83 - O Confessionário.

Um conto erótico de Moreno
Categoria: Heterossexual
Contém 4272 palavras
Data: 10/05/2020 15:51:21
Última revisão: 11/05/2020 13:09:19

- Foi quando isso?

- Ah! Nem lembro, acho que no ano da coroação. Fazia pouco tempo que eu saíra do Seminário.

- Nossa! Faz mais de 30 anos, o Imperador ainda era um menino.

- E eu nem tão mais velho.

- E ela, bonita? Uma freira bonita é uma exceção, as bonitas se casam muito cedo, os senhores de engenho não deixam por menos, ainda mais os da região de Campos, conheço muitos.

- Mas Olívia tinha se perdido, desonrou-se muito cedo. O pai, sabe como são os pais nesses casos, ficou mais que ofendido.

- Manchou a família, então vosmecê confirma o que se suspeitava, o velho deve ter dado uma boa sova na garota.

- Mandou Olívia para o Convento das Carmelitas em Vila Iguaçu. Para manter as aparências, foi o que ela contou. Nunca mais se falaram, era como se ela nem tivesse nascido.

- O velho Elias Trigueiro, conheço, nunca fui muito íntimo, mas conheço a fama... Homem briguento, sem modos, os escravos lhe tinham a maior apreensão.

- Nunca ouviste falar de Olívia?

- Não, não quando cheguei a Campos dos Goytacazes, o velho já tinha casado todas as filhas, pelo menos as que sobreviveram. Vosmecê sabe como são essas coisas, nunca ouvi uma palavra de alguém da família sobre Olívia.

- E como soubestes dela?

- Sabes como são as más línguas, um dia na venda do Onofre, depois de muitas doses cachaça, o próprio segredou que havia uma filha do Elias internada num convento em Vila Iguaçu. Diziam que era uma garota linda, e que de repente sumira, sem deixar rastros.

- Coincidência então teres encontrado a mim, justo eu que acabei conhecendo Olívia.

- Muita coincidência, afinal a curiosidade nunca foi o meu forte. E lá se vai mais de 5 anos que encerrei meus negócios lá em Campos. E o senhor, padre, como a encontrou, afinal era um convento?

- Foi um dos meus primeiros trabalhos, eu acompanhava o então padre da paróquia da Vila, padre Quitério, ele ia se retirar já estava muito velho e eu assumiria.

- Sei, mas vocês tinham acesso as freiras?

- Não eram reclusas, mas claro que homens não podiam entrar no convento.

- E como, como a conhecestes? Era realmente linda essa tal Olívia?

- Bela, sim... Olívia era bela, uma pena que tenha se perdido. Tinha as bochechas salientes, os olhos cor de limão, pele clara, e os cabelos acastanhados, coxas volumosas.

- Falas de um jeito saudoso, ainda mais para um padre. Provastes?

- Amigo, ainda ‘sou’ um padre, preste a retirar-me, mas ainda sou. Não sou eu quem devo confessar, pois não?

- Meu caro somos amigos a quanto tempo, 10 ou 15 anos?

- Quase isso.

- Então falas, conta. Está na tua cara que escondes algo.

- Não sei se devo, foi quase a minha perdição. Foi sorte que acabei sendo enviado para a corte poucos meses depois.

- Sorte? Talvez o tal padre tenha desconfiado?

- Imagino que não.

- Mas então, confessas o que senhor viu na tal Olívia, além dos olhos e das bochechas...

***

Nunca tinha entrado num Convento, aquele era simples austero e como no Seminário tudo muito silencioso, demoramos um tempo no pátio ajardinado com um chafariz ao centro, a madre veio nos receber depois de um tempo, chamava-se Tertúlia, usava óculos e mais gorda do que eu esperava.

Depois de uma conversa amistosa, onde o padre Quitério fazia as apresentações e dava as explicações sobre como era o relacionamento entre a nossa paróquia e as irmãs do convento foi que finalmente a madre mandou chamar as irmãs para que fossem a mim apresentadas.

A maioria não tinha nada de especial, ainda mais vestidas nos seus hábitos pretos, algumas magras outras gordas, talvez até por isso Olívia se destacasse, era a mais alta de todas, o rosto muito expressivo, a boca carnuda, o nariz afilado e as bochechas salientes.

Só lhe percebei os olhos esverdeados, quando nos cumprimentos, junto veio um sorriso diferente das outras irmãs, a maioria mal olhava-me nos olhos, tímidas envergonhadas. Só nela havia um certo ar de superioridade, de quem sabe uma verdade, um segredo que eu não sabia. Foi um cumprimento sem toques, mas confesso, ainda mais para um jovem mal saído da puberdade... foi chamativo, havia um certo ar de sensualidade em tudo aquilo.

Uma semana depois estávamos de volta, eu e o padre Quitério, dessa vez fiz contato com a parte administrativa do convento, o funcionamento da Ordem, as regras e ao final padre Quitério rezou a missa e fez o que era costume, tomou a confissão das irmãs. Foi quando voltei a encontrar Olívia, ela na fila a espera de ser chamada, o mesmo olhar brilhante, as bochechas chamativas e o sorriso sedutor desenhado no seu rosto, mesmo sem mostrar os dentes.

Foi a única a dirigir-me um ‘bom dia padre’ mais alto do que um sopro, uma voz sonora e firme. Ela parecia olhar-me no fundo da alma, não durou mais do que alguns minutos, cheguei a sentir um certo desconforto pelos modos intrusivos da irmã. Mais parecia que ela despia-me com os olhos. Ao invés de ser ela, fui eu que acabei por desviar o olhar, tímido e meio ressabiado. Por sorte aquilo não durou muito tempo, logo ela foi chamada ao confessionário.

Nas semanas seguintes tudo se repetiu, eu vendo as irmãs na fila esperando a confissão, aos poucos fui enturmando com outras, rindo e brincando, mas com ela o mesmo sentimento de desconforto, ainda que menos, mas o desconforto lá estava. Ainda era a única que falava num tom de voz audível, sonoro, já não era só o ‘bom dia’. Olívia era curiosa, chamativa e meiga... fui lhe perdendo o medo, contando a minha estória, em frases curtas, rápidas. O que mais encantava nela eram as bochechas salientes, eram elas que deixavam seu rosto iluminado, parte do seu sorriso enigmático vinha das bochechas destacadas. Os olhos cor de limão eram a sobremesa a ser sorvida depois de lhe degustar o rosto expressivo.

Fui enamorando, enamorando-me sem perceber, eu quase um imberbe, confesso aquilo começou a afetar, passei a viver um inesperado dilema. Desde cedo sempre quis dedicar-me ao sacerdócio, adorando as missas cantadas em latim, apaixonado pelos rituais, as palavras do Senhor. E foi então que apareceu Olívia, aquilo torturou, passei a lhe ver em sonhos, desejos estranhos, suores, arroubos.

Pensei em confessar com padre Quitério, mas a razão alertou que aquilo poderia colocar tudo a perder. Logo na minha primeira paróquia e justo o encontro com uma bela, ainda por cima uma freira. O desconforto começou a despertar desejos, a avolumar-me o membro... Era como se o demônio tomasse o meu corpo, a turvar-me a razão.

Seja como for, imaginei que tudo estaria sob controle, enquanto mantivesse a distância suficiente do Convento. Enquanto padre Quitério ainda estivesse no controle da paróquia. O problema é que as circunstâncias precipitaram os fatos. Um dia para minha surpresa o padre pediu-me que tomasse a confissão das irmãs.

- Estou doente, meu caro, acho que é um resfriado. Mas não se preocupe, reze a missa e depois faça o que você já viu fazer outras vezes. Não há segredo, imagine que pecados irmãs reclusas podem te contar!

- E o que eu faço, que penitencias lhes indico.

- Dez Padres Nossos e dez Ave-Marias, para dizer a verdade, eu já nem as ouço mais, a maioria das confissões não passam de rusgas pessoais entre elas mesmas. Esperar o que, são afinal mulheres, mulheres enfurnadas num mesmo ambiente?

Fiz como ele má indicou, cheguei, examinei os livros com a Madre, rezei e só depois fui ao confessionário. Imaginei Olívia sendo uma das primeiras, como sempre era, mas dessa vez ela não surgia, estranhei. Até achei que ela não viria.

Foi a última... eu já saindo e ela entrou.

- Padre preciso confessar. Pequei.

A voz doce, calibrada, o vulto por traz das treliças, mesmo assim ela pareceu mais agitada, olhando para os lados, as mãos nervosas.

- Fale minha filha, não tenha vergonha.

Falei com o coração aos pulos, mais envergonhado do que nervoso, lapsos dos sonhos com ela agitaram-me a mente, ainda assim sua confissão foi além do que podia imaginar.

- Estória antiga, nunca tive coragem de confessar ao padre Quitério.

- Já devias filha, a confissão não é ao padre, mas ao Senhor. A nosso Senhor Jesus Cristo.

- A vergonha.

- Só atrapalha a salvação, as almas precisam, muito mais o espírito. Mas diga, seja como for, se confias em mim. Confesse.

Fiquei de boca aberta ouvindo o que a freira relatava. Mais parecia uma estória de livros proibidos, um conto sobre desejos, taras, vontades incutidas pelo demônio na alma dos homens. E, no entanto, quem má contava era uma garota, justo uma irmã Carmelita.

- Chegou num navio vindo da África, foi comprado por meu pai no Valongo, se dizia um Angola.

- O que é um Angola?

- Uma espécie de rei, rei dos negros de lá. Não sei se era, mas parecia: espadaúdo, um peitoral trabalhado, as coxas musculosas, duas jaboticabas nos olhos, dono de um sorriso largo e um riso alto, tinha marcas estranhas tatuadas no rosto e no seu peito. Ele contou, eram os símbolos da sua nobreza. Mal sabia falar o português.

- Como chamava?

- João, batizaram como João Vigário. Foi raptado com duas das suas esposas, ele dizia que haviam outras, ambas morreram no navio, uma delas ainda gravida.

- E como foi que se deu o pecado?

- Ele era respeitado por todos, inclusive meu pai, nunca tinha visto seu Elias tão melindrado, ainda mais diante de um negro. Só que João não era um negro qualquer, o seu porte já indicava a nobreza, a realeza. Ele atiçava olhares, mesmo das mais recatadas damas da cidade. Não houve uma que não lhe deitasse os olhos... imagine as negrinhas, alvoroçadas todas.

- Você pecou com ele?

- Pequei padre, foi a minha perdição.

- Minha filha, não devias.

- Eu sei... mas desde muito cedo tive atração por homens mais velhos, ainda mais um tão belo como João, aquilo tocou fundo, acendeu a minha vontade, o desejo.

- Você não precisa entrar em detalhes, filha. Basta, já confessastes.

- Não padre, preciso, preciso dizer tudo que aconteceu. Preciso, por favor ouve, deixa limpar a alma.

Deixei-a ir em frente, imaginando que afinal só falaria o que era claro, fornicara com o tal negro. Foi quando arregalei os olhos, vieram mais que as confissões superficiais, vieram os detalhes sórdidos, corruptos... Fiquei entre a decepção de ouvi-la e o desejo devasso de saber o que eles praticaram.

---

Depois dos primeiros flertes, das primeiras trocas de olhares tímidos. O primeiro encontro foi numa noite de lua cheia, havia um folguedo, era uma festa de Nossa Senhora do Rosário, fizeram uma fogueira enorme e os negros dançavam em volta.

Seu Elias odiava aquilo, achava coisa de gente pobre, preta!! Mas como era uma festa católica, para um santo católico, ele engolia. Saímos as quatro irmãs para ver de longe a festa, mas quem disse que ficamos afastadas. Como nos outros anos, mesmo sob os olhares do Palhares, o capataz da fazenda, não demorou muito pra gente se misturar com a negrada, até porque o próprio Palhares adorava uma branquinha, em pouco tempo estava tão bêbado quanto os outros.

Foi quando encontrei João Vigário, aquele deus negro, lindo a chamar a atenção da mulherada, logo vi que ele só tinha olhos para mim. Veio vindo de longe, como quem não quer nada. Acompanhei o seu andar até ficar perto, de vez em quando deitando olhares quentes, insinuantes... E rindo um riso largo, de homem feito, de homem devasso.

- Não fale minha filha, não digas palavras chulas.

- Mas padre, era... foi como sentia, eu via. Deixa falar, preciso confessar.

- Então siga, diga...

- Então...

Vi quando ele saiu por uma trilha, indo na direção do curral, observei até sumir na escuridão... tomei coragem e fui, ansiosa medrosa, mas fui. Vi a luz de uma lamparina acesa no galpão da moenda.

- Você entrou, foi?

- Entrei... entrei e ele pegou e puxou... Tomei um susto, o coração quase veio a boca, mas o beijo calou fundo, beijo molhado, uma língua grande, cumprida. Aaahhh!!! Língua louca a se enfiar na minha boca, lambendo por dentro, sugando tudo.

Quando acabou o pavor tinha se tornado um calor, um calor que queimava as minhas entranhas, fazia suar no meio das pernas. O olhar penetrante do João não deixava nem fugir, nem gritar... Ele riu do meu jeito e mão áspera se enfiou na minha saia, apalpou-me as ancas ainda protegidas nas anáguas.

João mordeu meu pescoço, lambeu e arranhou. “Tira”, ele falou, e eu tirei, desabotoei a blusa e ele envolveu o seio. Agarrou com jeito e ele fez...

- Fez o que filha?!

- Chupou e sugou, como criança morta de fome...

- Foi!

Se saciou nos meus mamilos, fez brilhar os meus bicos até o olhar me dominar novamente, eu entendi... e despi... era a primeira vez que que fazia, ainda mais diante de um homem, justo um preto escravo de meu pai. Fiquei nua em pelo, adorando saber o negro enfeitiçado no meu corpo, apaixonado no que via. Ele até babava... João fez um dedo percorrer a extensão do meu corpo, do ombro ao peito, os dedos voltaram a endureceram o bico, desceram pela barriga... e se enfiaram no meio das pernas.

Eu ia gritar padre, eu juro, juro!! Mas quem disse que ele deixou, a mão direita envolveu o pescoço até seus dedos se enfiarem na minha boca e a outra ainda mais arisca alisava-me os pelos, tocava-me de um jeito que só só eu... tocava.

- Aaahhh Padre! Padre!! Aquilo era uma delícia, um encanto!!

- Filha! Para! Chega!!

O seu toque fez o meu corpo inteiro tremer, gemi chupando seus dedos. Achei que ia parar por aí, mas qual nada o homem tomou-me de novo nos seus braços, voltou com um beijou fundo, a língua lambendo a entrada da garganta, foi a primeira vez que eu senti...

- Sentiu o que filha?

- Aquilo que torna um homem um animal, um selvagem irracional, igual os touros de meu pai... senti um caniço grosso, duro esfregando-me na barriga...

Voltei a ficar úmida, o calor incendiando o ventre. Louca para ver as vergonhas dele, as coxas. Quando ele separou, uma baba longa nos unia as bocas...

‘Desce’ ele falou, e eu desci. Fiquei de cócoras de frente pro rei negro... ‘Tira’, e eu tirei... Maravilhada vendo a verga grossa, o espinhaço cumprido do João, balançando na minha frente, pingando uma gota, uma gota longa... vindo da ponta. O cheiro forte dava asco, mas também deixava mais pervertida, adorando sentir ser uma rameira, uma messalina.

Nem foi preciso pedir, abri a boca e engoli, engoli só a cabeça, uma cabeça negra brilhante... e queeente, minando aquele sumo... doceee, suguei com gosto, fomeeee...

- Filha!!

- Bebi padre! Chupei a pila do negro... do João. Ele agarrado nos meus cabelos e socando o espinhaço quente... dentro da bocaaaa... a minha. Engoli mais da metade. Será que é assim que as meretrizes fazem? Hein, Padre?

- Olívia, não se rebaixe!

Sem ele pedir, lambi envolta da cabeça, chupei e mordi, rindo pro negro, meu primeiro homem de verdade. Foi quando ele fez fazer, prendeu meus dedos entorno do espinhaço e mostrou como queria. Agitei, apertei e esfreguei, ao mesmo tempo que lambia o caniço cumprido, nunca mais vi um assim. Agitei com vontade e apertei tal qual ele mandava... a vara melava-me os dedos e o homem gemendo como se levasse uma surra... Tudo era novidade pra mim, um encanto saber fazer um macho gemer... foi quando ele não se aguentou, retesou e atirou um jato quente branco, a cusparada acertou o rosto e ele não parava, disparando outros tantos molhando o queixo e o pescoço. Nem foi tanto, mas um pouco eu engoli...

- Olívia, chega!!!

- Padre, eu preciso, preciso aliviar... Falar esse segredo que consome minh’alma.

- Ele te desonrou? Fornicaste com um negro!!

- Deflorou-me... Aaahh Padre, Padre!!! Uma coisa incrível, ainda lambuzada e sentindo o cheiro da semente de um homem. João se deitou na palha e eu sentei na vara, achei que não cabia, maior do que a minha flor podia. Mas o caniço entrou, mais fácil do que parecia, furando-me as entranhas, senti uma ardência, mas a dor nem foi tanta, o prazer de sentir o espinhaço alargando a entrada... aquilo, aquilo encantava... juro! Encantava. Vara preta a furar-me as carnes brancas, a mistura de culpa com o desejo louco... AAAaaaa!!! Só de lembraaaar, só de sonhaaaar. O misto de dooorrr e calooorr AAaaaa!!! Eu montada no meu touro, cavalgando o meu rei negro, como se fosse uma das rainhas do Angola.

- Vadiastes filha! Para isso não há perdão!

- Eu queria, eu pedia... Fura João, fode.

- Falou isso! Pediu?! Como uma rameira, uma uma...

- Vagabunda... uma ‘puta’ de primeira. Eu adorando e ele fooodendooo... Regando a minha flor... comendo a bocetinhaaaa...

- Não fale assim... é uma vergonha, vergonha filha!!

- Gozei com ele, em cima dele... Padre!! Adorando aquilo, amando ser a cortesã do negro.

- Contenha-se! Respeite o nosso ambiente.

- Mereço seu perdão Padre, mereço? Ou...

- Ou que irmã?

- Ou deixa te conhecer a vara, a sua.

- Não, não!! Que isso irmã!! É perdição, perdição! Isso é obra do Diabo, não deixa o demônio tomar conta da sua carne... o fogo do inferno, lembraaaa filhaaaa!!

- Não é o diabo padre, é a criação divina, é o Senhor falando dentro das minhas carnes, querendo pedindo... Deixa ver a tua vara... padre.

- Para que, porque, tudo isso?

- Saber se te deixei duro como eu fazia com o João, se te tornei um homem.

Os desejos e a razão atordoavam-me a mente, eu nem sabia o que fazer. Tomei um susto, quando a cortina se abriu e ela surgiu à minha frente...viu e riu. Senti seu toque feminino a cariciar-me a batina, segurando no centro... Fiquei ainda mais atordoado, aparvalhado.

- Vem... tem um lugar para se consumar o meu desejo.

- Olívia não, se nos percebem, se nos descobrem?

- Vem, vem que eu te mostro, te faço tudo.

Saímos do confessionário, entramos por um longo corredor estreito, escuro. Olívia à frente puxando-me a mão e eu tentando esconder o falo. Finalmente a irmã abriu uma porta, adentramos uma sala pequena, uma mesa ao centro e várias estantes encostadas nas paredes cheia de livros, vinha uma luz difusa de algumas ventarolas, havia um cheiro de mofo.

O olhar vidrado, as pupilas ressaltadas, a irmã parecia em transe. Dominada talvez por um espírito maligno, um anjo devasso. Nem deu tempo, impertinente tocou de novo o membro, sentiu de novo o meu estado. Apalpou, apertou, agarrou-me o falo duro.

- Adoro quando deixo os homens assim, quando deixo meus padres encantados com as minhas estórias.

- Quitério!?

- Ele adora, adora. Mas nunca, nunca... cheguei a tanto com o padre, ele pedia os relatos, as confissões e eu lhe ouvia o gemer dentro da cabine... Nunca provei um padre... Padre Quitério é só da Madre, nós as freiras nos divertimos no confessionário.

- Todas!?

- Umas... poucas. Geralmente a última faz as revelações mais estimulantes. Para não dar nas vistas da Madre. Imagina se ela soubesse como deixamos o padre sem fala.

- E porque eu?

- E porque não? Te ver fez lembrar os dias com o João, fez querer de novo ter alguém comendo a minha ‘flor’.

Eu tentei, bem que tentei, mas não aguentei. O olhar verde enfeitiçado, as maçãs do rosto avermelhadas, o riso provocante... Agarrei Olívia pelos cabelos, puxei num beijo intenso, sem eias nem peias. Fui mordendo, chupando... Olívia revidou com uma língua ferina, língua sabida, safada a saber-me do céu da boca até cuspir na língua.

- Tira... que eu faço.

Pus-me como Senhor nos criou, Olívia abriu um sorriso orgulhosa de como eu estava, e fez da mesma forma... admirei seus contornos, as sinuosas curvas... agarrei-lhe o seio médio endureci o bico, enquanto ela rindo acarinhava-me o peito.

A irmã então se agachou mostrando as coxas grossas, tomou-me o falo e lambeu... aaaahhh, ela lambeu, lambeu lento, lambeuuuu envolta da cabeça... Cuspiu e engoliu, engoliu-me todo... sugou com vontade, desejo... Olívia parecia faminta, esfomeada por uma vara.

- Assim eu não aguento, assim venhoooo!!!

- Mas não é pra aguentar, eu quero... preciso padre. Faz tanto tempo, desde quando eu ordenhava o João toda manhã... eu adoro um leiteeee... quenteeee.... ainda mais de homem.

Olívia sugava, chupava e cuspia... lambia-me todo, sem esquecer-me os tomates, jeitosa e imoral dedilhava fazendo-me tremer sob seus modos indecentes. Fui perdendo o controle, passei a gemer tal qual um animal no cio.

- Olíviaaa, oohhh... OOoolííííviaaaaaaaaaaaa....

Estremeci agarrado aos cabelos, vertendo minha semente... esculpindo o rosto da freira, manchando seu pescoço e os seios. Olívia má encarou com os olhos luzidios e revelou um riso de menina saciada, satisfeita com o presente que ganhou. Ofereceu a mão e eu puxei... para minha surpresa ela buscou um beijo, beijo sujo, fétido, beijo manchado no meu gozo. Senti meu gosto na boca dela, a língua melada e eu bebi surpreso a loucura da irmã. Foi até ela parar e falar.

- Fazia tempos que eu precisava. Leite de ‘homem’, leite de macho... João me deixou mal educada.

Olívia soltou uma gargalhada, rindo da safadeza que dizia.

- Agora é a minha vez, faz como João sempre fez. Tenho saudades. Vemmmm...

Fomos até a mesa, a irmã se esticou inteira, nua, na ponta, na quina, fora sobraram as pernas. Ela então empinou as ancas apoiada na ponta dos pés... Admirei as alvas nádegas roliças, carnudas, era a primeira vez com um traseiro tão formoso, feminino.

- Isso é pecado irmã, isso é obra do demônio filha!

- Isso é divino Padre... É a obra do Senhor... prova o que Ele criou... Prova... tem medo não, ‘me’ prova...

- Você vai ser punida, maculada pra toda vida.

- Então castiga, puni como tu queres, eu deixo.

As ancas ficaram ainda mais chamativas, belas lindas volumosas bandas... Deitei dois estalados tapas, duas bofetadas firmes... deixei avermelhadas as nádegas da freira...

- Castiga, castiga sim!! Mas prova, prova, faz o que o negro fazia, faz de mim sua puta... Veeeemmm... ajoelha e chupa, chupa a flor da irmã... AAAAaaaííííí paaaapadreeeee...

Nunca nunca tinha eu visto uma paisagem tão bela, as intimidades de Olívia deixaram-me sem fala, as roliças coxas, como toras brancas encimadas pelas gordas ancas e os pelos a lhe esconder os dobrados lábios, mal se via a entrada, aquilo pulsava... um calor abafado exalava, foi quando lhe vi um fio, um fio translúcido saindo no meio dos pelos.

- Prova, é o maná, vê é obra divina, vem e degusta, ‘me’ suga, ‘me’ sorveee... paaaadrreeeee.

Bebi o sabor de Olivia, um suave melado que manava da vulva cálida.

- Enfia! Enfia essa língua, enfia essa cara e chupa, suga lá dentro como o João faziaaaa padreeee!!!

Afundei inteiro na vagina jovem, misturando pelos, humores, odores, lambendo vários sabores, bebendo o sumo que lhe minava em meio aos lábios atapetados. Olívia grunhia, gritava e mexia, esfregando a peluda ‘flor’ na minha cara...

Aquilo foi tomando conta, subjugando-me... a vara voltou a crescer, entumecida, pulsante sentia as veias latentes... O desejo turvava a mente, tirava a razão...Senti quando Olívia chegou, ela vibrou em estase agarrada as laterais da mesa. Sua vagina vibrava e lhe molhava as próprias coxas.

- Padre! Padreee!! Jesuuuussss, amaaadoooo!!!

Ergui e movi o falo estirado hirto bem no meio das carnes alvas, das ancas da adorável Olívia. A freira adivinhou o que eu queria.

- É seu direito abusar da minha flor... Entra e má rebenta como João fazia.

- Um negro!!

- Um homem, um homem gostoso... Prova, vem prova também, deixe de bobagens, escrúpulos ridículos.

Com nojo, ciúmes do tal rei preto, mas também com desejo e volúpia furei a fenda da menina, nem parecia que Olívia já não era mais casta. Bocetinha estreita só trazia sensações ainda mais lascivas, comia e fodia a freira com gosto, com ódio sabendo que outro lhe tinha manchado a honra.

Nem isso fazia brochar a verga, o caniço ia cada vez mais fundo, cada vez mais imundo no caldo que brotava dela.

- Deu a boceta pro negro!

- E agora pro padre... devasso paaaadreee!! Provaaa e gozzaaa, gozzaaa como o João faziaaaa!!!

Eu castigava Olívia com os modos brutos, o meu jeito tarado, dominado pelo malvado, o chifrudo... Prendi seus braços nas costas, apertei e forcei. Só se ouvia o ribombar dos corpos, os gemidos loucos e o calor da vulva a queimar-me o falo.

Cheguei sentindo a verga pulsar presa nas entranhas da freira, lancei besuntando a entrada, a bocetinha de menina que Olívia ainda tinha. O suor escorria em bicas pela face, o melado vertia pelas coxas.

Foi quando alguém bateu a porta.

- Tem alguém aí? Olívia, é você? Sabes do padre?

Olívia pôs o dedo em riste sobre os lábios, enquanto se erguia da mesa... O sorriso ainda de safada, mas os olhos e os ouvidos verdes atentos aos barulhos que vinham da porta. O trinco se mexeu algumas vezes, mas a porta não se abriu.

- Jesus, quem trancou essa sala? Por Nosso Senhor, só pode ser Olívia.

Ouvimos passos se afastando, a freira riu aliviada e desavergonhada.

- E agora?

- Preocupa não, essa é a Sílvia, ela também tem desejos por vosmecê.

- Outra?

- Tem mais, tu achas que só eu lhe deitei os olhos?

***

- Meu amigo, eu não esperava tanto. Ficastes com todas? Provastes quantas?

- As devassas eram quatro.

- Fora a Madre.

- A madre era do Quitério.

- E as outras?

- Só tive tempo de usufruir mais duas.

- Porque?

- Lembra, acabei sendo transferido para o corte. Arranjaram outro antes que padre Quitério se fosse.

- Nunca mais viste a tal Olívia.

- Nunca, só me ficou os desejos daquela louca. Não é atoa que o pai lhe internou num convento.

- Não parece ter resolvido muito.

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Comentários

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Muito bem redigido. História bem interessante e bem contada!

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