Clube dos Traidos
Capítulo 4: Romeu e Julieta, será que entro de vestido ou de smokings?
O sexo entre eu e Felipe era bem intenso, cordas, chicotes e até eu vira um dominador conseguir vira com ele. O que eu achava bastante interresante. Nós falamos mais, nos beijamos mais. Só que faltava algo. Já estávamos nessa a alguns meses nesses rolo. E o dia do meu aniversário estava chegando. E pensava em algo grande para comemorar.
- Cómo está indo com o senhor Bones ali? – Hugo comia do meu lado a sua famosa salada de feijão.
Hugo estava ficando mais irritado a cada dia que passava, não sabia ao certo pelo que. Ele sempre era evasivo quando tocava no asssunto.
- Estamos bem. Felipe é um cara bem diferente do que eu pensava.
Hugo revira os olhos e voltar a comer sua salada.
- O que está acontecendo com você?
- Só alguns estresse na família e algumas coisas que estão mudando. – Ele fechou a mão e os nós dos dedos apareceram brancos. – E ainda mais aquí no trabalho...
- Quer falar mais disso? Posso te ajudar Hugo. Somos amigos.e sempre vamos ser bons amigos.
- Eu até que queria falar sobre mais..
- E ai meu amor. – Felipe chegou na mesa e trouxe sua bandeja de comida, me beijou na testa e sentou na minha frente. – Hugo cómo está?
Hugo fechou a cara e logo arrumou sua bandeja e saiu da mesa sem nem ao menos despedir.
- O que aconteceu com ele? – Felipe perguntou dando uma boa garfada em sua comida.
- Não sei ao certo. Mais vou descobri o que. E você? Cómo está sendo o dia?
Felipe estava feliz, ele estava sendo agora o gerente da empresa. O dono da empresa o estava dando o cargo de gerente geral, um cargo que foi disputado por muita gente daquela empresa. E fiquei feliz em saber que ele tinha ganhado.
- Um corre e corre. Eu ainda não parei para nada. – Ele morde seu lábio inferior. Suas mãos estavam suadas e ele guaguejava ao falar. – Eu queria fazer um pedido a você.
- Pedido? Que tipo?
Bem, eu estava preparado para um tipo, secretário dele. Mais não o que ele me pediria. Ele assoviou é uma banda entrou pelo refeitório da empresa. As pessoas pararam o que estavam fazendo e encararam aquele alvoroço.
Um rapaz fantasiado de Mickey chegou com um buquê de rosas e um microfone, dando para Felipe. Ele subiu na mesa a nossa frente e começou a discursar.
- Boa tarde. Oii. Alô som? Tá pegando? Há bem. Boa tarde novamente. – Ele tremia e suava. – Eu me chamo Felipe Ângelo, acho que todo mundo sabe disso não? É só que… Hã que droga eu esqueci. Lucas, eu to aquí pagando esse mico, fazendo esse discurso que esqueci todo dele e estou improvisando. Porque eu percebi que amo você. Você é mais do que apenas sexo, eu… eu quero você comigo. Quero realmente mudar uma parte de minha vida. Quero estar com você até ficarmos velhos. Até que a morte nos separe. Você quer ser casar comigo?
Ele se ajoelha e entrega a caixinha na sua mão, com dois pares de aliança. Ele tinha pegando pesado, e ainda tocando uma das minhas músicas favoritas Young and Beautiful.
- Eu acho que essa é a hora de você dizer sim, e não me fazer de idiota. – ele disse ao microfone e a grande parte da plateia riu.
- Sim. Claro que sim.
Felioe desceu daquela mesa e me beijou. Colocando sua aliança no meu dedo. Eu estava feliz, eu estava pulando de alegria. Aquele imbecil acreditou no nosso amor.
Mas eu não sabia que desde dali, eu estaria marcando o primeiro dia da minha vida se tornar um inferno.
Dois meses se passaram e eu e Felipe estávamos agora numa casa nova, uma casa de dois andares que compramos. A mudança para a nova casa estava sendo o mais rápido possível. O chá de casa nova que fizemos resultou em muitas coisas boas. Eram o casal mais famoso da empresa e como meu noivo era bem sucedido, ele saia em várias capas de revista eletrônicas como sendo a descoberta do mais novo empreendor do futuro.
Eu tinha orgulho de Felipe e agora eu era o diretor chefe de marketing da empresa. Hugo estava ainda como secretário do dono da empresa, não nos falamos muito como eu gostaria, o corre e corre da empresa não deixava isso.
- Eu quero ter uma família, Lucas. – Ele me encara ao lado da cama.
Tinhamos acabado de fazer mais um sexo naquela noite e a chuva de começo de dezembro banhava a cidade.
- Mais já somos uma família. Eu você e o Frederico. – O gato miou em nossas pernas.
- Você sabe do que estou querendo falar. Filho, eu queria ter filhos meu amor, quero dois meninos. Eu sempre tive esse senho de ser pai. Guilherme nunca quis que eu tivesse filho.
- Podemos adotar o que acha? – A pregunta veio antes de eu pondera qualquer coisa.
- Sería uma boa ideia. Já pensou? Nós dois sendo pais? Eu ficaria tão feliz em você me dar isso de presente. – Ele sorriu e me beijou, me trazendo mais um pouco ao seu lado, me apertando um abraço quente. – Ser pai.
- Podemos ir aos orfanatos e ver pessoalmente. Estamos noivos, daqui a alguns dias vamos casar e podemos já ter eles conosco.
- Eu já disse que você é meu par ideal? De que você é meu amor perfeito? Que eu não saberia o que fazer sem você?
- Nao. Não disse – Eu estava totalmente apaixonado por ele. – E eu gosto de ouvir isso. Fala mais.
- Convencido você em? – Ele me beija no rosto.
- Você me deixou assim. Disse várias e várias vezes para não me mimar. – Eu me levanto da cama, ficando sentando na mesa.
- Só quero saber para onde o Senhor Ângelo está indo? Quem deu permissão para sair do meu lado? – Ele sentou e cruzou os braços mostrando seu peitoral cabeludo.
- Não vou mudar meu sobrenome e estou indo ver algo para nós dois comermos. Ou vai ficar aí com fome?
- Volta aquí, que vou pedi comida. – Ele estendeu os braços. – O ursao está sentido falta de carinho.
Reviro os olhos com um sorriso bobo no rosto. E volto a deitar em seu lado.
No dia seguinte, fomos visitar os orfanatos da cidade. Manaus não tinha tantos orfanatos assim, o que me deixou um pouco frustrado. Deixamos o menos provável por último e lá, passamos por umas cinco entrevista, já quase desistindo. Apareceu dois gêmeos.
De cabelos negros e peles morenas, de olhos castanhos escuros, de corpo magros e esbeltos, de rostos triangulares e um dele usava óculos. Os dois pareciam garotos revoltados, as roupas eram largas e seus cabelos era emaranhadas, os cabelos cacheados não eram tão vivos. Os narizes achatados e sorrisos muchos.
- Esses são Victor e Yan. Os dois foram pegos na ruas, eles são adolescentes de 16 anos e já estão no ensino médio, mais como vocês querem gente mais nova…
- Nao, eu quero conversa com eles. – Felipe disse para mulher encarando os gêmeos.
- Acha mesmo isso? – A pregunta incrédula da mulher, me fez subir um ser mais autoritário.
- Se meu esposo disse que sim, vamos dar essa chance.
Os olhos dos dois meninos se cruzaram e um mísero sorriso apareceu em seus rostos abatidos. A conselheira tutelar sorriu rapidamente e logo saiu da sala. Nos deixando na sala.
- Bem. Eu me chamo Felipe Ângelo é esse é meu companheiro, Lucas. Nos estamos aquí…
- Nós sabemos disso. Vocês querem uma criança para adotar. E vai por mim, não somos o seu perfil. Acho que daria mais uma menina. – O olhar de Victor era debochado. Mesmo aquele garoto no fundo não admitir que queria ser adotado.
- Então vamos termina logo com isso, que tenho que ir para escola ainda. – argumentou Yan de uma forma mais timida, cruzando seus braços e olhando para o lado.
- Calma garoto. Somos todos homens aquí. O que vocês gostam de fazer? – a pergunta de Felipe morreu sem resultado nós dois.
- Eu não tive pai também. – Comecei a falar- . Nós dois temos algo em comum, eu e Felipe. Familia que não nos aceitavam. No meu caso não foi tão pior quanto de felipe. Minha mãe me odeia até hoje, por eu ser o motivo de sua separação com meu pai.
Os olhos dos garotos se tornaram de desenteresados, para curiosos. Como se identificasse.
- E o que isso tem haver com nós dois? – Victor novamente cruzou os braços e era áspero ao perguntar.
- Que eu li todos os casos de todas as crianças e sei que vocês não tem culpa. A mãe de vocês era drogada, e o pai os violentavam. E eu acredito que foi um acidente.
- Do que está falando Meu amor? – a pergunta miada de Felipe me fez engolir em seco.
- Eles ficaram órfãos porque o pai dos dois acusou eles por serem deliquentes e terem levado a mãe a loucura e que o pai ter tirado a vida dele e dela. Os deixando sozinho. – Olhei bem sério para Felipe que passou de incredulidade a empatia em cerca de minutos. Ou ele fingia muito bem.
- Se sabe tudo isso. Sabe que não tivemos nada com isso, apenas fomos jogados em um camburão e agora estamos rodado de orfanato a orfanato para sobreviver. – Yan retrucou de forma defensiva.
- Cala a boca Yan. – repreendeu Victor.
- Ei, não fale assim com seu irmão. – Repreendeu Felipe.
- Vai fazer o que? Eu falo assim com quem eu quiser e não tenho medo de você. – Riu debochado Victor novamente se jogando na cadeira.
- Meu pai batia na minha mãe e eu via isso todos os dias, até um dia eu ter batido no meu pai e ter quase partido a cabeça dele de porrada. Eu sei como se sente, eu sei que o mundo é difícil e ainda mais para adolescentes como vocês, eu tive que me vira muito cedo e hoje eu procuro redenção. Mais… - A voz de Felipe baixa e ele engole um soluço. – Nao podemos apagar o passado, mais podemos trasforma nosso presente, pois ele que vai ser nosso futuro. Se nos derem a chance de conhecê-los melhor. Estaremos lá fora para uma visita num final de semana.
Victor e Yan se encararam e trocaram olhares. Yan parecía mais cansando daquela vida, mais Victor era cabeça dura e mostrava resistência. Aquela conversa sem palavras duraria muito tempo.
- Se deem uma chance, eu sei que não somos perfeitos e não somos uma família tradicional. Mais temos vivência e vamos fazer vocês chegarem ao sonho de vocês. Se perguntem. Qual é o seu sonho? Amor? Família? Alegria? – Olhei para o pulso de Yan que percebi os pulsos cortados. – Uma saída de emergência?
Mostrei meus pulsos que eram cortados. Encarei Yan.
- Sempre tem uma saída melhor. Eu sei disso, por ter passado 4 vezes pelo suicidio. Então. Se quiser. Estaremos lá fora.
Olhei para Felipe que se levantou comigo. Andamos em silêncio até as portas do orfanato. Onde encontramos a conselheira.
- Fomos sincero com os dois. Eu quero eles. Agora só falta os dois nos quererem. – Olhei para a morena que estava a minha frente, com olhos incrédulos.
- Se você quiser eles, trazerem problemas. Você sabe disso, eles estão em investigação pelo que fizeram. Nós não temos como passar eles para vocês. – A morena de cabelos longos e lisos e lábios carnudos. Estava com a ficha dos dois. – Eles até agora alegam inocencia e um deles já foi até para o sanatório, para não cometer suicidio.
- Nos queremos os dois. Eu tenho advogados. Eu posso ajudá-los. – nunca tinha visto Felipe tão inerte num assunto é determinado como vi ele. – Eu cometi erros e tive que aprender com o mundo, não posso deixar os dois fazerem os mesmo.
- Nos dois vamos querer. – Victor encarou a conselheira a sua frente com aquele ar de badboy.
- Irei verificar se o juiz liberar. E entrarei em contato.
Yan apareceu do lado do irmão. Ele mesmo não encarando nós dois, sorria feliz.
- Nos veremos em breve. – a minha voz passava calma e felicidade.
Naquela mesmo noite felipe andava de um lado para o outro. Apreensivo com seu celular.
- Meu amor, calma. Eles vão ligar.
- Será que fizemos algo certo? Eu quero ser pai amor, quero muito ser pai. Mais nos ainda nem casamos ou coisa do tipo. E se fizemos algo de ruim trazendo os dois?
Felipe estava inerte novamente em sua própria realidade. Pegue sua mão e o trouxe para deitar em meu colo.
- Nos fizemos o certo é sempre faremos. Você sabe que eles precisam de nós dois e que eles são nossa representação quando jovem.
Felipe pegou meus pulsos e viu novamente as marcas que agor até estavam sumindo com o tempo. Beijo cada uma delas e encostou sua cabeça na minha.
- Eu jamais vou deixar você cometer isso novamente. Eu estaria louco se te perde-se. Eu amo você Lucas.
Novamente meu coração estava cheio de alegria. E o beijei ali mesmo.
