Após o divórcio de seu marido, Jaciara viu-se só no mundo; Leonardo, seu marido, sempre fora o provedor, o chefe da casa; embora ainda muito jovens, com o nascimento de Eduardo, único filho do casal, a relação azedou e o marido acabou por encontrar na rua, aquilo que não tinha dentro de casa; e, assim, o inevitável aconteceu: ele se envolveu com outra mulher e pediu o divórcio, obrigando Jaciara a tomar as rédeas de sua própria vida; e ela foi a luta, sem medo, enfrentando tudo e todos.
Em alguns anos, após um emprego de sucesso, ela tornou-se empresária, dona de seu próprio negócio e alcançou a ansiada estabilidade; nesse itinerário de vida, sua única razão para seguir em frente, era seu filho. Duda – como ela costumava chamá-lo – significava tudo para ela, e não poupou esforços para dar a ele tudo do bom e do melhor; em contrapartida, Duda retribuía com carinho, atenção e esforço pessoal, para jamais desapontar sua mãe.
Aluno exemplar, estagiário prestigiado, logo Duda alcançou um emprego e com ele uma posição de destaque em uma grande empresa, com bons ganhos e liberdade total de ação. E mesmo após todo esse sucesso e realização, ele não saiu do lado de sua mãe; juntos, eles viviam alegres e felizes …, Jaciara tinha apenas uma preocupação que lhe preenchia a mente: seu filho era um conquistador de fêmeas! E o que a preocupava era o fato de que suas conquistas sempre tinham como alvo mulheres mais velhas que ele seduzia, e quando mirava nas mais jovens, estas não passavam de aproveitadoras!
Jaciara temia que, em uma dessas aventuras, Duda se desse mal, acabando infeliz e usado por uma aproveitadora desqualificada. E em todas as ocasiões que ambos conversavam sobre o assunto, Duda acabava se irritando com o excesso de zelo de sua mãe, e ambos acabavam por discutir e até mesmo brigar, com Duda saindo de casa sem lhe dar satisfação.
Nesses momentos, Jaciara ficava muito triste e não sabia o que fazer; seu consolo era conversar com Palmira, sua amiga mais íntima, que lhe emprestava ouvidos e ombro para apaziguá-la. Em uma dessas situações constrangedoras, assim que Duda saiu, Jaciara ligou para Palmira e pediu que ela viesse para conversarem. Abraçada à amiga, Jaciara choramingava sobre seu ombro, lamuriando seu desentendimento; a amiga a consolava, ouvindo-a e apertando-a contra si.
Repentinamente, Palmira segurou o rosto de Jaciara entre suas mãos e fitando seus olhos disse: “Você não merece sofrer, meu amor! Fica assim não …, eu te gosto muito!”; em seguida, Palmira aproximou seus lábios dos de Jaciara e instintivamente, procurou beijá-la. Jaciara, em princípio, tentou recuar, porém, sentindo-se atraída pelo momento, deixou que o beijo acontecesse. E elas se beijaram com imensa sofreguidão.
Decorrido o longo beijo, ambas se entreolharam; enquanto Palmira guardava um olhar lânguido e cheio de intenções não reveladas, Jaciara mostrava-se estupefata com o acontecido. “Porque você fez isso, Palmira?”, perguntou a mãe, ainda tomada pela surpresa do gesto. Palmira fixou seu olhar e permaneceu em silêncio por algum tempo, dizendo, ao final: “Você nunca percebeu, né? Eu sinto tesão por você …, há muito tempo eu te desejo …”.
-Palmira! O que você está dizendo? – tornou a perguntar Jaciara, com tom de surpresa e curiosidade – Mas, eu jamais te dei a entender isso!
-Nem precisou, meu amor! – respondeu Palmira, com tom envergonhado – Sabe, sempre aproveitei tudo que a vida me ofereceu …, inclusive no sexo! Não tenho limitações …, sou bissexual, porém, mulheres sempre me atraíram mais que os homens …, e você …
-Eu? O que tem eu? – interrompeu Jaciara, sem esconder sua ansiedade – Você quer dizer que eu te provoquei?
-Não diretamente – respondeu a amiga, em confissão – Mas, sabe …, as vezes é um olhar, um momento …, tua carência afetiva …, afinal, há quanto tempo está sem homem? Percebo que você precisa de um carinho mais íntimo …, e é isso que quero te dar.
-Me perdoa, amiga, mas, não estou preparada para isso! – respondeu Jaciara, desviando o olhar.
O silêncio que se seguiu foi terminativo; Palmira levantou-se, pegou sua bolsa e dirigiu-se para a porta. “Sei que tudo isso te parece estranho …, mas, pense a respeito e se precisar de mim, saiba que ainda sou tua amiga e confidente …”. Sozinha e atônita, Jaciara não sabia o que pensar de tudo aquilo …, com o passar das horas e sem que Duda retornasse, vencida pelo cansaço, ela achou por bem recolher-se.
Como de hábito, nos dias que se seguiram, Duda e Jaciara não trocaram uma palavra sequer; ademais a razão, sempre de mesma origem, era a nova namorada dele; uma garota jovem com jeito e postura de “piriguetes”, que mais se assemelhava a uma garota de programa. Ela sabia que era mais uma aventureira …, todavia, o ocorrido com sua amiga, Palmira, também havia lhe afetado, despertando algo que ela não conseguia compreender.
A noite, em seu quarto, ela pensava na amiga …, imaginava seu corpo junto ao dela e ficava excitada! Tão excitada que percebia sua vagina quente e úmida. E nesse clima, quando ela recebeu uma mensagem de Palmira, tendo como anexo uma foto dela, nua, viu-se enredada por um desejo que lhe tirava a razão.
“Queria estar aí, com você, em sua cama!”, dizia a legenda da foto. Jaciara engoliu em seco! Ela ainda hesitava em aceitar aquilo que seu corpo clamava. Deixando de lado a razão e levando-se pela emoção, ela respondeu a mensagem, escrevendo: “Então, venha! Estou te esperando!”. A resposta veio sob a forma de vários emoticons alegres, com corações e beijos. Aturdida com a própria decisão, Jaciara correu para o chuveiro, tomando um banho e apurando sua depilação íntima.
Vasculhou as gavetas, procurando por uma lingerie adequada e acabou rindo de si mesma ao ver-se fazendo algo que há muito tempo não lhe ocupava a mente. Finalmente, achou um conjunto branco; vestiu e mirou-se no espelho; não se achava uma mulher atraente e muito menos sensual …, não frequentava academia de ginástica e jamais se preocupou muito com sua aparência, apenas observando o essencial …, e, agora, havia alguém interessada nela …, outra mulher! E com essa tormenta de pensamentos ocupando sua mente, Jaciara tomou um susto ao ouvir a campainha soar estridente ...
Ao abrir a porta, Jaciara viu Palmira, cujo olhar de êxtase ao vê-la em roupas íntimas, demonstrava claramente seu grau de excitação; de modo impensado, Palmira avançou na direção de sua amiga, tomando-a nos braços e beijando-a com voracidade; Jaciara, tomada pela voluptuosidade do momento, entregou-se de corpo e alma, saboreando o beijo quente e molhado em que lábios de colavam, línguas se digladiavam e salivas se misturavam.
Engalfinhadas, as mulheres entraram para dentro aos trancos e barrancos, e a ansiedade de Palmira era de tal magnitude, que não perdeu tempo em deixar sua nova parceira nua para saboreá-la, inicialmente, com olhos gulosos. Fez com que Jaciara se sentasse sobre um sofá, e com gentileza ajudou-a a abrir as pernas, permitindo mergulhar o rosto entre elas e desfrutar da buceta lisa, quente e já úmida de sua parceira.
Jaciara não tardou em experimentar seu primeiro orgasmo …, o primeiro depois de tanto tempo! E ela o fez em grande estilo, gemendo e gritando como louca; e após este, outros se seguiram, ainda mais caudalosos e veementes. Com a voz trêmula e embargada, ela confessou que jamais sentira algo tão bom!
-Ahhhhhh! Meu Deus! Como você é boa de língua! – exaltou ela, com a respiração irregular.
-Você tem uma buceta gostosa, minha cadela! – respondeu Palmira entre lambidas e chupadas – Hummmmm …, estava tão louca pra te provar, minha putinha!!!!
E sem perder tempo com palavras desnecessárias, Palmira concentrou-se em fustigar a vagina de sua parceira, levando-a ao ápice de prazer com uma onda de orgasmos que parecia não ter fim; Jaciara, exaurida ante tanto prazer, suplicou para a amiga que precisava retribuir, desde que ela a ensinasse. Palmira olhou nos seus olhos e sorriu; no instante seguinte, depois de livrar-se das roupas, era Palmira que gemia sob o domínio da língua de Jaciara, cujo desempenho mostrou-se mais que satisfatório, comprovado por gemidos, gritos e suspiros a cada novo orgasmo.
Era madrugada quando as duas mulheres deram-se por vencidas ao usufruir tanto prazer mútuo; Palmira ainda insistiu em explorar a vagina da parceira, dedilhando e metendo dois dedos em seu interior simulando uma penetração com direito a movimentos de vai e vem, o que submeteu Jaciara ao domínio manual da companheira, com mais um gozo muito profícuo!
Adormeceram abraçadas, e logo pela manhã, acordaram entre beijos, carícias e troca de palavras tórridas de desejo; no banho, foi a vez de Jaciara abusar da amiga, fazendo-a ficar de costas e sucedendo dedadas na boceta e também no cuzinho, fazendo Palmira gemer alto de prazer, gozando como louca. E enquanto tomavam café, trocaram confidências, com a surpresa de Jaciara ao saber do desejo que sua amiga nutria por ela há muito tempo e que jamais teve coragem de revelar.
-Bom …, a partir de hoje, essa casa também é sua! – disse Jaciara com tom envolvente.
-Mais ou menos, né, amiga – respondeu Palmira com um tom desdenhoso – Pois, ainda há o Duda e ele não aceitará isso com facilidade …, eu sei disso! Sempre foi assim e sempre será …, mas, ainda assim, eu te quero na minha vida!
