Enxuguei as mãos no pano de prato e segui para o quarto de Fernando. Ele não precisava falar meu nome muito alto; eu ficava atento. Desta vez, ele estava sentado na beira da cama, o cacete à minha espera, massivo, com a cabeça coberta, mais escuro do que seu corpo moreno. Agachei-me entre suas pernas abertas e comecei o serviço, não sem antes lamber os ovos. Quando eu abocanhava, ele pressionou minha cabeça com uma só mão para que eu fosse logo até a base. Senti os pentelhos negros arranharem meu nariz enquanto o membro crescia, me tomando toda a boca. Não demorou muito e ele despejou a carga toda direto na garganta. Em seguida, num jogo de corpo, passou a perna esquerda por sobre minha cabeça e voltou a deitar de lado. Desistiu de levantar-se.
Voltei para a cozinha e coloquei a água para ferver. Fui separando as coisas para pôr a mesa. Depois, já com tudo pronto, o café na garrafa térmica, sentei-me para esperar. Quando ouvi seus movimentos, fiquei refletindo se não seria melhor pôr água novamente para ferver. Pela porta, confirmei que ele havia levantado. O corpo esguio dirigiu-se ao banheiro, o caralho pesado em balanço, os movimentos lerdos, ainda sonolento. Ouvi a mijada forte batendo na água do vaso, a torneira do lavatório abrindo, o gargarejo.
Com a mesma lentidão própria de quem ainda não tinha despertado de vez, ele se sentou. Avisei que ia passar o café de novo, mas com um gesto me mostrou que não era necessário. Servi sua xícara, adocei e mexi. Ele tomou uns dois goles e olhou para o sanduíche. Puxou-me pela cintura, molhou um dedo na boca e foi encaixando em meu cuzinho. Eu gemi involuntariamente e ele deu um tapa em minha bunda, me sinalizando.
Obedeci e me pus de quatro no chão frio da cozinha. Mandou que eu arrebitasse mais e, ainda no meio do meu movimento, cravou até o talo. Eu abafei um grito, enquanto ele fazia os movimentos ritmados com força, como se com aquela fúria estivesse se forçando a despertar para o novo dia. O canal, já habituado, logo se dilatou.
Eu agora já gemia de prazer e começava a sentir a proximidade de um orgasmo. Então, como gostava de fazer, ele me surpreendeu tirando o cacete. Voltou a se sentar. Bebeu um pouco do café e mordeu o pão pela primeira vez, enquanto fui até seu saco e comecei a lambê-lo. Depois, segui para o membro, que amolecia mas permanecia inchado. Fiz toda a limpeza enquanto ele terminava o café da manhã.
Ele deixou a cozinha e logo ouvi o barulho do chuveiro enquanto lavava a louça. Depois, fui pôr a roupa para lavar. Entrei no quarto para pegar a cueca que ele havia usado na véspera e o vi pondo o short para começar a trabalhar, já com o corpo refrescado. Saí com a peça junto às narinas, sentindo seu cheiro viril que impregnava o tecido. Quando voltei da área de serviço, ele já estava sentado frente ao computador, concentrado em seu serviço.
Peguei meus carrinhos e sentei no chão, junto à cadeira dele, e me pus a brincar. De vez em quando, levantava meu rosto para olhá-lo. Gostava de ver a seriedade de sua expressão frente à tela, a concentração inabalável que dedicava ao trabalho, apenas semelhante a que dedicava a meu cu quando o usava. O silêncio me confortava, como a permitir que eu ouvisse a respiração que na verdade não ouvia, assim como me ajudava a emular o calor brando de seu corpo que em realidade era impossível sentir. Mas ali, junto dele, é como se estivesse em mim a respiração de Fernando, o calor de Fernando, o cheiro ameno dos testículos de Fernando, a virilidade malemolente de Fernando.
Muito depois, ele perguntou qual seria o almoço. Eu respondi e, antes que perguntasse, avisei que só faltava cozinhar o arroz, que deixaria para mais tarde, para servir fresquinho. Foi o que fiz. Estava com a quantidade certa de alho, ele confirmou, no ponto que ele gostava. Quando terminou, afastou a cadeira da mesa usando o próprio corpo, puxou o short largo para o lado e brandiu o caralho sem maior esforço. Fui me aproximando de quatro e iniciei a mamada, seguindo então o ritmo que ele imprimia com as duas mãos em minha nuca.
Quando parecia que ia gozar, ainda com amabas as mãos firmes puxou rapidamente minha cabeça para trás. Entendi e me pus de costas para que ele pudesse me montar, o que fez imediatamente. Antes, com a força de um só movimento, rasgou o short de algodão para liberar a ferramenta. Depois que me inundou de porra em consequência dos movimentos suaves que decidira aplicar àquela foda, me virei para fazer-lhe a limpeza. O esperma, como sempre, escorria lento pelas minhas coxas.
Ele se desvencilhou do short, seguiu para o quarto para fazer a sesta e, no caminho, me avisou com voz preguiçosa que Miguel viria e que era para eu usar o uniforme preto. Peguei o short do chão e o examinei, confirmando que ele o havia rasgado na costura frontal, como tantas vezes já se sucedera. Fiquei de cócoras e esperei o esperma secar completamente, para guardar o cheiro dele em mim, como ele gostava.
Depois de tirar a mesa, tomei os suprimentos de vitaminas, comi alguma coisa e deixei a louça lavada e a cozinha arrumada, como de hábito. No quartinho, refiz a costura do short, um dos muitos que fizera para ele, curtos, leves, largos o suficiente para que eu pudesse tirar sua pica para fora sem dificuldade quando ele quisesse mijar e prontos para serem rasgados sem esforço quando ele fosse exercitar o caralho em mim. Levei-o ao quarto dele e o pus no canto da cama, bem visível para o caso de ele querer tornar a vesti-lo ao acordar, o que provavelmente aconteceria. Fernando limitava-se a essa peça ligeira quando estava em casa, mas não abria mão dela, pois dizia que o peso e o movimento solto do cacete o incomodava ao andar.
Admirei-o por alguns minutos. Ele ressonava no que eu sabia ser os últimos minutos de descanso antes de retomar sua figura circunspecta frente ao computador. Os cachos pretos do cabelo curto brilhavam sob a luminosidade do sol amenizado pelo vidro martelado da janela, emoldurando o rosto viril, em parte acinzentado-azulado pela barba que não fora feita pela manhã. O tórax fazia movimentos suaves, como se desse vida própria aos mamilos escuros, circundados por pelinhos que enfatizavam ainda mais seu diâmetro. As coxas muito grossas e firmes estavam afastadas e um dos joelhos dobrados, erguendo ligeiramente a bunda tão bem feita e da qual ele se orgulhava, embora sequer pensasse em usá-la como eu, que a dedicara ao sexo.
No fim de tarde, fui me preparar para Miguel, que eu não conhecia. Antes do banho, pus sobre a cama o short justo de couro, as joelheiras e os demais apetrechos. Depois de higienizado, hidratado, perfumado e paramentado, mantive-me lá à espera, conforme Fernando me instruíra.
Só saí de meu quarto após a chegada de Miguel, que vinha direto do trabalho. Ele e Fernando se cumprimentaram como velhos camaradas, embora, como eu sabia, não o fossem.
Fernando me exibiu, me fazendo girar o corpo, de pé, e senti-me orgulhoso por notar que o fez com discreta satisfação. O short de couro preto expunha e realçava meus genitais por uma abertura redonda circundada por um anel de metal cromado que apertava o pênis e o saco, como que separando-os do resto de meu corpo. Miguel abarcou meus genitais com uma só mão e apertou levemente, sentindo a consistência macia da formas e a suavidade da pele. Sorriu, no que Fernando retribuiu. Miguel fez comentários positivos, embora não efusivos, sobre o material que estava lhe sendo oferecido e que correspondia ao prometido. Fernando apenas aquiesceu ao fim, enquanto Miguel me virava mais uma vez e entrava com seus dedos pelo anel da abertura de trás do short. Depois, levou-os ao nariz e elogiou o perfume.
Fernando recebeu o dinheiro e o pôs no bolso da camisa, que, juntamente com o par de tênis pretos, era a única peça que usava e cujo comprimento permitia-lhe marcar o terreno ostentando sua vantagem sem alarde. Fui ajudando Miguel a despir-se, dobrando as roupas cuidadosamente, e gradativamente descobrindo como era seu físico. Um leve odor de suor, característico de quem passara o dia em atividade desde o banho da manhã, emanava de seu corpo. Tinha o peito muito peludo, o colo largo. Uma barriga modesta, típica de um cinquentão, não atrapalhava em nada o conjunto; apenas sublinhava uma maturidade máscula que dispensa vaidades juvenis. A ferramenta, cuja dilatação já em processo fazia avistar uma grossura atraente, era circuncidada e coroada por pelos agrisalhados que provavelmente jamais haviam sido aparados.
Ele sugeriu que fôssemos para a cama e Fernando lembrou que não fora este o combinado. Após uma breve e amável negociação, Miguel deu mais algumas notas, que Fernando novamente guardou, sem demonstrar maior entusiasmo. Seguimos para lá, com Miguel me guiando na coleira e divertindo-se ao acompanhar do alto os movimentos de minha bunda. Tinha as pernas peludas como o peito, os pés grandes e um saco volumoso, com dois grandes culhões carregados por um saco também volumoso e que era próximo ao corpo, diferentemente de Fernando.
Ele mesmo abriu os zíperes das laterais do short que eu vestia, tornando-o mais folgado para facilitar os trabalhos. Na cama, me fez expor o cuzinho, com as pernas arqueadas, e mais uma vez examinou-o com os dedos, mas agora apenas circundando-o, com um toque macio que me fez arrepiar. Observou para Fernando como eu tinha a pele clarinha mesmo ali e que o diâmetro do anel em torno da abertura, que era de silicone e não de metal como o da frente, tinha diâmetro condizente com um pau grosso como o dele. Fernando apenas sorriu, indicando com os olhos o seu próprio cacete, no que ambos riram. Eu estava ansioso para que aquele coroa começasse logo a me experimentar, mas permanecia quietinho, sem demonstrar.
Embora de costas para ele, com a bunda em evidência e a abertura do anel siliconado ressaltando o cuzinho na negritude do couro do short, senti que ele aproximava a boca pelo calor de sua respiração. Fernando, com sua voz calma, lembrou-lhe que eu já estava lubrificado. Miguel concordou; havia sentido com os dedos. Mas respondeu que não se importava com o gosto e, ato contínuo, sua língua começou a me explorar. Era muito molhada e ladeava as bordas, pressionava o botão, alternava uma coisa e outra, e em alguns momentos chegou a penetrar ligeiramente. Eu gemia baixinho e de vez em quando admirava Fernando, que, sentado a poucos metros de nós, observava. De vez em quando, eu notava que ele assentia com a cabeça, provavelmente atendendo a olhares de Miguel em busca de autorização para uma coisa ou outra.
Sentia os carinhos em meu cuzinho já encharcado, depois as mãos que percorriam todo meu corpo, apertavam minha cintura ou a nuca, enquanto contemplava Fernando. Ele guardava uma expressão serena, enganosamente desinteressada, acompanhando as ações do outro e minhas reações involuntárias. Mantinha a perna apoiada num dos braços da poltrona e o caralho inchado, mas não ereto, que acabava por repousar sobre a almofada cor de mostarda. Eu imaginava o saco peludo, que eu tanto amava lamber, já produzindo o esperma que logo me alimentaria. A camisa branca estava entreaberta, desabotoada displicentemente, mostrando parte do peitoral acastanhado onde os pelos quase lisos se concentravam mais ao centro, numa despropositada alusão da natureza à incompletude de um macho ainda adolescente.
Miguel quis saborear-me vagarosamente. Sussurrava palavras incompreensíveis enquanto me sentia por dentro. Fazia movimentos giratórios com o cacete, forçava um pouco mais e depois saía, para logo entrar novamente, encaixar apenas sua glande larga e mais uma vez sair. Esticava-se para conferir minhas expressões e riu para Fernando quando, explorando-me mais fundo enquanto puxava meu cabelo me fazendo balançar a cabeça desordenadamente, um orgasmo fez trepidar meu corpo todo. Respeitou o combinado com Fernando e tirou de vez antes de gozar , novamente agarrando meus cabelos e então esvaziando o saco em minha boca já aberta para receber sua porra.
Enquanto ele ainda arfava, Fernando levantou-se sem pressa da poltrona e mandou que eu tirasse o short. Estava folgado e, de pé, deixei que deslizasse pelas pernas até o chão, sem que as joelheiras causassem obstáculo. Em seguida, com a mão enérgica em minha nuca, me jogou na cama e elevou minhas pernas sem muito cuidado, para que eu me pusesse novamente de quatro. Mandou, sem alterar a voz, que Miguel lhe desse uma chupada, para reforçar a ereção e a lubrificação, no que o outro atendeu sem contestar. Não demorou muito para se livrar da boca, sem aviso, e então subiu na cama, os tênis firmemente fincados no lençol, e encaixou o caralho. Mas não entrou com violência; foi até o fundo lentamente. Quando já pusera tudo e a base mais encorpada me arregaçava ao máximo, mandou que eu fosse alternadamente contraindo e dilatando, no que fiz tentando manter um ritmo constante. Sob a observação atenta de Miguel, que, muito próximo a nós, parecia intrigado pelo que se avizinhava, Fernando rosnou próximo ao meu ouvido. Era aquele gozo indolente e tão gostoso que às vezes ele escolhia ter, sabendo o quanto me realizava. Deixou-se cair sobre mim, saciado e relaxado, e senti junto com o peso de seu corpo a realização que seu prazer pleno me causava. O cacete não saiu de todo, mas resvalou. O aroma do esperma tomou o ambiente.
Levantou-se. O caralho ainda gotejava, mimando o lençol branco com pequeninas manchas que se juntaram às acinzentadas causadas por seus tênis. Esboçou um sorriso e deu um tapinha em minha cara, saindo ao encontro de Miguel, que, satisfeito, provavelmente tornava a se vestir. Suspirei e descansei brevemente. Refiz as forças para logo trocar a roupa de cama. Fernando não demoraria a retornar para que eu o limpasse e depois eu precisaria pôr a mesa para seu lanche da noite. Fui até o armário pegar um lençol limpo, enquanto deixava que o esperma vazado mais uma vez secasse sobre minha pele, conservando-me como ele gostava.