Gente, isso é mais um desabafo.
Eu fui casada por 13 anos com Júlio. Com ele tive uma filha chamada Larissa, que hoje é adolescente e mora com o Júlio, ela é apegada ao pai mais do que tudo! Quando eu casei com Júlio eu já tinha o Rafael que é de outro homem, mas Rafael sempre teve Júlio como pai.
Júlio foi um excelente pai dos meus filhos, provedor, carinhoso e honesto, disso nada tive a reclamar. Mas nem tudo eram flores! Na cama ele deixava muito a desejar. Como toda mulher adoro carinho, adoro ser cuidada no dia a dia, mas sem pau e sem um macho na cama pra me colocar na linha eu não sou feliz! Pra uma mulher cheia de fogo como eu, não comparecer como macho é pedir pra ser corno!
Júlio sempre soube disso e aceitava que era impotente pra me satisfazer, só não queria abrir mão da minha compania e do meu afeto. Foi o que deu pra entender desses treze anos! Eu entendi que entre nós havia uma regra pra gente ser feliz juntos: eu podia chifrar ele à vontade e ser a vagabunda que eu quisesse, Júlio só não queria chegar em casa e pegar outro macho em cima de mim. Ele queria chegar em casa e ter janta pronta e um beijinho na boca e isso nunca faltou pra ele.
Eu sempre encarei outros homens na frente dele discretamente, sempre usei roupa indecente na rua. Eu sempre saí e cheguei em casa na hora que eu quis! E meu marido nunca reclamava mas também não elogiava, só queria meu afeto e isso ele tinha.
Por isso eu disse que meu marido nunca foi corno manso desses que adora levar chifres e até assiste, quem dera que fosse. Ele não era manso pra gostar de chifres, era manso pra aceitar a realidade: que eu sempre fui mulher demais pra ele! Ou as vezes ele gostava de ser corno e fingia de bobo, nunca vou saber rsrs!
O pivô mesmo da nossa separação foi minha filha Larissa. Ela sim vigiava a reputação do pai dela quando ele mesmo nem importava. Larissa sempre me odiou pois me achava muito saliente com outros homens. Por azar do destino ela chegou um dia mais cedo da escola e pegou meu vizinho em cima de mim, me comendo no meu quarto de casal.
Ela aprontou uma confusão daquelas, gritava comigo e me chamava de puta! Quando ela contou pro meu marido ele se viu obrigado a separar de mim, pra não perder o amor e o respeito da filha. Júlio nem me xingou nem nada, tanto que até hoje somos amigos. Só minha filha não conversa mais comigo, mas a gente sabe como é adolescente, uma hora isso passa! Na hora que ela crescer e descobrir que uma mulher precisa de macho pra comer ela direito ela vai me entender, ela tem meu sangue e um dia vai queimar a língua!