Daí para frente nossa vida foi ficando cada vez melhor e nossos traumas desaparecendo. Todavia na praia eu sempre usava a camiseta. Com o fim desses traumas ficamos mais leves e ela ficou amiga de algumas garotas da faculdade e eu arrumei uns dois amigos também da faculdade. Fazíamos sexo de todas as maneiras possíveis e o sexo oral chupando sua bucetinha era divino. E a seu pedido, que me surpreendeu, ela me pediu para comer seu rabinho e adorava quando comendo seu rabinho eu a bolinava em seu grelinho. Mesmo querendo fazer tudo em relação a sexo ela já tinha estabelecido alguns limites sem ser direta, mas pelos seus comentários. Para ela seria sempre e exclusivamente sexo entre nós dois e jamais com outras pessoas envolvidas. O que também sempre foi o meu limite. E descobri outro limite no dia que ela me pediu sugestão de alguma fantasia erótica nova e eu bestamente sugeri a ela colocar minha cueca e eu sua calcinha, o que ela recusou veementemente, mas sem nenhum tipo de rancor. Foi só o momento mesmo. Além desses, outro limite que também não nos atingia naquele momento era o de que ela já havia declarado várias vezes que não aceitava sexo com mulher. E não havia mudado seu pensamento mesmo tendo um namorado com um corpo totalmente feminino. O limite dela era minha androgenia, que era o que ela procurava para fugir do que ela repudiava.
Ficou normal ela dormir em casa após nossas transas e também porque era bem mais espaçoso que seu pequeno apartamento. Então decidi pedir-lhe para morar comigo e ela aceitou de imediato. Seria muito melhor para nós dois. Estaríamos juntos e ela, que tinha um dinheiro limitado até o fim da faculdade, poderia economizar para começar sua nova vida. Depois de alguns meses morando juntos sem nada que nos afastasse percebemos que éramos almas gêmeas e resolvemos nos casar. Foi somente uma reunião simples com os poucos amigos e ela como uma noiva descontraída, maravilhosa e radiante. Nossa de noite de núpcias foi em casa mesmo e foi uma noite de sexo deliciosa. Antes mesmo que ela pudesse tirar aquele vestido branco eu já estava excitado imaginando a lingerie que ela estaria usando com cinta liga, corpete, calcinha e sutiãs inteiramente de rendas. Era surpresa, mas ela já tinha dados algumas dicas só para me deixar excitado. E antes mesmo de que eu a visse esplendorosa somente de lingerie, eu não resisti e fizemos sexo em pé mesmo todo desajeitados. Não foi nada fácil a posição, um de frente ao outros com seu vestido levantado e sua calcinha de lado, mas com o tesão que estávamos, conseguimos. E na cama rolou de tudo com sexo oral em um sessenta e nove delicioso, sexo anal, com ela de quatro e finalmente um papai e mamãe onde gozamos juntos. Enfim, foi uma noite muito especial da qual sempre me recordo com tesão. Afinal foi o dia de meu casamento com a linda mulher que eu amava. E a Lua de mel fizemos em Bariloche na Argentina, partindo no dia seguinte. E foi uma lua de mel como todas, com muito sexo e apaixonados. Enfim eu estava distante da praia.
Com o casamento ela ficou mais segura financeiramente, mas não quis ficar dependente de mim mesmo sabendo que minha empresa em Lages estava crescendo e prosperando. Então apareceu uma oportunidade com a indicação dada pelo pai de uma amiga em uma empresa em Floripa na área de administração de empresa que era o curso que fazíamos e ela não perdeu a oportunidade de ter seu próprio salário. Era um bom emprego com um bom salário e só quatro horas por dia enquanto ela fizesse a faculdade e assim que se formasse seriam oitos horas diárias. Desde o início dei apoio total a ela, mas falei que ela não precisaria trabalhar se não conseguisse uma vaga. Mas ela queria e me dizia que serviria tanto para ter uma renda própria como para ter uma ocupação. E que eu não precisaria ficar com ciúme, pois ela me amava e teríamos sempre o tempo na faculdade juntos, as noites juntos para nossas deliciosas transas e o os finais de semana para nos divertirmos, ir à praia ou viajar juntos. Parecia estar tudo muito perfeito para duas pessoas que tinham vivido tantas tragédias. E era. Porém ficar sozinho em casa todo dia à tarde começou a me dar ideias e desejos que estragariam toda aquela perfeição.
Com o tempo, comecei a pensar nas lingeries maravilhosas de Camila todas disponíveis. Não que eu nunca tenha pensado antes, mas estando sempre com Camila não era algo que eu pensava constantemente. Porém ficar sozinho fez com que a Renata quisesse sair do esconderijo. Fiz um tremendo esforço para resistir e consegui por uns dois meses. Até o dia não resisti e fui ao nosso quarto. Abri suas gavetas de lingeries e não sabia qual experimentar, todas maravilhosas. Eu a tinha ajudado a escolher muitas daquelas de acordo com minhas preferencias e aquelas que eu não havia ajudado a escolher ela comprava sabendo de minhas preferencias. Então fiz minha escolha, uma das quais eu tinha gozado mais intensamente transando com Camila. E não era por ser super sexy. Era porque me lembrava minha primeira vez. Era um conjunto adulto, mas parecendo de uma garota adolescente, em rosa. Era larguinho nas laterais, sutiã sem bojo e agarrava bem no corpo. E quando a vesti e me vi totalmente vestida no espelho, ajeitei meus cabelos e infelizmente a Renata renasceu. Não resisti e com as maquiagens de Camila fiz uma maquiagem levinha para sair fácil e coloquei uma sandália alta. Menor que meu número, mas que servia. O pior é que fiquei linda novamente e continuava totalmente feminina mesmo não tomando a dose extra de hormônio há pouco mais dois anos. Com meu pênis puxado para trás formando uma bucetinha eu parecia uma autentica garota em seus vinte e três anos. Fazia gestos e posições lembrando o que meu professor pedia. E descobri que abrindo a porta de um armário que tinha espelho por trás eu podia me ver quase que totalmente quando me deitava na cama. Fiquei por um longo tempo curtindo novamente aquela maciez de um tecido de lingerie em meu corpo e todas aquelas boas sensações retornaram. Eu queria gozar daquele jeito e tentei me masturbar, mas só consegui com muita dificuldade pois meu pênis não ficou ereto. Juntando tudo o que já tinha acontecido antes em minha vida como Renata com o professor, minha vida como Renato com Camila e o que me aconteceu naquela tarde percebi que inconscientemente eu fazia uma separação. Com meu professor jamais consegui ter uma ereção quando era a Renata e o que eu tinha era somente meu grelinho. E com Camila eu conseguia ter ereções sem problemas. E foi naquela tarde que cheguei à conclusão que tinhas duas personalidades sexuais dentro de mim. Quando eu estava vestido como homem eu era homem e tinha minha ereção sem problema. E quando eu estava como Renata eu era mulher e só tinha um grelinho. E me lembrei que até minhas preferencias mudavam quando eu olhava e apreciava pessoas bonitas na praia. Como Renato eu só olhava para o corpo das mulheres as achando bonitas e nunca para o corpo de um homem. E como Renata, como naquele momento, eu só pensava em meu professor fazendo sexo comigo. E conclui que ter aquela divisão de personalidade seria até bom para mim pois evitaria eu cometer alguma gafe que pudesse me denunciar, como por exemplo olhar para um homem com interesse estando como Renato. Então naquela tarde renasceu minha vida dupla, agora conscientemente e me deu um alivio enganoso sabendo que como Renato eu jamais trairia Camila. E baseado nessa crença, me permiti reiniciar uma vida dupla sem remorsos e sem que Camila desconfiasse. Nas primeiras vezes eram somente suas lingeries e vestidos, mas depois comecei comprar algumas lingeries e vestidos para mim que voltei a esconder naquele antigo e seguro esconderijo. Nossa casa ainda tinha a ajudante na parte da manhã, mas à tarde era toda livre para mim. Cheguei a comprar lingeries para Camila que eu queria usar e para que eu as usasse depois. E muitos vestidinhos acinturados e coloridos para a praia. Como ela não tinha muito mais tempo disponível, as vezes ela me pedia que eu comprasse para ela o que eu iria gostar quando ele vestisse. E essa era minha desculpa.
Porém, somente me vestir como Renata não estava mais me satisfazendo e então comecei a tirar fotos minhas com um tripé em meu celular. Não o que eu usava, mas um mais velho que estava guardado, assim eu podia esconde-lo em meu esconderijo junto com as lingeries. Com o pequeno controle remoto que comprei em minhas mãos eu batia as fotos. No começo não ficaram muito boas, mas com o tempo fui adaptando as minhas poses, arrebitando aqui, empinando lá e outros truques que me deixavam mais sensual. E eu fazia dezenas e as vezes centenas de fotos em cada sessão com uma nova lingerie. Com aquelas fotos eu queria ter a sensação de ser mulher com meu corpo real. E qualquer pessoa que visse uma delas diria que eu era com certeza uma mulher com um lindo corpo. Mas eu queria me ver na tela grande do computador e então passava aquelas fotos todas para ele e quando eu gostava muito as mantinha nele de uma a duas semanas. E depois por segurança eu as apagava e as mantinha somente no celular antigo escondido em meu esconderijo. Eu não temia Camila encontra-las em meu laptop pois cada um tinha o seu e Camila nunca mexia no meu. Além do que eu tinha criado uma pasta escondida onde eu colocava as fotos. Era totalmente seguro.
Os meses foram passando e eu tinha minha vida dupla cada vez mais intensa. Quando eu estava com Camila eu era totalmente homem e meu desejo era ela e seu corpo. Mesmo quando eu imaginava estar com suas lingeries ainda assim meu tesão era por ela. Eu tinha assumido definitivamente que era bissexual com uma vida dupla. Eu já tinha até me imaginado em uma relação homossexual, mas ela seria somente com Camila e com Camila. Em minhas fantasias se eu fosse mulher, eu continuaria amando Camila e continuaria desejando seu corpo. E como Renato eu tinha a absoluta certeza que jamais faria sexo com outro homem.
Dia a dia e eu fazia as fotos cada vez com mais intensidade. E chegou o momento que ter aquelas fotos só para mim já não bastava. Eu tinha que mostra-las para alguém para que pudessem me desejar como mulher e me sentir realizada. Evidentemente seria sem o rosto, para que eu ficasse anônima. Descobri as salas de bate-papo. E em principio entrei em salas de sexo heterossexual, mas não somente nessas. Às vezes eu também entrava em salas de crossdresser, porém nessas salas quase a totalidade pessoas eram de baixo nível. Eu não queria apenas mostrar uma foto, eu queria ser admirada e tratada como mulher e essas pessoas não tinham a capacidade para agir assim. Nas salas heterossexuais eu já me apresentava como mulher e quando me pediam uma foto, ninguém jamais duvidou que eu não fosse uma mulher com um corpo lindo, pelos elogios que me faziam. Nas salas crossdresser o que que me deixava realmente feliz é quando após eu mandar algumas fotos, não acreditavam que eu não fosse uma mulher. Muitos diziam até que eu estava mentindo deixando meu ego lá em cima. E com isso eu conseguia um pouco daquilo que eu queria ao expor meu corpo. Que me vissem como mulher.
Depois de uns dois ou três meses entrando diariamente nas salas de bate-papo e conversar com centenas de homens, os contatos que mantive por terem algo de interessante se resumiam a uns três no bate-papo crossdresser e outros três na sala heterossexual. E para esses enviei muitas fotos, sempre sem o rosto. Com pessoas interessantes cheguei até a fazer algumas chamadas de vídeo onde eu me mostrava de lingerie totalmente feminina com minha bucetinha de esparadrapo colado sem deixar que meu pênis aparecesse mesmo para os que sabiam que eu era uma crossdresser. Com o tempo até aperfeiçoei minha bucetinha quando aprendi uma técnica em que colocava minhas bolas para dentro de uma cavidade do corpo com a pele do saco escrotal eu escondia meu pênis por baixo parecendo, sob a calcinha que era realmente uma bucetinha, em alguns casos até deixando uma marca que parecia uma rachinha. Para me mostrar para eles eu colocava meu laptop em um local em que a câmera pegava somente uma parede branca atrás de mim para que minha casa não fosse identificada caso alguém gravasse aquele vídeo. E o posicionava de forma que meu rosto não aparecesse. E por garantia, nunca, nunca mesmo usei uma lingerie de Camila nessas conversas para não ter nenhuma chance de ser identificado por ela, caso ela visse minha foto na internet.
Entre todos aqueles que eu conversava um me cativou. E ele era da sala crossdresser e sabia que eu não era mulher, mas segundo ele era disso mesmo que ele gostava. De fazer sexo com um rapaz vestido de mulher. E quando eu mandava minhas fotos ele dizia que precisaria me ter de qualquer jeito pois eu era incrível. Quem era eu para julgar suas preferencias já que o professor que havia me transformado em mulher pensava exatamente como ele. E talvez por ser parecido com meu professor em outras coisas também, me interessei por ele. Ele tinha um papo gostoso, era culto e dizia que sempre tratava sua parceira com gentiliza e cavalheirismo. Tinha as mesmas preferencias que eu em muitas coisas e esse interesse entre nós parecia ser mutuo. Com o tempo deixei de conversar com os outros e só conversava com ele, que sempre ficava insistindo em um encontro. Porém não era isso que eu queria pois não trairia Camila de forma alguma, ainda mais sendo uma mulher e fazendo sexo com um homem. Como eu a amava demais, eu seria incapaz de machuca-la após tantos traumas que ela tinha vivido. Além do que ela me fazia gostar de minha personalidade Renato e para mantê-la eu tentaria levar aquela vida dupla para sempre.
Com o passar do tempo fui criando confiança por aquela pessoa do outro lado que me fazia sentir como mulher e perigosamente diminuindo a segurança em nossos contatos. Devagar, crente da segurança do anonimato contei a ele muitos detalhes de minha vida como Renata. Revelei que era casado e estupidamente contei, sem muitos detalhes, dos problemas de minha esposa com seu pai e de nossa vida juntos. Eu falava para ele que estava feliz vivendo a vida que eu vivia, mas ele sempre retrucava dizendo que se eu estivesse feliz eu não estaria lá conversando com ele. E também era o caso dele que procurava esse tipo de contato na internet pois ainda não tinha achado a pessoa ideal para ficar com ele vivendo suas fantasias. E ele estava pensando que talvez essa pessoa fosse eu.
E toda vez que ele insistia nesse assunto eu me assustava, pois minha intenção sempre foi manter somente aquela brincadeira das conversas, do envio de fotos e até de alguns conversas por vídeo, mas eu não tinha nenhuma intenção de passar disso. E para manter aquela relação estranha somente como uma brincadeira eu ia arrumando desculpas e o enrolado para o dia de um possível encontro nunca chegar. Porém, percebendo o que eu estava fazendo ele, às vezes, se irritava comigo e ficava alguns dias sem dar retorno. A cada obstáculo que eu criava, ele aparecia com uma solução. Ele morava em São Paulo e já havia me proposto alugar um apartamento em Floripa só para nossos encontros. Ele deixaria uma chave comigo e eu sempre chegaria antes dele e me transformaria em Renata. Dessa forma ele nunca me viria como Renato e seria mais difícil dele identificar minha verdadeira identidade, segundo ele. E essa foi somente uma de suas ideias malucas para me convencer, o que provava que ele tinha real interesse em mim. O problema é que eu não queria.
O final do último ano da faculdade estava chegando e eu precisava de tranquilidade para finalizar o curso de administração e tínhamos decidido eu e meu sócio que abriríamos um escritório de Representação de nossa empresa em Floripa onde eu trabalharia com a agenda que eu mesmo faria e com uma boa equipe treinada por ele. Essa solução satisfazia totalmente minha necessidade de ter uma ocupação, mas também me deixava com a flexibilidade de eu poder ter um tempo só meu.
Camila e eu nos formamos e o início de nossa vida agora de adultos aos quase vinte e cinco anos estava indo bem. Ela já tinha sido promovida em seu emprego e como passaria a trabalhar em tempo integral com o fim das aulas, seu salário aumentou bastante. E eu teria meu escritório que não dependeria somente de mim para funcionar. Éramos ainda um casal apaixonado e como ela previra, usávamos os dias livres para estarmos juntos e fazer amor, que era o que fazíamos melhor. Nosso tesão um pelo outro não diminuía, inexplicavelmente em meu caso, diante de minha vida dupla. Para mim parecia que aquela seria nossa vida para sempre e eu estava feliz demais com ela.