No dia seguinte perguntei à minha mãe “o que é porra?” e fui logo surpreendida por um tapa na boca, seguido de “quem te ensinou essa porcaria, Mariana?”. “Ninguém mãe, eu ouvi no bar” respondi em lágrimas. “Você não tem idade pra saber o que é isso, menina! Geraldo vai ver só quando inventar de levar você naquele lugar...”.
Envergonhada, sentei em um toco de madeira do lado de fora, com meus longos cabelos lisos sobre o rosto tentando esconder o vermelhão e as lágrimas. Me senti ferida porque havia feito uma simples pergunta. Corri para a cerca e peguei a revista, comecei a ver e lembrar de Mandeco, apesar da raiva que estava dele.
Meu pai não ouviu os apelos da minha mãe, e continuou me levando até a venda. Eu comecei a reparar sempre em Dona Zita. O modo como ela falava, se movimentava. Um dia vi uma cena curiosa. O estabelecimento não estava muito cheio, apenas meu pai e mais uns dois bebiam no balcão, enquanto um outro tomava uma cerveja do lado de fora. Seu Jair pediu à Dona Zita que fosse na parte de trás da venda buscar uma caixa de garrafas. Ao sair pra dar a volta até o fundo, o rapaz do lado de fora puxou a mulata e lhe apalpou uma das nádegas, no que ela sorriu e se esfregou nele rapidamente, então seguiu seu rumo. O rapaz continuou rindo e bebendo sua cerveja enquanto apertava o cacete por cima da calça. Eu achei aquilo estranho e de alguma maneira excitante. Aquela mulher que eu deveria condenar como uma vadia desavergonhada, acabei por vê-la de forma diferente. Uma mulher poderosa, livre, que sentia prazer sem culpa. Tinha um corpo muito diferente do meu. Tinha formas curvas, quadris largos, bunda grande e saliente, seios fartos, coxas grossas e uma pele negra reluzente, brilhosa. Eu comecei a querer ser como ela.
Um dia saí mais cedo de casa e procurei Mandeco pelos campos. Fui até o curral velho e não o achei. Finalmente o vi sentado em um barranco fumando um cigarro de palha. Cheguei perto dele, ele sorriu e disse “tá com saudade, galega?”. Eu não aguentei o desaforo e bati no rosto dele. Não esperava a reação que ele teve – me devolveu o tapa no rosto, dizendo “quem cê pensa que é, piveta?”. Comecei a chorar muito, humilhada. Ele então me segurou pelo pulso, me puxando e dizendo “isso foi pra você aprender que macho, ocê respeita, tá me ouvindo? Mulher atrevida com macho, não. Ainda mais uma pirralha!”. Em seguida, seu impulso diminuiu, e ele acabou me abraçando, dizendo que aquilo não era nada, que não precisava de choro. Me beijou e eu senti as lágrimas salgadas molhando nossos lábios. Ele soube o que eu queria, e eu lhe disse “quero que você faça comigo como fez com a Dona Zita”... ele me puxou arrozal adentro, arrancou minhas roupas, me deixando nua ao ar livre. Desafivelou seu cinto e baixou as calças. Me deitou por cima das plantas, cospiu nos dedos e esfregou na minha bocetinha, rosada e pequena. “Pra me bater tem que ser mulher, moleca, eu vou te fazer mulher pra você aprender”. Subiu em mim como um animal, uma fera, um tigre. Empurrou aquele mastro sem piedade na minha fenda, senti como se me rasgasse feito um saco de linho velho. Apesar da dor lancinante, no fundo eu estava gostando daquele momento, sentindo aquele cacete revirando minhas entranhas enquanto eu apertava aquele corpo forte, duro. Eu não o havia perdoado, e dizia “você vai pagar seu desgraçado, cachorro sem mãe”. Quanto mais eu xingava mais ele ria, enquanto me fodia sem dó. “Cretino, vagabundo, miserável, desgraçado!”... e mais ele me fodia. Eu sentia calafrios, dores, sensações quente e frio... então ele tirou aquela coisa de dentro de mim, como se deixasse um vácuo no meu ventre, e se inclinou e jorrou todo aquele banho em cima de mim. “Aprende, sua vaca. Esse é seu lugar”. Vestiu a calça e me deixou ali, nua, suja de terra, sêmen e descabelada. Tinha sangue nas minhas coxas. Eu fiquei um tempo ali sem me mexer até que criei forças pra levantar. Minhas pernas tremiam, peguei minhas roupas e fui até o riacho me lavar. Chorava copiosamente, chorava como nunca chorei em toda minha vida.
Vesti minhas roupas e segui pra casa, soluçando. Não me sentia a mesma, eu era uma nova pessoa, um novo ser, uma mulher. Jurei pra mim mesma que me vingaria de Mandeco. Minha mãe perguntou o que havia acontecido, que eu estava estranha. Apenas disse que escorreguei no arrozal e caí. Todos os dias passei a encontrar o meu deflorador. Ele me comeu outra vez no arrozal, senti a mesma dor, o mesmo estrago que ele fazia dentro de mim. Todo dia ele me fodia como uma égua no pasto, e todo dia eu dava pra ele tentando pensar numa forma de me vingar. Ele começou a levar o Sálvio pra me comer também. Virei a puta deles. Era isso que meu espírito pedia, pra ser uma vadia, pra devorar os homens como fazia Dona Zita. Eu dava pra eles no curral velho, no arrozal, no barranco e uma vez até atrás da igrejinha abandonada, olhando pra imagem de uma santa quebrada enquanto Mandeco e Sálvio destruíam minha santidade como dois cães estraçalhando um pedaço de carne. Não havia mais lugar para culpa em meu ser.
Eu estava enjoada de Mandeco e seu primo. Eu estava chamando a atenção de dois policiais que começaram a patrulhar aquelas bandas de viatura. Pensem numa raça safada, são eles. Sempre me ofereciam carona, buzinavam ao me ver na estrada. Um belo dia resolvi aceitar a carona. Como já esperado, ficaram salientes, me bajulavam, como dois idiotas. Eu entrei no joguinho deles. Não era mais a menina boba. Sentei no banco de trás com as pernas abertas, aticei-os ao máximo. Próximo a meu destino, discretamente desci minha calcinha por baixo da saia até os pés, e a escondi nas mãos. Ao descer e agradecer a carona, deixei a calcinha em cima do banco de trás e fui embora.
Como esperado, no dia seguinte, eles simplesmente pararam a viatura ao me ver. Sorriam muito, e eu sorri de volta. “acho que você esqueceu alguma coisa, gatinha”. Sem mais palavras apenas entrei na viatura. Eles pegaram outra estrada, e estacionaram dentro de um matagal, acessível por uma cerca derrubada. Eu desci, sentei no capô, eles vieram já me tocando e o sargento me beijou. Tiraram a farda, largaram as armas e vieram pra cima de mim como lobos. Pensaram que eu era uma caipira qualquer. Eu deslizei pelo capô e me pus de joelhos. Mamei aqueles cacetes militares sem nenhum pudor. “Olha só que cadelinha, sargento”. Levantei e estiquei meu corpo para o “soldado Ramos”, que sem cerimônia socou na minha boceta, já treinada pelo caralho enorme de Mandeco. “só não gozem em mim” eu dizia. O Sargento retrucou “vamos gozar na sua boquinha, safada”. Eu nunca havia feito aquilo, mas decidi tentar. Os dois se revezavam entre minha boca e boceta. O Sargento disse, gemendo “abre a boca, piranha”. Abri e recebi metade no rosto, metade na boca. Era quente e viscosa, tinha gosto de ovo cru. Não estava nem aí, enquanto o soldado me comia sem parar. Ele demorava muito, minha xota já tava doendo. Ele suava bastante, eu sentia as gotas caindo nas minhas costas, até que ele começou a urrar e jorrou o que parecia ser litros de porra cobrindo minha bunda. Na hora agradeci por não ter enchido minha boca com aquilo. “Que delícia, gatinha. Eu vou querer mais depois” disse o Sargento. “Com uma condição” eu respondi. “Qual?” veio ele. “Tem um rapaz que vive me importunando, me bateu outro dia porque eu não quis ficar com ele, disse que vai me pegar e me bater mais se eu não ficar com ele”. Óbvio, conhecem os homens da lei, ficaram pilhados. Dei a descrição de Mandeco. Pedi que não dissessem nada sobre mim, que assim me teriam sempre que quisessem. Me levaram pra casa.
Meus pais e irmão jamais imaginavam o que eu havia me tornado. Eu ainda era a princesinha da família. Ninguém imaginava que durante o banho eu limpava resto de sêmen da pele e tirava o cheiro de macho do corpo.
Naquela semana já senti a falta de Mandeco pelas redondezas. Como vocês imaginam, meu passeio agora era de viatura. Meus pais ficavam orgulhoso de me ver sendo escoltada até em casa pela polícia quase todos os dias. Não faziam ideia que a princesinha voltava com a buça avermelhada e o hálito cujo odor tinha notas bem masculinas.
Meus novos machos deram uma surra em Mandeco, que sumiu por umas três semanas, e voltou com alguns roxos pelo corpo. Aquela postura de machão havia desaparecido, agora andava de cabeça baixa. Eu me regozijava por dentro. Enjoei depressa dos policiais, e adivinhem; fui atrás do desgraçado que apanhou. Ele mal me encarava. Dessa vez eu fui pra cima dele. “tá vendo, seu cachorro, esse seu jeito uma hora ia te derrubar”. Ainda me quer? “foi você que mandou? Tá dando pra eles, vagabunda?”. “Fui eu sim, e se me encher o saco eu mando denovo. Agora vem me comer depressa!”. Mandeco tirou a roupa, deitou no chão e me puxou pra cima dele. Eu fui logo sentando. Que saudade daquele pauzão! Só ele me preenchia como eu mereço. Eu cavalgava feito louca, e o xingava “isso seu cachorro, sua mulher sou eu. Cê vai me fazer mulher direito” e nisso eu batia na cara dele enquanto sentava até sentir as bolas dele espremidas entre minhas coxas e o pau socando meu útero jovem. Batia nele e ele não fazia nada, ficava parado enquanto eu cobria aquele cacete até a base e voltava, e não aguentei, comecei a gritar e gemer com minha voz aguda, até que senti o que depois iria descobrir ser um orgasmo. Meu corpo começou a vibrar e tremer e uma força se movia pelo meu ventre até a boceta. Senti Mandeco desaguar um rio dentro de mim, enquanto ele também gemia. Não consegui me erguer por alguns instantes, fiquei tremendo, deitada sobre ele. “seu cachorro, bandido, eu te amo” disse por impulso, sem saber muito bem o que aquilo significava, mas via as pessoas dizerem nas novelas.
Em breve trago a parte III, isso é só o começo.