O capítulo começa com Rafael narrando e termina com Felipe, prestem atenção.
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Nunca imaginei que passaria por isso em minha vida! Nunca pensei que perderia um amigo, ex-amigo se for levar em conta alguns acontecimentos recentes. Estava me olhando no espelho e analisando o meu semblante triste, tinha chorado algumas horas atrás, também tive um certo surto quando soube da morte do Victor! Estava com um terno preto e o cabelo penteado pra trás, estava com esse trage pois estava indo pro cemitério, estava indo dá adeus pro Victor.
- não acredito que você me chamou e me tirou de casa pra ir em um balada gay! Victor você tá ficando maluco ? -falei com raiva, ele estava ficando louco ?
- sabia que não deveria te contar pra onde íamos. - falou Victor dentro do seu quarto.
- não podemos entrar nesses lugares, e alguém pode vê a gente. Não quero virar assunto é correr o risco de meus pais descobrirem. - falei
- relaxa, falei com um amigo e ele já resolveu o lance da entrada! E não vai ter conhecido lá. - falou tranquilo.
- pode esquecer essa idéia maluca que eu não vou. - falei decidido.
- larga de ser chato Rafael! Você deveria aproveitar! Se continuar assim vai morrer virgem e nunca vai beijar um garoto! Se você vai ficar aí, de frescura, que fique só! -falou saindo do quarto.
Pra onde aquele maluco pensava que ia ? Acabou que topei e essa noite foi fantástica! Não fiquei com ninguém mas curti muito! Me senti livre. Lembrar desse momento só me fez chorrar mais um pouco, mesmo Victor e eu, não estamos no nosso melhor momento, ele não merecia esse fim trágico! Ele não merecia morrer.
- não quero mais te vê naquela escola! Não quero mais te vê na minha frente. - falou Victor entrando no meu quarto. O que aquele filho da puta estava fazendo ali ?
- Tá maluco brother ? - Falei com raiva e já querendo ir pra cima dele.
- isso mesmo que você ouviu, você vai sumir da minha vida e da vida do Felipe! Quase o perdi por sua causa, voce quase acabou com meu namoro. - falou puto
- Victor saía daqui antes que eu quebre sua cara! SAÍ DAQUI. -falei
- já dei meu recado, não quero mais te vê na vida! nunca mais. - falou se virando.
- você só pode está pirando! Se toca filho da puta! Eu não vou sair do colégio, e você não vai ficar com Felipe. Eu vou provar que você é um mentiroso. - falei segurando seu braço com força.
- eu não estou mentindo mais! Eu o amo e você e nem ninguém vai tirar Felipe de mim! Acho bom você me obedecer ou meu pai vai acabar com o seu irmão! Também vou fazer questão de contar tudo pro seus pais sobre sua sexualidade. - falou ameaçador!
- você não vai me botar medo. Eu não vou cair nesse seu joguinho. - falei
- experimenta não fazer o que tô te falando! Meus pais já sabem que sou gay! Minha mãe aceita e você mesmo sabe. Experimente não sair do meu caminho. - falou com o dedo na minha cara.
Não tinha medo do Victor mas eu sabia que ele era louco o suficiente pra fazer o que estava ameaçando. Aquela família era insana!
- e você vai dá um jeito de desmentir essa história que namoro! Você sabe que eu não tenho namorada! - falou saindo do meu quarto. Tive vontade de quebrar meu quarto todo, mas não pude fazer isso! Como eu o odiava, como eu tinha raiva dele. Isso aconteceu a algumas semanas atrás e agora eu não sentia mais nada disso por ele. Estava no carro, com meu irmão, que estava bem abalado, quando ouvimos na rádio uma notícia relacionada a morte dele. Tinham descobrido que o carro dele apresentou um defeito de fábrica, a mídia estava caindo em cima da marca. E sim, a morte do meu amigo estava sendo amplamente divulgada e tinha virado notícia na mídia. Em nossa cidade só se falava na morto do filho do desembargador. Assim que chegamos no cemitério, que estava lotado de gente, reconheci alguns amigos e fui falar com eles. Todo mundo estava devastado com a situação e sofrendo muito! Andei mais um pouco e acabei vendo Felipe com suas irmãs, ele estava muito abalado e percebia se que seu estado emocial não estava dos melhores. Um pouco antes, de começar a enterrar o corpo, o prefeito fez um discurso emocionante e Julieta acabou saindo do local com Felipe. Acabei seguindo os dois, eles sentaram em um banquinho afastado da multidão, perto de uma lápide preta bem bonita. Felipe estava chorando.
- oi. - falei me aproximando.
- oi Rafa. - falou julieta com a voz triste.
- posso ficar aqui com vocês ? -perguntei com o mesmo tom de voz que ela.
- pode sim! Na verdade fica com lipeh um pouco que vou falar com meus pais que iremos pro carro. - disse levantando do banquinho.
- tá bom. - falei abraçando ela e me sentando ao lado de lipeh.
- não fica assim, Victor não ia gostar de te vê triste. - falei depois de alguns minutos em silêncio.
- eu não consigo! Não paro de pensar em como Deus foi injusto com ele. - falou Felipe em meio aos soluços.
- eu também não paro de pensar nisso. - comecei a chorrar também, vê Felipe assim não me deixou bem! Também lembrei do Victor.
- com tanta gente ruim no mundo, tanta gente matando, roubando e fazendo o mal, deus leva logo ele... uma pessoa tão jovem e cheia de vida. - falei com dificuldade. Não conseguia aceitar a morte de Victor, nao conseguia aceitar que mais uma pessoa que amava tinha ido embora.
Rafael me abraçou e em seus braços eu desabei mais ainda, estava muito triste com o que tinha acontecido 2 dias atrás. Não aceitava sua morte e não acreditava que isso tinha acontecido justo no meu aniversário.
- eu sou o culpado Rafael, ele morreu por minha causa. - falei com o coração acelerado.
- não diz isso lipeh, você não tem culpa dessa tragédia ter acontecido. - falou alisando meu rosto.
- ele falava comigo no telefone antes do acidente, eu fui a última pessoa que ele falou. - comecei a ficar tonto.
Me doía muito, o fato de pensar que isso tudo aconteceu por minha causa, meu coração sangrava sempre que lembrava da cena da explosão do carro. Como vocês sabem eu apaguei segundos depois desse acontecimento, só acordei algumas horas depois e estava em um hospital e do meu lado estava Augusto. Pelo que parecia era tarde da noite, pois ele dormia sentado em uma cadeira perto da minha cama. Assim que acordei comecei a me lembrar das coisas que aconteceu o desespero começou a vim. Comecei a ter um surto e Augusto acordou desesperado. Ele tentou me acalmar mas não conseguiu, tive que tomar um tranquilizante e apagar. Tive alta, na manhã seguinte e fui pra casa anestesiado com os acontecimentos recentes. Em casa todos estavam tristes, pelo que aconteceu com Victor, e preocupados comigo. Queria ficar trancado e sozinho o dia todo, mas a preocupação de Augusto e Paula me fizeram ter alguns minutos de lucidez e não me isolar.
- não se preocupa pai, não vou ter outro surto! Só estou tentando processar tudo que está acontecendo. - falei com a voz trêmula.
- você não precisa sofrer sozinho filho, eu e todo mundo estamos aqui com você. - falou me abraçando e emocionado.
- é tão injusto isso pai, eu não consigo aceitar e acreditar. - falei chorando no seu ombro.
- ele não merecia isso. - o apertei e comecei a chorrar forte.
- eu sei filho, ele era um gato muito bom. - falou.
Em seus braços chorei por horas e recebir todo seu carinho, que não foi o único naquele dia! A noite minhas irmãs dormiram comigo, na minha cama. Tivemos que acordar cedo, naquela manhã de terça feira, pra ir pro enterro de Victor. Pensei que seria forte pra aguentar mas não conseguir vê o caixão dele, ouvir os gritos da sua mãe, que saiu dali sedada e as ouvir as palavras do prefeito. Estava sentindo mal.
- eu estou aqui com você Felipe, sempre vou está. - falou Rafael me abraçando, escutei isso antes de apagar.
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Esse capítulo seria mais triste, opetei por deixar ele um pouco mais leve, espero que vocês não tenham ficado confusos com a troca de narrador, achei que seria legal fazer isso sem dizer! Espero que tenham curtido! Rafael não vai mais narrar nada e nem o conto terá mais algo contado em 3 pessoa. O que vocês não descobriram nesse iram descobrir nos próximos. Amanhã vou tentar postar 2 textos, agora a história vai voltar ao ponto de evolução e vocês vão conhecer mais os personagens e especular quem foi que mandou o presente pra Felipe. Agora temos que juntar Felipe e Rafael né ? Ou Felipe com outra pessoa. Rafaelpfiffer não são as mesmas pessoas, só usei os nomes por que eu amo. Meu nome é Matheus e o do meu namorado Luan, então tenho carinho por esses nomes, rsrsrsds. Os dois contos são no mesmo mundo mas não vão se cruzar. O que liga os dois e o acontecimento, que vai acontecer daqui a alguns capítulos. Que Inclusive vai ser precedido por outra tragédia. Vou tentar escrever logo senão vou mudar o rumo. Tô vendo que vocês estão gostando do conto e ele, digamos que comecei agora. Se não fazer esse capítulos, digamos que o 20, 21, não vou conseguir fazer. COMENTEM ouvir vocês me dá muito prazer.
