"Quer também?" Ele me perguntou, sério. O olhar de seus olhos era sedutor, como um animal preparando-se para apanhar sua presa.
Ele segurava meu pé com metade da meia retirada, minhas solas raspando na sua calça de moletom.
Eu fiz que sim.
"Mas não vou colocar na boca" ele disse. E ali eu não me aguentei. Já havia lambido seus pés e feito ele gemer por mais de uma hora. Seus dedos lambuzados esfregavam na minha cara, molhavam minha bochecha e pingavam meu nariz. Ele sadicamente as vezes forçava o dedão e os dedos médios dentro da minha garganta, só para produzir mais saliva e depois esfrega-la por todo meu rosto.
Falava "isso" bem baixinho, quase grunhindo. Falava grosso.
Deveria estar se sentindo um reizinho de novo. Como nos velhos tempos, quando brincávamos de lutinha. Caçoando de mim e me fazendo de capacho.
Eu coloquei minhas mãos para trás para testar se ele realmente estava gostando. Ele continuou bagunçando meu cabelo e minha barba com seus pés, esfregando com força. Fazendo aquele chulé delicioso ficar no canto dos lábios.
Decidi que, mesmo que ele não quisesse, colocaria a boca.
Subi em cima dele. No começo ele riu, mas depois que me viu sério, fechou a cara. Começou a me puxar pelo pescoço e me derrubou no chão. Agarrei os pés dele e o derrubei também. Consegui imobilizar com minhas pernas enroscadas no seu peito e abdômen, meus pés próximos do seu rosto. Aquele rosto meio barbudo, com cara de homem. Cheiro de homem. Aproveitei que seus pés estavam presos por minhas mãos e comecei a afastar seus dedos.
"Ai, para, para!"
"Então começa a lamber meu pé!"
"Nunca!" ele disse, rindo. Quase gostando do desafio.
Eu então comecei a esfregar os pés no pau dele. Estava meio mole, mas o fato de eu sentir que ele tinha um pau mediano me fez delirar. Enquanto isso, comecei a mordiscar seus pés. Ele ria e tentava se desvencilhar, hora com raiva, hora com vontade. Até que pegou meus pés e começou a mordê-los também. Eu parei e observei. Ele começou a lamber de leve minha sola. Depois passou a língua pelos dedos. Eu aproveitei e comecei a masturbá-lo com o outro pé, por cima da calça.
"Faz em mim." Ele grunhiu, sem abrir os olhos, quase num tom de pergunta.
Começamos a lamber e chupar o pé um do outro, ele mais tímido, eu já gemendo. Senti seu pênis latejar dentro da calça.
Tirei o meu e vi que ele parou para observar.
"Desculpe, eu não aguento. Seu pé é muito gostoso. Mas não vou fazer nada, fica tranquilo."
"Eu tô tranquilo" ele disse, me olhando nos olhos e pela primeira vez num tom mais dócil. Vi que ele continuou beijando e acariciando meus pés mesmo que eu não fizesse o mesmo com os seus. Suavemente, baixei as calças de moletom e comecei a estimular seu pau com meus pés. Era um pau grosso e não muito comprido, mas com a cabeça rosácea e duas bolas grandes. Ele gemia e levantava a bunda para esfregar com mais força o pau nos meus pés.
Depois de um tempo assim, tomei coragem para ser mais assertivo:
"Cospe nos meus pés"
Ele me olhou, ponderando, um olhar dúbio delicioso, como uma criança sem saber o que quer comer. Cuspiu de leve. Deixou escorrer saliva enquanto lambia meus dedos. Eu insisti, colocando os dois pés na frente da sua cara.
"Cospe!"
Ele então cuspiu com vontade, quase irritado, lambuzando bem. Logo depois disso comecei a masturbá-lo com meus dois pés molhados, num vai-e-vem delicioso e rápido. Ele gritou de prazer.
Fechou os olhos e franziu o cenho, delirando enquanto eu batia uma pra ele com os pés. Aquilo durou horas.
Continuei lambendo seus pés entre os dedos, chupando cada um e cheirando suas solas. Ele se contorcia de prazer e culpa. Começou a chupar os meus dedos e segurá-los dentro da sua boca, como se estivesse abafando seus gemidos.
"Aaah, aaaaaaaaaah" ele gemeu, cada vez mais alto, olhando pra baixo. Pude sentir entre meus pés o espesso gozo, abundante, derramando-se pelos meus dedos enquanto ele se contraía, exausto. O gozo ficou escorrendo e pulsando durante quase um minuto, até me assustei, pois nunca tinha visto tanta porra.
Ele suspirava, olhando pra cima. Depois baixou os olhos e me levantou pelo cangote da roupa.
"Agora é sua vez!"
Me atirou no sofá e pegou meus pés, apoiados no seu peito. Começou a lambê-los e chupar meus dedos enquanto eu me masturbava. Eu gemia e guiava sua língua, eventualmente esfregando meu pé por toda sua cara, forçando contra o nariz e as bochechas, deixando meu cheiro e suor ali. Ele parecia não se importar.
Quando comei a gozar, ele segurou meu pau e bateu pra mim. Mas depois parou, constrangido. Atirou-se do outro lado do sofá, com meus pés ainda em cima dele, arfando. Ficou me encarando com os olhos cheios de dúvida e desassossego.
"Foi bom o que eu fiz?"
"Foi, bastante."
"É meio estranho. Eu estou exausto. Mas seu pé não cheira mal. Parece meio docinho" ele disse, seu rosto se aproximando dos meus dedos, porém reconsiderando e voltando a sua posição exausta.
"Você é lindo" eu falei, sem pensar.
Ele apenas me encarou. Eu me inclinei em cima dele e o beijei.
"Eu...eu realmente não gosto. Não sei o que deu em mim, mas eu..."
"Tudo bem" Eu disse. Encarei seus olhos agora de perto. "Vive"
Beijei ele de novo, nossas línguas mal se tocaram, mas pude sentir sua barba roçar na minha, nossas mãos acariciarem o peito, os cabelos, o pescoço um do outro. Depois me sentei e disse:
"Você não ia tomar um banho?"