Chegamos ao dia que antecedia a partida, acordamos cedo e, diria, um pouco tensos pois o nosso sucesso na viagem dependeria de como o dia de hoje transcorreria. Marcus Vinícius me entregou meu uniforme de ajudante de campo e disse:
— A partir de agora, esta é a sua vestimenta oficial. E me mostrou a armadura do ajudante de campo.
- Você será conhecido como meu braço direito e te respeitarão como respeitam a mim. Eu a vesti e Marcos ficou olhando. Então, se aproximou de mim e falou que eu fiquei muito bonito e elegante, me abraçou e me deu um beijo mas, antes que a chama se acendesse em nós eu me afastei, olhei em seus olhos e sorri dizendo:
— Teremos muito tempo para isso, Marcus, mas agora temos muito o que fazer.
— Achei que você estava interessado em mim! Será que o encanto passou? — Ele riu e eu completei:
— Sou seu ajudante de campo e a minha missão é garantir que você tenha sucesso em suas empreitadas e essa empreita aqui, você já foi bem-sucedido. — E apontei meu corpo com as duas mãos e, completei “sou teu e serei teu para sempre”.
Partimos ao encontro dos capitães e fizemos a primeira reunião conforme planejado. Quando os capitães foram liberados eu aproveitei para andar pelos oito acampamentos para verificar se alguém estava precisando de alguma coisa. No terceiro acampamento vi algo que me desagradou, um soldado que estava mais preocupado em olhar o que estava acontecendo à sua volta do que cuidar de seus afazeres. Ele, inclusive prestou muita atenção na conversa que eu estava tendo com seu capitão, como sabia que ele não conseguiria nos ouvir, nada comentei mas, ao final da conversa, fui inspecionar a legião e, propositadamente, passei perto do legionário que me abordou:
- Nosso ajudante de campo parece muito ocupado, e como está nosso general? – Perguntou petulantemente mas eu respondi tranquilo, conhecia a arte da conversação:
- Estou muito ocupado, acompanhando os últimos preparativos, resolvendo os últimos problemas. Quanto ao nosso general, ele está muito bem e administrando cada problema da melhor forma. — O legionário aproveitou que eu respondi e continuou:
— E temos muitos problemas, senhor?
— Não muitos, mas temos e vamos resolver todos até o final do dia.
— E você? Está com algum problema? – Perguntei.
— Não, meu senhor! Tudo sobre controle. Se quiser que eu ajude a resolver alguns problemas, conte comigo! Eu olhei pra ele como quem fica contente com a possibilidade de receber uma ajuda e falei:
— eu tenho que resolver um problema mas estou em dúvida. Você conhece a região de Cumas?
— Sim! Eu nasci na região. Qual é a sua dúvida?
— Existe uma bifurcação na estrada, na altura de Neópolis e não sei qual caminho é o mais seguro, o que acha?
— Com certeza é o caminho da direita. O da esquerda passa por um desfiladeiro e pode ocorrer uma emboscada. — Eu sorri para ele e falei:
— prestastes um grande serviço ao nosso general! No devido momento serás recompensado. – Ele sorriu orgulhoso e eu pensei: “esse aí é um espião!” no devido momento, tomaremos uma ação mas, por enquanto não devemos alertá-lo.
Continuei minha ronda por todos os outros acampamentos mas não identifiquei nenhuma nova situação como aquela. Quando chegou o meio-dia, fui à tenda do General para a 2ª reunião.
Quando todos chegaram, pedi a palavra, Marcus Vinicius ergueu as sobrancelhas e me autorizou a falar, todos os oito capitão me olharam atentos. Então falei:
- Como era de se esperar, localizei um espião e podem existir outros. – Houve um murmúrio mas nosso general mandou que me ouvissem:
- É um legionário do acampamento dois, vou descrevê-lo ao capitão para que ele o identifique mas não o prenda, o vigie até que ele tente fugir. Pois ele pensa ter informações importantes e tentará alertar nossos inimigos antes que partamos. Então insisti:
— apesar de que não localizei nenhum outro com o perfil deste primeiro nos demais acampamentos. Insisto que devem existir outros. Continuemos atentos! — O capitão do acampamento dois falou:
— Devemos prende-lo e executa-lo o mais breve possível! — Nosso general proclamou:
— Não! Petrus está certo. Se fizermos isso qualquer outro que esteja envolvido com ele e, sabedor da informação o substituirá para levar aos rebeldes. É melhor que seus colegas pensem que ele fugiu e teve sucesso em sua fuga. O prenderemos longe de todos e manteremos o assunto sobre sigilo. Desta forma qualquer outro legionário, ligado ao espião pensará que a missão está seguindo. — Então nosso general se dirigiu a mim e ordenou:
— Nos diga como você percebeu que ele era um espião e peço que todos prestem atenção. — Eu expliquei:
— Notei que ele observava o que estava acontecendo a sua volta ao invés de se preocupar com o seu trabalho. Poderia ser simplesmente uma curiosidade, então me aproximei dele e puxei conversa e perguntei qual seria o melhor caminho na bifurcação perto de Neópolis. — Nosso general sorriu para mim e falou “Neópolis é o nome grego de Napoli e o espião não percebeu que foi enganado quando ouviu o nome como a cidade é conhecida entre eles.”. Todos observaram a minha astúcia e eu completei:
— Além disto, ele disse que o caminho mais seguro é o da direita, portanto investiguem isto, pois tenho quase certeza absoluta que este é o pior caminho e o mais fácil deles nos dominarem. — E um dos capitães falou:
— Mais uma vez, Petrus, seu entendimento está correto. Conheço a região e o caminho da direita é o mais perigoso. Parabéns!— Abaixei a cabeça levemente em sinal de respeito pelo elogio e falei:
— Meu papel é ajuda-los e servir ao propósito do meu general. — Marcus Vinícius continuou reunião e questionou o andamento das ações ainda não finalizadas, percebeu que houve uma grande evolução e que estávamos praticamente prontos para partir e, se erguendo falou a todos:
— Muito bem! Vamos seguir em frente e teremos uma nova reunião no meio da tarde. Petrus vá, de capitão a capitão, e converse um pouco mais sobre o método de identificação de espiões. — Então se voltou ao capitão do segundo acampamento e reforçou:
— escolha três dos seus homens mais fiéis e que fiquem de olho nesse espião mas não deixem que ele perceba. Em hipótese alguma ele pode escapar. O capitão fez sinal de que entendeu a missão e partiu junto com os outros.
Marcos Vinícius se aproximou de mim e sorriu, dizendo:
—Te dar parabéns é pouco, Petrus! Fico impressionado com a sua sagacidade na arte da guerra. — Eu olhei para ele feliz mas corrigi:
— infelizmente, meu general, não sou tão bom assim na arte da guerra, diria que sou melhor na arte da diplomacia e da negociação.
— Por isso quero tê-lo sempre ao meu lado, Na paz e na guerra! Agora, antes que eu tente te atacar novamente e você me negue, vamos ao trabalho!
— Te garanto que no nosso leito eu não te negarei. — Disse dando uma piscada de olhos e sai para o trabalho.
O restante do dia transcorreu normalmente. Na terceira reunião todos os problemas estavam resolvidos mas, mesmo assim, o general manteve a última reunião ao pôr do sol. Foi nesta reunião que ele contou sua estratégia de viagem. Os capitães ficaram preocupados por ouvir aquilo em cima da hora mas, entenderam a questão do sigilo. Principalmente depois do espião que Petrus localizou. Um pouco antes do término desta quarta reunião, o mensageiro do capitão do segundo acampamento foi anunciado e entrou na tenda, dizendo:
— Prendemos aquele que fugia, fizemos com que ele contasse o nome de seus colegas, ao todo são mais seis, mas ainda não os prendemos. O que devemos fazer? —Marcus Vinícius ordenou:
— Discretamente, mas muito discretamente nós vamos prender esses espiões durante a noite. Até lá cada um desses espiões terá dois homens de nossa confiança os vigiando de forma que não escapem mas que não sejam presos na frente dos demais legionários. Se existe mais algum espião no grupo, que descubra que seus colegas sumiram amanhã pela manhã.
Então Marcus Vinicius e eu voltamos para nosso aposento na casa de nosso senhor, lá encontramos as vestes que Demétrius nos presenteou. A de meu general era um traje militar para ocasiões especiais e era toda trabalhada em outro. A minha era, também, um traje militar como o de Marcus Vinicius mas com o acabamento em prata, as duas reluziam. Fomos para a homenagem. Havia muitos convidados, inclusive o africano da tarde anterior que conduzia, pela mão, o rapaz que o serviu, sendo que seu pai os seguia logo atrás com um olhar de orgulho e satisfação, o Africano deveria ser um nobre e poderoso estrangeiro.
Nosso senhor estava em seu lugar elevado onde havia dois grandes divãs, um ele ocupava com um de nossos escravos (seu novo favorito) e o outro estava reservado para nós, os homenageados da noite. Chegamos em frente ao nosso senhor e cumprimos o ritual, abaixamos nossas cabeças e esperamos ele nos chamar:
- Venham! Sentem-se ao meu lado. – Nos alojamos e ele falou a todos:
- Tive muitos membros leais nesta casa, que me serviram e me honraram. Mas saibam que aqui estão dois dos melhores homens que conviveram comigo nos últimos anos. Eu só permito que se afastem de mim pois irão cumprir uma missão muito nobre e eu não poderia afastá-los um do outro, pois nunca vi uma união tão perfeita: a força e a vitalidade unidas à inteligência e a sagacidade. Desejo-lhes muita sorte nessa empreitada, que é muito importante para mim e para todo o Império Romano. Ave general Marcus Vinícius! Ave Petrus, meu precioso favorito! — E todos falaram ave para nós. Foi a melhor homenagem que Demétrius poderia fazer. Marcus Vinicius tomou a palavra:
— Meu senhor, somos seus fiéis soldados e sempre lutaremos pela sua glória. Teremos sucesso nesta empreita pois os deuses sorriem para vós! —falou Marcus Vinícius, com a voz emocionada. — Demétrius sorriu para nós e se virou para aos convidados dizendo:
— que comecem as festividades!
A celebração foi muito bonita e luxuosa, nunca havia visto tal imponência numa festa de meu senhor. Todas as comidas e bebidas que se pode imaginar e apresentações de todos os tipos. Com o passar das horas e o efeito do vinho, as pessoas começaram a voltar sua atenção para os escravos ou seus acompanhantes e aconteceu uma orgia que eu não havia presenciado desde meus tempos de escravo aprendiz.
Eu e Marcos Vinícius namorávamos e nos acariciávamos mas estávamos guardando o melhor da nossa festa para o nosso aposento. Demétrius estava em total êxtase enquanto seu acompanhante lhe fazia carinhos com a língua em seu pênis e fazia massagens em seu ânus. Fiquei curioso para saber o que é que ele fazia pois Demétrius gemia forte e, como eu o conhecia bem, sabia que era grande o seu prazer. Fiquei contente pois meu trabalho estava sendo continuado com altíssima qualidade pelo Titus.
Nosso já conhecido africano mostrada à um público estupefato sua capacidade de colocar todo seu dote no jovem que, agora mais acostumado, revirava os olhos em transe, seu pai, todavia, olhava aquilo assustado e com vontade de salvar seu filho, porém entendia que o jovem apreciava o que seu amante fazia. Em outros cantos víamos sexo a dois, a três, até a cinco. Todos se deliciando com os prazeres da carne, nossos escravos atendiam a todos em tudo o que pediam e então, olhando a distância entendi por que a fama de Demétrius era tão grande, qualquer um que narrasse o que acontecia em seus bacanais, teria sempre um público atento. Quando percebemos que Demétrius dormiu, resolvemos nos retirar. Junto conosco, saiu o favorito de nosso senhor e, aproveitei um momento enquanto Marcus Vinicius conversava com o novo general da casa, e conversei com o escravo para aprender o que ele fazia com o dedo...
Chegamos em nosso aposento, tomamos um banho para relaxar e tirar o suor da festa e fomos para a cama. Começamos a nos beijar e nossa chama se acendeu rapidamente, eu subi em cima de seu corpo deitado deixando minha bunda em sua cara e ele, entendendo o que eu queria começou a trabalhar meu ânus com sua língua. Eu me inclinei e coloquei sua lança em minha boca e comecei a dar-lhe o carinho que ele tanto gostava, aos poucos fui acariciando suas bolas e seu ânus.
Eu deixei na beira da cama um pouco de azeite com o qual untei meus dedos e comecei a brincar com sua portinha, ele resistiu um pouco mas as minhas carícias em seu membro o relaxaram e eu apliquei meu novo conhecimento. Marcus gemia alto, se contorcia e me segurava a bunda com as duas mãos mas interrompeu suas carícias para apreciar melhor o que eu fazia com ele. Aquele azeite esquentava minhas mãos quando eu as friccionava e, ao introduzir meu dedo, o calor se transferia para seu reto que, somado com os movimentos que aprendi, deixaram meu parceiro completamente tomado pelo prazer a tal ponto que, sem conseguir evitar, encheu minha boca com seu leite. Então parei de forçar o dedo e fiquei somente acariciando suas bolas enquanto ele relaxava.
Quando eu pensei que ele iria descansar, ele me vira de costas na cama, se ajoelha entre minhas pernas e as dobram em direção à minha barriga. Então meu general me possuiu com muita força, ele olhava para mim enquanto socava fundo e dizia: “Te quero para o restante de nossas vida”.
E o restante de nossas vidas começaria na manhã seguinte.