Fazer mudanças sempre é difícil, ninguém gosta de dá um 360 na vida e reiniciar tudo. Mas no meu caso foi preciso, tive que sair da minha cidade, sair da minha fazendo por um motivo triste: A morte.
Meu nome é Felipe, Lipeh pros próximos, tenho 16 anos, quase 17 afinal faria aniversário em 3 meses. Sou branco, tenho 1.79, loiro e com os olhos cinzas! Sim, tenho essa cor, estranha nos olhos e deus sabe o por quê, rsrsrdrs. Tenho um corpo comum, só que um pouco desenvolvido por conta das atividades que fazia na fazenda. Minha cidade natal se chamava Alecrim, lá morava cerca de 20 mil pessoas, era uma cidade de pessoas simples e bem pacatas. Eu não morava na cidade e sim na zona rural, em uma pequena fazenda, que se chamava céu feliz rsrsrs, que se for analizar não era tão feliz pro filho dos meus avós. A vida toda, desde que me entendo por gente, cresci tendo como pais meus avós, joelia e Vicente, eles tinham cerca de 60 e 65, na época em que eu era pequeno, com 6 anos. Lembro que meus coleguinhas, de escola, sempre estranhavam o fato de eu não ter pais! Isso mechia um pouco comigo, afinal eu sempre sonhei com eles, mas como meus avós eram tão presentes eu não era traumatizado por esse fato! e pelo pouco que me lembro, eu também achava que meus avós eram meus pais de verdade. Em casa eles me chamaram de filho e eu amava. Assim nós íamos levando a vida e sendo feliz! Só que a felicidade, as vezes, tem que dá entrada pra tristeza e essa ficar no seu lugar. As coisas começaram a mudar quando minha vó começou a ficar doente, essa foi uma época muito difícil e eu, até mesmo sendo ter muita noção, percebi que as coisas não estavam nada bem. Meus avós eram aposentados mas viviam dá fazenda também, vendendo galinhas, legumes, frutas e principalmente farinha. Que era produzida pelos dois e com minha ajuda também. Na nossa fazenda, não tinha funcionários ou algo do tipo, até por que não tinha muito equitares então era só a gente mesmo! Meu avó cuidava da plantação de mandioca, e das outras coisas que plantavamos, e minha vó cuidava da casa, dos animais e de mim. Na verdade os dois cuidavam de mim igualmente, eu era muito amado por eles.
Com a doença da minha vó, as coisas começaram a ficar diferentes e a casa foi ficando mais cheia! Assim como meu avô começou a trabalhar menos pra ficar mais com ela, que estava cada vez mais debilitada. Ela não conseguia nem me ensinar mais a tarefa da escola. tudo isso acabou me afetando e nesse período comecei a ficar depressivo. Nessa época também me lembro de escutar uma vizinha, que tinha telefone, comentar que o seu filho estava muito preocupado e que ligava toda hora. 5 de agosto ficou marcado, na minha infância, por ser o dia que minha avó tinha morrido e o dia que eu tinha conhecido seu filho, Augusto Vicente. Naquela época eu não sabia mas minha vó tinha morrido de câncer, ela decidiu não se tratar da forma apropiada, afinal ela já tinha tido uma vez e não queria passar pelo processo denovo. Não tinha muita dimensão do que estava me acontecendo mas naquele dia eu vesti preto, meu avô chorou muito e a casa estava cheia de pessoas o tempo todo! Concerteza tinha sido o pior dia tá minha vida, até então. Lembro que por causa de tudo que estava acontecendo e de principalmente vê minha avó morta no caixão eu surtei e sair correndo mato a dentro. Fui parar onde mechiamos farinha, me esconder dentro do forno. Fiquei chorando lá por algum tempo, até escutar um homem me chamar e me achar. Ele era muito alto e forte! Também tinha um rosto amigável. Ele acabou me tirando dali e em seu colo me levou pra casa.
Passado o enterro e com as coisas mais calmas, percebi que tinha um homem e uma mulher em minha casa. O homem era o mesmo que tinha me ajudado no dia do enterro da minha avó.
- quem são vocês ? - perguntei pra mulher na cozinha, o que a fez tomar um susto e derrubar o copo que estava em sua mão.
- que susto - falou se recuperando. Ela era muito bonita! Parecia uma princesa.
- fica aí pra não se cortar com o vidro. - falou me olhando.
- tá bom. - falei.
- como você está ? - falou a mulher, depois que limpou o chão.
- estou triste. - falei querendo chorar.
- não fica assim, vem aqui. - falou abrindo os braços.
- tudo vai ficar bem, sua vó está em um lugar melhor agora! Está com papai do céu e livre de dores. - falou
- eu queria ela aqui, com a gente! Quem vai cuidar de mim e do meu vovô ? - falei chorando.
- não chorra. -falou limpando minhas lágrimas e chorando também.
- você é minha mamãe ? - perguntei.
- aconteceu algo ? - perguntou o homem dk outro dia nos interrompendo.
- não - falou a mulher
O homem ficou nos olhando por alguns minutos e
eu perguntei.
- você é meu papai ?
Ele ficou em silêncio por um tempo, ia falar algo mas meu avô chegou. Lembro, de relance, que eles ainda ficaram mais alguns dias, 2, mas estava acontecendo muita gritaria entre meu avó e meu pai. Acordei, em um domingo, e eles tinham ido embora só restando eu e meu avô, o que se estendeu por mais 11 anos até ele contrair a maldita, câncer, e morrer também. Só que dessa vez, diferente da primeira vez eu já tinha quase 17 anos e nessa altura já não era tão inocente. Sabia, por exemplo, que o homem que veio aqui, a 11 anos atrás, era o meu pai biológico. Saber toda a verdade foi muito complicada pra mim, ficar sabendo que tinha sido rejeitado, destruiu todo o encanto que nutria pelo meu verdadeiro pai, que incluise eu idealizava como um herói. Essa história foi muito difícil pro meu avô me contar, pois ele sabia que isso poria vim a me machucar. Mas ele teve que contar. Resumidamente meu pai era casado, com a mulher que conheci quando era pequeno no enterro de minha avó e traiu ela com uma mulher que acabou ficando grávida de mim. Tudo isso foi descoberto e virou uma grande confusão. Pra completar minha mãe morreu no parto e sua família não quis ficar comigo. Meu pai também não queria ficar comigo, pois isso poderia ser o fim do seu casamento, então ele resolveu que iria me dar pra adoção. Minha vó, que nessa época estava se tratando do primeiro câncer, acabou descobrindo tudo e ficando comigo. Uma coisa que vocês devem saber e que meu pai acabou se dando muito bem na vida e ficado muito rico. Graças aos estudos e a um sistema de computador que ele tinha desenvolvido. Ele nunca gostou muito da fazendo e sempre sonhou com uma vida fora dali. Soube disso por volta dos 13 anos, pois meu pai, Augusto, começou a querer me levar pra morrar com ele. também descobrir que tinha duas irmãs e elas eram gêmeas. Todas essas descobertas acabou me afetando e fiquei um pouco rebelde. Pena que não tive muito tempo pra pra me lamentar pois logo meu avô começou a ficar doente e as coisas começaram a mudar novamente. Foram 3 anos muito difíceis mas me manti forte e lutei com ele até onde conseguimos. Antes do meu avô morrer seu filho o visitou e acompanhou de perto os seus últimos dia de vida. Foram dias muito tristes. Nesse período me isolei muito, não me conformava com o que estava acontecendo. 2 dias depois soube que iria me mudar da fazenda e ir morar com Augusto.
- você vai comigo amanhã. -falou.
- o que ? - olhei pra ele, eu tava chorando.
- amanhã você vai comigo pro meu Estado! A parti de agora você vai morar comigo. - falou me olhando.
- não! Eu não vou. - falei decidido.
- voce não vai ficar aqui sozinho! Você ainda é de menor. - falou.
- Não precisa ter pena! Eu consigo me virar, não precisa fazer isso! Eu já tenho quase 17 anos. Daqui a pouco faço 18 e tô de maior. Os vizinhos podem me ajudam no que precisar. -falei.
- você não vai ficar aqui sozinho! Já está decidido, você vai e pronto. - falou autoritário.
- eu te ODEIO. - falei gritando e saindo dali.
Naquele momento eu só queria meu avô! Só queria que ele estivesse vivo e comigo. Ainda chorei muito naquele dia e no dia seguinte me toquei que não poderia ficar sozinho, mesmo tendo amigos e alguns vizinhos eu ainda era jovem e se não fosse com ele talvez podesse ir pra um abrigo. Outra coisa que me motivou a ir, foi uma conversa que tive com ele a noite.
- eu não te odeio como você pensa. - falou me olhando, incrível como eu parecia com ele.
- não ? Meu avô me contou tudo! - retruquei firme.
- ele te contou que eu sempre quis que vocês fossem morar comigo ? Que eu quis te tirar daqui desde a morte da mamãe ? Te disse que eu abrir mão de criar você por conta deles? -falou.
- você ia me pra adoção, você ia me jogar fora quando eu era bebê! Você não abriu mão de me criar- disse chorando.
- Naquela época eu era muito jovem! Imaturo. Você não sabe como me sinto mal por isso. Só não me sinto pior e tenho paz por saber que minha mãe não me deixou fazer essa burrada.
Também sei que você pro meus pais foi muito importante, por isso não insistir em te levar quando vc era pequeno. - disse.
Acabei saindo dali. Realmente eu não sabia de tudo! Mas naquele momento eu não queria saber do passado. As 14:20, do dia seguinte, estávamos pegando a estrada em direção ao aeroporto. No caminho estava triste por não ter me despedido dos meus amigos, como foi tudo muito rápido não tive tempo pra falar com eles. Apenas dei tchau pra alguns vizinhos! Se tivesse um telefone falaria com todosmas não tinha celular, o que atrapalhava a comunicação com eles. Sobre celular, lá na roça não pegava sinal muito bem e também meu avô nunca quis me dá um por achar desnecessário. Ele dizia que isso só ia atrapalhar nós afazeres diários. Também não tinha computador, mas sabia mecher pois na escola tinha aula de informática. Enquanto estava perdido nos meus pensamentos Augusto comunicou que tínhamos chegado. O que me deixou,de certa forma, muito assutado! O aeroporto era muito grande, bem maior que na televisão, e o barulho que os aviões faziam eram muito alto. Estava com medo, muito medo. Também nunca tinha visto tanta gente junta, lá parecia um shopping também. Acho que augusto percebeu a minha angústia.
- você está bem Felipe ? - perguntou sério.
- sim. - falei firme. Não queria transparecer que estava com medo.
- que bom, pois eu sempre tenho medo de andar de avião. - falou
- legal. - falei. Estava me fazendo de duro.
- você nunca andou de avião né ? Tinha esquecido que você vivia enfurnado naquela fazenda. -falou rindo
- claro, eu morava lá! Você esperava o que ? Não tinha motivos pra sair da fazenda. - falei.
- agora isso mudou! - disse
- infelizmente. - falei
A verdade e que eu dava tudo pra está com meu avô. O vôo estava marcado pras 16:30 e ainda faltava 30 minutos. Enquanto não dava a hora Augusto resolveu passear pelo aeroporto, o que foi ótimo pra mim, pois nunca tinha ido em um lugar tão grande e bonito, me sentia em um shopping! Até esqueci que ia viajar de avião. Enquanto passeamos por lá, vi uma escada rolante, pela primeira vez acho que deixei claro minhas emoção, naquela época pensava que conseguia esconder algo. Eu sempre tive vontade de andar em uma, e Augusto percebeu.
- vem, vamos lá pra cima. - falou.
Fomos em direção a escada rolante e meu coração parecia que ia sair da boca, rsrsrsrsrs. Estava morrendo de medo de não acertar subir e cair nela, igual naqueles vídeos. Fiquei com medo de passar vergonha e fui pelas escadas normais mesmo, que ficava ao lado.
- por que não veio pela escada rolante ? - perguntou Augusto.
- prefiro a outra mesmo. -Felei, Não ia assumir que estava com medo.
- você que sabe. - falou rindo.
Depois fomos em um restaurante, que era muito bonito e grande, pra comer algo.
- nossa, que lugar bonito. - pensei. Parecia esses restaurantes de novela.
- vamos comer, que ainda vai demorar algumas horas pra chegar lá. - falou
- tá bom. - falei olhando os lustres do lugar.
Estava com muita fome e como lá tinha tudo que eu gostava enchi o prato. Botei lasanha, de camarão, panquecas, macarrão, feijão, frango, escondido e até uma torta salgada que tinha lá. Sei que meu prato estava enorme, não sei como ia aguentar comer aquilo mas o olho falou alto. O prato de Augusto só tinha salada, verduras, legumes e um peixe vermelho! Era bem diferente do meu, rsrsrses. Na hora que fui colocar na balança deu 120, e o dele deu 45. Perdi no apetite na hora.
- desculpe por ter botado tanta comida, não sabia que ia dá tão caro. - falei morrendo de vergonha. Lembro que meu avô sempre reclamava quando íamos a um restaurante a kilo, mas o meu prato nunca dava esse valor! Sempre dava, 30, 35. Mas esse valor não.
- não tem por que você se desculpar! - falou rindo.
- eu não sou meu pai, relaxe que isso não é problema. - falou rindo. Acho que ele lembrou de algo.
- só não disperdica. -disse por fim
Depois que comemos fomos fazer o embarque pra poder viajar, mas uma vez passamos pela escada rolante e dessa vez resolvir ir. Assim que subi, achei que ia cair e segurei o corremão. Era diferente, bom! Depois de que augusto fez o check in esperamos um pouco e fomos pra dentro do avião. O que deve dizer que foi muito agoniante pra mim! Estava com muito medo. Rezava mentalmente e pedia á meus avós pra me protegerem. Acho que só não passei mal por que augusto tava lá e eu não queria passar a imagem de medroso. Depois que decolamos comecei a ficar menos tenso mas minha cabeça doía muito e sentia um enjoou forte.
- toma, você vai melhorar. - falou Augusto me dando um comprimido.
- tá bom. -falei pegando. Estava me sentindo muito mau.
Lembro que depois que tomei adormeci e acordei com Augusto me sacudindo. Tínhamos chegado.
- acorda Felipe, chegamos. - falou.
- ok. -Falei meio zonzo.
Não sei o que tinha tomado mas tinha me deixado muito sonolento rsrsrs, até esqueci que estava dentro de um avião. Depois que pegamos a bagagem, que devo comentar a vocês que eu só tinha 2, pois não tinha muitas roupas, fomos pra fora do aeroporto, que inclusive era maior que o outro, esperar a mulher de Augusto chegar.
- Paula vai vim buscar a gente, ela fez questão. - falou Augusto.
- hum. -falei. Tive relances, de memórias, da última vez que vi ela e lembrei de como ela era Gentil.
Devo dizer que estava encantado com o lugar em que eu estava. Era tudo tão grande e diferente! Sem contar que via os aviões passando por cima de mim, era encantador!
- vamos Felipe ela chegou. -falou olhando no celular.
Seguir ele e fomos pro estacionamento, que pra variar tinha muitos carros, mas do que na minha antiga cidade, inclusive. O carro que ela estava era bem grande e bonito, não sabia o nome e nem modelo mas era lindo, realmente eles tinham muito dinheiro. Meu pai colocou as malas no fundo e eu entrei primeiro.
- boa noite Felipe. - falou simpática.
- boa noite. Falei.
- nossa como você está bonito! A cara do seu avô e do seu pai. - falou rindo.
Realmente eu parecia muito com Augusto, se não fosse o cabelo e a diferença de idades, poderíamos dizer que éramos clones. Ele era muito forte e sarado tambem, outra diferença.
- vamos? - falou Augusto entrando no carro e beijando Paula.
- vamos, suas irmãs estão ansisosas pra conhecê-lo, quero só vê a reação delas quanto um conhecerem o irmão gato. - falou Paula rindo. Ela ainda me parecia muito agradável, me fez ter um desejo que tive depois que a vi pela primeira vez.
Durante o caminho passávamos por vários prédios enormes e bonitos, mesmo sendo noite era tudo lindo, ficava olhando tudo durante o caminho, estava encantado. Depois de um certo tempo chegamos em um condomínio, muito bonito por sinal, e entramos.
- chagamos. - falou Augusto.
- espero que goste. - falou Paula me tirando do transe.
Por um momento imaginei como meu avô e minha avô iam gostar de tudo o que eu tinha visto e passado nessas últimas horas! Se bem que meu avô nunca entraria em uma avião.
- vamos Felipe ? - falou Augusto me chamando.
- vamos. - falei triste por ter lembrado dos meus avós.
A casa parecia essas de novela, do núcleo rico, era muito grande, tinha 2 andares.lne era toda de vidro. Nunca tinha visto uma casa assim na minha vida! O jardim também era lindo e a piscina era enorme. Eles, pelo visto, eram bem ricos mesmo. Quero vê onde eu me encaxaria ali. Quando entramos na casa e fomos pra sala, que era muito linda também, lá tinha coisas que eu nunca tinha visto e a televisão era enorme, muito grande. Paula me tirou do transe.
- essa são suas irmãs, Julia e Julieta. - falou simpática.
- prazer Felipe. - falei me apresentando.
Minhas duas irmãs eram gêmeas, mas não idênticas. Julia possuía 1,69 de altura, tinha cabelos médios e preto. Seu corpo era magro, porém Bonito. Julieta era um pouca mais baixa, 1,67 tinha cabelos longos, na bunda, e a cor era preto com luzes loiras. Ela tinha um corpo mais escultural e esbelto, deveria fazer academia pois era bem malhada. Ambas eram lindas! Elas eram uma ano e meio mais velhas que eu.
- prazer Felipe. - falou Julia amigável.
- prazer. - falou julieta.
Ambas me olhavam espantadas, só que Julieta tinha um olhar mais analítico e observador
- bom como sabem Felipe vai morar com a gente a parti de hije. - falou Augusto. Pelo visto elas sabiam mais de mim do que eu delas! Mas confesso que tinha ficado muito feliz em conhecer elas, desde do dia que soube delas sempre imaginei isso!
- quase que vocês não nos acham aqui. - falou Julia.
- Julia! - falou julieta repreendendo a irmã.
- vocês vão sair ? Tínhamos combinado de vocês ficarem em casa hoje. - falou meu pai.
- você sabe que é importante pro Victor pai, ele abriu mão de uma festa por conta do nosso luto. - falou julieta.
- aniversário tem todo ano! - falou Augusto.
- nós vamos, prometemos a ele. E nem deveríamos está em luto! Nem conhecíamos nosso avô. - falou julieta. Me encomodou o jeito que ela falou.
- deixa elas irem amor! - falou Paula.
- tá vendo pai! Não é nada demais. - falou julieta.
Confesso que estava com vergonha de presenciar aquela conversa! Acho que eles esqueceram que eu estava ali.
- e também vocês podem levar o irmão de vocês, será ótimo ele conhecer o amigo de vocês! Já pode se enturmar! - falou Paula.
- mesmo, vamos com a gente. - falou Julia.
- sério ? -falou Julieta.
- não precisa, eu cheguei agora e também tô cansado. - falei tímido.
- cansado do que ? Dormiu a viagem toda! - falou Augusto.
- vocês só vão se Felipe for! - falou
- não acredito nisso! - falou julieta com raiva.
- você vai ? - perguntou julia.
- eu acabei de chegar, nem sei onde vou ficar! Não quero encomodar. - falei.
- você não vai encomodar! - falou Julia.
- você vai ou não ? - falou julieta com raiva, quase gritando.
- vai sim, deixa que eu e seu pai cuidamos de arrumar suas coisas! Vai tomar um banho e vesti outra roupa. - falou Paula.
- tá bom. - falei convencido, não queria estragar a noite das meninas.
- vamos daqui a 30 minutos! Por favor bota uma roupa melhor que essa! - falou julieta.
Tinha algo de errado com minha roupa ? Paula e Augusto me apresentaram o meu novo quarto, e não era como eu imaginava! Tá, eu pensei que fosse ficar em um quartinho nós fundo da casa, rsrsrsrs. Meu novo quarto era muito grande, não lembrava em nada o antigo! Estava decorado, com super heróis, homem aranha na verdade, tinha uma grande cama de casal, uma mesa com um computador, uma televisão enorme e um guarda roupa gigante! Também tinha um banheiro lá.
- aqui é meu quarto ? - falei surpreso e encantado.
- sim, gostou? - falou Augusto.
- é incrível! Esse computador é meu ? - perguntei, aquelas coisas todas iam ficar ali pra mim ?
- sim, todinho seu. - falou Paula rindo.
- vá se arrumar, pra aquelas meninas não terem um infarto. - falou Augusto.
Aquele quarto era fantástico! Depois que eles saíram me joguei na cama, que era tão macia. Fiquei sorrindo por alguns minutos até decidir ir tomar banho e me arrumar. Vesti uma calça preta que gostava muito, a que usava pra ir a festas, e uma blusa polo verde. Eram as minhas melhores roupas! Também calcei um tênis brancl. Resvolvir não pentear meu cabelo, que na época estava quase passando o pescoço. Apenas amarrei ele pra trás e pronto! Estava me sentindo o máximo rsrsrs. Mesmo devendo ficar em casa, afinal meu avô tinha morrido a poucos dias, eu tava alegre em poder sair. Tudo era novo pra mim e eu estava gostando.
- já está pronto ? - perguntou Julia assim que me viu
- sim! Podemos ir. - falei.
- vamos. - falou julieta rindo, acho que ela não gostou da minha roupa.
Entramos em um carro, que era nosso motorista e fomos em direção a uma pizzaria.
- eai, tá gostando tá cidade ? - perguntou Julia.
- ainda não conheço muito mas tô achando tudo tão bonito e barulhento tambem - falei rindo.
- tá acostumado com o mato né ? - perguntou Julieta.
- sim, lá nesse horário é tudo bem calmo! Eu já estaria dormindo também - falei.
- você deve tá adorando né ? Finalmente saiu daquele fim de mundo. - falou julieta
- adorando não por que meu avô morreu! E também nunca imaginei que sairia de lá. Mas estou achando tudo diferente. - falei.
- sim, você está certo mesmo! Deve ser ruim ser criado sem o pai né ? - falou
- Julieta parra. - falou Julia.
- eu tive pai! Meu avô era um grande homem! Vocês iriam adorar conhecer ele. - falei. Acho que ela não tinha gostado muito de mim.
- seus olhos são lindos Lipeh -me olhou-, posso te chamar assim né ? - falou Julia.
- pode sim! E obrigado. - falei.
- você é todo lindo! A cara do meu pai, se não fosse os cabelos diria que são clones. - falou rindo.
- você parece com meu pai mesmo - falou julieta.
- obrigado. - falei sem graça.
- só podia usar roupas melhores. - falou julieta rindo.
- não tenho muitas roupas. - como ela não tinha gostado ? Era a minha melhor roupa.
- pra que roupas quando se é um gato ? Me desculpa irmão mas você é muito lindo! Tô chocada. - falou Julia
- meio irmão. - falou julieta.
- que chata você menina. - falou Julia.
- aposto que as meninas vão ficar loucas. - falou e julieta revirou os olhos.
Ainda ficamos conversando algumas coisas no carro, e mesmo com Julieta sendo agressiva, nos comentários, percebia que ela ficava curiosa com as respostas que dava, as perguntas de Júlia. Depois de alguns minutos chegamos na pizzaria, que pra variar era incrível tambem, tudo naquela cidade era bonito ?
Entramos e lá estava quase cheio. Fomos em direção a uma mesa que tinha várias pessoas umas 15.
- finalmente as princesas chegaram. - falou uma voz masculina.
- pensei que não vinham mais. - falou uma menina.
- hahaha, até parece que íamos perder. - falou julieta.
- besta. - alguém falou.
- deixa eu apresenta pra vocês meu meio irmão, Felipe! Não liguem pra roupa carona dele, ele veio de um lugar muito longe. - falou fazendo rirem.
- prazer gente! E eu não tenho vergonha das minhas roupas. - falei
- ela está brincando. - falou Julia.
- prazer, Amanda. - falou uma menina ruiva dos olhos castanhos.
- Henrique. -falou um rapaz moreno.
- Bruno. - disse um que parecia ser atleta.
Pouco a pouco os amigos das minhas irmãs foram se apresentando. Eles eram bem educados e pareciam ser legais.
- Victor o aniversariante. - falou um rapaz me olhando.
Victor era bem bonito, tinha cabelos castanhos claros, quase loiros, olhos cor de mel, por volta de 1,77, e um corpo muito bonito, devia fazer academia. Ele era estranhamente lindo. Deixa eu falar pra vocês, eu nessa época não sabia se era gay, bi ou hétero, embora homens me chamassem mais atenção so ficava com mulheres e não ligava muita pra esse detalhe. E tambémna minha cidade isso erra errado e quase não existiam gays assumidos! Então eu reprimira isso. Na verdade mesmo sendo muito paquerado eu ficava com poucas meninas, me dedicava muito a fazenda e quase não tinha tempo pra fazer essas coisas, namorar. Eu, inclusive, ainda era virgem. Victor me deixou hipnotizado, tinha algo nele que me fazia arrepiar! Por que eu fiquei assim ?
- parabéns, muitas felicidades. - falei tentando não olhar muito pra ele e apertando sua mão.
- Rafael, satisfação! - falou outro menino
- prazer. - falei.
- prazer só na cama. - falou rindo e me deixando com vergonha.
Rafael era alto, 1,80, tinha uma corpo sarado e forte. Ele era bem branco e tinha olhos azuis. Se não fosse o rosto de criança e o jeito bobão, que ia descobrir ainda, diria que ele tinha mais de 20 anos.
Pouco a pouco fui conversando e interagindo com todos na mesa, ainda era um pouco difícil conversar com eles, pois os mesmos falavam sobre muitas coisas que eu não sabia e nunca tinha nem visto falar. Mas estava gostando. O bom e que todos ali queriam conversar comigo e sempre faziam questão de me manter nas conversas! Julia, mesmo, toda hora perguntava minha opinião sobre algo e tentava me conhecer mais em meio as respostas que dava. Só tinha uma coisa que me encomodava ali, os olhares que Amanda e Rafael me davam, era um pouco estranho. Victor também me olhava só que quando isso acontecia eu gostava.
- Victor cadê seu irmão ? Ele não ia vim morar aqui também ? - perguntou Julia.
- acredita que ele achou uma igreja e já foi fazer trabalho voluntário ? - falou rindo.
- mas ele não tinha chegado ontem ? - perguntou uma menina.
- ele veio uns dias antes, acabei que esqueci de falar a vocês! Mas aquele lá só quer saber de estudos e da igreja. -falou
- vamos cantar os parabéns ? - falou julieta.
- vamos. -falou
Cantamos parabéns e foi bem divertido, eles eram estranhos mas eram legais! Eu até fui um dos primeiros a ganhar bolo. A noite foi muito agradável e tinha me divertido muito.
- eles te adoram! Aposto que Amanda ficou louca por você! - falou Julia.
- não só a Amanda. - falou julieta.
- também você é lindo irmão! - falou Julia. Adorei ela ter me chamado de irmão.
Ainda conversamos mais algumas besteiras e logo chegamos. Em casa cada um foi pro seu quarto e confesso que quase me perdi, ainda não tinha memorizado cada lugar da casa. Já deitado, ficava observando o teto do quarto, que era cheio de estrelas e ficava brilhando, era muito bonito. Fiquei refletindo um pouco, sobre o dia e as mudanças que estavam acontecendo em minha vida, e por fim fiquei feliz! Parece que estava dando tudo certo e as coisas não seriam do jeito que eu imaginava. Dormir feliz aquela noite.
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VOLTEI GENTE! Espero que vocês gostem dessa nova história! Quem me acompanhou no outro conto sabe que tenho dificuldade em gostar de alguns textos que faço! Nesse começo tive dificuldade, até por que odeio fazer introduções. Mas espero que vocês tenham compreendido bem o que quis dizer! Se alguém não entendeu comenta que tentarei melhorar! Algumas coisas vão ser desenvolvidas melhor mais pra frente. como o passado de Felipe. não é justo lançar tanta coisa assim logo de cara. Quero que todos gostem desse conto. Essa história já tem quase 13 capítulos prontos, então irei postar muitos textos por dia. Peço que se acharem o começo parado não desistam de ler! Também quero que vocês não se apeguem muito a ninguém, pois até o conto começar, de verdade, acontecerar algo um pouco chocante! COMENTEM O MAXIMO, pois isso incentiva o escritor, que na verdade não é escritor kkkkkkk. Desculpa os erros não corrigir esse conto e desculpa também se tiver alguns deslizes na concordância. No meu outro conto, nos comentários, falo algumas coisas que vai ter nesse, se quiserem saber mais leiam lá!