Pra quem leu meu relato anterior (é um relato longo, mas dá a introdução para os eventos desse relato), sabe que no verão de 2015 para 2016, antes de ir para a praia com meus pais e padrinhos, passei duas semanas na casa da Larissa em Balneário Camboriú, litoral norte de Santa Catarina.
Fiz amizade com a Larissa na equipe de atletismo da Escola. Por ser um pouco mais nova que eu, tava um ano atrás de mim na escola. Enquanto eu tava indo pro terceirão, ela tinha acabado de passar pro segundo ano do colegial.
Larissa é de família milionária. O apartamento deles em Balneário Camboriú era coisa de cinema, sonho mesmo. Um duplex, de frente pro mar. Na unidade inferior ficava sala, cozinha e áreas mais comuns. Tinha um quarto de hóspedes também, mas acho que eles não usavam. Na parte superior ficava a área íntima da casa. O quarto dos pais da Larissa e o quarto dela tinham uma sacada com vista de tirar o fôlego. Eu fiquei num terceiro quarto, sem sacada, mas a vista lateral também tinha vista pro mar. Passei duas semanas com a sensação maravilhosa de acordar vendo o mar.
Mantenho amizade com a Larissa até hoje, mas a vejo muito pouco. Acho que não a vejo faz mais de dois anos. Ela era uma garota meio reclusa, personalidade estranha. Não era de muitas palavras com a maioria das pessoas, mas comigo e alguns poucos amigos ela era extremamente aberta (até demais), e apresentava alguns sinais de carência afetiva. Adorava aparecer lá em casa (e na casa da galera da nossa turminha) de surpresa tarde da noite pra bater papo e choramingar as decepções da vida. Estranha, mas muito querida. A quero muito bem, pois é uma boa amiga.
Uma menina esteticamente meio “fora do padrão” (pra não dizer feia, coitadinha). Magrela ao extremo, baixinha, sem peito nem bunda nem quadril. Era meio orelhuda, branca como papel, com sardas na bochecha e nariz, e um queixo projetado pra frente, o que fazia ela parecer que tinha a boca muito pequena. Anos mais tarde ela fez uma cirurgia ortognática (é uma correção da mandíbula) e mudou totalmente, ficou bem bonita. Foi minha mãe indicou essa cirurgia a ela (quem leu meu texto anterior sabe que minha mãe é dentista). O que ela tinha de lindo eram os olhos azuis-turquesa, e cabelos cobreados naturais.
Na escola, como falei antes, o comportamento dela era de poucas palavras, não era muito acessível aos colegas. Extremamente inteligente, dava raiva até – eu sei que ela nem estudava, e dificilmente tirava notas abaixo de nove. Enquanto todos tinham cadernos volumosos de cada matéria, ela carregava só um daqueles cadernos de dez matérias, e escrevia pouquíssimo durante as aulas. Não importa a matéria, eram sempre notas boas. Lembro de uma prova de matemática, que o professor colocou uma questão bônus de trigonometria que ele havia copiado de uma olimpíada de matemática dos Estados Unidos – só ela acertou. Ela e o vencedor daquela olimpíada...
Mas pouca gente conhecia os problemas da Larissa como eu. Convivi duas semanas naquele verão, e pude ver de perto. Ainda adolescente, ela era viciada em sexo, num nível de ninfomania patológica. A maioria dos contos aqui desse site retrata vício em sexo e ninfomanias como algo bom, mas eu vi que ela sofria com isso. Seus pais não davam a atenção necessária ao problema, coisa que eu não percebi na época, e entendo como um fator complicador só hoje em dia. Me deixou perplexa que ela me falava que fazia sexo e se masturbava por necessidade, e não por prazer. Perguntei:
- Lari, como assim?! Você transa e se masturba mas não tem orgasmos?
- Não, Sônia, eu tenho orgasmos quase sempre. Mas o orgasmo não me basta, não me sacia. Me sinto obrigada e me masturbar ou transar quase que logo em seguida, sempre em busca de um orgasmo ainda mais forte. E sempre bate a frustração por causa disso. Acaba se tornando uma necessidade, como comer, dormir.
- Mas você já procurou algum tipo de ajuda, tipo psicóloga ou psiquiatra? – perguntei, sem entender muito bem o que ela tava me falando...
- Não, Sônia, não tenho como me abrir com minha mãe. Falar de sexo na minha casa é inviável. Meus pais preferem fingir que sou virgem.
Ela me contou que num domingo que teve que ficar em casa sozinha enquanto seus pais saíram para um casamento, chegou a se masturbar dez vezes. Ela alugava filmes pornô (na época usávamos fitas VHS) e ia lá em casa fazer cópia (mais uma vez, no texto anterior falei que meu pai tinha uma pequena produtora de vídeo). Ela tinha uma coleção imensa de pornografia, numa época que não havia as facilidades dos “XVideos” e “PornHub” de hoje. Pra complicar a situação, sua mãe era extremamente católica, e ignorava completamente a existência de uma vida sexual da Larissa.
Como a Larissa ia todo final de semana pra Balneário Camboriú, ela estava muito mais ambientada que eu. Praia, pra mim, era coisa de uma vez por ano. Ela já tinha uma turma que surfava numa praia mais afastada do centro. Encontrávamos a galera quase todos os dias. Dava uma mão de obra danada, pois íamos de bicicleta cedinho até o ponto mais ao sul da praia, onde tinha um rio que atravessávamos de ferry boat. Do outro lado tinha um tipo de ponto de táxi, mas eram kombis de frete. Não lembro bem como era o esquema, mas era um pessoal que levava desde turistas a mudanças por aquele bairro, que não era conectado ao centro da cidade. Faz tempo que não vou àquele lugar, mas deve estar tudo diferente, pois sei que asfaltaram toda a estrada, que na época era de terra.
Jogávamos as bikes na Kombi, e o motorista nos levava até a praia do Estaleiro. Lá se reunia a turma. Eram três rapazes e duas meninas. As duas eram lésbicas, um casal – a Vanessa e a Luana. Um pouco mais velhas que a gente, acredito que na época elas tinham 19 ou 20 anos.
Os meninos eram o Beto, o Jairo e o Carlos. Todos um pouco mais velhos que nós, na faixa dos 18 a 20. Eram colegas de turma de faculdade, faziam Direito. A Larissa já tava de rolo com o Beto e com o Jairo. Sim... Não parecia ser exatamente suruba, mas era a Larissa ninfomaníaca em ação. Os dois faziam uma espécie de revezamento com a Larissa, essa totalmente depravada e inconsequente. O Carlos era o mais velho dos três e o mais quieto. Fiz logo amizade com ele, enquanto a Larissa ficava apagando o fogo um dia com o Beto, outro com o Jairo.
Os cinco estavam rachando o aluguel de um apartamento em Itapema, uma praia um pouco mais ao sul de Balneário Camboriú, onde estávamos. Eles iam à praia do Estaleiro com o Chevette deles. Estaleiro é uma praia que fica quase no meio do caminho, porém é uma praia mais escondida. Não sei como está hoje em dia, mas na época atraía surfistas e pessoal mais alternativo.
Enquanto eu ficava quase que o dia todo com a galera na praia, a Larissa sempre sumia por algumas horas com o Beto ou o Jairo. Claro né... Ela ia apagar aquele fogo infinito dela...
Carlos era três anos mais velho que eu. Usava dread, algo um tanto incomum na época. Surfava bem, mesmo naquela praia com ondas não tão altas. Não tão alto, tinha praticamente a mesma altura que eu. Moreno bronzeado, pegava cor mais fácil que eu. Eu não achava ele muito bonito de rosto, mas tinha um corpão lindo. Eu nunca tive predileção por homens super malhados ou definidos, não é o meu gosto. Mas esse era o biótipo dele, aliado ao fato de estar sempre fazendo atividade física. O abdominal dele chamava atenção da mulherada, eu percebia isso. Meu negócio é bunda, e ele não usava sunga, usava bermudão – era aquele “mistério” pedindo para ser revelado...
Nosso papo afinou bem. Sempre curti boa música, e ele me apresentou algumas bandas de surf music, como GangGajang (indico muito, é australiana, ouço até hoje). Ele tinha acabado de voltar de um intercâmbio de um ano na Califórnia. Mostrou-se preocupado com a Larissa, que por vezes abusava da bebedeira, e estava naquela relação estranha com o Beto e o Jairo. Apesar do visual surfista, era um cara conservador e preocupado com os amigos. Era um charme. Passaram-se só uns dois ou três dias e começou a rolar aquela química entre eu e ele. Acabamos ficando. Bem romântico, um beijinho comportado ao pôr do sol e sob risadas da Luana e da Vanessa, que faziam festa pra tudo...
Não dormi direito naquela noite pensando no Carlos. Sensação estranha. Não costumava a me apegar a ninguém com quem eu ficava, ainda mais no verão. No início da noite a gente sempre pegava a última Kombi de volta ao ferry boat pra conseguir voltar pro apartamento em Balneário Camboriú. A Larissa sempre voltava das tardes de perdição dela perto do pôr do sol. Dava tempo. Ela tomava cuidado pra não chegar tarde demais, por causa da mãe dela.
Embora cedo para uma cidade litorânea, voltamos exaustas da praia do Estaleiro, e por isso não era ainda meia-noite e estávamos deitadas. A Larissa já estava dormindo desde antes das 22h. Fui dormir pensando no Carlos. Pensei naqueles abdominais, naquela bunda que não dava pra ver, no jeito que ele entrava na água, saía da água... já estava sozinha no quarto. Deu um calorão...
Tinha uma penteadeira linda com uma banqueta estofada. Tirei a banqueta, coloquei abaixo da janela. Abri bem a janela e as cortinas. Sentei na banqueta, e fiquei apoiada no parapeito da janela, com as mãos entrelaçadas e braços sobre o trilho da janela, apoiando meu queixo, observando a orla da beira-mar de Balneário Camboriú naquela noite.
Durmo de camisola de algodão, geralmente com um top firme. Sinto mais conforto dormindo de top ou um sutiã sem bojo mais delicadinho. Mulherada com seios grandes sabe como é chato dormir sem sutiã e acordar com um seio pra cada lado. Mas sempre durmo sem calcinha, conselho do meu ginecologista.
Como estava sozinha no quarto, eu estava relaxada, sentada naquela banqueta, pernas bem abertas, olhando para aquele mar à noite. Desci a mão direita, toquei aquela região do monte de vênus, logo acima do clitóris, por cima do tecido da camisola. Arrepiei. Tava quente, parecia febre. Molhei forte. Senti uma gotinha escorrendo pra trás, melando tudo lá embaixo.
Afastei o tecido da camisola, dando um friozinho na minha bucetinha. Toquei diretamente os grandes lábios. Aprofundei o toque um pouquinho, e meus dedos mergulharam naquele pedacinho entre a entradinha e o clitóris, totalmente molhada. Puxei um pouco do meu mel e lambuzei bem o clitóris. Nunca toco meu clitóris diretamente com a ponta dos dedos – gosto de pressionar com a parte da “palma” dos três dedos médios, e fazer pequenos movimentos circulares. Sempre tem um momento que a sensibilidade muda, e é aí que eu vou enfiando o dedo médio e o indicador juntos bem lá dentro, o mais fundo que consigo, fazendo movimentos de vai-vem. Minha masturbação sempre atinge picos de agressividade. Não sou carinhosa com a minha bucetinha – quem já me viu, sabe. Chego a ficar vermelha! E era assim que eu tava, literalmente trepando comigo mesma. Mão esquerda afastando os lábios para o lado, mão direita e dois dedos penetrando rápido, com força, com ritmo.
Gozei. Gozei com força. É incrível, passaram-se vários anos, mas eu lembro bem. Siririca é um negócio do dia-a-dia, dificilmente a gente lembra de uma siririca da semana passada. Mas eu consigo lembrar de várias, principalmente daquelas que eram feitas com tesão acumulado, da expectativa de uma foda, ou como os meninos falam – de uma verdadeira “homenagem” a alguém. O orgasmo foi fulminante. Eu consigo ficar quietinha, mas tava arrepiada, descabelada, precisando de uma foda bem dada. Carlos não ia escapar.
Voltei à razão. A vista da beira-mar continuava linda. Após um orgasmo caprichado, era ainda mais linda. Olhei pra baixo, a luz não era suficiente pra que eu enxergasse bem, mas o estofamento daquela banqueta de penteadeira parecia úmido. Levantei, e acendi a luz. O banquinho tava ENCHARCADO bem no meio, exatamente onde eu tava sentada, bem onde tava a minha bucetinha. É raro, mas às vezes acontece de eu produzir mais líquido, e dessa vez não foi em casa! Que vergonha que eu sentia, imagina se alguém visse! Sorte minha que no dia seguinte tava seco, mas o quarto naquele momento ficou com o peculiar cheiro de buceta. Seria meio constrangedor se alguém entrasse lá, coisa que sei que não aconteceria.
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Fim da Parte 1
Amigas e amigos, logo posto a parte 2, que logo sai do ‘forno’. Espero que estejam gostando. Teremos parte 2, e dependendo do tamanho do texto, teremos também parte 3. Foi um verão que marcou muito, lembro de tantos detalhes, e tanta coisa aconteceu e merece ser relatada.
Beijos a todas e todos!