Boa Noite, saudações! Irei fazer uma séries de contos (reais) que estão ocorrendo nessa quarentena. Nada programado, apenas acontecendo. Espero que aproveitem, todos os dias será contado um capítulo novo. Aproveitem, rs.
20 de Março de 2020, o Brasil e o mundo todo assustado com o Covid-19 se espalhando igual folha ao vento. Coincidentemente, tinha que ir para Fortaleza nesse dia para assinar um documento, transmites de trabalho. Acabei indo de carro, carona com um amigo, que estava indo para lá. Sabia que estava indo, mas não sabia como voltaria. As coisas só pioravam e no meio da viagem recebi uma ligação da dona da empresa:
- Thiago, boa tarde.
- Boa Tarde chefia, ocorreu algo por aí?
- Thiago, aconteceu. Daremos ferias parciais para todo mundo, de 15 dias. O Conselho Federal suspendeu as atividades e teremos que fazer isso.
- Bom, trouxe poucas roupas pensando que ficaria três dias no máximo. Não sei se consigo voltar, devido ao fechamento de aeroportos e rodoviárias. Vou ver se me hospedo na casa de conhecidos, mas levarei o documento só no fim da quarentena.
- Sem problemas, sua saúde em primeiro lugar!
Passar férias em uma pandemia trancado, seria "maravilha". Chegando em Fortaleza, fui logo direto ao bairro da Aldeota assinar os documentos e... bom, para onde irei?
Poderia ligar para o Hugo (um grande amigo), mas não queria incomodar por que estava recém casado e morando na casa da sogra. Só tinha uma única solução...
- Alô, Thiago?!
- Oi Paulinha, tudo bem?!
Paulinha (Conto Amiga do Tinder) para saberem...
- Tudo sim. Aconteceu algo?
- Mais ou menos. Estou aqui na Aldeota, cheguei agora. Vim assinar e pegar um documento importante, apenas para isso. Só que não tem como eu voltar agora, tudo fechado. Teria algum problema eu fazer quarentena contigo em sua casa?
- Oi?
- Não se preocupe, vim de carro particular com um amigo.
- Pode ficar aqui, sem problemas.
- Bom, me busca aqui. Tô com receio de pegar Uber.
- 15 minutos tô chegando. Calma aí.
Ceará o índice está altíssimo, estava meio paranóico até de pegar Uber. Não demorou muito, ela chegou. Carro que já conhecia de outras aventuras.
- Demorei?
- 3 Minutos, exatamente.
Ela estava bem a vontade. Short meio curto, uma camiseta do Corinthians com as mangas cortas e cabelo molhado. Estávamos indo para a Maraponga. No caminho fomos conversando e encontramos em um mercado um pouco vazio, para comprar algumas mercearias. Claro, comprei cervejas e vinho (parecia que íamos para uma festa Pool Party). Nessa hora, já tinha avisado em casa que só voltaria para São Luís quando pudesse, tivesse os casos em escala menor.
Chegando na casa, aquela casa... Veio tudo na mente de forma rápida. Revivi em um segundo tempo. Beijos, chupadas, fudidas, amassos. Então, rapidamente meu lado criativo ativou sem antes que eu entrasse. Paulinha estava abrindo o portão e em seguida a porta. Educadamente, ela deixou eu entrar primeiro enquanto fechava o portão e a porta. Logo que fechou a porta, logo que escutei a zuada da chave dando duas voltas, abracei ela por trás e sussurei no ouvido dela:
- Passou pela sua cabeça que iremos passar no mínimo 15 dias juntos, sem sair por essa porta?
Cinco segundos se passaram. Ela respirou fundo e senti seus batimentos acelerados...
- Medo eu tenho, mas sei que será a melhor coisa que passarei nessa vida!
CONTINUA...