É de manhã e o dia já começa com cara de cansado.
Você está esperando na plataforma do metrô e me vê paradinha com meu vestidinho jeans fininho de alcinhas e com detalhes de flores pelas laterais.
Minhas sandálias em tom nude fracassam ao tentar combinar com minha pele bem branquinha.
Meu vestido mal se estende até o meio das minhas coxas.
Minha bolsa no estilo mochila, com estampa da Hello Kitty, vai ao meu lado.
Eu pareço distraída enquanto mexo no celular, conversando pelo Whats com minhas amigas sobre como eram lindas as pernas dos jogadores da equipe da escola.
O trem chega e toda aquela multidão que esperava tenta embarcar.
Você se aproxima e fica bem perto, atrás de mim. Eu ainda não sinto você mas seu olhar me queima e atravessa como se fosse um raio laser ou talvez um raio-x tentando me desnudar.
Ao entrarmos eu encontro um lugar para me apoiar e você vem em seguida e chega junto, estacionando bem colado atrás de mim.
Impossível não perceber você agora que estamos com os corpos comprimidos um contra o outro.
Mesmo com a pressão das outras pessoas aliviando um pouco você mantém a posição e continua sobre mim.
Eu estou encostada na porta oposta, olhando para a rua fora do vagão. Você nota que estou com meus fones de ouvido e pareço totalmente distraída tanto com o celular quanto com o que está do lado de fora.
Você se enche de coragem e se torna mais ousado ao acomodar seu corpo, principalmente sua pelvis, sobre mim.
Eu demonstro um certo desconforto, viro um pouco o rosto mas não digo e nem falo nada. Nem mesmo me afasto.
Isto acaba por fazer você sentir se mais confiante pra avançar ainda mais.
Suas mãos buscam meus quadris e se encaixam na minha cinturinha fina.
Um arrepio me sobe pelo pescoço.
Você está respirando próximo à minha orelha esquerda. Eu continuo olhando pra rua, com os fones nos ouvidos, mas movo meu cabelo pro lado, facilitando seu acesso.
Você percebe que o caminho está livre e respira sobre meu pescoço desnudado. Duvido que você não tenha percebido o quanto minha pele se arrepiou por causa disso. Você beija meu ombro e passa a língua na minha orelha exposta, pelo meu cabelo ter sido jogado pro outro lado. Vontade de soltar um gritinho que tive de conter com todas minhas forças.
Sua mão esquerda desce da minha cintura para meus quadris e começa a passear entre ele e minha coxa.
Sua mão direita sobe para a base do meu seio e o empurra pra cima com leves movimentos que me fazem temer desmaiar de excitação.
Você me manuseia por cima da roupa mesmo.
Seus dedos se movem em direção do meu mamilo direito. Você o aperta entre os dedos indicador e médio, ainda por sobre a roupa. Depois você busca meu mamilo esquerdo para fazer o mesmo.
Enquanto isso, ao mesmo tempo, você me toca na coxa esquerda e no quadril.
Passeia sua mão por trás, acariciando minhas nádegas e o vão entre elas.
Faz isso por algum tempo e eu fico febril em sentir suas mãos sobre meu corpo,mesmo que ainda por cima do meu vestidinho jeans de alcinhas.
A próxima etapa é a de tomada total de mim.
Você se encaixa bem atrás, leva sua mão esquerda pra acariciar minha barriguinha e brincar no meu umbigo por cima do tecido.
Você me aperta firme contra o seu corpo e me faz sentir sua excitação em me encoxar assim tão forte. O volume do seu membro se faz notar pelas minhas nádegas e em meu rego.
Agora sua mão pressiona minha pélvis e comprime meu corpinho contra o seu, enquanto dedilha meu sexo sob os tecidos do vestido e da calcinha, como se fosse uma viola a ser tocada.
Sua mão direita se impacienta e resolve invadir a lateral do meu vestido de alcinhas e alcança meu soutien. O acesso se dá pela parte de baixo dele e então sua mão encontra meu seio direito, num contato direto entre nossas peles.
Sinto meu seio sendo apertado e manuseado, meu mamilo sendo espremido entre seus dedos, enquanto a farra entre minhas pernas prossegue, com sua outra mão dedilhando entre minhas coxas e seu volume, já bem crescido, se esfregando entre minhas nádegas.
Estou toda encaixada em seu corpo, tomada por ele. Estou detida em seu domínio. E isso me causa uma fervorosa excitação, por não ter escolha além de me entregar.
Começo a rebolar suavemente, tanto por estar muito excitada, quanto para poder esfregar meu bumbum em seu membro, dentro de sua calça, e lhe retribuir toda a satisfação que está me proporcionando.
Meus movimentos são discretos mas ao mesmo tempo com alguma intensidade e toda a sensualidade que consigo dar a eles, diante dessa situação em público.
Todo um exército de músculos, desde os abdominais até os glúteos, se movimentam em contrações ao mesmo tempo sutis e frenéticas em meu corpo para obter e dar todo o prazer dessas sensações, num ambiente em que estamos, você e eu, cercados de pessoas.
Eu não sei se alguém está vendo que estamos fazendo e, a esta altura, já nem me importo mais. Só quero que você me possua de uma vez, que me penetre com toda sua força.
Eu só quero sentir você dentro de mim, pulsando e me preenchendo.
Suas mãos me tocando, manuseando minhas partes mais sensíveis, me enlouquecem e me fazem perder a razão. O prazer toma conta do meu ser.
O delírio e transe tomam o lugar da minha consciência.
Já não consigo continuar a olhar pra fora ou para nada mais.
Fecho meus olhos e apenas me permito sentir seu toque, seu hálito e seu perfume. Eu adoraria beija-lo e, de olhos fechados, faço biquinhos com minha boca à espera de que me beije os lábios ansiosos.
Sinto o roçar da sua barba por fazer, em meu rosto, vindo por trás de mim.
Viro minha face em direção a sua e nossos lábios se tocam suavemente. Minhas pernas tremem e sinto que o orgasmo se aproxima, mesmo em condições de tanta exposição. Talvez até por isso mesmo...
Minhas bochechas ficam avermelhadas, meu pulso e minha respiração se aceleram, minha pele se aquece e se eriça, meus seios parecem se inchar e meus mamilos se entumecem. Sinto meu sexo se tornar um lago que não sei se minha calcinha será uma barragem eficiente para conter, sem transbordar.
Tudo dentro de mim se comprime. As paredes da minha vagina parecem que estão implodindo, de tanto que se apertam. Ou assim me parece ao menos.
Experimento meus primeiros movimentos de pompoarismo, sem nunca haver tentado antes, tal a excitação e a força do orgasmo que toma conta de mim.
Minhas pernas trêmulas fraquejam e, se você não me segurasse, eu teria tombado no chão daquele trem. Você me segura pelos braços e pela cintura. Já se desengatou das minhas partes em que antes você brincava. Meu seio e minha vagina parecem agora dormentes ou em seu próprio transe, depois de tanta força e destreza que conheceram vinda de suas mãos.
Tudo parece ter terminado, exceto que...
Num movimento brusco, de assalto, você ergue meu vestido, puxa minha calcinha e descarrega seu sêmen dentro dela, por sobre meu bumbum.
Sinto seu líquido quente se alojar em meu rego e escorrer pra parte da frente da minha calcinha, que você recoloca de novo no lugar.
Uma grande parte escorre também pelas minhas coxas, mesmo eu tentando segurar inutilmente.
Mesmo depois de ter abaixado meu vestido, você se mantém colado a mim até chegarmos à estação em que tenho que descer.
Neste momento eu desperto do meu transe erótico.
Olho o cenário ao redor e nada mudou. Todas as pessoas continuam lá em seus lugares. Inclusive você que apenas fica atrás de mim, cuidando para não se encostar, como faz sempre em todas as vezes que o vejo e o desejo.
Sempre noto a sua excitação quando me vê, mas também sua hesitação por eu ser tão novinha, talvez.
E hoje, como em outros dias, eu apenas fico fantasiando o que eu adoraria que você fizesse comigo.
Talvez você faça isso e muito mais comigo em alguma dessas nossas viagens e encontros neste metrô.
FIM.