Este conto é uma continuação. Recomendo que leiam o conto inicial para poderem entender bem a história. Obrigado. E agradeço a leitura.
Cinco anos pode ser pouco ou muito tempo. Mas se passaram cinco anos depois daquele dia, que entrei e sai da casa do Jair. E nestes cinco anos aconteceram tanta coisa. Primeiro, se antes já estava quase na casa dos quarenta anos, agora já passei desta idade, um pouquinho mais só. Se tinha um casamento de quinze anos, agora já nem sou casado. Não foi por conta do ocorrido não, o casamento foi esfriando, esfriando e foi ela quem pediu a separação. Nunca me contou o real motivo, exceto que, após um ano recebi a informação que ela estava morando com um antigo conhecido. Óbvio então. Tive algumas namoradas, casos passageiros e depois de um tempo optei pela assexualidade, sem me envolver com ninguém. Quanto ao ocorrido, procurei passar uma borracha nisso, claro que no início pensei bastante, bateu o remorso, não querendo aceitar, joguei fora o chip do celular para impedir qualquer contato e com o passar dos meses, dos anos, tudo estava esquecido, completamente esquecido, exceto as vezes, quando desprevenido me vem a lembrança mas, minutos depois procuro dissipar. O fato é que procurei não pensar e nem tive outras experiencias deste tipo a ponto de não me fazer falta, considerando então, definitivamente que o que aconteceu foi uma loucura, uma coisa fora do trajeto, que nunca, nunca mesmo iria ocorrer novamente.
Depois deste preâmbulo, vou procurar ser sucinto, para não cansar você, que está gentilmente me lendo.
O destino, entretanto, pega peças em todos nós. E novamente o celular foi o agente causador disso. Fui almoçar com um cliente. Após o almoço percebo que a bateria do meu celular está em 1%. Do outro lado da avenida avisto uma loja de capinhas e produtos para celular. Como estava fora do escritório resolvi comprar um cabo e um carregador veicular para não ficar sem contato, já que estava esperando algumas ligações e mensagens. Na loja eu peço para a moça o que eu quero e ela me fala para pagar no caixa. Pego o meu cartão e vou pagar.
- Renato? Fala o homem do caixa, examinando meu nome que está escrito no cartão.
- Sim, eu digo, sem prestar muita atenção.
- Jair! Jair! Ele fala sorrindo e me estende a mão para me cumprimentar.
Sou tomado, claro de surpresa. Num istmo de segundo o tempo retorna a cinco anos atrás. Fico morto de vergonha, sem saber o que dizer, sem saber como reagir. O Jair termina de passar meu cartão na maquininha, fala pra moça atender também o caixa, sai pra fora do balcão para conversar comigo, eu dando sinais de impaciência e pressa, porque não sei o que falar, como me comportar.
- Sumiu, meu amigo, sumiu. Sabe, pensei que nunca mais fosse te rever.
- Pois é, eu digo apenas.
- Calma, calma, Renato, então, está tudo bem com você?
- Sim, respondo monossilabicamente.
- Agora estou com esta lojinha, melhor que ser motoboy, né?
- Sim, torno a responder.
- Não consegui fazer meu curso de engenharia, ainda penso em terminar, mas está difícil. Arrumei emprego aqui e acabei comprando quando o antigo dono teve que se mudar, ele me explica.
- Que bom, eu digo, procurando não dar conversa.
- Sumiu, ele insiste e eu novamente respondo: pois é!
- Não ficou bravo comigo? A pergunta dele tocando na ferida, ou seja, rememorando o que ocorreu!
- Não! Está tudo bem!
- Tudo bem mesmo?
- Tudo, eu respondo.
- Então ainda somos amigos?
Minha primeira reação é a de dizer que nos não somos amigos, nos conhecemos um dia, que o que aconteceu nem deveria ter acontecido, que foi um hiato, mais nada, que não foi nada importante, que já nem me lembro, que nem sei bem o que aconteceu ou coisa assim. Mas eu estava tremendo, nervoso e então respondo apenas que está tudo bem, tudo certo.
- Que bom, Renato, que bom. Sabe, pensei que você ia me ligar depois, fiquei aguardando, esperando, dia após dia. Depois de um tempo percebi que você não me ligaria mais, daí procurei desencanar. Mas, veja só, agora a gente se reencontrou. Que bom. Estou feliz.
Eu fico quieto, só ouvindo, sem responder nada. Ele continua. Somos amigos então, certo?
- Sim, Jair, eu falo.
- Você parece que está com pressa, Renato. E eu respondo que sim, que preciso voltar ao meu trabalho. Ele me olha por uns segundos e fala: agora sabe onde fico, não perca contato comigo. Seu número de telefone sei que você não vai me dar mesmo, mas, fica com o meu, ele diz, me dando um cartão da loja.
Eu agradeço e estendo a mão para cumprimenta-lo, me despedindo. Ele ainda fala: me liga, Renato, me liga. Eu apenas meneio a cabeça e ele completa. Pra gente tomar um café. Pra conversar. E novamente metendo o dedo na ferida diz: só pra tomar um café, só pra prosear.
- Tudo bem, eu respondo, não dizendo nem sim nem não, mas querendo sair logo dali e saindo. Quando entro no meu carro percebo minhas pernas bambas, fecho os olhos procurando não pensar em nada e pensando em tudo, ao mesmo tempo. Neste dia não fui mais ao trabalho, me dirigi para a minha casa. Tomei um banho, deixando a água cobrir minha cabeça, para poder relaxar, para colocar em ordem meus pensamentos. O Jair estava mais velho, mas ainda estava com aquele aspecto juvenil. Não parecia mais o motoboy, as roupas eram melhores, mas ainda mantinha a mesma aparência, não era nenhum cafajeste, ao contrário, ainda com o jeito de bem educado, mas com aquele meio sorriso safado. No pouco tempo que fiquei na loja dele, claro que ele deve ter se lembrado de tudo, era evidente até um novo convite, de forma dissimulada, subliminar, mas de forma respeitosa. Procurei, como sempre faço esquecer tudo, o que houve cinco anos atrás e este reencontro. Só que não. Estava difícil isso, bem difícil e, mesmo lutando contra isso, na semana seguinte volto novamente ao restaurante, com nova agenda de trabalho e após o almoço estou indo para a tal lojinha. Chego com uma desculpa esfarrapada. Dizendo que o carregador estava com defeito, se era possível trocar. Antes que a moça me responda o Jair sai do caixa, fala para ela que pode deixar, que ele me atende. Sai para fora do balcão e diz pra moça que ele vai conversar comigo.
- Puxa, estou contente de você estar aqui, Renato. Até pensei que você poderia ligar, mas você vindo aqui é bem melhor. Eu quieto, por um momento pensando em insistir na desculpa do carregador, mas depois optando por ficar calado para não parecer ridículo.
- Vamos tomar um café? Ele me pergunta e eu respondo apenas que sim. Ele me olha, sorri e fala: vamos tomar café em casa, eu moro aqui, em cima da loja.
Ele abre o portão, subimos a escada e entramos no apartamento dele. Bem diferente do quartinho que tinha, mais arrumado e confortável.
- Senta, Renato, ele fala, me indicando o sofá, enquanto vai preparar o café. Volta depois, se justificando, dizendo que não tem café lá, que ele normalmente toma numa padaria próxima. Diz que usou a desculpa do café para poder conversar comigo. E ficamos conversando, por mais de meia hora, atualizando esses cinco anos de nossas vidas. O Jair me conta que casou, ficou seis meses apenas casado, ele fala sorrindo. Acho que não nasci para o casamento, ela não fazia o que ele gostava, ele diz, num esforço para puxar o assunto sobre o que tinha acontecido entre nós lá no passado. Ficou me olhando, esperando meu comentário. Como nada disse ele me olha e fala: você continua bonito. Até mais bonito agora, parece que ganhou uns quilinhos, tá mais cheinho. Eu confirmo que preciso perder peso, que até estou pensando em ir na academia, mas ele me repreende: de jeito nenhum, você está muito bem assim, está bonito, bem bonito. Bonito e gostoso. Quando eu ouço isso abaixo a cabeça. Claro que ele percebe e fala: sempre tímido, né Renato! Pois é, eu falo e ele prossegue: sabe, esta sua timidez é bem legal, dá uma sensação de insegurança, desproteção. Eu fico ouvindo e ele continua: não vai ficar bravo com o que eu vou falar, Renato? Eu não respondo nem sim nem não, digo somente: o que? Esta sua timidez, Renato, ela é excitante, feminina. Eu me contraio ouvindo isso, até tremo, ele percebe e ri dizendo: falei para não ficar bravo. Mas este seu jeitinho dá esta sensação sim, tive esta sensação já naquele dia, ele fala, procurando, claro, levar a conversa para onde ele queria. Eu só ouvindo e ele percebendo que tinha que continuar falando. Você agora está mais bonito, é sim, e coloca a mão na minha perna afirmando: suas coxas devem estar mais grossas. Eu continuo ouvindo, ele se aproxima: eu fiquei com saudade de você. Como eu esperei que você me ligasse. Ele agora mais próximo de mim, as suas mãos no meu ombro, descendo, os dedos tocando um botão da minha camisa. Nós dois sentados, ele curvando seu corpo, ficando de frente, me olhando nos olhos, se aproximando e seus lábios me tocando. Eu não fiz a barba, ele fala, passando o seu rosto no meu, como se me arranhasse. Sua mão abrindo os botões da minha camisa e a mão indo no meu peito. Ele me olhando e falando: viu como esses quilinhos te fizeram bem, está até com peitinho. Sorri, me tirando a camisa. Sua mão no meu peito, apertando. Parece de mocinha, ele fala. E depois seus dedos apertam meus biquinhos. Beija minha boca novamente e desce seu rosto. Abocanha meu peitinho, fica sugando e ao mesmo tempo procura desfivelar meu sinto. Depois para, pede para eu levantar um pouquinho e tira minha calça, me deixando de sunga. De pé ele começa a tirar sua roupa, tira toda ela, fica nu e chega bem perto de mim.
- Agora não quero mais tanta timidez, Renato, ele fala. Eu quieto. Ele prossegue: você sabe porque veio aqui, o que quer. Eu ainda sentado no sofá, ele em pé próximo de mim, bem próximo, excitado, as mãos acariciando meu rosto. Sem que me de conta, minhas mãos vão subindo para toca-lo. Aperto, fecho os olhos e fico acariciando. Os dedos tocando a cabeça. Quando ele fala me chupa, eu aproximo meu rosto e puxo bem o ar nas minhas narinas para sentir o cheiro do pinto dele. Meus lábios tocam a ponta, a língua toca bem na pontinha sentindo uma gotícula. Meus lábios agora envolvem a cabeça. Suas mãos acariciam meus cabelos e depois desce na minha nuca. Uma ligeira pressão para eu engolir aquele pinto. Fico chupando, sem sentimento de culpa, as vezes ele movimenta o seu quadril, entrando e saindo, como se estivesse comendo a minha boca. Fico chupando e chupando, por quanto tempo eu não sei. Até que ele tira da boca, me estende a mão e fala: vem.
Estamos então no seu quarto, na sua cama, deitados. Ele me envolve nos seus braços, me beija furiosamente, fica tocando meu corpo. Até que me vira de bruços, puxa um pouco minhas pernas para trás, para meus joelhos ficarem próximos à beirada da cama. Entrega um travesseiro, pedindo que eu me abrace nele. Depois coloca uma almofada na minha barriga, me deixando empinado. Começa a lamber meu bumbum – bunda, melhor dizendo. Sua bunda está mais gordinha, mais gostosa, ele fala, enquanto a beija. Depois me abre e passa a língua no cuzinho, me fazendo piscar e abraçar mais forte o travesseiro. Sai e retorna com o KY, me untando, seu dedo entrando para o creme lubrificar dentro também. Ele é cuidadoso. Olho para trás e vejo ele também passando o creme, uma porção especial na cabeça.
Ele vem por trás, me pega na cintura, me deixa um pouco mais empinado. Vem mais perto. Encosta a ponta.
- Devagar, eu nunca fiz. Depois me corrijo: nunca mesmo, foi só daquela vez, faz tanto tempo.
- Nunca mais fez de novo? Nunca, eu respondo, só daquela vez.
- Quer dizer que sou seu único homem? Eu sei bem o que ele quer com este tipo de conversa. Quer marcar território, deixar claro que é meu macho, e que ali, naquela hora eu sou sua fêmea. Por isso aquela conversa lá no sofá de que eu fiquei melhor mais encorpado, mais cheinho. Ele estava insinuando que eu estava mais feminino e agora reafirmava isso.
- Você é meu único homem, Jair, eu respondo, por ser verdade e porque era aquilo que ele quer ouvir.
A ponta tocando meu cuzinho besuntado de lubrificante. Ele vem, vagarosamente. Ele é carinhoso, cuidadoso. Suas mãos acariciam minha bunda. Gostoso, ele fala, bunda gostosa, ele diz, e depois... gostosa, gostosa. A ponta do pinto vai afastando minhas pregas. Ele me pergunta se está doendo e eu falo que não. Ele continua, continua, milímetro a milímetro, sempre me perguntando se dói, se estou sentindo algum desconforto. Eu falo que não, em dado momento digo: não, não está doendo não, meu querido.
- Que bom, não quero machucar esta bunda, ele fala, sempre me alisando. Linda, gordinha, uma delícia, ele vai falando e enfiando a ponta. Até que para, fica parado, acaricia ainda mais minhas nádegas e de repente, sem que eu espere ele dá um tranco. Aiii, eu falo, porque a cabeça entrou. Ele para, acaricia ainda mais minha bunda e diz: pronto, pronto meu amor, pronto. Já foi, já foi, agora não vai doer nadinha. Você não deu mesmo pra ninguém, estava cabacinho de novo.
Agora ele começa a entrar mais rápido. Está gostoso, eu penso e resolvo movimentar um pouco meu quadril, aproveitar melhor aquele pinto. Ele adora isso, adora meu rebolado e fala: vem, vem... estava com saudade? Estava? Eu respondo: sim, estava com muita saudade. Ele enfia tudo, eu sentindo os pelos dele encostados na minha bunda. Ele para. Tira tudo, deixando só a cabeça entra de novo me fazendo gemer.
- Está gostoso? O Jair me pergunta e eu respondo que sim, que o pinto dele é uma delícia. Ele ri com isso. Pinto? Pinto? Estou enfiando meu pau no seu cu. Está, eu respondo, você está. Ele bomba, bomba, as vezes enfia até o fundo e depois para. Fica assim por uma eternidade. Eu me deliciando, gemendo, gemendo, gemendo porque está tão gostoso e porque sei que o Jair gosta que eu gema. Ele acelera, sinto ele pulsando até que ele urra. Os jatos saem. O leite sai e me inunda. Ele continua bombando mais algumas vezes até que para. Sinto ele respirando pesado. Seu peito encosta nas minhas costas, sinto seu suor. Sinto ele diminuindo dentro do meu reto, até que ele tira. Um pouquinho do esperma dele sai de dentro e molha primeiro minhas coxas e depois o lençol.
Ele se deita e me puxa para ficar ao seu lado. Olha meus olhos e me beija. Instintivamente minha mão pega no pau dele, como que agradecendo. Ele sorri e fala: descansa um pouco. Nós dois cochilamos um pouco, depois acordamos, tomamos um banho juntos. Sem que o Jair me peça eu me ajoelho. Chupo o pau dele, fico chupando. Como faz pouco tempo que ele gozou está difícil para endurece-lo, mas eu consigo. Continuo chupando, mas mãos dele nos meus cabelos molhados. Eu sei agora o que eu quero por isso continuo chupando. Ele também sabe e por isso ele fode minha boca. Sinto câimbra na boca, mas continuo chupando. Até que o corpo do Jair se retesa, aperta minha cabeça e solta o leite que eu tanto quero provar. Não tanto quanto no meu cuzinho, mas o suficiente para eu sentir o gosto.
Terminamos o nosso banho, ele olha no relógio, se desculpa dizendo que tem que voltar pra loja. Colocamos nossa roupa, descemos a escada. No portão ele me pergunta: você volta?