Pra quem leu a primeira parte do meu conto sobre meu primeiro contato com o vizinho, amigo da família.
José era um homem descuidado, um coroa, não sentia atração física por ele e nem amor, era apenas carnal, a descoberta do prazer.
Eu não tinha acesso a celular, então usávamos códigos para nos encontrar e nos comunicar sem que ninguém entendesse.
Como a cor da calcinha, horário da gente se encontrar, se barra estava limpa, favorável às nossas sacanagens. Eu escrevia bilhetes picantes para ele, ainda mais nos momentos excitantes que eram contínuos. Na frente da casa tínhamos muitas plantas e
algumas vezes na madrugada quando minha família estava dormindo, eu abria a portinhola da porta para José pegar nos meus seios e me acariciar, corríamos o risco de alguém dentro de casa acordar ou algum outro vizinho ver a cena... eu ficava extremamente molhada.
A minha casa estava passando por reformas, o quarto da frente ficou desocupado, deixávamos a janela que estava quebrada aberta já tinha grade. Isso favorecia nossa libidinagem.
Eu suspendia o vestido surrado que usava e dormia sem calcinha, coisa que faço até hoje.
Eu estava tomada pelos desejos ardentes e a falta de juízo por conta da sexualidade precoce. Eu o masturbava através das grades e José chupava meus seios e tocava uma siririca pra mim.
Essa descoberta juvenil trouxe sérias consequências psicológicas
Como havia dito que tive uma criação muito religiosa, os
anos se passaram e os assuntos relacionados a sexo foi abordado tarde de mais para mim, que conhecia os atos lascivos na prática.
Fui orientada sobre normas de pureza, enquanto eu já praticava "coxinhas" e boquetes.
Eu não tinha com quem falar, me sentia sozinha, desamparada. Tinha medo dos julgamentos, tipo
"Se você dava um jeito de de fazer essas coisas escondidas é porquê você gostava"! A culpa é sua! Porque nunca falou disso antes?
Minha cabeça dava um nó, eu gostava da religião, mas me sentia culpada e muitas vezes não orava.
Quando orava pedia para meus desejos serem adormecidos e quando ficava dias sem me masturbar ou desviar os pensamentos de sexo, era uma tortura.
Quando tinha recaída, meu fogo só aumentava.
E depois o arrependimento! Era um ciclo.
Minha cabeça estava confusa devido aos hormônios, sentimentos de culpa, desejos proibidos...
Sorte minha que fiquei entediada do José, perdi o interesse completo, o que dificultou para ele me comer. Me entediei talvez por causa do tempo e algumas facilidades que tivemos de ficar a sós.
José percebeu meu distanciamento, mas não contei apenas tive ele como amigo.
Não sei se ele tem os meus bilhetes ainda, também não falamos mais no assunto, como se nada tivesse acontecido.
No fundo sei que não tive culpa, não guardo mágoa mas nunca criei coragem para denunciar e na época não se falava em abuso sexuais, pedofilia...
Finalmente consegui dar um tempo no fogo e resolvi me dedicar às atividades religiosas, mas não por muito tempo...
Continua nos próximos
contos..