Desde os meus 12 para 13 anos que eu me sentia diferente dos outros meninos. No colégio onde eu estudava, alguns colegas me zoavam, passavam a mão na minha bunda, me davam tapinhas na cabeça, me xingavam de viadinho, bichinha, e outros diminutivos semelhantes. Outros, mais compreensivos, até falavam comigo e não se incomodavam de fazer amizade. Acho, até, que alguns também eram “diferentes”, como eu, só que não tinham coragem de se assumir. Eu, não. Ia para a escola vestido com calças justíssimas, blusas colantes (destacando meus peitinhos, pontudos, um pouco volumosos para um menino), às vezes passava até um batonzinho. Minha bunda era meio grande para a minha idade (e era alvo de muitos olhares masculinos, de admiração, mas também até de inveja de algumas meninas). Falava de um jeito meio afeminado, e andava meio que rebolando. O meu colégio era bastante liberal, tipo escola experimental, de classe média alta, como era o padrão da minha família.
Na minha família, também não havia qualquer objeção ao meu modo de ser. Muitas vezes, andava pela casa de calcinha, ou vestindo saias que compravam para mim. Todos respeitavam e aceitavam numa boa minha condição de homossexual.
Todos, não, minto. Havia um tio materno, um homem alto e forte, de nome Aníbal, que não tolerava meu jeito de ser e de me comportar. Vivia atazanando a paciência dos meus familiares com comentários do tipo “Como é que vocês deixam esse menino se vestir dessa maneira”, “Esse garoto é viado, é?”, “Não é assim que se educa um menino, homem tem que ser machão”, e assim por diante. Mas, ninguém levava muito a sério as admoestações de tio Aníbal.
Certa ocasião em que apenas eu e a empregada estávamos em casa, eu muito à vontade, vestindo uma calcinha rosa e um top preto, tio Aníbal resolveu fazer uma visita, meio de surpresa. Ao me ver na sala, sentado confortavelmente no sofá, com as pernas estendidas sobre um pufe, assistindo à Sessão da Tarde na TV, foi logo me xingando:
- Ô, Guilherme, você não tem vergonha de se vestir assim, feito uma menina, e falar desse jeito, parece uma mulherzinha!
Não respondi e fingi que estava prestando muita atenção ao filme, uma comédia romântica.
- Oi, estou falando com você, sua bichinha, olha pra mim, safado! – continuou meu tio.
Olhei para ele, e falei, timidamente:
- É o meu jeito, tio...
- Você é uma vergonha pra família. Escuta aqui, você não gosta de mulher, não?
Não respondi, meio encabulado.
- Olha, Guilherme, já que você não foi educado como homem, vou te dizer: homem tem que ser macho, jogar futebol, gostar de mulher, falar palavrão, e tratar mulher como elas gostam de ser tratadas, meio que na porrada, entende?
- Eu não sou assim, tio – esbocei uma reação. – Gosto do meu jeito de ser e...
Tio Aníbal, meio possesso, avançou para mim:
- Ah! É assim, Né? Vem cá!
Meu tio se aproximou de onde eu estava e sentou-se ao meu lado:
- Então, você gosta de homem, é? – e, começou a alisar minhas pernas, sem resquícios de pelos. – Não gosta de buceta, de bunda de mulher, você gosta disso, é? De ser tratado feito uma menininha, é?
Passou a enorme mão pelo meu rosto, bem carinhosamente, e desceu a manopla sobre os meus peitinhos intumescidos e a barriga depiladinha.
Eu, confesso, comecei a ficar bastante excitado com os carinhos daquele macho e o palavrório chulo de tio Aníbal. Notei que o volume sob as calças de meu tio ia aumentando...
Fiquei meio encolhido no sofá, com o queixo escondido no peito, meio envergonhado, mas não esbocei reação. Admito: estava começando a gostar muito dos carinhos de meu tio machão.
Como a empregada estava na cozinha, bem distante da sala, meu tio avançou nas carícias, segurando firmemente meu queixo:
- Guilherme, vira essa carinha pra mim, vira, sua bichinha danadinha, que eu vou fazer uma coisa gostosa com você. Vira pra mim, vira!
Sem esperar minha atitude, ele tirou a camisa italiana que vestia (mostrando um peito cabeludo que – confesso – me deu muito tesão), desceu com um movimento brusco a cueca “samba-canção” e as calças e, sacando o enorme cacete, com a cabeçorra bem vermelha, já bastante duro para fora, ordenou:
- Chupa o seu tiozão, chupa, gatinha! – E sem esperar que eu o fizesse, empurrou minha cabeça em direção a sua pica, e me forçou a colocá-la na boca, enquanto comandava:
- Vai, viadinho, chupa pica de homem chupa, eu sei que você gosta é disso!
Eu mastigava o seu membro com vontade, revirava ele na minha boca, sugava aquele caralho com volúpia! Pra que resistir? Se eu gostava mesmo disso, já tinha chupado paus de colegas no vestiário do colégio. E até diziam que eu tinha uma boca muito gostosa!
Enquanto eu me deliciava com o pau de tio Aníbal, este me fez despir a calcinha, o que fiz com muito prazer, pois eu também arrebentava de tesão, meu pau (que é meio pequeno) já estava completamente duro, e até gotejava um líquido incolor, viscoso, prova de que eu já estava excitado.
_ Ô, Guilherme, como você chupa bem um pau! Nem a minha mulher me chupa assim tão gostoso, aquela vaca! Aposto que você já chupou muito pau por aí, né?
Fiz que sim com a cabeça, enquanto rodeava o saco de meu tio com a língua, ávido de ter na boca aquelas bolas enormes e peludas. Percorria o pau de meu tio, da glande até o final, com tal sofreguidão que, em pouco tempo, meu maravilhoso tio me inundava a boca com uma grande quantidade de leite quente e espesso, que escorreu até pelo meu delicado rostinho. Meu tio gozara, afinal; e eu, logo depois, tocando de leve apenas duas ou três vezes no meu pau, também verti meu esperma, manchando o tapete que forrava a sala do apartamento.
Eu não disse qualquer palavra. Apenas esbocei um sorriso sacana pro meu tio, que logo vestiu a cueca, as calças e a camisa. Eu fiquei sentado no sofá, sem roupa mesmo, olhando para ele, como quem diz: “Gostou né, machão? Gostou de ser chupado por um viado, né?”
Mas é claro que não falei nada. Ao se despedir, tio Aníbal dirigiu-se grosseiramente a mim:
- Olha aqui, garoto. Isso fica entre nós. Se disser alguma coisa a alguém eu te cubro de porrada. E tem mais: vou querer comer teu cu, qualquer dia! Me aguarde, putinha!
Continuei a olhar para ele, desafiadoramente, provocativamente, como alguém que já sabe o ponto fraco da outra pessoa. Eu agora estava no comando.