei um pequeno e terno beijo em sua boca me despedindo.
Não, não =eu pensei= eu não me transformei e nem era assim! Não sei! Não sei! Não sei! Que prazer era aquele? Que prazer é esse? Me digam! Obrigada.