Minhas transas e meus homens - Final

Um conto erótico de TeuToque
Categoria: Gay
Contém 3441 palavras
Data: 31/05/2020 23:57:16
Assuntos: Fetiches, Gay, Sexo casual

Faz uma semana que tudo aconteceu.

Não recebo mais mensagens de Gilberto, nem de Celso e minha relação com Nelson definitivamente não é mais a mesma.

Reflito sobre o que tinha acontecido e aprendi minha lição. Sexo nunca é só sexo, principalmente quando se envolve uma pessoa que se gosta muito. Me pergunto se era assim que um esposo ao ser descoberto pela esposa com uma amante se sentia. O mais chato disso tudo era lembrar do rosto preocupado de Gilberto a me puxar pelo braço, preocupado com meus sentimentos e por ter me ferido. Mal ele sabia que dali a pouco seria eu a lhe machucar o coração.

Desinstalei o aplicativo de pegação, minha libido tinha sumido por completo e vagava na minha rotina sem muita expectativa ou emoção. O que me sobrava já que tinha perdido meu amor?

Nelson adentra meu quarto, dando petelecos na porta.

“Posso entrar?”

Eu puxo as cobertas e cubro meu corpo, ignorando o fato de que Nelson já não tivesse visto cada milímetro do meu corpo.

“Pode.”

Ele se aproxima com uma xícara de café e um pratinho com um bolo passado. O que valia era o gesto.

“Tô preocupado com você”, ele me estende a xícara de café e eu a seguro, sem me atrever a beber. “Você anda muito pra baixo.”

Nelson afasta uma mecha de cabelo do meu rosto e a posiciona atrás da minha orelha.

Eu fico sem saber o que dizer, afinal ele tinha razão. Eu estava um caco.

“Eu conversei com o Gilberto”, Nelson me olha profundamente nos olhos.

Eu congelo.

“Calma, não precisa se preocupar, nós tínhamos um assunto pra resolver e ele queria me sugerir pra uma casa de shows.”

“E o que você falou pra ele?”, eu sento na cama, sem conseguir piscar.

“Falei que você anda muito mal", ele suspira. “E que você não sabia que eu estava falando aquilo, mas que eu ando bem preocupado com você.”

Eu fico sem reação, mais uma vez.

“Eu sei que a gente não teve mais do que umas transas, mas isso não quer dizer que eu não me importe com você, afinal você é meu...”, Nelson parece se perder nas palavras e na busca de uma denominação apropriada pra mim. “... meu amigo", o termo soa desajeitado e confuso, mas não menos sincero.

“Obrigado, Nelson", eu invisto num abraço e aquele urso fofo me acalenta em seu calor de animalzinho de estimação, um consolo gostoso e confortável. Abraçar seu corpo quente e macio causava um efeito relaxante instantâneo. As coisas seriam tão mais fáceis se eu tivesse me apaixonado por ele.

“Quê isso. Se cuida.”

Ele fecha a porta do quarto e eu me sinto um pouco melhor.

Faz também uma semana que Gilberto não aparece no cerimonial. Presumi que a decepção tinha sido tamanha a ponto dele procurar outro lugar para fazer seus bicos. Por um lado é bom, porque não tenho que me deparar com a culpa personificada que é a pessoa de Gilberto pra mim naquele momento. Mas por outro, sinto que todo dia acordei de um sonho maravilhoso e tenho que viver uma realidade brutal e solitária, sem meu amor.

Os dias transcorrem cinzentos e sem graça. O salário cai na conta, mas permanece intacto já que não havia nada que me estimulasse o suficiente pra sair de casa ou gastar com um jantar, um rolê ou uma noitada extravagante. Comprar maquiagem e roupas parecia obsoleto, uma vez que não tinha ninguém que cheirasse meus perfumes importados ou tirasse as roupas novas do meu corpo.

Certa noite, ao chegar em casa cedo depois de um expediente, Nelson me incita a sair com ele.

Diz que vai ser legal, que um dos seus amigos abriu um bar muito legal no centro e que não precisaríamos pagar o covert artístico, estávamos isentos dessa taxa.

Inicio meu ritual de arrumação com desânimo, mas admito que a produção não é desleixada. Quando cubro minhas olheiras de corretivo e selo minha pele com pó translúcido, sinto um tiquinho de vaidade lá no porão empoeirado que era meu íntimo e gosto de como meu cabelo cai nos meus ombros.

“Ele cresceu bastante", eu constato me olhando pelo reflexo.

“Cresceu mesmo", Nelson me observa com a cabeça encostada na porta, tal qual um parente preocupado faria para animar um ente querido. “Você tá linda.”

Eu dou um sorriso triste.

O bar é me surpreende e ao contrário das espeluncas e casas de rato que Nelson costumava frequentar, aquele lugar parecia bem promissor. O problema era que não importava o quanto as luzes do bar eram coloridas e sedutoras, ou como a música ressoava de uma maneira gostosa, ou aquelas caras que eu não costumava ver na cidade. Simplesmente nada conseguia me excitar.

Como de costume, sempre que me sinto pra baixo, compro uma carteira de cigarro mais por tédio que por vontade. Ouço o papo furado dos amigos de Nelson e demoro a terminar meu copo de chope, ao ponto que ele esquenta e eu jogo o conteúdo cheio fora. Quem me vê de longe jura que sou uma pessoa misteriosa e cheia de um ar intrigante e fascinante. Eu podia ver como os amigos de Nelson me olhavam com curiosidade e indagação.

“O Duda sabe como eu sou forte pro vinho, não é Duda?”

Nelson me usa como testemunha e eu assinto, com um sorriso. Os amigos dele me olham como alunos do primário e eu uma garota do terceiro ano que não usa sutiã na camiseta do uniforme.

“O Fábio não para de te olhar", Nelson fofoca comigo quando o pessoal debate qualquer coisa desinteressante na mesa. “O Pedro perguntou se você era travesti e o Marcelo disse que você era a mulher mais linda que ele tinha visto. Você precisava ver a cara dele quando eu disse que Duda não era apelido pra Eduarda.”

Nós caímos na risada e é a primeira vez em dias que sorrio de verdade. O acesso de riso me causa estranheza e logo eu volto ao meu estado de tristeza, como se Gilberto surgisse na minha mente, reprovando minha alegria depois do que eu tinha feito.

“Licença, pessoal.”

Eu ouço murmurinhos ao me levantar da mesa e no banheiro choro, sem dramaticidade. Apenas lágrimas que teimam em querer escapar dos meus globos oculares e eu enxugo as que ameaçam me entregar pra galera. Enxugo delicadamente a umidade que me sobra das bochechas e volto a me juntar com o pessoal.

Pedro me olha por vezes sem piscar e sorri quando minha vista passa sobre ele. Fábio me faz várias perguntas e parece nervoso ao beber cada vez que eu as respondo. Marcelo flerta descaradamente comigo, mas mesmo que não estivesse melancólico e indisposto, eu o recusaria já que ele está visivelmente embriagado.

“Eu poderia te beijar aqui mesmo que não me importaria", ele admite com olhos baixos e seus amigos mergulham numa gargalhada uníssona.

Tudo parece muito divertido, mas toda aquela massagem no ego não era suficiente pra me fazer esquecer de Gilberto. Era como se cada interesse, cada paquera fosse muito pequena e vazia comparada ao germinar da nossa paixão. A sutileza daqueles dias nas dunas, e aquelas tardes românticas de carícias, papo furado e beijos carinhosos.

Em ares de riso, me despeço do pessoal e entro no uber depressa, a fim de evitar súplicas pra que eu ficasse. Marcelo bate no vidro do carro e me joga um beijo, de maneira teatral. Os rapazes sorriem ao fundo e eu também, mas o motorista do uber não parece achar graça e logo eu volto ao meu estado contemplativo.

Naquele noite vou dormir sabendo que eu parecia incrivelmente lindo e irresistível. Mas tão incrivelmente e lindamente miserável por dentro. A vida sabia como ser irônica. Há alguns meses aquele tipo de atenção seria tudo o que eu mais queria e justo quando eu tinha, nas minhas mãos, já não me satisfazia mais. Minhas ambições eram maiores e mais românticas.

Na manhã seguinte Nelson relembra os flertes e olhares que provoquei e sorri.

“Isso porque eles nem são cabeça aberta como eu", ele explica. “Alguns até são bem cabeça fechada e você com seu charme conseguiu com que eles ficassem todos bobos.”

“Você devia ter dito que me comeu.” Eu disparo, mas Nelson não acha graça.

“Quê isso, eu sou um cavalheiro.”

“É verdade", eu olho fixamente pro chão, tristonho.

Nelson inclina a cabeça pro lado e chama a minha atenção com um estalar de dedos.

“Até quando você vai ficar assim?”

E eu fico sem responder.

Até quando eu faria assim?, eu me pergunto indo pro trabalho. Não sabia. O tempo que fosse necessário pra que meu coração cicatrizasse da ferida que era a ausência de Gilberto. Ao chegar no cerimonial deixo minha mochila no armário e contemplo o fim de tarde bonito que se estende no céu de um dia de semana sem importância.

E então tenho a ideia de ir às dunas, logo no final da rua detrás e isso faz com que meu coração pese.

Caminho até o local, sentindo certo nervosismo por revisitar um lugar que já me trouxe tanta alegria, mas que agora serviria como instrumento de tortura pra que eu mastigasse aquela dor dura e rígida, que eu teimava em triturar na boca, mas nunca engolia pra que de fato fosse digerida.

Ao atravessar umas plantas que se ostentavam na entrada, eu as afasto e vejo alguém lá adiante.

Meus olhos enchem d’água e confirmo que era ele pelo modo como ele soltava fumaça pela boca.

Sem pensar duas vezes, corro em sua direção.

Ele se espanta ao me ver, mas eu desabo em choro. Um choro copioso e cheio de dor, arrependimento e culpa.

“Calma.”

Eu escuto, mas eu não consigo parar de chorar.

Gilberto me toma nos braços, tal qual um adulto segura uma criança que adormece no sofá e põe em sua devida cama, e ainda chorando, eu o abraço. Sinto o corpo esbelto dele e o aperto, como se ele fosse uma miragem, um devaneio ou uma alucinação. E a fim de mantê-lo ali, pra todo sempre eu o agarro com minhas unhas e o aprisiono no meu choro de viúva inconsolável. Eu continuo a choramingar e molhar sua camiseta com minhas lágrimas e ele, resignado, tal qual uma estátua permanece imóvel, mas conserva certo calor em seu corpo de menino lindo.

Finalmente me recomponho e enxugando as lágrimas suspiro. Me afasto do corpo de Gilberto e ficamos apreciando o silêncio.

“Você realmente gosta de mim?” Gilberto pergunta o óbvio.

“Sim.”

Eu quero ser mais específico na minha resposta. Com todo o meu ser, te amo, não consigo mais viver sem te ter. Mas tudo o que consigo fazer é esperar o que ele tem a dizer.

“Eu também não tô bem", ele foge os olhos dos meus. “Mas eu ainda estou bravo. Com tudo.”

“Eu entendo".

“Não, você não entende", Gilberto não parece mais tão plácido. “Você não sabe o que é ficar confuso. Ter sua vida mexida e de repente não se reconhecer mais".

Eu prossigo a ouvi-lo.

“Depois se sentir bem, muito bem”, o vento brinca com os fios curtos na cabeça dele. “Pra logo após se sentir horrível.”

Ele finalmente me olha nos olhos.

“O que você fez comigo?”

Ele me cobra uma resposta. Mas nem eu sei o que eu tinha feito com ele ou que eu tinha feito com nós dois. E muito menos o que ele tinha feito comigo. Eu não tinha forças pra discutir e eu estava tão ferido e machucado quanto ele, por mais que eu fosse o causador de todo aquele sofrimento. Porque aquele que machuca é ferido duplamente e aceita seu castigo, que a consciência sempre traz consigo.

“Eu só sei que te quero e mais ninguém”, eu digo entre lágrimas. “Eu não quero me entregar a outro homem que não seja você, não quero passar o resto dos meus dias sem olhar pra você, sem sentir teu cheiro e teu beijo", minha voz soa chorosa. Gilberto me olha e desvia o olhar várias vezes. Como um adolescente sem saber se olha o peito de uma mãe que dá de mamar ou aproveita a desculpa pra olhar com calma.

“Não foi o que pareceu com o tal do seu... primo", a voz de Gilberto é só ressentimento.

“Ele não é meu primo. Ele não é ninguém. Quem eu quero na minha vida tá bem aqui na minha frente e eu...”, as lágrimas retornam como a água de uma torneira quebrada. “... eu quero saber se você pode me perdoar e a gente pode ficar junto.”

Gilberto me olha em silêncio. Não consigo decifrar o que se passa naquele semblante impassível, frio e inexpressivo. Eu choro e sinto a dor se unir ao nervosismo, à espera do meu ultimato.

“Eu preciso pensar.”

Gilberto enxuga minhas lágrimas e nos abraçamos.

Mais tarde, no trabalho, tento não procurá-lo com os olhos. Dou seu devido espaço e tempo pra decidir o que achasse melhor pra si e tento mais uma vez trazer à tona aquela maturidade que eu tanto almejava e não me concentrar nas minhas próprias vontades.

No dia seguinte recebo uma mensagem de Gilberto me pedindo para aguardá-lo no final do expediente.

Não tínhamos nos encontrado nas dunas e só o tinha visto trabalhando no salão. O turno passou a passos de tartaruga e eu já não me aguentava em ansiedade. Tentava disciplinar a mente a não fantasiar muito e me preparar pro pior.

Talvez ele queira terminar tudo de vez, eu penso. E tudo bem, eu minto.

Quando o último cliente sai porta fora eu corro para o estacionamento e espero por Gilberto.

Alguns garçons me espantam e saem a passos largos até a parada de ônibus. Algumas cozinheiras e o chef de cozinha. Mas nada de Gilberto.

Até que ele surge na claridade do poste que ilumina o estacionamento e se aproxima da sua moto, onde eu o esperava. Ele me estende o capacete e eu o coloco na cabeça, obediente.

Seguimos na avenida extensa e no vento frio da noite e calados, apenas ao som da velocidade da moto e do ritmo e o borrão das coisas que passam por nós. Não perguntei pra onde íamos, ou o que tínhamos decidido. Eu apenas segurava a cintura de Gilberto e aproveitava o passeio incomum, naquele começo de madrugada que geralmente era bem escuro, mas que naquele momento nunca pareceu tão luminoso. Mesmo com a sombra da incerteza pairando no ar.

Subimos uma ladeira não muito distante do cerimonial, onde ficava um terreno sobreposto e acima do nível do mar. Era gramado e deserto, mas a vista dali de cima era ainda mais linda que a das dunas.

“Gosta de gin? Consegui esse restinho com o Cosme.”

Cosme era o responsável pelas bebidas e drinks do cerimonial. Sempre que sobravam alguns dedos em uma garrafa ele liberava pro garçom que ele considerasse mais discreto de todos. Naquela noite o mais discreto era Gilberto.

Eu vejo ele retirar do assento que servia de porta-coisas uma latinha de refrigerante de limão. Misturamos os dois líquidos e faço menção de sentar no gramado.

“Espera", Gilberto vasculha mais uma vez o interior da traseira da moto. “Tem isso aqui.”

Eu não sabia como ele conseguia guardar uma toalha naquela moto tão compacta e logo ele a estendeu no solo, onde nós seguramos as extremidades pra que o vento não levasse o pano longe. O céu era escuro, mas farelos de estrelas pipocavam pelo cosmos e aquele cenário conseguia ser ainda mais bonito que nosso esconderijo. Eu olhava vez ou outra pros lados, visto que estávamos a sós num terreno abandonado. Mas Gilberto, que era alto e seguro de si, me protegeria a qualquer custo. E caso a ameaça fosse desproporcional, a moto nos daria vantagem.

“São meia noite e meia", eu quebro o silêncio, nervoso.

“Eu quero falar umas coisas", meu príncipe da noite apoia os cotovelos nos joelhos. Seus dedos se entrelaçam. “Eu nunca me envolvi com alguém do mesmo sexo antes. E é tudo muito novo pra mim.”

Eu assinto e me mantenho calado, disposto a ouvir.

“Desde que te conheci, e eu já disse isso antes, eu me senti atraído por você. Sei lá, mexeu comigo de um jeito que há muito tempo ninguém tinha mexido assim.” Gilberto franzia o cenho e parecia bravo ao falar. “E eu comecei a não querer sentir mais isso, mas a cada vez que eu te via essa sensação parecia ficar cada vez mais clara.”

“Eu entendo", eu deixo escapar e Gilberto me fuzila com olhar. Entendo o recado e fecho a boca.

“Quando a gente começou a ficar eu vi que não era só um lance. Eu não queria só... te comer.”

Eu engulo em seco.

“Mas você tornou tudo muito difícil quando me pressionou pra que a gente assumisse o que a gente tinha. Eu não estava pronto, Duda. Pra falar a verdade eu não sei se ainda estou.”

Um frio na barriga. O que isso queria dizer? Era esse o fim?

“E então apareceu aquele imbecil", Gilberto lança a latinha de refrigerante longe e soca o solo. “Eu fiquei com tanto ódio quando vi aquele cara falando daquele jeito... na minha frente.”

Gilberto desabafa e eu poderia ligar a moto e sair a todo vapor dali, de tanto desconforto.

“Eu nunca mais quis te ver. E depois de me ausentar do trabalho lá com você eu realmente achei que seria fácil esquecer tudo isso.”

Meu coração se despedaça.

“Mas pra minha surpresa não foi. Do contrário, foi muito difícil.”

Meus olhos brotam lágrimas e eu não me atrevo sequer a sorrir. Até controlo a respiração pra ouvir melhor e não acabar inventando o que queria ouvir. Ele tinha falado aquilo mesmo? Seria muita loucura pedir pra que ele repetisse? Eu estava ficando louco?

“E eu vim aqui te responder o que você me perguntou ontem, perto da praia.”

O suspense se fez presente e a noite que já era muda, pareceu parar estática no ar. Como num filme com efeitos especiais, tudo era estático e somente eu e Gilberto nos movíamos livremente. Eu sentia o coração querer sair do peito e escapulir pela goela, minhas mãos umedeciam e eu sentia certa tontura. Dali em diante meu destino com Gilberto seria traçado e eu não sabia se eu estava pronto pra ouvir o que ele tinha pra falar. Eu queria tapar os ouvidos e fechar os olhos, como quando a cena de susto de um filme de terror antecede. Eu não queria ver, não queria me espantar, me assustar. Eu só queria um tempo, antes de saber de sua decisão.

“Eu te perdoo e eu quero que a gente fique junto.”

Eu sorrio até as bochechas doerem, mas antes que eu possa abraçar Gilberto ele fala algumas considerações.

A primeira era de que eu tinha que respeitar o tempo dele. Que ele iria nos assumir sim, mas que antes precisava consolidar nossa relação. Precisávamos de um tempo nosso, viver um dia de cada vez e aquilo não significava que nos esconderíamos caso alguém nos flagrasse ou que eu não poderia segurar sua mão em público. Ou até mesmo que ele estava me “cozinhando". O que Gilberto precisava era de tempo e mais nada. A segunda coisa era que nosso relacionamento não seria aberto. Isso queria dizer que ele não suportaria ser surpreendido por outro otário que lhe falasse impropérios e ter meu corpo dividido com outro cara. Não, aquilo era terminantemente proibido no nosso relacionamento. E ele continuava em suas objeções e condições, mas eu já não o ouvia mais.

A frase que tinha grudado na minha mente e se repetia feito vinil riscado era: eu quero que a gente fique junto.

Notando meu estado de alegria Gilberto parou com o falatório e sorriu.

Eu o abracei e fizemos amor ali mesmo.

Meu primeiro amor na vida.

E eu poderia detalhar o que aconteceu naquela gramado e naquela noite de estrelas luminosas, mas aquilo não era só sexo, aquilo era fazer amor.

E no nosso tempo, do nosso jeito, faríamos amor. E meu corpo seria somente de um, e toda vez que eu tirasse minhas roupas seriam as mãos de Gilberto e de mais ninguém a me tocar.

Notas: A numeração dos capítulos está errada. Tentei editar, mas quando volto a publicar o erro permanece. Todas as partes estão no painel, não existe nenhuma parte faltamdo e peço que ignorem o erro na numeração dos capítulos. Obrigado aos leitores fiéis dessa história e caso queiram que eu volte a publicar mais enredos, deixem seus comentários!

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Comentários

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Ótimo conto. Mas eu concordo com o henrinovembro! Deveria ter uma narração melhor desse "amor" entre Gil e Duda, além de um final legal p Nelson tbm...mas o cinto é muito bom

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E o Nelson? Poxa, achava ele tão mais cara do Duda.Ótimo conto e claro que queremos mais da sua narração meu querido.

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