O comunicado veio logo pela Tarde e todos os cincos garotos foram chamados para irem a diretoria da faculdade.
Alison e Dominik foram os últimos a chegarem e viram Richard e Romeu brigando entre si na sala de espera.
- A trupe está quase pronta. – Disse Dominik olhando osO que estão fazendo aquí? – perguntou Alison para os dois e não recebendo resposta logo de cara.
- Algum imbecil não deve ter cumprindo a tarefa do Professor e estamos aquí. – Romeu mostrou a mensagem anônima que recebi.
”Eu avisei que se um não fizesse o que eu mando, todos pagam. Agora vamos brincar de punição Otarios.”
- Nao acredito que vocês não receberam essa mensagem. – Romeu encarou os 3 e nenhuma deles disse algo. – Eu realmente devo ter jogado peixes na cara da Yemanja. Porra.
- Quem foi a pessoa que não cumpriu sua tarefa? – Dominik comentou encarando todos os lados, como se alguém pudesse pular naquela hora e o assusta-lo.
- Onde está o Benjamin? – Perguntou Alison para Richard que não soube responder.
A sala de espera era grande e estava no prédio principal do campus. Os 4 estavam nervosos, já que a reitora da Universidade era mãe de Benjamin.
- Eu não vou estragar minha vida por causa de um imbecil que não sabe seguir ordens. – Romeu cuspiu as palavras se referindo ao Benjamin que não estava lá.
Ate que o garoto saiu da sala de sua mãe, e assim que viu os 4 seus olhos pararam direto em Richard.
- Ela quer falar com vocês. – Ele não mostrou reação alguma é apenas sentou no banco – entrem.
Os 4 entraram para a sala da Reitora que era bem organizada. Um tapete que afundavam seus pés estava por toda a sala. Um vista para o lado oeste do campus, onde tinha quadras de esportes e a piscina. A mesa era totalmente arrumada, e a sala cheirava a pinho.
A loira de cabelos grandes e chegando a quase brancos, estava sentada, com um vestido colado e com beiras douradas e seus cabelos preso num coque.
Seus óculos estavam na mesa e assim que os viram, foi posto no rosto. Seu rosto delicado e triangular, sem expressão alguma. Apenas os mesmo olhos frios e glaciais de Benjamin.
- Quero que sentem.
Ela era uma mulher conhecida porque não tinha rodeos, ela era direta no que queria.
- Não estou aquí para ter rodeios com ninguém. – Ela encarou cada um, os garotos estavam num jogo perigoso . – Recebi uma denúncia anônima que me colocou em uma sinuca com o conselho.
Ela falava de uma forma calma, mais em sua voz não tinha nenhum arrependimento, pelo contrário, ela tinha prazer de ter em suas mãos o poder de controla a vida de cada pessoa ali.
- Recebi uma denúncia de uma pessoa ânima que vocês e junto com meu filho estão organizando a venda de drogas na UGV e vendas de provas de professores, como adultério em notas.
Os 4 garotos se entre olharam e Romeu surtou.
- Eu venho de uma família rica, acha mesmo que me prestaria a esse papel, senhora Reitora? Eu não preciso sujar meu nome ou de minha família com isso. – Resmungou Romeu.
- Sou pobre e fiz por meceré está aquí. – Dominik tentou soar firme, seus olhos cruzaram os olhos gélidos da Reitora que o encarou de uma forma ríspida. – Preciso dessa bolsa e outra, a senhora acha mesmo que nos 4 estamos envolvido com isso?
Ela encarou cada um. E jogou conversar de e-mail trocadas e fotos. Eram eles. Como? O que.
- Contra provas não a argumentos. – A reitora sentou em sua cadeira.
- Não somos nós. Não faríamos isso. – a voz de Richard se tornou mais firme naquela sala. – A senhora me conhece, desde de pequeño. Cresc com seu filho. Benjamin pode dizer isso. Não faria isso, ainda mais para ferrar meus dois pais.
- Estão sendo investigados. – Ela ajustou seu óculos e pegou as provas – Vocês todos estão sob investigação, se isso for verdade a expulsão de cada será mínima dessa Universidade. Até mesmo a sua Richard. Seus pais ficariam decepcionados com você.
- Acredite em nos. – Rebateu Romeu. – Ou a senhora quer uma prova? Acha mesmo que eu me prestaria a esse papel? Olhe para minhas notas e meu legado que carrego.
A boca da reitora torceu. Romeu não estava ajudando em nada. Alison teria que pensar em algo rápido para tira o seu e os dos outros da reta, ou acabaria fora de seus sonhos.
Cale-se senhor Romeu. Sei bem quem é sua família e sei bem quem é quem nessa sala. Eu admito vocês nessa Universidade e vou
Mais não fizemos isso. - Dominik disse mais para si mesmo do que para todos.
Dona Michele. - Richard olhou para a diretora. - Alguém. Alguém está brincando conosco. Alguém está nos chantageando. Alguém quer nossas cabeças numa bandeja de prata. A senhora precisa acreditar em cada um de nós
A diretora encarou o moreno, o ar ficou mais denso, os outros garotos ficaram tensos, como se uma bomba poderia explodir ali mesmo.
E quem seria essa pessoa? O que ele teria com vocês? São apenas 4 jovens. Não vejo cabimento sobre isso.
Porque seu filho está junto, sendo ameaçado..
O alarme disparou na Universidade, uma fumaça preta saia perto de onde estavam. O alarme de incêndio foi posto para todos. Água caia molhando os meninos e até mesmo tudo o que estava na sala. Benjamin entrou na sala gritando.
Explodiu a cozinha. Mãe, precisamos sair daqui…
A fumaça estava subindo por todo o prédio. Michele encarou os meninos e saiu correndo ao lado de um dos guardas da Universidade que apareceu. Ela saiu respirando asmática.
Os garotos saíram do prédio correndo, e logo novamente uma outra explosão aconteceu.
Estamos ferrados de vez. - Disse Romeu para os quatros.
Os cinco foram para a casa de Alison.
O que você fez? - gritou Romeu para Richard que olhava para a janela vendo algo lá fora.
Fiz a única coisa certa até agora. Ou faria aquilo ou íamos ser expulso e acho que grande parte aqui não teria dinheiro para pagar uma faculdade. - disse olhando para Alison e Dominik.
Agradeço a sua gentileza. Mais você acabou de expor algo que não deveria. - Alison chutou com o pé no sofá com raiva - Mais que porra.
Isso não ajudou. Fez com que ficasse ainda mais ferrado e sujos com o professor. E aonde você estava seu imbecil? - A pergunta de Romeu para Benjamin o despertou do silêncio olhando para sua lareira.
Eu recebi essa mensagem.
“Exploda a cozinha para tira aqueles idiotas da sala da sua mãe ou vou explodir sua cabeca.”
Eu salvei vocês. Mais pelo visto você novamente abriu a boca para dizer coisas que não deveria como sempre. - Alison disparou olhando para seu agora não tão melhor amigo.
Eu estou fazendo algo para se livrar dele. E vocês? Não fazendo nada. - Esbravejou o moreno.
Calem a boca. - gritou Dominik. Mostrando o celular do mesmo e a chamada.
“Quer dizer que temos dedos duros e rebeldes dentro dos Otarios.” A voz metálica disparou sem sarcasmos ou ironia. Ela estava tênue. Como se controlasse para não perder a paciencia. “ Benjamin não quis fazer sua parte e levei todos para a diretoria. Agora Richard abriu a boca e disse sobre o que estou fazendo com vocês.”
Não queríamos isso. Foi apenas um deslize. Apenas algo que podemos recuperar. - Dominik disse num tom com medo. Suas mãos tremia segurando o celular.
“Eu queria apenas que me ouvissem. Mais vi que não vamos ter um relacionamento saudável. Agora vocês todos vão pagar pelo que tentaram fazer comigo. Eu queria que fôssemos amigos, mas, não vou ter isso de vocês.” Disse a voz num tom dramático e de falsa tristeza. “Se querem jogar desse jeito, eu vou começar a jogar como vocês devem ser jogados. Está na hora de conhecerem o verdadeiro inferno”
O celular desligou sozinho.
Cinco minutos passaram e ninguém falou nada. Ninguém nem ao menos se posicionou. E isso foi algo que deixou uma pessoa muito incomodada.
Mexemos com a pessoa errada e agora ela vai nos matar. - Dominik comentou jogando seu celular na parede. - Eu preciso sair daqui, eu preciso
Dominik começou a chorar. Ele derramava sua lágrimas que caiam quentes, por causa da raiva e do ressentimento.
Eu não pedi por isso, eu… eu lutei tanto aqui, para mudar de vida e agora eu estou fudido. Com um alvo nas costas…. eu
Alguém cala a boca desse imbecil. - Esbravejou Benjamin.
Olha quem fala. O que ferrou todo mundo primeiro por não querer fazer o que o professor mandou fazer. - Dominik Disparou contra o Benjamin que apenas revirou os olhos.
Aquilo foi o ápice para Dominik que correu para cima do garoto, que jogou a cadeira no mesmo, que por pouco não o acertou. Mais Richard correu e pegou seu amigo o parando.
eu vou matar esse viadinho. Me solta. Eu não tenho culpa desse filho da puta não ter sorte
Alison e Romeu pararam Dominik antes que ele pegasse algo afiado e acabasse de ir preso.
Calem a boca todos vocês, antes que eu mate todos vocês. - Alison gritou. - Você não tem o que falar que todos estamos aqui por voce, Benjamin. Se não fosse um garoto mimado, não teria ferrados todos. Você, nos ferrou mais ainda Richard. - Ele respirou e massageou a têmpora - Esse comportamento de criança de todos vocês vão acabar nos ferrando ainda mais. Porque se a diretora for investigar, vai ser tudo que o Professor vai ter para ferrada ainda mais a gente.
Todos se acalmaram. Dominik parou de chora e se sentou bem longe de Benjamin que pegou uma garrafa de Wisky e virou de uma vez.
Então seu gênio o que vamos fazer? - Richard disse debochado ao sentar e pegar a garrafa de Wisky de Benjamin e vira também. - Porque se acha que é mais esperto que ele. Me diga cómo sair desse buraco.
Facil. Se ele tentar nos dividir vamos ficar junto. Porque se acha que ele vai fazer um trato com você para te tira desse buraco, está se enganando. Então temos que ficar juntos. - Alison se sentou e ditou. - Temos que saber dos segredos de vocês. Cada um tem que falar o que esconde, segundo, reunir evidências contra ele. Terceiro, jogar o jogo dele e achar uma brecha e quarto. Pegar o filho da puta. Então? Quem vai ser o primeiro?
Os 4 ficaram calados. Mais Benjamin sabia que ele deveria aquilo, que ele estava naquele buraco.
Ele sabe que não gosto da minha namorada, que estou fazendo isso por causa de minha mãe. E que se ela saber que eu não estou afim de Bruna, ela me mata. Há muito dinheiro envolvido é isso pode acabar com o império dela. Minha mãe e ambiciosa e ela viu na beleza que carrego, uma chance de se apossar de cofres públicos e ainda por cima de fazer seu nome. - Nenhum dos meninos falaram nada. Romeu tentou comentar algo, mais logo se calou. - Se ela saber que não quero isso para mim, ela vai me trancar no porão ou me mandar para um sanatório. Ou até arma contra mim. Minha mãe nunca me amou e acredito que matou meu pai, para ficar com tudo. Já que sou um bastado para a mesma e não sou de serventia, se não me casa com a Filha do presidente. Feliz?
Alison não respondeu é muito menos tentou dialogar. Problemas são problemas, ele disse para si mesmo em sua mente. Isso era uma trama política e estava envolvendo algo grande até demais para a cabeça de Benjamin.
Eu estou num relacionamento com o professor de direito. Ricardo. - Romeu disse aquilo com tanto sofrimento que todos pararam para olhar. - Começou com ele chegando em casa. Eu admirava ele, ele acreditava no meu pai. E eu era cego por causa do meu pai. Mais no fundo eu sei que ele é um ladrao, sei que meu pai roubou mesmo os cofres públicos. Eu só não quero acreditar. É isso me faz se sentir pior a cada dia, desde de que cheguei na universidade. Eu me apeguei a Ricardo e sei que não é um amor muito convencional. Mais mesmo assim o Professor sabe disso, e se ele expor isso, eu estaria ferrando o caso do meu pai e condenando Ricardo.
Eu sempre achei aquele professor estranho mesmo. - Comentou Richard bebendo mais um pouco.
Vai começar Richard? - Alison arqueou a sobrancelha. E Richard levantou as mãos pedindo desculpas
O ar ficou mais criou, a chuva começou a cair fora da casa. E a lareira crepitava o fogo preguiçoso, Dominik não encarava nenhum deles e apertou bem suas pernas, tendo os nós dos dedos brancos.
Eu levei uma pessoa a ser a desgraça da família. - Dominik começou. - Existe um cara na minha sala que fez da minha vida um inferno, quando mais jovem. Ele me fez ser expulso de casa e eu revidei. Só que a família dele era obcecada. Já que eram crentes e quando eu armei tudo e mandei as fotos para a família dele, o garoto foi preso num tipo de reabilitação dentro da igreja sofrendo tortura. O professor disse que se eu não cooperasse com ele, poderia ser preso. E perderia tudo que tentei construir. Eu sofri, fui expulso pelo que a minha família descobriu que sou gay e tive que mora na rua, se não fosse pelo meu primo. Então perder tudo que consegui até agora por um erro do passado, eu não posso. E agora ele me força a ser amigo e conselheiro de um cara chamado Ícaro. Para ele namora com alguém.
O professor me disse para começar a ter um flerte com ele. - Romeu encarou Dominik ao seu lado. - Ele queria estar apaixonado pelo nosso namoro.
Então temos nosso primeiro suspeito. - Cometou Alison. - O Professor sabe que eu odeio você Benjamin, sabe que ele pode me tirar a qualquer custo dessa faculdade. Eu tenho família e eles pensam que estou trabalhando num emprego bom e não como catador de lixo e garçom. Não que seja algo ruim. Mais como eu sair de casa com meus pais brigados e minha mãe mandando o resto do dinheiro que tem. Para me ajudar a pagar a faculdade e me manter. Ainda vem você, fazer bullying e etc. Ele me prometeu uma vingança. Então eu não posso, mais já estamos ferrados mesmo. E ainda separa você de Bruna. Sendo um namoro escondido.
Nossa, eu sabia que eu era odiado, mais você fazer um contrato com o diabo, contra mim. - Benjamin ficou triste, mais logo se recompôs. - Se quiser, podemos ter essa trégua. Ou podemos fazer um Trisal.
Alison sorriu minimamente para ele.
O professor sabe que eu menti, quando tinha nove anos.
Você é um garoto muito levado. - Comentou Romeu irônico para o garoto. Richard dando de ombros como resposta pra o mesmo.
Minha família estava passando por problemas, eu fui sequestrado e estripado quando mais novo, isso me fez ter traumas e entra numa hiper realidade. Eu entrei em depressão e etc. Eles me levaram para um hospício. Onde encontrei um rapaz um pouco mais velho que eu, nós éramos amigos, eu não lembro muito do que aconteceu na última noite, antes de eu sair daquele hospício. - Richard encarou o grupo. - Eu lembro que aconteceu um surto de um dos pacientes e uma briga, no calor do momento houve uma morte, me acusaram. Mais o garoto era meu amigo, ele assumiu a culpa é me fez prometer tira ele dali. Só que eu nunca conseguir tira ele. E quando tive dinheiro para tirar o mesmo. Ele não estava mais no hospício. Tinha dado como morto, num suicidio. É isso me faz ter muita dor. Por isso que não me médico e cheiro cocaína e bebo demais. Ele é meu fantasma.
Richard estava chorando. Suas lágrimas era doloridas, a tanto tempo que ele não chorava e nem mesmo Benjamin sabia disso. Ele se sentiu impotente, se sentiu frágil e muito aberto, exposto. Os meninos chegaram próximo dele. O abraçando.
Você não está só Richard. A partir de hoje ninguém aqui está sozinho. Se ele quer nos ferrar. Vamos acabar com ele. - Alison olhou para todos. - E vamos começar com esse tal de Ícaro. Ele é nossa primeira pista. Vamos agir normalmente. E nós minar contra ele. Se ele quer ser a Rainha do jogo de Xandrez. Temos que dar o xeque mate primeiro.