Região norte. Metade do ano, a partir de julho, calor, que denominamos verão. Na outra metade, chamada inverno, a chuva constante abaixa um pouco a temperatura. No verão, íamos diariamente a um dos rios. Brincávamos na água, saíamos para a margem, cobertas de gramíneas, arbustos e árvores .
Então os mais velhos, entre 13 e 16 anos, exibiam-se para nós, os pequenos. Solicitados ou não, eles baixavam o calção. Era uma espécie de ritual, que eu apreciava. Não contente em apenas olhar, eu levava a mão e segurava um ou outro dos pênis desenvolvidos e quase sempre eretos. Não apenas eu, alguns outros faziam o mesmo.
Foi quando Samuel e Manuel, dois garotos muito bonitos, ensinaram a mim e a Cezinha os movimentos da masturbação. Neles, claro.
Estávamos só nós quatro.
“Assim... assim...”, diziam enquanto nós nos desempenhávamos. Não demorou muito, do pênis de Samuel jorrou o esperma, que eu não conhecia e que me deixou muito impressionado. Em seguida, ele levantou o calção e se retirou. O mesmo fez Cezinha, deixando Manuel na mão.
Vi a decepção de Manuel, que, então, solicitou que eu me encarregasse de terminar o que Cezinha havia iniciado. Observei-o. Ele era muito bonito, com os cabelos loiros, raros nesta região, o corpo desprovido de pelos, exceto no púbis, e o membro fascinantemente belo, com a glande rosácea sobressaindo-se do prepúcio. Um sentimento estranho se apossou de mim. Num impulso, abracei-o. Ele correspondeu ao meu abraço, deixando-me infinitamente feliz. Logo eu estava masturbando-o com a técnica recém-aprendida. Ele gozou com um suspiro, disse ter adorado.
Durante o resto do dia, e principalmente à noite, eu só pensava no que havia feito, e ansiava voltar a fazer. Foi com essa ansiedade que me dirigi ao rio no dia seguinte. Lá estava a meninada. Mas nenhum dos dois.
Por isso, fiz meia volta.
À noite, noite escura, sentado no banco de madeira do lado de fora do muro de casa, vi o vulto que se aproximava.
— Por que você não foi no rio hoje? — perguntei quando ele se sentou a meu lado.
— Sentiu minha falta, foi? — disse Manuel.
Confirmei debilmente.
Passando um braço sobre meus ombros, ele pôs minha mão em contato com a ereção em sua bermuda. E, enquanto eu apertava seu pênis por cima do tecido, ele foi dizendo com voz macia que gostava de mim e que, se eu também gostava dele, devia lhe dar outro tipo de prazer.
— Como?
— Pegando meu pau... chupando...
— Eu nunca fiz isso, Manuel — respondi, sabendo de antemão que iria fazer.
— Faz pra mim, Paulinho — pediu ele. — Nunca me chuparam.
Como disse, era noite escura. Ninguém mais na rua. Levantando-se, ele pôs o pau pra fora.
— Vai, Paulinho — pediu.
Foi quando tive a maior emoção da vida.
Abri a boca, o pênis entrou, quente e duro, e me pus a mamar. Um pouco sem jeito no início, logo eu conseguia engolir a quase totalidade da pica, da qual eu me sentia dono.
— Como é gostoso... — dizia ele, segurando minha cabeça para movimentar minha boca em idas e vindas que lhe arrancavam suspiros e gemidos. Eu estava em êxtase. Nada mais me importava, a não ser usufruir a delícia que acabava de descobrir. Quando ele gozou, enchendo minha boca de esperma, minha satisfação foi tão grande, que não hesitei em engolir tudo. O gosto estranho, desconhecido, do qual eu me tornaria fã, permaneceu longo tempo grudado em minhas papilas gustativas, recordando o momento marcante que, no entanto, demoraria a se repetir.
Tanto ele, quanto Samuel, não moravam na cidade. Acabadas as férias, ambos viajaram.
E só retornaram no inverno, com suas chuvas quase que diárias .
O primeiro a me visitar foi Manuel.
Com o pretexto de recolher as mangas caídas no chão, fomos para o fundo do quintal. Eu estava ansioso. Mal ficamos fora do ângulo de visão de qualquer pessoa que passasse, eu mesmo tomei a iniciativa de baixar seu short para rever o membro bonito e duro, de pele clara e glande avermelhada. Pela minha experiência de hoje, diria ter em torno de 16 centímetros.
Que emoção!
Sentado num tronco, pus na boca aquela delícia e caprichei na mamada. A pica deslizava entre meus lábios, sobre a minha língua, ia até o limiar da garganta. Notei que ele gemia mais quando seu pau se encontrava todo envolto pela maciez úmida da minha boca. Mas eu gostava de vê-lo. Por isso retirava-o da boca para apreciar sua beleza reluzente da minha saliva. Acariciava. Voltava a chupar. Uma maravilha.
— Aaaai... — gemeu Manuel — vou gozar...
Gozou abundantemente. Engoli tudo.
— Gosta do meu leitinho? — perguntei ele quando, enfim, decidimos recolher as mangas, a fim de justificar nossa demora.
— Adoro.
Antes de retornarmos, ele me abraçou, eu fiquei feliz.
Feliz, mas queria mais.
— Mais tarde — prometeu ele.
O “mais tarde” aconteceu. Mas não foi com ele.
CONTINUA
Este relato foi revisado por Érika. Leia suas aventuras no link seguinte:
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