O Diário - Capítulo 20

Um conto erótico de Dr. X
Categoria: Gay
Contém 1977 palavras
Data: 06/04/2020 14:33:23

O Diário

Capítulo 20 – As ondas

Assim, os dias passaram-se rapidamente. Minha cabeça estava trabalhando demais e mal havia tempo pra pensar no Léo e Tony cada vez mais irritados um com o outro. Aquilo começou a me incomodar depois de uma semana e eu decidi que era hora de ser sincero comigo, com o Tony e com o Léo, principalmente com o Léo. Afinal, era ele meu namorado.

Numa tarde de folga (elas são extremamente raras), levei o Tony à praia. Chamei o Léo também, mas ele teve um problema no trabalho e teria que passar mais tempo por lá. O Léo não gostou da ideia, estava morto de ciúmes e fazia questão de se referir ao Tony de maneira sarcástica e desmedida.

Já na praia, decidi que teria uma conversa definitiva com o Tony. Ele era um cara bacana, daqueles que não se encontra duas vezes na mesma existência. Mas era o Léo quem eu amava e eu precisava por um ponto final naquilo tudo. As ondas estavam agitadas naquela tarde. Nuvens finas cobriam o céu como se lançando um véu translúcido sobre nossas cabeças.

– Tony, eu preciso ser sincero com você. – falei.

– Pois seja, mio angelo – respondeu sorrindo.

– Sabe, o Léo e eu... Nós meio que estamos entrando em algo super sério. Eu gosto bastante de você, mas eu o amo. Por isso quero deixar claro que o que tivemos ficou no passado – falei com toda a sinceridade – Sinto muito!

– Não me tenha por ingênuo, querido. Seria óbvio lá da Itália o que tu sentes por ele. Sinceramente, não concordo com isso tudo, acho que seria um par melhor para ti, além de que eu teria uma bela vida contigo, pois ambos somos compreensivos. Mas entendo-te. Se for o que desejas, de fato, siga em frente. Mas eu estarei disponível para ti, para quando tua mente ficar mais lúcida haha. O amor embebeda os homens, meu caro! Tu não hás de escapar.

As ondas quebravam-se na areia e dentro do meu coração. O Tony era realmente um cara especial e eu não queria magoá-lo.

– Ei, por que esta cara triste? – Disse sorrindo – Não desistirei de tu assim tão fácil! Um dia nós nos reuniremos.

Ri e abracei-o, como abraçaria um doce amigo. Naquele momento, o Tony era apenas isso para mim. Havia muita coisa se passando para minha cabeça, mas eu tinha certeza de que era o Léo quem eu amava. Era dele que precisava ter o sorriso todas as manhãs. O Léo correu pela casa de alegria naquela noite. Era como se tivesse vencido uma batalha.

Eu havia preparado o antar aquele dia. Durante o jantar o Léo fazia questão de pegar na minha mão ou por comida na minha boca. O Tony apenas sorria (ele é do tipo que não se dobra perante provocações tão toscas). Jantamos e eles me dispensaram do serviço de limpeza. Olhei pro Léo dizendo com os olhos “não faz merda, por favor.”. A cara de medo dele mostrou que ele havia entendi o recado.

Fui para o quarto alegre, estava leve. Liguei a ducha morna e fechei os olhos. A sensação de resolver um impasse é maravilhosa. Das melhores que existem. Poderia dizer que flutuei por alguns segundos, tamanha a leveza.

Vesti meu pijama e usei um cardigã longo porque ventava um pouco. Decidi que leria um pouco antes de dormir, mas ao abrir o livro notei que o Leonardo me olhava da porta do quarto. Ele sorria. Devia estar feliz por finalmente perceber que não havia ninguém entre nós.

Era engraçado ver o seu sorriso mudar de doce para safado só com uma trocada de perna minha. Mais estranho ainda era ver o quanto aquele sorriso mexia comigo. Só de ver aquela cara meu pau queria saltar pra fora do pijama e ele percebeu. Em questão de segundos meu livro foi parar no chão do quarto e as luzes se apagaram. Só a luz da cidade entrava pela sacada do quarto.

O Léo estava mais agitado do que o costume, parece que o fato de ter “vencido” o Tony deu a ele uma pose de macho alfa aquela noite. Tudo tinha muita urgência: seus beijos, sua mão passando em minhas costas e depois na minha bunda por dentro do pijama...

Era como se eu fosse a lua e todo o corpo dele uma alcateia de lobos uivando. Eu sentia seu hálito quente no meu pescoço enquanto ele me conduzia pra cama quase me levantando do chão. Uma coisa é certa: ele morria de tesão por mim!

Aos poucos, minas roupas foram desaparecendo e as dele também e então eu estava deitado por baixo dele com as pernas abertas enquanto nossos paus roçavam-se. Senti um pouco da baba dele molhar minha barriga e os pelinhos das coxas dele passarem na minha perna.

Ele me beijava com pressa, como se aquela noite fosse a nossa última. Havia mais do que tesão e amor naqueles lábios, algo que nem mesmo o dicionário mais completo seria capaz de nomear. O perfume dele entrava pelo meu nariz meio que alertando que ele queria passagem. A única coisa que eu conseguia fazer era abraçá-lo pela nuca pedindo com os braços por mais e mais.

Sentia o pau dele pulsando junto ao meu e calor daquele membro despertando uma fera dentro de mim. O que ela queria era mais e mais daquilo, até que o próprio fim estivesse acabado.

Ele me girou e colocou minha bunda voltada para cima, de forma que eu ficasse de joelhos, mas com meu peito apoiado na cama. Inicialmente, senti uma gota pesada de saliva encontrar meu buraquinho e um arrepio subiu por meu corpo inteiro. Em seguida senti a língua quente dele tocar as minhas pregas. Nenhum pênis de outro homem despertou tanto tesão em mim quanto aquilo. Ele lambia meu cu enquanto apertava minhas coxas contra si. Dava pra sentir que ele gostava daquilo tanto quanto eu. Senti a sua língua forçar meu furo enquanto a barba pra fazer roçava na bunda. Ele metia devagarinho como se me provocando e eu não consegui conter um urro de prazer ao sentir seus dentes deslizarem suavemente pelo meu rego até fecharem-se no meu anel que piscava!

Assim que gemi, ele aumentou ainda mais a frequência dos movimentos enquanto começou a me masturbar. Não consegui me conter e passei a gemer tão alto como nunca havia gemido. Não eram mais gemidos de tesão, eram gemidos do mais puro e desnudo desejo, daquela vontade que atravessa a carne e atinge a alma. Era como se eu fosse uma fera sendo devorada por outra.

De repente senti algo quente encostar-se ao meu pé e ele começou a subir lambendo minhas costas dando pequenas mordidas. Ao mesmo tempo, sentia a cabeça do seu mastro percorrer minha panturrilha, depois meu joelho e coxa até deslizar para o meio das minhas pernas e encostar no meu saco.

Em seguida, senti o peso do seu corpo sobre o meu e o calor de seu peito n as minhas costas. Daí seu pau começou a deslizar entre minhas coxas e massagear meu saco enquanto os pentelhos dele encostavam-se à minha bunda. Ele beijou minha nuca e em seguida mordeu levemente minha orelha antes de sussurrar “posso entrar em você, Fê”.

Aquela foi a gota final, gozei enquanto sentia espasmos por todo o corpo. Senti minha porra encharcar o lençol. O mundo girou e por um segundo tudo era um escuro absoluto: “La petite mort”.

Aquilo o excitou ainda mais e senti seu pau lambrecar meu rego com minha própria porra. Eu apertei sua mão e ele entendeu o recado. Meteu de uma vez só. Eu urrei num misto de dor e prazer e aquilo o atiçou ainda mais. Senti estocadas violentas e o som do seu saco se chocando ao meu corpo. Comecei a rebolar e ele gemeu de prazer. Parou as investidas e eu tomei o controle. Empurrava minha bunda ao encontro do seu pau até sentir a dor dele encostando no fundo de mim. Ele não aguentou aquilo por muito tempo e voltou a meter com mais velocidade ainda! Eu também continuei rebolando como se pedindo para que ele todo entrasse em mim. Nós dois gemíamos alto. Ele gritava (não posso chamar aquilo de gemido).

De repente ele me abraçou mais forte enquanto apertava meu peito com as mãos e eu senti um jato de porra dentro de mim enquanto aquele monstro veiúdo continuava a me penetrar no mesmo ritmo frenético. Ele continuava metendo e eu sentia gotas da sua porra escorrerem por minhas coxas enquanto ele dizia no meu ouvido que continuaria com aquilo até eu gozar de novo.

– Quero te ver gozar sem tocar no pau de novo. Isso me excita demais hehe.

Segurou minhas mãos e entrelaçou nossos dedos enquanto metia com a mesma velocidade do início. O cheiro de porra subia pelo quarto e eu sentia o suor dos nossos corpos me envolver num misto de calor e arrepios.

Não demorou muito até que eu gozasse novamente e assim que eu gozei, ele me abraçou por trás e lentificou as estocadas até que eu me recuperasse. Ficamos naquilo por mais algum tempo até que ele tirou o pau de mim e ficou de pé sobrea cama. Na hora entendi o que o safado queria e fiquei de joelhos olhando em seus olhos. Ele mordeu os lábios e notei seu abdome contrair. Fechei os olhos e senti a porra quente cair no meu nariz e boca pesadamente. Dessa vez ele gemia mais baixinho, meio que só deixando a respiração pesada sair pela boca. Ele se abaixou e lambeu a própria porra que escorria pelo meu rosto. Em seguida me beijou e compartilhamos o sabor do seu esperma.

– Te amo – disse baixinho.

– Te amo – Respondi enquanto alisava seus cabelos

Ficamos ali quietinhos e eu adormeci com o peso do corpo dele sobre mim.

– Fê, acorda... Fê, levanta! – Ouvi – Fê, tá tudo sujo! Vem tomar um banho!

Acordei meio zonzo. Havia pegado no sono por 15 minutos. Leonardo já estava limpo e pegando roupa de cama limpa nos guarda-roupas. Eu levantei cambaleando e fui para o chuveiro, tomei banho e escovei os dentes. Quando voltei ao quarto o Léo me esperava na cama já arrumada. Ele estava de samba canção e dormia levemente com a cara em cima do livro que eu lia. “Virgínia Woolf, me perdoe!” pensei enquanto tirava o livro quase babado de baixo dele. Era muito bom olhar para ele dormindo na minha cama. Vê-lo em paz, e sentir o calor do tronco dele do meu lado, ou as pernas dele que insistiam em me cobrir durante a noite! Eu não sabia que poderia ser tão feliz amando alguém...

Os dias passaram-se rapidamente e o Tony decidiu que viajaria a São Paulo para encontrar com uma amiga, chef de cozinha num restaurante de lá. Fomos ao aeroporto leva-lo e passamos na praia na volta. Sentamos na areia fria de início da manhã e eu reparei no reflexo do sol nas ondas que quebravam fortes naquele dia. Ah, as ondas são como o amor...Os sentimentos vão e os sentimentos voltam. Porque seria diferente com o amor? Ele vai e arrasta uma parte de você, depois ele volta mais forte e mais alto. Com a violência de um tsunami. Inunda seu ser com águas que hora são calmas, hora turbulentas. Só que ele não deixa escapatórias, você será arrastado para o fundo mais cedo ou mais tarde e talvez se afogue. Às vezes, raramente, essas águas te conduzem de volta para a areia. Naquele momento eu era levado para o fundo daquele relacionamento, sentia aquele sentimento me envolver e me arrastar para mais longe da costa. Agora é tarde demais, eu estou perdido em alto mar, longe de tudo... Longe de mim mesmo.

Enquanto isso, as ondas quebram-se na areia.

CONTINUA...

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O que poderia acabar com esse amor além da morte ou trai?

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