Delicioso Pecado 20

Um conto erótico de Mistério
Categoria: Homossexual
Contém 908 palavras
Data: 29/08/2020 19:41:07

Ao descer do táxi, Margô olhava a casa de Valdemar com desdenho. Ela havia prometido a si mesma que jamais voltaria a casa do genro depois da briga que tiveram.

Margô nunca gostou de Valdemar. Sempre o achou um mau caráter, mas a filha Mara não a ouvia e até cortou relações com ela por causa do marido.

Jorginho e Verônica receberam a avó com um sorriso no rosto e braços abertos. Viam nela a esperança de finalmente sair daquela casa.

Mara sentia -se envergonhada. Para ela era humilhante admitir que a mãe tinha razão. A convidou para entrar e a contra gosto, Margô aceitou.

_ Eu vou levar os meus netos hoje mesmo. Não é seguro para o Jorginho ficar perto de um homem como o Valdemar.

_ Mãe, não é justo que você tire os meus filhos de mim. Eu sou uma boa mãe e …

_ Você não precisa se afastar dos seus filhos, Mara. Você pode vir morar comigo.

_ Eu não vou deixar o meu marido. Ele está sofrendo muitas injustiças. Eu tenho certeza que quando tudo isso acabar ,as coisas serão esclarecidas.

Margô não quis argumentar. Considerava a filha uma causa perdida. Apenas aguardou sentada até que os netos terminassem de fazer as malas.

Jorginho pensava em Murilo. Apesar de tudo, ainda nutria um amor pelo primo. Mas estava decepcionado com o fato de Murilo ter se envolvido sexualmente com Tavinho e partido o coração da sua irmã. O menino estava com raiva, mas não desejava o mal para Murilo. Sentia uma ponta de pena dele, já que o ruivo estava sozinho.

Os irmãos desceram as escadas portando as suas malas. Iriam morar com avó e não tinham pretensão de voltarem mais para aquela casa.

Mara chorava abraçando Jorginho. Ela Sentia -se triste pela destruição da sua família. Foi abraçar Verônica, mas a jovem se esquivou.

Os três partiram no mesmo táxi que Margô havia chegado.

A medida que o carro andava, Verônica observava a imagem da sua casa se distanciando. Sentia tanta repulsa do pai, de Murilo e de Tavinho que decidiu que nunca voltaria para aquela cidade. Prometeu a si mesma ser forte o suficiente para cuidar do irmão e de si mesma.

A jovem pretendia concluir o curso de jornalismo e arranjar um emprego. Futuramente comprar um apartamento ou uma casa para morar com o irmão e aproveitar a vida como sentia que merecia.

Jorginho pensava em Murilo, queria se despedir. Mas não comunicou nada a ninguém. Prosseguiram viagem.

Depois de muito custo, Murilo conseguiu pegar no sono.

Em seus sonhos estava fazendo amor com Tavinho e sentiu -se decepcionado ao despertar.

Seus olhos se inundaram de lágrimas. Percebeu que sentia falta do loiro. E lamentou por tudo que havia acontecido.

Sentiu vontade de ligar, mas conteve-se. Afinal o que diria ao loiro? Com certeza Tavinho estava com raiva dele e o xingaria.

Por mais que reluta-se, a saudade batia com força e decidiu ligar de um número privado. Não tinha a intenção de dizer nada, apenas queria ouvir a voz de Tavinho.

Valdemar e os dois capangas entravam silenciosamente na casa de Murilo. Todos portavam um revólver calibre 38.

Valdemar fez sinal para que eles subissem devagar as escadas.

Ao ver um número privado, Tavinho relutou em atender. Imaginou que fosse o seu pai e a última coisa que queria era brigar com o pastor.

Contudo, devido a insistência, decidiu atender.

_ Alô.

Murilo sentiu uma ponta de felicidade ao ouvir a voz de Tavinho e um sorriso surgiu no seu rosto.

Do outro lado da linha, Tavinho não ouviu a voz de Murilo, mas o som da porta abrindo bruscamente e a voz de Valdemar.

_ Sem gritar, viado. Quietinho e vem comigo que ninguém se machuca.

_ Alô! Alô! O que que está acontecendo?

Murilo arregalou os olhos ao ver Valdemar e os seus capangas apontando uma arma para ele.

_ Socorro! Socorro!

_ Murilo?! É você? O que está acontecendo?_ perguntava Tavinho desesperado.

Valdemar pulou em cima de Murilo e acertando com uma coronhada na cabeça.

_ Eu mandei tu ficar quieto, bicha imunda!

O prefeito tomou o celular da mão do ruivo.

_ Está falando com o namoradinho?

_ Valdemar?

_ Sou eu mesmo, seu viado filho de uma puta! Vocês dois estão fudidos comigo.

_ Você está com o Murilo?

_ Sim. Estou com ele sim. E se não quiser receber o coração dele numa caixa de presente terá que aguardar em silêncio a minha ligação. Se falar alguma coisa com a polícia eu o mato .

_ Valdemar, calma! Vamos conversar ! Você não precisa cometer nenhuma loucura. A gente pode resolver isso.

Valdemar desliga o telefone e põe no seu bolso.

Murilo permanece em silêncio. Está dominado pelo medo.

Valdemar puxa os seus cabelos. E o traz para próximo da sua boca o beijando a força.

Os capangas estranham, mas preferem se calarem já que só se importam com dinheiro que irão receber.

_ Pensou que iria me fazer de bobo e sair impune? Eu vou acabar com o seu namoradinho. Já você, tenho um bom plano. Venha caladinho.

Valdemar diz pondo o dedo nos lábios de Murilo, que fecha os olhos para conter as lágrimas.

Notas do autor

Queridos leitores, peço desculpas pela minha ausência. Tive problemas pessoais e fiquei impossibilitado de prosseguir escrevendo.

Enfim, tudo foi resolvido e pude voltar para dar continuidade a essa história.

Breve postarei o próximo capítulo.

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Comentários

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Socorro, já estava imaginando por isso.

Conta sensacional

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Ainda bem que você voltou, já tava morrendo de saudades

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Graças aos céus tu voltou! Ansioso por mais!

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NÃO CREIO QUE MURILO MEREÇA QUE TAVINHO O SALVE DAS MÃOS DE WALDEMAR. MURILO MERECE SOFRER MUITO. E NEM ACREDITO QUE O BABACA DO TAVINHO AINDA VAI SALVÁ-LO. BABACA. CAPÍTULO MUITO CURTO MAS AINDA BEM QUE VC VOLTOU.

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