Estranho do aeroporto me fez descobrir sensações novas

Um conto erótico de Lethícia
Categoria: Heterossexual
Contém 1505 palavras
Data: 12/04/2020 21:00:05
Última revisão: 29/07/2020 19:46:35

Continuação do conto "O cara do aeroporto". Clique em meu nome ai em cima para lê-lo também.

Rômulo deu duas leves batidas na porta e abriu. Entrou e trouxe consigo uma lata pequena, contendo uns chocolates que ele disse serem belgas, me contando que os tinha ganho de uma amiga que viajara para lá recentemente, com quem se encontrou na cidade que eu morava. Estendeu-os, mas eu educadamente recusei.

- Obrigada, mas eu tenho alergia... – fazendo biquinho e uma carinha triste. A verdade é que eu sentia um friozinho na barriga, ali num quarto com um estranho gostoso pra caralho, me oferecendo algo que poderia me drogar, não sei, se vê tanta coisa na televisão hoje!

- Ah, que pena! -pegou um e comeu numa bocada só. Sentou na beira da cama, pegou o controle e começou a zapear os canais, parando num jogo de vôlei feminino. Comentou algo sobre o time, o técnico, mas minha xana já gritava de excitação pela situação que meu corpo classificava como “periculosa”.

Fiquei em sua frente, me reclinei em sua direção e perguntei se ele queria mesmo assistir televisão. De pertinho, pude me embebedar meus sentidos ainda mais com aquele perfume que, posteriormente, descobri ser francês. Sua pele alva, as duas ruguinhas de cada lado dos olhos quando ele sorriu, aquela boca bonita... eu já pressentia o gosto do seu beijo sem mesmo ter provado.

Rômulo tocou meu rosto com a mão direita, desligou a tv com a esquerda e me beijou. Lábios macios, quentes, doces do chocolate. Comecei a colocar meu peso em cima dele e, em um minuto, já estávamos na cama, deitados, nos beijando. Sua pele quente e macia, o peso do seu corpo largo e musculoso, eu jamais imaginei poder realizar o que era só a fantasia de tê-lo, ali, naquela situação extraordinária.

Era algo totalmente diferente do que eu já havia experimentado: ele tinha um toque forte e delicado ao mesmo tempo, como se conhecesse um corpo feminino de cór e salteado. Ele me beijava como se me comesse há séculos, com uma intimidade de quem já dormiu de conchinha várias vezes com a pessoa, como se já fôssemos casados há anos e um conhecesse perfeitamente todos os movimentos do outro. Ele tirou minha roupa sem pressa, beijando cada parte que aparecia ao ser despida. Primeiro, suspendeu a camiseta com uma mão, enquanto procurava meu sexo por baixo da saia com a outra mão. Enquanto suspendia, acariciava sem pressa minha xana por cima da calcinha. Em silêncio, observou cada detalhe da minha lingerie Victoria’s Secret azul turquesa, com aquele olhar de aprovação. (A verdade é que EU me excito só de me olhar no espelho e me ver com uma lingerie bonita! Adoro o poder que uma calcinha e um sutiã combinando me trazem!)

Deslizou o indicador pelo contorno do meu sutiã, enquanto me elogiava, me olhando nos olhos e dizendo com palavras polidas o quanto eu era linda. Era respeitoso no toque, sem a voracidade que eu sempre recebi – e eu estava achando tudo aqui sensacional, porque estava sendo endeusada, me sentindo a mulher mais desejada do Universo, pelo cara mais bonito que meus devaneios a sós, nas noites solitárias, me tocando no meu quarto, poderiam imaginar.

Ele estava prestes a me comer, e estava me enchendo de elogios educados, corteses, íntimos. Tudo aquilo era muito diferente pra quem só estava acostumada a “vou meter agora, segura minha tora, vem dar uma mamada...”.

Quando me vi, estava nua, sua, entregue, deitada de lado, com sua boca encostada no meu sexo, me beijando como se beijasse meus lábios superiores e meu rosto estava na direção do seu membro, num 69 deitado, sem forçar nada. Eu estava tão embevecida naquela áurea de paz e relaxamento sexual que nem me questionei internamente ao começar a sugá-lo.

Era rosado, grande, super proporcional ao seu corpo e sua altura; estava rijo, depilado, tinha um cheiro bom de banho tomado. Naquele corpo nu não havia um pelo sequer, além das sobrancelhas e do cabelo. Era quase o Davi, de Michelangelo, porém mais pauzudo, mais musculoso e mais largo. Até aquele dia, eu nunca tinha visto de perto um homem tão gostoso, tão lindo e tão bem cuidado, e eu nunca tinha achado graça em ver pênis. Mulher é mais auditiva do que visual, a gente se excita com palavras sussurradas no pé do ouvido, assopro na nuca, e de olhos fechados o tesão vai a mil, mas eu juro que, se eu recebesse o que chamam hoje de “nude” daquele falo rijo, eu não resistiria a me tocar, onde quer que eu estivesse no momento.

Eu chupava com vontade, alternando entre sugadas fortes e lambidinhas na cabeça do pau. Ele me beijava a xota, como um beijo de língua apaixonado, enquanto intercalava com lambidinhas atenciosas no meu grelinho duro. Eu estava totalmente entregue naquele momento. Já não havia medo, receio, eu já não sabia nem que dia da semana era.

Quando sentiu que estava prestes a gozar, Rômulo se afastou, colocou minha cabeça em cima dos travesseiros e preparou aquela pica linda para me penetrar, com uma camisinha que ele tirou de não-sei-onde. Ele me olhava nos olhos enquanto entrava; não precisava nem pedir licença, já tinha me preparado por inteiro pra que eu recebesse aquele pau quente, gostoso, macio, grandão que nem ele. Ele me olhava em cada metida como se estivesse apaixonado, era constrangedor e delicioso ao mesmo tempo. Quando enfiava tudo, me beijava, quando se movimentava pra sair, pressionava um pouco minha mão. Ele era pesado, mas a pressão de seu corpo contra o meu secretamente amainavam meus costumeiros desejos masoquistas, nem sequer lembrados naquela tarde especial.

Nossos lábios não se desgrudavam, aquele foi o sexo do século. O ar condicionado não o deixava suar muito, mas quando uma gotícula de suor deslizou do tórax perfeito dele e caiu sobre meu corpo, foi como se, em sincronia, uma orquestra interna me avisasse que era hora de gozar. Os “choquinhos” começaram no meu baixo ventre e ondas de vibração interna tomaram posse de mim.

Ao ver que meu corpo reagia para gozar, Rômulo acelerou as metidas, enquanto firmava as coxas grossas no colchão e, num momento, estávamos gozando juntos. Ao descarregar, em quase completo silêncio, mas com expressões de prazer gritantes naquele rosto de 35-37 anos, ele beijou minha testa, como se agradecesse.

O mais incrível pra mim começava agora: ele esperou meu corpo terminar de vibrar e meus batimentos começarem a desacelerar pra sair de dentro de mim. Tirou a camisinha, deu um nó, achou uns guardanapos limpos do almoço ao lado da cama, se limpou e usou a cueca box branca. Enquanto eu respirava fundo pra me recompor lá, com as pernas abertas, jogada na cama, ele me puxou pra perto, deitou minha cabeça em seu ombro, me cobriu com um lençol branco de algodão que estava por ali e começou a me dengar, dando-me beijinhos no rosto, no cabelo, na boca, a fazer carinho nas minhas costas, nuca e orelhas. Me abraçava com tanto carinho que eu não sabia nem como retribuir... eu nunca tinha sido tocada daquela forma!

Ficamos quase uma hora ali, deitados, aninhados um no outro. Mas, como todo conto de foda, ops, de fadas (RSRS) tem um final, começamos a nos ajeitar para esperar o horário de voltar ao aeroporto.

Trocamos telefones, fomos em poltronas lado a lado até Maceió, como um casal em lua de mel, e nos despedimos com um selinho no aeroporto de destino.

O destino não foi generoso com um segundo encontro, já que nesta época não existia nuvem para salvar os contatos e acabei perdendo meu telefone na viagem... Ele também não retornou.

Apesar de ter amado tudo aquilo, assim que amanhecesse, eu precisaria passar a semana focada no meu trabalho ali. Mas as lembranças daquela tarde incrível nos braços daquele homem mais incrível ainda jamais sairão da minha mente.

Até aquele dia, eu nunca tinha me sentido tão bem com um homem, tão à vontade. Durante meses após este episódio, me questionei internamente da necessidade de minha sexualidade agressiva, dominadora, se o sexo regado de carinho como o de Rômulo não era mais salutar pro meu corpo e minha saúde mental. E conheci muita gente depois disso, passei por várias experiências e hoje, mais madura, mais vivida, tenho certeza que a companheira dele (com certeza um partidão daqueles não fica sozinho) é a mulher mais feliz do mundo ao deitar e acordar, porque se eu tivesse alguém como ele só para mim, mau humor não existiria.

Onde quer que você esteja hoje, Rômulo, sinta-se homenageado várias vezes ao longo desses anos. RSRS As mulheres do Brasil precisam de mais homens como você, que saibam tratar uma mulher como ela merece.

- Conto verídico, alguns fatos alterados para a proteção da identidade dos envolvidos.-

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Comentários

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Leticia...adorei...sensacional....vc e muito boa nos detalhes...Parabens!! Escreva mais...rs

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Excelente Lethicia!!! Português correto, narrativa envolvente... gostei muito mesmo!!!! Se puder Leia os meus também clicando no meu nome e de.um.feedback por aqui ou pelo email/Skype consultor.rodrigobastos@gmail.com

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