Conheci o Manuel, mané para os amigos, na oficina em que trabalhei quando me tornei adulto. Saiba mais nos contos “Trabalhos Temporários”. Acabei iniciando uma amizade com ele e seu pai, que adoravam uma boa brincadeira entre machos. Ao contrário do pai, ativo, Mané curtia tudo e nos divertimos muito, algumas vezes sem a presença do pai, quando ele gostava de me satisfazer de forma passiva. Foi assim que ele me contou como perdeu a virgindade e descobriu seu prazer em satisfazer os homens, tudo começou quando ele conheceu o Donato, história que conto agora, com sua autorização.
Mané trabalhava há alguns anos nesta oficina mecânica, sempre foi apaixonado pelos carros e a engenharia que os fazia correr, seu pai foi um Policial Rodoviário e sempre o incentivou a estudar mecânica. Um bom tempo depois de se tornar o principal mecânico da empresa, Mané conheceu Donato.
Donato é um mecânico enorme que trabalhou na oficina durante algum tempo, um mulato muito forte e com expressões faciais muito marcantes. Ele fazia uma cara de malvado que te assustava mas também podia ser cortês e amável, era só ele sorrir e se tornava um homem encantador, transbordando charme e masculinidade mas, insisto, somente quando queria. Era impressionante a maneira como ele encantava um cliente ou os colegas. Mais impressionante ainda era a rapidez em que ele transformava aquela aparência cordial em algo assustador, somente mudando seu olhar e apertando os lábios. De qualquer forma, isto o tornava um homem marcante, seja pela forma amável ou aterrorizante de agir.
Mané não se preocupou muito com o novo colega. “Desde que faça seu trabalho e, principalmente, não atrapalhe o meu, não tenho nada a dizer”, pensava. Além do mais parecia que o Donato foi com a cara do Mané, pois ele sempre o tratava com educação e cordialidade, muitas vezes o defendendo em situações que o Mané estava com a razão, seja com clientes ou com os outros colegas.
O problema era que Donato, com seu temperamento e personalidade marcante, arruma confusão fácil e, aos poucos, vários mecânicos já o evitavam no trabalho, nos intervalos e depois do expediente. Aparentemente Donato não se importava com isto e quando alguém o irritava ele sempre dizia: “Ou eu mudo de emprego ou quebro a sua cara. E não estou com vontade de procurar emprego!”. Isto era o suficiente para a pessoa se afastar do Donato. Mané achava engraçado a postura do novo amigo mas sabia que ele estava cavando sua própria cova. “Mas, isto é problema dele. Ele não é criança”, pensava Mané e seguia seu caminho.
Um dia surgiu a necessidade de resgatar um carro que ficou numa estrada dentro de um canavial, Mané precisaria ir até lá com o guincho, para trazer o carro e o dono da oficina pediu para ele levar o Donato com ele:
- Donato pode ajudar no socorro e, se o carro funcionar, cada um de você volta dirigindo um veículo. – Mané concordou pois este, inclusive, era o procedimento padrão. Então os dois partiram, o guincho já era equipado com todas as ferramentas e várias peças sobressalentes que poderiam ser úteis, além de capas para os bancos para evitar que os mecânicos e suas roupas sujas de graxa estragassem os mesmos.
Durante a viagem foram conversando, nem sempre tinham oportunidade para fazer isto. Mané começou:
- Tem filhos, Donato?
- Tenho 3, o que não tenho é esposa! – E deu uma gargalhada, antes de continuar:
- E você?
- Tenho dois filhos e uma esposa! – Também riu.
- Para você deve ser fácil manter uma esposa, parece ser um tipo bonzinho e faz tudo o que ela pede. Eu sou um cara mais complicado, minha esposa só ficou comigo algum tempo pois casou grávida e eu me encarreguei de engravidá-la novamente mais duas vezes seguidas. Assim que meu filho mais novo começou a andar ela pediu o divórcio... – Mané ficou meio sem graça e tentou consolar:
- Não esquenta a cabeça, logo aparece uma que gosta de você de verdade. Então você se casa novamente... – Donato olhou para ele com sua cara cordial e disse:
- Nunca mais vou me casar, companheiro! – O que pago de pensão não me permite formar outra família! – E riu da própria situação. E completou:
- Mas, não me entenda mal! Não vou me casar novamente, mas vou continuar a espalhar minha semente por ai... Ah! Pode ter certeza que isso eu não paro de fazer não, podem não germinar mas continuo semeando em todo tipo de campo que encontro. – E os dois riram mas Mané ficou pensando: “Como assim – ‘Todo tipo de campo’?”.
Então chegaram no lugar, uma estradinha estreita no meio do canavial onde viram uma picape bem conservada encostada. O dono da picape era filho do dono daquela plantação e simplesmente largou o veículo quebrado lá com a chave em cima do banco do motorista. – Mané falou:
- Esses filhinhos de papai não estão nem aí para o preço das coisas... – Falou Donato. No banco do passageiro havia um isopor com meia dúzia de garrafas de cerveja, uma garrafa de água e umas barras de chocolate. Donato enfiou uma barra inteira na boca e abriu uma cerveja. Mané não gostou:
- Que é isso, Donato! Isto pertence ao dono do carro. – Donato riu e falou:
- Isto não fará falta a ele. Estou com fome e estou com sede e, comigo é assim, se eu preciso satisfazer minha necessidade, eu a tomo e, se for preciso, à força! Pega um pouco para você também! – Mané fez um sinal negativo com a cabeça:
- Não! Não é meu, não vou pegar. Vamos! Precisamos trabalhar. Temos que descobrir o que aconteceu com o carro!
- Deve ser alguma bobagem, esse filhinho de papai nem tentou consertar. Mas, vamos lá! Senão ficaremos aqui muito tempo e o sol está esquentando...
Donato abriu seu macacão e o deixou cair até a metade, tirou sua camiseta e se aproximou do carro e abriu o capô. Mané ficou um pouco desconcertado, nunca havia sentido aquilo antes mas o corpo daquele homem lhe chamou a atenção, ele estava acostumado a ver o pessoal da oficina sem camisa e, até, só de cueca no vestuário, mas aqueles braços fortes, o peito largo, sua barriga redonda e durinha e a cor da pele, vistosa e brilhante, que lembrava um chocolate ao leite; tudo isto mexeu com ele a ponto dele ter uma quase ereção.
Ele se aproximou do motor do carro e Donato encostou sem braço no dele, fazendo-o sentir uma energia que nunca havia experimentado, uma onda de adrenalina se espalhou pelo seu corpo e seus pelos se arrepiaram. Ainda bem que Donato não percebeu o que se passava com ele, pois teria dificuldade em explicar e dar uma desculpa. Aquela situação tensa diminuiu quando Donato apontou algo no motor e falou:
- Não falei que era alguma bobagem deste filhinho de papai: o recipiente de água do radiador está vazio. Ele quase destruiu o carro por não saber o que significa cada luz do painel. – E deu uma gargalhada. Mané foi obrigado a concordar e riu também, falando:
- Pelo menos o primeiro socorro será fácil. Vamos ver onde está o vazamento. – Donato se adiantou:
- Deixa comigo! E pegou uma lona no guincho, colocou embaixo da picape e se deitou para ver o que estava acontecendo. Depois de algum tempo avisou:
- Tem uma mangueira furada, parece que algo afiado a pegou e a cortou, tem alguma aí sobressalente? – Mané respondeu:
- Não tem mais temos um kit de reparo que permite leva-la até a oficina, lá trocamos por uma nova. – Donato concordou:
- Ok, então me passa uma parte de cada vez. Daqui não consigo erguer a mão até você, vai colocando em cima do meu colo que eu vou pegando, faço o mesmo para devolver. – Mané concordou, até porque as peças não parariam em cima daquela barriga redonda e dura.
Pegou uma pedaço de uma mangueira grossa, com um corte em todo o seu cumprimento e a colocou em cima do colo do colega que, ao pegar a peça acabou segurando seu pênis que aproveitou e apertou com força, deixando Mané saber o tamanho do seu dote. Mané começou a ter uma ereção que tenta evitar enquanto Donato fala:
- Me passa aquela faquinha que tem aí, vou ter que cortar um pedaço do reparo para caber no lugar. – Mané colocou a faca no colo do Donato que brincou:
- Cuidado com essa faca, hein? Não vai cortar meu bem mais precioso. – Mas, ao tentar alcançar a faca, Donato esbarrou na mesma que rolou para a frente e caiu entre suas pernas. Mané avisou:
- Espera um pouco que caiu! – Pegou a faca mas esbarrou no saco do homem, que era bem grande, e a levou até a sua mão que estava sobre seu pênis, Mané não resistiu e, ao entregar a faca alisou, levemente, o mastro do amigo. Donato não disse nada e continuou o trabalho.
Em seguida, pediu a fita isolante para fixar o reparo no lugar. Desta vez Mané levou a fita até o colo mas a colocou bem em cima do pênis do colega, onde imaginava estar a glande. Donato pegou a fita, terminou o reparo e ficou um tempo em silêncio até Mané perguntou:
- Tudo certo aí?
- Sim, estou só verificando se não tem nenhum outro rasgo na mangueira. – Donato continuou deitado mas sua mão esquerda apareceu e começou a apertar seu mastro que foi crescendo e ficou volumoso mas não totalmente ereto. Então falou:
- Ok, está tudo certo aqui, pega as ferramentas de volta, e foi devolvendo tudo o que recebeu para fazer o trabalho, sempre as colocando em cima da mala que estava enorme. Mané ia retirando, peça por peça, depois guardou tudo enquanto o colega saía debaixo da picape. Mané, ao final, falou:
- Vamos completar a água e podemos voltar para a oficina. – Donato concordou com a cabeça e foi buscar dois frascos de água para radiador que levavam no guincho. Quando voltou, Mané estava debruçado olhando o motor e verificando se estava tudo certo. Donato, foi atrás dele e disse:
- Posso colocar a água? – Mané respondeu com um “Hum-hum” e ele se encostou no em seu corpo e começou a abrir a tampa do depósito de água, aquela posição era quase uma “encoxada”, mas Mané não reclamou. Donato começou a colocar a água mas, cada vez se esfregava mais no corpo no colega que, num primeiro momento deixou-se levar pela sensação até que Donato se encostou mais forte e seu pênis ereto cutucou as nádegas de Mané, que se afastou rápido e foi em direção ao guincho, como se nada estivesse acontecendo. Donato deu um risinho e falou:
- Algum problema, Mané? – Ele olhou para o moreno e viu que o homem estava com o pênis totalmente ereto, empurrando o macacão para frente, e falou:
- Não serei um dos seus campos, Donato! Tenho minha esposa que é minha mulher todas as noites. – Donato falou irônico:
- O fato de ter mulher todas as noites não quer dizer que não gosta de fazer com homem, achei que estava interessado pois ficou apreciando meu instrumento e deu até uma pegadinha. E não vai mentir, dizendo que não! – Mané não respondeu, mentir para Donato poderia ser pior, então falou:
- Fica difícil não olhar com você se coçando o tempo todo, mas foi pura curiosidade, nada mais. – Então Donato tira seu pau para fora e fala:
- Está curioso, então vem olhar! – Mané quis virar as costas e seguir para a picape mas o Donato falou num tom grave:
- Vem olhar, Mané! Não vou te oferecer isto de novo, mata a sua vontade senão vou deixar de ser seu amigo. – Mané sentiu um pouco de medo mas, também, curiosidade. Foi até o colega, parou em frente e ficou olhando. Donato falou:
- Agora não precisa fingir nada para acariciar, vem aqui e mata sua vontade, depois eu guardo o brinquedo. - Mané sabia que não devia fazer aquilo mas o desejo falou mais alto e ele tocou o pênis, sentiu a maciez da pele ao longo do órgão, passou a mão pela cabeça, mais macia ainda e apertou o corpo para sentir a dureza. Então tirou a mão e olhou assustado para o colega, que lhe olhava e lhe falou:
- Já sei, está arrependido de fazer isto achando que eu vou contar para alguém, mas fica tranquilo, isto é um segredo nosso. – Mané olhou nos olhos do Donato, fez um sinal positivo, agradecendo. – Donato continuou:
- Você já esteve com um homem antes? – Mané fez um sinal negativo. Parece que sua voz não saía da garganta. Donato colocou aquele sorriso sedutor no rosto e se aproximou lentamente, falando:
- Olha, quero também tocar você, só um pouco, sentir seu corpo, não vou te machucar, você deixa? – Mané novamente usou a cabeça para responder “Sim!”. Donato se aproximou e, primeiro, tocou seus braços. Ele sentiu um arrepio que foi um sinal verde para o colega continuar. Ele abriu o macacão do Mané e o fez deslizar até o chão, deixando-o apenas de cueca.
Donato, acariciou seu peito peludo, seus mamilos e se aproximou mais, de forma a abraça-lo e acariciar suas costas. Mané se deixou levar por aquele prazer e segurou o mastro do Donato novamente, desta vez começando a massageá-lo. Donato foi esfregando seu rosto com a barba a crescer em Mané, começou pelo seu ombro e pescoço, depois foi subindo até seu rosto e lhe deu um beijo na boca. Aquilo foi algo inesperado e, ao mesmo tempo, muito bom.
Mané gostou de ser beijado pelo homem, a língua entrando em sua boca e acariciando a sua, depois a levando para dentro da boca do Donato que passou a chupá-la com força. Ele chegou a soltar pequenos gemidos de prazer. O colega estava calmo, sabia o que estava fazendo e, lenta e carinhosamente, o virou de costa, passando a beijar sua nuca e a esfregar seu mastro nas nádegas do Mané, sobre a cueca que ainda usava.
Mané sentiu um prazer enorme mas, ao perceber o tamanho do membro de Donato se afastou, ergueu seu macacão e falou:
- Precisamos voltar para a oficina! – Donato fez uma cara de irritação e falou:
- Mas vamos parar no melhor da festa? Quer me deixar louco?
- Louco sou eu de fazer o que estou fazendo, não adianta ficar bravo, acabou. Vamos lá! Você leva o guincho e eu a picape. – Donato ainda tentou um argumento:
- Vamos guinchar a picape e voltamos juntos no guincho! – Mané, que sabia as reais intenções do malandro, foi categórico:
- Não, só vamos perder tempo fazendo isto, vamos lá! – e rapidamente fechou a caixa de ferramenta do guincho e foi entrando na picape. – Donato parecia não estar com pressa mas foi entrando no guincho e seguiu Mané até a oficina.
Chegando lá, Mané explicou o que aconteceu, com a picape, para o chefe e elogiou a atuação do Donato:
- Ele fez um excelente trabalho a picape chegou aqui sem vazar uma gota, agora é fazer o reparo definitivo e entregar o veículo ao cliente. – O chefe agradeceu a ambos e falou para o Donato:
- Muito bom, continua assim. Receber elogio do Mané não é fácil, tem que fazer um bom trabalho para isto acontecer. – E se afastou. Donato virou para o Mané e falou:
- Achei que estávamos fazendo um bom trabalho juntos mas você não gostou! – Mané olhou para ele e falou:
- O problema foi que eu gostei mas não quero fazer isto. Peço que entenda para que possamos continuar sendo amigos. – Donato colocou um belo sorriso no rosto e falou:
- Claro que sim. Até porque você gostou e isso é tudo o que importa. – E saiu assoviando. Mané sorriu e falou:
- O que está acontecendo comigo? – Isto não pode continuar pois sei que não terminará bem...