O segurança que fez de mim seu viado - Final
Os lençóis estavam recém-trocados, bem como todo enxoval de cama, que passei um tempão arrumando e perfumando para aquela noite. Tolo, iludido e estúpido, é isso que você é, se pensa que esse sujeito vai reparar ou dar a menor importância ao que você faz para acolhê-lo, constatei, quando ele veio pincelar a pica babada na minha cara. Era uma bichinha vadia, putana, que ele almejava, pois a teria. Peguei na verga e comecei a punhetá-lo, enquanto lambia e chupava o tronco carnudo que ia endurecendo na minha mão. Coloquei um de seus culhões peludos na boca e massageei-o com a língua, sem me importar com a pentelhada que ficava colada nos meus lábios. O desgraçado se contorcia e grunhia feito leão farejando fêmeas no cio. Deixei-o com tanto tesão que ele não demorou a vir para cima de mim. Enquanto se esfregava no meu corpo, eu o envolvi com as minhas pernas e braços, mostrando-me disponível e receptivo.
- Vou acabar com esse cuzinho hoje, seu bambizinho, cadelinha safada! – rosnou, enquanto lambia minha rosquinha, formando um beiço de tão excitada e desejosa de levar aquela rola na qual eu acabei de dar um trato.
Ao me girar de bruços e montar em mim, ele enfiou dois dedos brutalmente no meu cuzinho alargando minha fenda estreita, por alguns segundos de puro pânico, pensei que ele fosse me fistar até o punho, eu me contorcia e gritava tentando sair debaixo dele. Só relaxei quando ele fez a jeba deslizar ao longo do meu reguinho, empapando-o com o pré-gozo. Eu me empinava, gemia, me contorcia debaixo dele pedindo pica. O Adriano a socou no meu cuzinho fazendo emergir aquela cabeçorra grossa e bruta. Me deixou gritar e ganir enquanto continuava a meter toda sua verga em mim. Parecendo um gorila possesso, apoiou as mãos sobre o colchão e, de quatro, bombou ensandecidamente meu cu sob os gemidos lascivos que saiam da minha garganta. Quando terminou, e se aprontava para me deitar de costas, surpreendi-o sem lhe dar oportunidade de reagir, abraçando-o tão impetuosamente e colando minha boca na dele que por uns minutos consegui fazer com que ficasse completamente sem reação. Percebi que ele estava gostando das minhas carícias e, mais ainda, do meu beijo libidinoso. Mas, um empurrão voltou a me lançar de costas sobre a cama e ele investiu novamente, metendo o caralhão no meu cu e segurando minhas pernas firmemente apartadas no ar. Eu o encarava e gemia provocando-o, enquanto me entregava aos seus ímpetos selvagens, deixando-o espanar meus esfíncteres com suas estocadas vigorosas e rítmicas. No momento em que ele se abaixou e ficou ao alcance das minhas mãos, eu o puxei pelo pescoço e tornei a colar minha boca à dele. As estocadas foram tão fortes que eu gritava diretamente em sua boca, sentindo sua saliva escorrer pela minha garganta, cheia de sabor, cheia de tesão. Ele estava acabando comigo, mas meu tesão me fez gozar sobre o meu ventre. Era a primeira vez que isso acontecia enquanto estava sendo arrombado e, a primeira vez em que ele olhava para mim não mais com aquele olhar punitivo, mas como se seu coração estivesse se derretendo feito uma pedra de gelo ao sol. O Adriano começou a tirar sequencialmente a pica do meu cu, metendo-a em seguida novamente com força, até me ouvir ganir, por ter socado minha próstata. Pouco depois, ele começou a gozar, soltando um som rouco do fundo da garganta, ao mesmo tempo que os jatos eram fartamente expelidos para dentro do meu cuzinho. Ele estava não apenas satisfeito sexualmente, meu beijo demorado e carinhoso, que ao começar o fez estremecer, injetou nele o amor que eu já nutria veladamente, e o deixou perturbado a ponto de não mais saber como agir. Desvencilhar-se de mim era tudo o que ele não desejava naquele momento, mas que tinha que ser feito, pois adiar certamente se tornaria impossível depois, e ele precisava continuar agindo sem essa intromissão repentina que estava em seu coração.
Ele se levantou, deu uns passos rápidos de um lado para o outro, como se não soubesse exatamente o que fazer. Passou uma das mãos sobre a cabeça enquanto olhava para mim, ali deitado, ligeiramente de lado, com um fio de sua porra vazando do meu cuzinho machucado. Não teve coragem de olhar para a brandura estampada no meu rosto, uma vez que sabia não resistir àquele olhar sem voltar a me ter em seus braços envolvido pelas minhas carícias perturbadoras. Pensou em vestir as roupas e sair dali o quanto antes.
- Por favor, Adriano, fique aqui comigo esta noite. – balbuciei, com doçura. Ele sabia que estava perdendo a batalha travada dentro de si entre a razão e a emoção quando veio se aninhar junto a mim, permitindo que minha mão deslizasse suave e incólume por cima dos pelos de seu peito. Eu acabei adormecendo com o calor que o corpo dele emanava.
Ao acordar, com o sol já alto, fiquei meio perdido por estar quase à beira da cama e perceber que não estava só. Ao me virar, o Adriano estava esparramado, sua respiração tranquila ressoava baixinho. Meu primeiro impulso foi o de beijá-lo, atentado por aqueles lábios úmidos cujo sabor parecia estar impregnado sob a minha pele, porém não era só isso que estava impregnado em mim, ele todo parecia fazer parte do meu corpo através daquela umidade pegajosa entre as minhas coxas. Controlei-me receando que ao acordá-lo, ele tivesse outro de seus comportamentos agressivos. Contentei-me em observá-lo em silêncio, ver como eram largas as suas sobrancelhas, como era sensual o contorno de sua boca, como era máscula aquela barba cerrada que havia crescido durante a noite, como aquele queixo anguloso, agora inerte, assumia um aspecto agressivo quando ele se enfurecia. Imperturbável, meu olhar desceu atraído por seu abdômen trincado, por sua gigantesca rola ligeiramente dura e tombada pesadamente por cima de sua coxa peluda. Mais uma vez precisei controlar outro impulso que me abalou ao ver aquele caralhão que havia me arregaçado há poucas horas, o de colocar aquela cabeçorra arroxeada na boca e sorver o que saísse dela.
- Examinando seu macho? – questionou ele, com a voz grave e rouca, tirando-me do devaneio que me fizera perder a noção do tempo e do espaço.
- Sim! – exclamei, com um sorriso gentil e autêntico. A assertividade o perturbou.
- Está com saudades da minha pica, viadinho corno? – ele estava não só despertando como reassumindo sua hostilidade.
- Ainda estou todo molhado, mas se você quiser pode me foder. Prometo ser bem carinhoso com você. – respondi. Minha resposta avassalou seus brios.
- Assumiu de vez sua natureza, bichinha safada?
- Era o que você queria, não era?
- E aí você resolveu fingir que aceita tudo numa boa!
- Não estou fingindo! Por que não quer acreditar que eu esteja sentindo alguma coisa por você? Tem medo de comprometer sua reputação de macho? – questionei, colocando-o contra a parede.
- Acha que me perturbo com o que os outros pensam sobre mim? Minha virilidade não mora só na minha rola, mas aqui principalmente. – retrucou, apontando o dedo para a cabeça.
- Posso te fazer um pedido?
- Se for outra vez essa história de te deixar em paz e sumir da sua vida, pode esquecer!
- Não, não é. Pelo contrário! Me fode! Mas, me fode sem essa hostilidade que tem para comigo, me fode aceitando meus beijos e não se esquivando deles como se eu fosse algum pestilento, me fode com a intensidade do que está te abalando todo por dentro. – desabafei
- O que te faz crer que estou abalado?
- Por que eu sinto! Posso quase jurar que você está sentindo por mim o mesmo que sinto por você.
- E o que sente por mim?
- Eu me apaixonei por você, acredita? Me apaixonei por um homem que faz de tudo para me humilhar, sem eu saber porquê. – respondi sincero. Ele não disse uma única palavra, apenas veio para cima de mim e me fodeu como eu havia pedido.
A partir dali entramos numa fase menos turbulenta. Eu até me arriscaria a dizer que mais amorosa, se é que se podia relacionar aquelas transas, tórridas e praticamente diárias, com algo que se assemelhasse a um envolvimento amoroso. Ele existia de minha parte, isso era certo, mas quanto ao que o Adriano sentia por mim continuava a haver uma grande incógnita. Às vezes, ele era extremamente gentil e carinhoso e, de repente, como se alguém tivesse acionado uma chave comutadora, ele voltava a ser o Adriano que me ofendia, humilhava e tripudiava, como se precisasse dessas demonstrações para negar o que sentia por mim. Dessa forma, apesar da mudança, eu continuava a pisar em ovos, continuava inseguro e inquieto, mas principalmente puto comigo mesmo por não conseguir resolver definitivamente a questão.
- Só vejo uma saída! – disse meu sócio, num dia em que voltamos a tocar no assunto do segurança diante de mais uma cara de contrariedade minha. – Você precisa procurar um psicoterapeuta. Você não tira esse sujeito da sua cabeça, até parecem marido e mulher em briga de casal. Aceitar meu conselho de simplesmente despedi-lo você não aceita, então já não sei mais que conselhos lhe dar. – afirmou.
- Eu já te expliquei porque não posso demiti-lo, os vizinhos gostam dele e não aprovariam uma decisão unilateral de minha parte. – justifiquei.
- Explique a eles o que está acontecendo, exponha suas razões e, tenho certeza que hão de concordar. – insistiu. Seria fácil se eu não precisasse admitir que o Adriano estava me subjugando e me fodendo o cuzinho, e por isso, eu o queria longe de nossas vidas.
Na manhã de um feriado prolongado que tínhamos passado juntos, eu saía do chuveiro onde tinha ido lavar meu rego cheio de porra que vazara da trepada que demos ao acordar, quando o celular dele tocou, e ele já havia descido para preparar o café. Não cheguei a tempo de atender a ligação, mas instantes depois, entrou uma mensagem do mesmo número que havia ligado. Meter-se onde não se é chamado quase sempre acaba mal, foi o que aconteceu quando abri a mensagem e a li. OI AMOR, ESTOU MORRENDO DE SAUDADES. POR ONDE VOCÊ ANDA? SINTO FALTA DO CACETÃO DO MEU MACHO. NÃO DEIXE MEU CU SOFRER TANTO PELA SUA AUSÊNCIA. BEIJÃO, CHEIO DE TESÃO, DO SEU BILUCO – estava escrito, seguido de três figurinhas de um coração vermelho pulsando. Reli a mensagem umas quatro vezes antes de me convencer de que aquilo não era uma miragem, um pesadelo com o qual sonhava enquanto ainda estava dormindo.
- Você esqueceu seu celular lá em cima. – avisei, ao entrar na cozinha e colocá-lo sobre o balcão próximo ao Adriano.
Ele pegou o celular quando viu que na tela havia a sinalização de uma chamada e da mensagem. Leu-a sem demonstrar nenhuma reação, da mesma maneira como muitas vezes agia comigo, aquele rosto imparcial de um jogador de pôquer. Eu não disse nada quando ele me serviu parte dos ovos mexidos que acabara de preparar. Sabia que teríamos uma discussão, eu por ciúmes, ele para justificar sua traição ou até para me questionar sobre a invasão de sua privacidade. Fui seco e distante pelo resto do dia com ele, e me controlei para não deixá-lo ciente da minha descoberta. Fiquei feliz e aliviado quando ele, no meio da tarde, se despediu sem dar explicações.
Aquilo ficou remoendo na minha cabeça. Comecei a juntar os fragmentos de tudo o que sabia sobre o Adriano e, pasmo, cheguei à conclusão que, praticamente nada. Contratei-o pela comodidade que a indicação do ex-segurança me transmitiu, sem investigar absolutamente nada sobre seu passado. Assim que expus minha cagada ao meu sócio e, lhe pedi ajuda para checarmos quem era de fato o Adriano, ele se prontificou na hora, pois era chegado em espionagens, com seu tino investigativo e uma tendência a bancar o detetive quando via uma oportunidade para tanto.
Obter o atual endereço do Juvenal na cidade do interior foi fácil. Seguimos para lá e, sem nenhuma objeção, ele deu o serviço.
- Pois é, ‘seu’ Bruno, para ser sincero, eu não sou parente do sujeito, como é mesmo o nome dele? Eu queria vir logo para cá, pois o emprego estava garantido se eu pudesse começar imediatamente. Aí ele apareceu perguntando pelo senhor, falou que estava à procura de emprego, esses papos. Daí ele sugeriu que eu dissesse que éramos irmãos, até porque nosso sobrenome é igual, para ele conseguir a vaga mais fácil. Sei que não foi honesto, mas só assim consegui resolver meu problema. Por que, ele fez alguma coisa errada? – revelou.
O passo seguinte foi checarmos o endereço que ele forneceu ao ser admitido. Seguimos para lá sem demora, um edifício quase novo, de excelente aspecto, onde meu sócio se dirigiu à portaria interessado no apartamento à venda que constatava numa tabuleta fincada no jardim do condomínio. Enquanto o síndico o apresentava ao apartamento, meu sócio com sua habilidade e tremenda cara de pau, conseguiu arrancar as informações que precisava. Sim, o ‘conhecido’ do meu sócio morava no condomínio, mas não era o dono do apartamento. O proprietário era um sujeito solteiro que, sussurrado em tom de segredo, parecia não ser lá muito homem – SE É QUE O SENHOR SABE DO QUE ESTOU FALANDO – teria dito o síndico, uma vez que costumava receber visitas apenas masculinas e, que o tal do ‘conhecido’ do meu sócio passava umas temporadas no apartamento. A cada nova informação que recebia, parecia que algo dentro de mim se destroçava, e uma dor inexplicável só ia ganhando força. O idiota aqui, além de ter se apaixonado por seu algoz de quem não sabia absolutamente nada, ainda estava sofrendo por descobrir que estava sendo traído. Só então, comecei a associar alguns dos xingamentos e humilhações pelas quais o Adriano me tinha feito passar. A palavra corno, me veio à mente, pois se referia a mim muitas vezes assim. Por que corno? De onde surgiu essa certeza de que eu era um corno? Não me constava que a Ana Elisa estava me traindo. Teria eu sido tão cego até esse ponto? Quando essa dúvida brotou na minha cabeça, a resposta positiva a essa pergunta já me fazia sentir a testa coçando. E, de onde vinha a certeza de que eu era um viadinho, uma bichinha, como ele também costumava se referir a mim? Quando casado, o máximo que eu tinha feito era espichar o olho muito sutilmente quando um homem, que tinha que ser muito, mas muito atraente, para chamar a minha atenção. Isso sem falar que meu cuzinho era tão virgem quanto no dia em que nasci. Então, por que viado logo de cara, e já tomando liberdades nesse sentido comigo?
- A oficina mecânica! – exclamei, alguns dias depois, deixando meu sócio sem entender do que eu estava falando.
- Que oficina?
- A oficina onde ele me levou para consertar o carro. Alguém lá deve saber alguma coisa sobre o Adriano. O tal do dono. – afirmei. Foi o que bastou para meu sócio abrir seu sorriso enigmático e partir em busca de mais pistas.
Alegando que tinha uma empresa e uma pequena frota de veículos, meu sócio queria fazer uma parceria para a manutenção desses veículos e, para isso queria tratar diretamente com o proprietário. Não recebi com surpresa a notícia de que o dono era o Adriano que, por nunca ter visto meu sócio, num papo descontraído, revelou mais do que deveria. Juntando retalho por retalho, aventei a hipótese do Adriano estar envolvido com a minha ex.
- Será? Que babado! Estou cada vez mais interessado nessa história! – exclamou meu sócio, eufórico por aquilo estar se revelando um emaranhado de encrencas. – Vamos correr atrás disso, hoje mesmo. Ou eu desvendo essa charada ou não me chamo Fabrício Holmes! – brincou.
Ele passou quase duas semanas fazendo mistério sobre as horas que passava diante do computador, para depois mandar um dos nossos office-boys pegar isso aqui, vasculhar aquilo ali acolá, ficar segredando ao telefone em ligações que não podiam ser interrompidas até entrar na minha sala com uma pasta repleta de papeis. A princípio pensei que fossem de algum cliente, mas a cara de vitória e seu risinho ladino me mostraram que não.
- Seu segurança, contratado às cegas, numa bela cagada sua, diga-se de passagem, pois poderia ter posto um criminoso nas portas de vocês; é nada mais, nada menos, do que o filho da irmã da esposa do tio de sua ex. Quer mais ou isso é o suficiente? – revelou orgulhoso.
- O que é que você está falando? Que imbróglio de filho de irmã de esposa de sei lá quem é esse? Minha ex, o que ela tem a ver com isso? – indaguei gaguejando
- O babado é o seguinte, o sujeito é o filho da irmã da esposa do tio da Ana Elisa. Não são parentes diretos, mas ele tem algum relacionamento com sua ex. Isso, para mim, não passa de armação de mulher traída. – afirmou
- Eu nunca traí a Ana Elisa! Nunca! – asseverei
- Então é vingança! Você deveria saber que mulher despeitada é um bicho quando se trata de armar uma boa vingança. Antes ter mil inimigos homens do que apenas uma mulher despeitada. Já dizia sei eu lá que sábio, ou a voz do povo! – caçoou.
- Mas, por quê? Terminamos numa boa. Eu pelo menos achei que foi assim. – afirmei.
- Ela não deve ser da mesma opinião. O que fazemos agora? Vamos confrontar o sujeito, a sua ex? Vamos tentar descobrir mais podres? Deve haver uma porção deles, pela maneira ardilosa como tudo que descobrimos nos leva a crer. – o entusiasmo dele para continuar a investigar era óbvio.
- Não! Chega! Isso está acabando comigo. Agora tenho argumentos para convencer meus vizinhos a demiti-lo. É o que farei hoje mesmo. E, adeus Adriano da minha vida! – garanti.
- Ah! Só mais um pouco, vai. Quem sabe não estamos diante de um fugitivo da lei? Já imaginou nossas investigações levarem o sujeito para a cadeia? Isso seria fantástico! – o delírio investigativo estava correndo solto em suas veias.
- Pirou? Basta eu resolver meu problema, o resto, se houver, que a justiça faça por conta própria. – afirmei, jogando um balde de água fria em suas expectativas.
- Você já viu que o cara não é um pobre coitado que precisava do emprego. Pode ser que tem muito mais coisas por trás disso tudo. Ele também não é um bobinho ignorante qualquer, tome cuidado ao lidar com ele.
- Disso eu já sabia. O gosto por comida tailandesa, o fato de ele ter me perguntado se eu tinha prestado atenção na letra da música do Alok, tudo agora fazia sentido.
Pedi que um dos vizinhos se encarregasse da demissão do Adriano. Havia um senhor que tinha um tino especial para a coisa e, não se recusou a tomar as providências quando abri o jogo.
- O que significa isso? – exigiu saber o Adriano, quando invadiu o escritório após receber a demissão.
- Uma reunião dos moradores optou por demiti-lo, foi o que aconteceu. – afirmei, tentando manter a calma diante daquele rosto furioso que me fazia tremer da cabeça aos pés.
- O caralho! Tem sua mão metida nisso! E você vai me explicar tudo muito direitinho, se não quiser ajustar contas comigo. – descarregou furioso.
- Suas contas já estão ajustadas!
- Não me provoque! Sabe muito bem do que sou capaz, sua bichinha enrustida!
- Algum problema, Bruno? – questionou meu sócio, entrando na sala e ficando cara a cara com o Adriano ela primeira vez, depois do encontro na oficina quando se fez passar por um empresário interessado em fazer uma parceria para sua frota de veículos. – quando o Adriano o reconheceu e, percebeu que tinha caído numa armadilha e sido desmascarado, ficou possesso.
- Acho que não, se esse senhor deixar minha sala neste instante e, minha vida para todo o sempre! – respondi.
- Você pensa que esse teu macho marombado me mete medo? Você vai precisar de muito mais macho para me botar de escanteio. – afirmou o Adriano. Só então dei uma boa olhada no Fabrício, ele era mesmo um macho marombado e muito gostoso, talvez tenha sido isso que nos aproximou tanto ao longo desses anos todos. Tive que sacudir a cabeça para afugentar esse pensamento ridículo e totalmente fora de propósito no meio de uma situação delicada como aquela.
- Não custa nada botar esse vagabundo daqui para fora com um belo chute no traseiro! – exclamou o Fabrício, disposto a encarar o petulante que o desafiara, sabendo que ele não seria páreo nesse desiderato, depois de ter sua hombridade posta em dúvida. Por uns segundos, senti que a empáfia do Adriano estremeceu. Ele não era nenhum tolo, sabia que o Fabrício levaria a melhor num eventual confronto físico.
- Vamos acertar as nossas contas, esteja certo disso! – exclamou o Adriano, dirigindo-se a mim, antes de se retirar.
- Não! Espere! Vamos resolver tudo aqui mesmo, estou cansado de adiar essa questão. – retruquei, encorajado pela presença do Fabrício.
Joguei na cara do Adriano tudo o que havíamos descoberto. O conluio com a Ana Elisa, a traição com o tal ‘Biluco”, a fraude para conseguir me vigiar de perto através de um emprego que ele não precisava, e as ameaças que me fizera.
- Isso pode dar cadeia, sabia? – interveio o Fabrício, após minha exposição e orgulhoso de ter ajudado a levantar os podres do Adriano.
- Vá à merda, meu amigo! Tô me lixando para o que você acha. Meu negócio é com esse viadinho aqui. Pois eu aposto que ele não te contou do número infindável de vezes que eu fodi o cuzinho dele e, de ele ter gostado tanto, a ponto de se apaixonar por mim. Ele te contou que se declarou para mim? Contou amorzinho? – revelou, jogando a merda toda no ventilador. Eu estava desmoralizado, para dizer o mínimo. O Fabrício me encarava incrédulo. Subitamente, tive receio de perder seu apoio.
- Você é um canalha! – berrou o Fabrício, metendo um soco no meio da cara do Adriano, que desequilibrado, foi ao chão como um boneco desengonçado.
- Espere, Fabrício! Não, não bata mais nele! Chega! – intervi, quando o Fabrício partiu para cima dele com o punho cerrado.
- Deixa eu ter o gostinho de arrebentar com essa cara, deixa, eu te peço!
- Por favor, Fabricio, para! – ele soltou o Adriano a contragosto, sem eu entender o que significava aquela expressão que estava em seu rosto enfurecido.
As semanas seguintes não me trouxeram de volta a tranquilidade que eu imaginei. Era vergonhoso demais admitir que eu estava sentindo a falta do Adriano. Não era apenas a falta física dele que me incomodava, a ausência daquela sensação de cu arregaçado, a privação daquele esperma que ficava impregnado em mim e, que eu carregava no rabo por horas fazendo persistir a doce presença de seu tesão por mim; eu sentia falta daquela sensação de completude que havia tomado conta do meu coração desde o dia em que me descobri apaixonado por ele. Que tipo de pessoa seria eu se perdoasse tudo o que ele me fez?
O domingo amanhecera com um céu de brigadeiro, as escassas e esparsas nuvens, tão brancas e espessas que mais se assemelhavam a chumaços de algodão, eram lentamente carregadas por uma brisa suave. Apesar de cedo, fazia muito calor, estávamos em pleno verão. Isso me motivou a deixar a preguiça de lado e fazer uma faxina no carro. Há tempos se acumulavam papeis, tickets de compras e toda sorte de sobras que costumamos ir acumulando durante a correria do cotidiano, afora que, devido às fortes chuvas do início daquela semana, o carro estava imundo também por fora. Vesti um short e fui à luta, me divertir ao ar livre. Estava quase dando por terminada a minha tarefa quando o Fabrício apareceu. Suas visitas eram raras, pois a esposa quase sempre tinha planos para os finais de semana e, como convivíamos diariamente no escritório, não havia muita razão para estarmos juntos nas horas de folga, à exceção de alguma comemoração ou, de alguns churrascos que ele gostava de preparar para uma galera de amigos. Haviam se passado dez ou doze dias desde o incidente com o Adriano no escritório.
- Oi! – cumprimentou, ao descer do carro de bermuda, camiseta, óculos de sol e um daqueles seus sorrisos largos.
-Oi! – respondi, retribuindo sua alegria com um sorriso acolhedor. – Caiu da cama? – brinquei, pois sabia que ele era preguiçoso para levantar cedo.
- Fui meio que obrigado, sabe como é, a Tatiana e Felipinho já estão na casa da sogra.
Ele havia se casado com a Tatiana, uma namorada que ele embromou por quase sete anos num namoro longo, dois anos antes do que eu e a Ana Elisa. Tiveram o Felipinho seis meses depois do casamento. E, como ele e a sogra davam tão certo quanto uma mistura de água e óleo, ele evitava frequentar a casa dos sogros, para onde levava a esposa e a deixava até que ela ligasse para ir apanhá-la.
- Legal! Então almoçamos juntos e descobrimos o que fazer para preencher a tarde! – exclamei.
- Ótimo! Assim matamos as saudades do tempo de faculdade, lembra? – retrucou, em alusão aos frequentes programas que fazíamos naquela época.
- Se lembro! Bons momentos aqueles. – devolvi. – Só me dá um tempo de terminar de secar os vidros, tomar uma ducha para tirar esse suor e podemos pensar no almoço. – emendei.
- Sem estresse! Quer ajuda?
- Não, obrigado! Estou só finalizando.
Ele se acomodou numa mureta que eu tinha na entrada da garagem e ficamos papeando enquanto eu terminava de secar o carro. Depois de alguns minutos, senti seu olhar quente acompanhando cada um dos meus movimentos, e me questionei quanto àquele short que estava usando à vista de toda a vizinhança, mesmo sabendo que era o tipo de vestuário que eu devia evitar, a menos que estivesse numa praia, devido às proporções da minha bunda. No entanto, ao invés de ficar constrangido, me senti lisonjeado, especialmente depois de o Adriano ter feito menção ao físico avantajado do Fabrício que, para ser sincero, eu nunca tinha reparado até aquele dia; bem como, à facilidade com a qual ele derrubou o Adriano com um único soco, ao me defender de suas agressões.
- Pronto! Vamos entrar. Tem umas cervejas na geladeira, vai se servindo e fique à vontade, vou tomar uma ducha e já volto! – disse, ao entramos para dentro de casa.
- Valeu!
Subi e estava tomando uma ducha rápida quando, subitamente, senti um desejo libidinoso percorrer meu corpo junto com a água que descia por ele. Não soube qual era a origem desse desejo, se aquela falta que sentia do crápula do Adriano, ou se da lembrança do Fabrício tomando minhas dores. Ao sentir que meu cuzinho piscava, resolvi fazer a chuca para ver se trazia um pouco de tranquilidade para as preguinhas assanhadas. Ia ser jogo rápido, desnecessário é obvio, pois não tinha nenhuma segunda intenção com o Fabrício, uma vez que nunca houve um clima entre nós durante todos esses anos que nos conhecíamos. Acontece que tive uma surpresa ao sair do banheiro do meu quarto. O Fabrício havia subido, tirado a camiseta deixando um peito largo, vigoroso e peludo à mostra, sentado na cama com uma latinha de cerveja nas mãos me esperando. No momento em que nossos olhares se encontraram, senti um calafrio e um tesão incontrolável e reprimido por ele. E, acho que algo semelhante aconteceu com ele, ao me ver enrolado na toalha de banho. Estava armado aquele clima que nunca tinha acontecido antes e, ambos ficamos um pouco constrangidos com os pensamentos que passavam por nossas cabeças.
- Você já foi casado e vai entender o que vou falar. Casamento nunca foi certeza de sexo frequente e gostoso, concorda? – disse ele, do nada, secando meu corpo refrescado pela ducha.
- Plenamente! Para você ter uma ideia, eu nunca curti o sexo com a Ana Elisa. – revelei.
- E com o desgraçado do sujeitinho? – perguntou, na lata, me desconcertando.
- Como assim? – tentei disfarçar.
- Vocês transaram, o cara deixou isso bem claro! Na verdade, eu cheguei à conclusão de que ele foi no escritório naquele dia não para tirar satisfações por termos descoberto as falcatruas dele, mas por ciúmes de saber que eu tinha te ajudado nas investigações. – afirmou.
- Que isso? O cara só estava se vingando pela Ana Elisa. Pode até ser pela questão sexual, pois acho que ela nunca se sentiu realizada nesse campo comigo. Daí o fato de ele ter se aproximado de mim e, logo de cara, concluir e afirmar que eu era homossexual, sendo que eu nunca tinha transado com outro homem. – respondi.
- E com ele, como rolou? – quis saber.
- Ah, Fabrício! Você jura que vamos falar desse assunto? Eu não me sinto à vontade para falar sobre isso com você. – respondi.
- Por que? Somos amigos há tantos anos.
- Tá, mas isso é muito íntimo.
- E se eu te disser que já pensei muitas vezes em você, não só como amigo, mas como um parceiro de sexo?
- Que papo louco é esse?
- Eu já tive uns lances com outros carinhas na época do colégio e, do Magalhães, lembra dele, aquele loirinho que costumava sentar na última fileira de cadeiras nas aulas da faculdade, dei umas boas enrabadas nele no último ano. Mas, você foi um tesão nunca resolvido desde aquela época. – confessou.
- Estou besta! Juro que nunca prestei atenção nisso. – afirmei
- O que é uma pena! Tem dias que bato uma punheta pensando em você, especialmente por que eu e a Tatiana estamos numa fase complicada. Ela só dá atenção para o Felipinho e reclama toda vez que me aproximo dela, alegando que eu não penso noutra coisa a não ser trepar. E, isso não é verdade. Acredita que já passei mais de um mês sem meter a pica na buceta dela? E isso está se tornando cada vez mais comum. Não estou em idade e condições de aposentar o meu caralho, ele ainda precisa de muita compreensão e carinho. – desabafou. Então descobri o motivo daquela visita inesperada.
- É minha vez de dizer, é uma pena! Uma pena não, um desperdício! – afirmei, sentindo uma profunda atração por ele e, uma afeição maior ainda por tudo o que ele sempre representou na minha vida.
- Não precisa ser assim, se você não quiser! – exclamou, deixando a latinha de cerveja vazia no chão a lado da cama e vindo na minha direção.
Suas mãos vieram diretamente para o meu rosto, envolvendo-o carinhosamente. Um beijo iniciado com um pouco de constrangimento de ambas as partes foi ganhando intensidade, ardor e uma torrente de emoções reprimidas, transformando-se num acalorado e íntimo contato de nossas bocas e línguas se descobrindo no meio daquele tesão. O tronco quente dele foi o primeiro destino das minhas mãos cheias de carinho para oferecer. Deslizei-as por entre os pelos afagando-o sensualmente. Percebi sua ereção crescendo em contato com as minhas coxas nuas, pois ele havia tirado a toalha da minha cintura e passava a mão na minha bunda. Ele inclinou um pouco a cabeça para alcançar meus mamilos. Deu alguns beijinhos curtos ao redor deles, depois os lambeu e, em seguida, começou a mordê-los, instigado pelos biquinhos tensos e duros que afloraram durante seus toques lascivos. Eu afaguei sua cabeleira vasta e sedosa, percorrendo-a com os dedos abertos. Seus beijos alcançaram minha barriga lisinha, por uns instantes ele me abraçou pela cintura e encostou a cabeça nela, eu continuava a afagar seus cabelos. Depois, ele me fez sentar na cama, abaixou a bermuda e a cueca e pincelou o cacetão no meu rosto. Sedutoramente cheiroso eu lentamente fui cedendo espaço para ele o deslizar sobre meus lábios umedecendo-os com o pré-gozo que minava dele. Abri a boca e apertei a cabeçorra quente entre os lábios, o Fabrício soltou um gemido longo, segurou minha cabeça e, deu uma metida da pica até alcançar minha garganta. Muito grossa, eu tive dificuldade de respirar e chupar aquela jeba, mas me empenhei de corpo e alma nessa missão prazerosa. Nunca imaginei que o Fabrício fosse tão gostoso, que seu cheiro fosse tão atrativamente másculo, que aquela aguinha viscosa fosse tão saborosa. Chupei e lambi todo o cacetão pesado que segurava e acariciava em minha mão, fazendo o Fabrício se contorcer e continuar gemendo de tesão.
- Ai Bruno, puta tesão que é essa boca aveludada na minha caceta! – grunhiu, controlando-se para não gozar na minha boca. Algo que eu estava louco para ele fazer, por isso não parei de o atiçar.
Por umas três vezes ele tirou apressadamente a pica da minha boca ao perceber que ia gozar. Na quarta vez, diante do meu olhar que o encarava desejoso e pedinte, ele deixou sua natureza pródiga verter os jatos de porra cremosa diretamente na minha boca. Sem tirar os olhos de mim, ele me viu engolir e limpar seu cacete com a língua, degustando sua virilidade sem reservas. Me pareceu que ele não desfrutava desse prazer há muito tempo, pois parecia feliz como um garotinho que acaba de ganhar um doce. Eu também estava feliz, aquela porra deliciosa tinha algo de especial, algo que eu estava descobrindo no meu sócio e que carregava anos de uma parceria virtuosa e sincera.
- Cacete! Uma gozada dessas é de deixar qualquer um maluco! Engolindo minha porra desse jeito você acaba comigo, parceiro! – murmurou realizado.
- Ela é deliciosa, Fabrício! Deliciosamente viril. – afirmei num sussurro cândido.
- Eu te quero por inteiro! – devolveu ele, também sussurrando.
Deitei na cama, um pouco de lado erguendo ligeiramente uma perna de modo a ficar com o rego um pouco aberto, ele me abraçou por trás e esfregou sua verga nas minhas nádegas, enquanto acariciava meus mamilos e chupava minha nuca. A pica já estava babando outra vez, e lambuzava meu reguinho com o sumo dele.
- Deita de bruços! – ordenou.
Ele abriu as nádegas da bunda grande e roliça que se projetava branca e lisinha das minhas coxas grossas em direção à avidez de suas mãos. Examinou por uns instantes aquele botãozinho rosado encravado profundamente no meu reguinho estreito, que piscava a cada uma das minhas inspirações aceleradas pela excitação. O primeiro toque que senti no olho do cu foi o do polegar cobiçoso dele, roçando em círculos sobre as preguinhas. Era eu quem agora se contorcia e gemia de agonia e desejo. Ao entrar com seu rosto no meio dos meus glúteos, senti sua barba cerrada pinicando minha pele sensível e, quase me levando ao delírio, sua língua úmida lambendo meu cuzinho.
- Ai Fabrício! Entra em mim. – supliquei gemendo de alucinação.
Ele apontou a cabeçorra da caceta sobre a portinha do meu cu e deu uma forçada. Instintivamente meus esfíncteres travaram a entrada daquela verga colossal e carente. Meu tesão me levou a empinar a bunda e forçar o relaxamento dos músculos anais para receber o Fabrício por inteiro, pois era tudo o que queria naquele momento, sentir aquele macho por completo. Ele não perdeu tempo ao perceber que o cuzinho estava aberto e voluptuosamente desejoso, e meteu o caralhão no meu cuzinho. Assim que pouco mais do que a cabeçorra me invadiu, meu anelzinho anal se travou novamente, comprimindo seu falo contra a minha mucosa úmida e quente. Levei as estocadas que terminaram por enfiar todo aquele mastro em mim ganindo feito uma cadela, o que deixou o Fabrício com tanto tesão que ele mal se dava conta da força com a qual estava me agarrando e me fodendo. Nossa comunhão estava chegando a um nível nunca alcançado antes, eu podia sentir as necessidades afetivas dele, a carência que aquela pica vivia e, entreguei-lhe todo o meu ser numa cumplicidade sem igual.
- Por que nunca me deu todo esse carinho antes, Bruno? Nunca imaginei que você fosse assim, tão afetuoso, tão amoroso, embora essas qualidades sempre estivessem presentes em seus gestos. Só que agora eles são todos meus, e isso é a melhor sensação do mundo. – murmurou, enquanto o vaivém de sua rola no meu cu não parava.
Em dado momento, para não gozar e prolongar por mais tempo aquela sensação maravilhosa de estar encapado pelo meu cuzinho apertado, ele tirou o cacetão e me virou de costas. Abri minhas pernas porque queria continuar levando aquela rola grossa no cu, continuar a sentir o corpo tesudo do Fabrício colado no meu, poder sentir sua boca sedenta devorando a minha. Ele meteu a pica novamente em mim e se aconchegou entre minhas pernas e meus braços, que o envolveram receptivos e carinhosos. Ele acompanhou minhas gemidelas com um olhar prazeroso à medida que sua verga se atolava na minha carne. A troca de beijos intensos acontecia simultaneamente ao movimento de sua rola no meu cu. Eu comecei a erguer a pelve quando percebi que ia gozar, o que fazia a jeba dele mergulhar tão profundamente em mim que toda a musculatura do baixo ventre se retesou. Me esporrei todo, com os dedos cravados nas costas dele, ganindo envolto numa satisfação tão plena que ele se envaideceu de seu desempenho. Eu mal havia terminado de gozar e continuava tendo o rabo bombado pelo frenesi dele, quando foi a vez dele não se segurar mais e encher meu cuzinho com os jatos de seu esperma. Por um longo período nos esquecemos de tudo o mais, de que havia um mundo além daquela cama, de que ele tinha uma família, de que eu já não era mais o homem que julgava ser; apenas nos acariciávamos e nos beijávamos, como se esse fosse o bálsamo e solução de todas as nossas dores e problemas.
- Estou faminto! – disse ele, quando nossos corpos já não sentiam mais aquele tesão aflorado queimando nossas peles.
- Também! Até me esqueci do almoço com você nos meus braços.
- Isso que aconteceu entre nós foi mágico! Prometa para mim que vai acontecer de novo! Essa cumplicidade, esse carinho, esse acolhimento que você me proporcionou, eu preciso disso, Bruno! Preciso muito! – confessou.
- Será que devemos fazer promessas que um dia podem não ser cumpridas? Hoje descobri que você não é apenas um amigo, você se tornou tão especial para mim que jamais quero te perder, por mais que a vida nos faça enveredar por outros caminhos. Por isso não quero promessas, quero apenas que continuemos a nos gostar sem limites. – respondi.
- Então será assim! Você e eu e, isso que começou agora, seja lá como se chama. – devolveu.
- Perfeito!
- Jura que vai ficar com a minha porra dentro de você? Não quer se lavar? – questionou quando vesti a cueca após uma ligeira passada de um lenço úmido no rego galado.
- Quero ter você juntinho de mim por mais tempo! – respondi.
- Não acredito que estou vivendo um sonho desses! Você engoliu minha porra, e agora, guarda mais um tanto nessa bundinha tesuda, é de deixar qualquer macho doido. – afirmou, vindo me abraçar e colocando mais um beijo de língua devasso na minha boca.
Ele passou a tarde toda comigo após o almoço. Ficamos rememorando os tempos de faculdade, episódios engraçados ou problemáticos pelos quais passamos no escritório, falamos abertamente de nossas vidas como nunca antes, até anoitecer. A Tatiana já ligara três vezes quando ele começou a se despedir, uma despedida que não terminava, pois parecia haver algo nos amarrando. Quando ele quis me dar um último beijo antes de partir, a proximidade das minhas mãos acariciando seu tronco sobre a camiseta mudou tudo. Numa questão de segundos, estávamos novamente nus, fazendo sexo no sofá e deixando o mundo esperar até nos sentirmos saciados daquela embriaguez languida que regia nossas ações.
Fui dormir tão feliz naquela noite, apesar de sozinho, que nem pensei como seria o dia seguinte, no escritório, quando tudo aquilo já fosse passado; pois havia ficado alguma coisa, algo que jamais se apagaria porque nenhum dos dois desejava que isso acontecesse.
- “Seu” Bruno, tem um senhor aqui querendo falar com o senhor, posso deixar entrar? – avisou o segurança da noite, enquanto eu mastigava alguma coisa em frente à televisão depois de um dia corrido no escritório.
- Quem é, Francisco?
- “Seu” Adriano! – respondeu ele.
- Por favor, Francisco, diga a esse senhor que não tenho nada para conversar com ele. – respondi, perdendo subitamente o controle sobre meus nervos.
- Ele disse que não vai arredar pé, enquanto o senhor não o deixar entrar.
- Pois que durma diante do portão!
- Vamos conversar, Bruno! Não seja infantil!
- O que você acha que ainda temos a conversar? Vá embora Adriano! Não crie mais problemas.
- Hei, moço! Não pode entrar assim não! Vou chamar a polícia! – escutei o Francisco gritar, ao mesmo tempo em que o barulho de um carro se fazia ouvir no interfone. Logo ouvi as batidas na porta.
Estava disposto a não abrir e chamar realmente a polícia, denunciando-o por invasão. Mas, ponderando que o escândalo podia ser bem maior do que uma conversa definitiva com ele, acabei abrindo a porta. Tanto o Francisco, quando um dos vizinhos, provavelmente o que havia entrado com o carro, cuja brecha o Adriano aproveitou para disparar para dentro da vila, também já estavam diante da porta.
- Quer levar esse papo aqui, diante de uma plateia, ou prefere que conversemos só nós dois? – questionou, quando viu que eu ainda não estava completamente certo de recebê-lo.
- Obrigado, Francisco! Deixa que eu cuido do caso.
- Tudo bem “Seu” Bruno. Se precisar vou estar por perto. – retrucou o segurança, o que fez o Adriano lançar um olhar fulminante na direção dele.
- Pois bem, sou todo ouvidos! Diga o que tem para dizer o mais breve possível, e dê o fora! – disse, ao ficar a sós com o Adriano.
- Quero me explicar! Sei que pisei na bola! Mas preciso que acredite em mim, estou arrependido. – começou ele.
- Não preciso e não quero suas explicações! Só quero que me deixe em paz! – revidei.
- Não minta para si mesmo! Você não é indiferente a mim! Eu sei que não é e, por isso estou aqui. Porque eu também não sou indiferente a você e seus sentimentos. – eu evitava olhar para a cara dele. Algo me dizia que se o fizesse, minhas chances de manter meus princípios podiam sumir de uma hora para outra.
- Pois bem! Termine logo com isso, diga o que tem a dizer e vá embora!
- Você só está me mandando embora porque está zangado comigo, e nisso eu te dou toda razão, como eu disse, pisei na bola, e porque sabe que não consegue ficar cara a cara comigo sem que o que aconteceu entre nós te deixe confuso e inseguro, pois você gosta de mim muito mais do que quer admitir. – ele não estava errado, esse era o grande problema, mas eu ia deixar o sentimentalismo de lado e evitar aqueles olhos expressivos que me derretiam o coração.
- Adriano, não tenho a noite toda para desperdiçar com você! Ou você diz a que veio, ou até nunca mais! – devolvi exasperado.
- Posso ao menos entrar e me sentar, a história é longa? Não existe um parentesco direto entre mim e a Ana Elisa, mas temos laços familiares comuns, foi assim que a história da separação de vocês chegou a mim. Ela se colocou na posição de vítima e comoveu toda a família. Também pediu minha ajuda para ‘te dar uma lição’ como ela se referiu à vingança que tinha arquitetado contra você, por tê-la empatado num casamento frustrado e nunca a ter satisfeito sexualmente. Ela queria te ver humilhado de alguma maneira e, me deixou livre para escolher os meios de o fazer. A princípio também caí no truque de vitimização que ela encenou e acabei caindo em sua trama e topando te dar uma lição. Foi isso que me fez convencer o segurança a me ajudar a conseguir o emprego, do qual nunca precisei, pois felizmente tenho meu próprio negócio como você bem sabe, e sou capaz de me sustentar sem depender desse emprego. Uma estória bem elaborada e uns trocados que soltei na mão do segurança foram o suficiente para ele me ajudar. Conseguida a vaga, foi mais fácil do que pensei te enredar com meus préstimos e com a solução dos problemas do seu carro. Logo de cara percebi porque a Ana Elisa se queixou do seu desempenho na cama. Tenho um amigo gay, com quem já transei e até já dividi o apartamento dele por uns tempos enquanto o meu estava em reforma. Assim, foi fácil reconhecer que, embora você não demonstrasse e, talvez nem soubesse dessa sua inclinação, você era um gay enrustido. Não é segredo para ninguém da minha família e amigos, que sou bissexual. Então foi fácil despertar esse seu lado que guardava a sete chaves. Aquele dia em que você quis dar uma de machão tentando me colocar na posição subalterna de um mero empregado, foi providencial para começar a pôr meu plano em prática. Me fiz de indignado, te botei contra a parede e te enrabei pela primeira vez, fácil como tirar um pirulito da mão de uma criança. O cuzinho detonado derrubou todas as convicções que havia em você e, de repente, você estava inseguro e vulnerável como eu precisava para te submeter ao meu plano. Estava dando tudo tão certo que eu cantei vitória antes do tempo. Pensei, vou criar uma situação na qual eu consiga desmoralizá-lo perante os vizinhos e, até quem sabe, da própria família, amigos ou funcionários do seu escritório. Só que eu não contei com aqueles beijos que você insistia em me dar quando eu te fodia. Percebi que precisava fugir deles, pois me faziam estremecer, esquecer essa vingança que não era minha, tentar não sentir o que começava a afetar a tranquilidade do meu coração, lembrar-me que só estava te fodendo para te fazer crer que estava a fim de você. Mas, isso ficava cada vez mais difícil à medida em que você se mostrava carinhoso, receptivo, cheio de amor para dar e, daqueles beijos avassaladores que embaralhavam todos os meus pensamentos e só me faziam desejar te dar todo o amor que carregava dentro de mim. Eu estava a um fio de abrir o jogo com você quando aquele seu sócio enxerido começou a se meter comigo e com os meus planos para com você. Perdi a cabeça quando soube que vocês tinham vasculhado a minha vida e, a partir daí você sabe o que aconteceu, não preciso esclarecer mais nada. A não ser, mais uma última coisa, eu me apaixonei por você já nas primeiras vezes em que transamos. Esteja certo, o cacete de um macho não fica duro se ele não estiver afim. Não dá para fingir um orgasmo, como conseguem fazer as mulheres e os gays. Quando o tesão vem a pica endurece e só se pensa em foder e, o orgasmo e a gozada só vem quando a foda é boa e dá prazer, caso contrário, a gente brocha no meio do caminho. E, eu cheguei num estágio em que mal podia me aproximar de você, me lembrar do cheiro da sua pele, devanear com sua boca trabalhando meu cacete, que eu já ficava de pau duro, querendo meter em você e gozar. Acredite, eu te amo! Pode parecer que não, mas todo esse tempo que estamos afastados, não consigo te tirar da cabeça, não consigo te tirar daqui de dentro. – concluiu, apontando para o coração.
- Ok, era isso? – inquiri, me mostrando pouco convencido de suas explicações, embora elas confirmassem o que o Fabrício e eu havíamos descoberto e, esclarecido mais alguns pormenores.
- Sim, é isso! Isso e o fato de eu te pedir que me perdoe, e volte a ficar comigo.
- Você só pode estar de gozação! Você faz da minha vida um inferno, me humilha, abusa do meu corpo, me trai e pede que eu fique com você? Que espécie de homem você pensa que eu sou? – questionei indignado.
- O tipo sensível que perdoa, o tipo que sabe que o que rolou entre a gente na cama não foi uma mentira, mas a mais pura troca de amor, isso não se finge. Sei que está puto comigo, mas me dê uma chance de provar o quanto eu te amo. Você é um cara de coração mole que eu sei. Amoleça-o para mim. – aquela voz mansa e ele tentando chegar perto de mim ao alcance de suas mãos me fez recuar rapidamente, uma vez que caído na rede eu não saberia como sair dela.
- A confiança uma vez perdida não se recupera! Seja lá o que você jurar para mim, sempre vou me lembrar do que você fez comigo. Não se constrói nada sobre uma base tão instável. – retruquei.
- Você não perdeu a confiança em mim, só está cego de raiva. No fundo, você sabe que nunca te fiz mal algum. Posso ter exagerado nas humilhações, posso ter brincado com teus sentimentos no início, mas isso é passível de perdão quando um amor verdadeiro está em jogo. – argumentou ele.
- Um amor tão verdadeiro quanto todo o estratagema falso que você montou?
- Eu me arrependo da minha armação, mas não me arrependo do amor que sinto por você. Ele é minha prioridade de vida, e é por isso que estou aqui, tentando resgatar o que quase implodi com a minha tolice e arrogância de macho.
- Não dá, Adriano! Não dá. Para mim simplesmente não tem como acreditar em você. É melhor colocarmos um ponto final nisso. – afirmei.
- Então olha nos meus olhos e me diz que não quer o meu amor, que não acredita nele, e eu te deixo em paz! – revidou, pegando meus ombros e me forçando a encará-lo.
- Pare com isso! – não dava para negar que ele mexia muito comigo ainda e, muito menos, dizer que não sentia nada por ele. Ele percebeu minha fraqueza e sabia que eu ia ceder, mais cedo ou mais tarde e, resolveu esperar por esse dia.
- Muito bem! Eu proponho que comecemos do zero. Vamos agir como se nos conhecêssemos hoje, agora, aqui. Vamos nos encontrar, sair juntos, nos apresentarmos aos amigos e, se você topar até às nossas famílias tudo sem nenhum compromisso ou cobrança, certo? Assim você tem como descobrir quem eu sou de verdade e, se o que eu sinto por você é só uma armação ou um amor puro e verdadeiro. De minha parte, prometo segurar a onda e me contentar com a difícil situação de estar ao seu lado sem poder enfiar minha rola no teu cuzinho, até você assinalar que me aceita apesar do que aprontei com você. – propôs. Eu acabei aceitando. Era um idiota, e já sabia que era isso que meus amigos e meu sócio iam dizer sobre mim. Porém, ninguém sabia o que eu sentia em meu peito, isso e o quanto isso representava para mim, só eu sabia quantificar e qualificar com exatidão.
- Você só pode estar de brincadeira! Você caiu na lábia daquele cretino mais uma vez? – questionou o Fabrício, indignado e possesso quando lhe contei sobre a minha conversa com o Adriano.
- Eu não o aceitei de volta. Só aceitei que ele se aproximasse e convivêssemos civilizadamente, isso não quer dizer que vou namorar ou fazer seja lá o que for com ele. – afirmei.
- Até parece! Não dou mais que algumas semanas para ele te levar para a cama e você se derreter todo por ele quando o caralho dele estiver dentro do teu cu. – retrucou
- Não é bem assim!
- Tá, faz de conta que eu acredito! Cazzo, Bruno! Não quero que você sofra, tenta entender. Esqueça esse sujeito! Ele vai te magoar outra vez, tenho certeza!
- Pode até ser, Fabrício. Mas, você não acha que eu devo decidir se vale ou não à pena arriscar? É a minha vida, é a minha felicidade que estão em jogo. Tudo pode virar uma grande merda, sei disso. Mas, também pode dar certo se ele realmente não for o cafajeste que diz não ser. – argumentei.
- Sei que vai vir chorar no meu ombro!
- E você vai me deixar chorar nele, eu sei! – devolvi. Ele me abraçou e eu dei um beijo carinhoso em seus lábios.
- A porra é que vou! – devolveu ele, com um sorriso amigo.
Os meses passaram e eu estava cada vez mais convencido de que o Adriano tinha dito a verdade, ele era outra pessoa. Continuava mandão, tinha um ciúme doentio do Fabrício, tentava esconder quando ficava puto comigo quando eu não aceitava com facilidade os seus argumentos sobre determinado assunto, tentava fazer com que eu aceitasse sua dominação sem muitos questionamentos exercendo o único papel que a vida lhe havia ensinado, o de ser o macho alfa. Ao mesmo tempo, era atencioso com as minhas necessidades, me cobria de carinho mesmo com a restrição de não manter relações sexuais comigo, era companheiro e parceiro até nos menores detalhes e, me vigiava como um cão de guarda quando notava que outro homem andava rondando à minha volta.
- Que tanto seu sócio vem fazer na sua casa se vocês estão juntos o dia todo, sabe-se lá fazendo o que? – questionou, ante a frequência com que o Fabrício passara a ficar comigo.
- Vamos deixar uma coisa bem clara. O Fabrício é intocável! Você entendeu, o Fabrício é intocável! Nunca me faça escolher entre ele e você ou qualquer outra pessoa, ele sempre vai ter a minha preferência. – o Adriano me encarou desapontado.
- Eu sabia que rolava alguma coisa entre vocês dois! No dia em que ele me deu aquele soco eu soube que o sonho dele é ser o seu macho. Fala para mim como é que eu vou poder aceitar que você não é só meu, que tenho que te dividir com outro macho? Me desculpe, mas isso eu não consigo, nem por todo amor que sinto por você! Não sou e não quero ser um corno. – revidou zangado.
- Conheço o Fabrício há anos, sempre fomos ótimos amigos. Não vou mentir, nós já transamos. Foi recente, foi uma única vez, foi quando descobrimos toda a sujeira que você aprontou comigo. Ele não se aproveitou da minha fragilidade do momento, apenas aconteceu por que tinha que acontecer algum dia diante de tudo o que um representa para o outro. Isso não significa que eu o ame como parceiro de vida. Mas, eu o amo pelo amigo que ele é. É isso que você tem que aceitar se pretende que continuemos juntos. – asseverei.
- Sacanagem! É como se colocassem uma pistola na minha cabeça e eu ficasse a vida toda esperando pelo momento em que alguém vai apertar o gatilho. – ponderou.
- Se é assim que você vê a situação. Não sou volúvel, nunca fui. Nem mesmo quando não sentia a menor atração sexual pela Ana Elisa eu a traí. E, não pretendo começar agora, muito menos quando estou apaixonado. – devolvi.
- Você está apaixonado? – havia um risinho malicioso na cara de pau dele.
- É possível! – devolvi sem demonstrar entusiasmo.
- É por mim? – questionou, tentando arrancar a confissão de mim a todo custo. Eu não respondi e quis me afastar dele para terminar com aquele assunto. Ele me puxou pelo braço, assim que dei o primeiro passo, me trouxe para junto de si e me beijou com luxúria e desejo, agarrando minha bunda e se esfregando em mim. Quando sua língua libidinosa entrou na minha boca ele teve a resposta que queria.
A saudade daquela boca e daquela pegada colocaram meu corpo em polvorosa. Tomado de calores, um frenesi que não deu para esconder e, o cuzinho se contorcendo de desejo me transformou num alvo fácil para sua sanha predadora. Ele não ia me soltar enquanto não tivesse galado meu cu até vazar. No entanto, eu não queria voltar a ser aquele viado fácil, que empinava o rabo em direção a uma rola dura, assim que um macho a apontasse contra o meu rego. E, isso valia particularmente em relação ao Adriano, um macho que se achava o gostosão, só por ter conseguido me engambelar por um bom tempo.
- Não! Chega! – exclamei, forçando minhas mãos sobre o peito dele para afastá-lo, quando ele já estava com uma baita ereção debaixo da calça e ardendo de tesão pelo cuzinho que julgava estar no papo. – Não faça mais isso! Não sou uma puta que você pega na esquina. – exclamei exacerbado.
- Nunca pensei isso de você! Você pode até negar ou não admitir que está apaixonado por mim, mas eu sinto que está, bastou tê-lo nos braços e sentir seus lábios para saber que ainda me deseja. – afirmou convicto.
- O que não significa que quero ter qualquer coisa com você! Você foi muito cafajeste comigo, para eu te perdoar no primeiro beijinho de arrependimento. Perdi o interesse em você. Agora que assumi minha natureza, hei de encontrar um homem a quem valha à pena entregar o meu amor.
- Vai guardar esse rancor todo para comigo até quando? Sei que está zangado, mas isso já é teimosia. Diga olhando nos meus olhos que não quer entregar seu amor para mim, sentindo meu caralho pulsando no seu cuzinho. Vamos, quero ver se vai me confirmar isso! – provocou, sabendo que eu não seria capaz de lhe negar nada estando enrabado.
- Passamos um tempão juntos hoje. Creio que está na hora de nos despedirmos. Boa noite, e adeus, Adriano! – afirmei, indo em direção à porta para que ele saísse.
- Cabeça dura! Eu devia te dar uns bons sopapos, te jogar naquele sofá e foder seu rabo até você pedir arrego. Você sabe que eu fico puto quando as coisas não acontecem como eu quero. E, você está me tirando do sério, sua bichinha sapeca! O foda é que eu te amo, caso contrário já teria te dado uma surra de pica. – a expressão do rosto contraída e os punhos cerrados eram a prova de que travava uma batalha consigo mesmo para não partir para cima de mim.
- Isso! Faça isso, mostre que você é o machão que não apenas usou meu corpo para se satisfazer como agora quer bater nele, como forma de me disciplinar. – desafiei-o.
- Ah, Bruno! Durma bem, se conseguir! Tchau! – disse ao sair pisando forte e furioso por não conseguir mais me fazer mal, de tão apaixonado que estava.
Ficou sem dar as caras por mais de duas semanas, antes de reaparecer como se nada tivesse acontecido e, com a proposta de passarmos o fim de semana numa pousada entre as montanhas, uma vez que um friozinho de inverno tropical estava previsto para o final de semana seguinte. Ao contrário da última vez, desta nos despedimos com um beijo, e ele saiu feliz por eu ter topado o final de semana e, pela pizza que partilhamos no jantar em meio a uma conversa sem agressões ou troca de farpas. Ele achou que aquela surpresinha do jantar, que ele usou como bandeira de paz, ia render a tão almejada foda, tanto que ficou de pau duro duas vezes durante as horas que passamos juntos, sem fazer questão de disfarçá-las. Mesmo não tendo rolado nada, apesar de ele fingir que estava esbarrando em mim por pura casualidade, só para ver se eu cedia ao apelo daquela jeba enrijecida dentro da calça; e ainda, ter se despedido com a minha afirmação categórica de que não começasse a nutrir esperanças de eu lhe entregar meu cuzinho com ou sem clima de montanha, vinho, lareira ou o que quer que ele fosse armar como arapuca sonhando que isso bastaria para enfiar seu vergalhão em mim, ele não se mostrou contrariado, parecendo até confiante demais para quem estava saindo sem ter dado o devido alento às suas necessidades.
O fim de semana na companhia dele foi maravilhoso. Nem a imensa cama com vista para o vale e a lareira acessa aos pés dela, nem minhas pregas inquietas e carentes diante da visão constante da verga deliciosa do Adriano dentro da cueca me fizeram demover da determinação de não ceder à sua sedução máscula. Nos comportamos como dois bons amigos, como se jamais tivéssemos partilhado nossos corpos. Era essa dubiedade de conduta que me deixava inseguro em relação a ele. Uma hora parecia a própria personificação de um anjo, na seguinte, era o diabo em pessoa. De extremamente carinhoso e protetor, passava a cerrar os punhos e erguê-los na intenção de me acertar. Como confiar num homem desses, que já tinha me mostrado seu lado cruel em todas as suas nuances? Por esse motivo eu não permitia que ele me enrabasse. Seria muito mais difícil e doloroso ter que me separar definitivamente dele estando ainda mais envolvido sentimentalmente do que eu já estava.
Esse chove não molha rolou por mais alguns meses. Era um jantarzinho aqui, um cineminha ali, uma saída com a galera acolá, e não saíamos disso. Nesse interim, quando meu cuzinho desesperado por uma rola, não se contentava mais com aquela expectativa de num futuro próximo voltar a sentir aquela rola suculenta, eu dividia minhas carências com o Fabrício. A química que rolava entre nós era algo inexplicável, transcendia a qualquer lógica e, o sexo entre quatro paredes aliado à cumplicidade que ficava pairando no ar após sua consumação, serviam para aplacar o tesão que aquela intimidade ensejava.
Esse banho-maria entre o Adriano e eu durou até o dia em que voltei a ter um problema com o carro. Umas engasgadas que tiravam completamente o poder de tração do motor me levaram a procurar a oficina do Adriano num sábado pela manhã. Ele não estava, havia saído com um cliente para testar um carro que acabara de ser consertado, afirmou o mecânico que me reconheceu quando da vez em que o Adriano tinha me levado lá sem mencionar que era o dono do lugar. Muito solícito, logo se prontificou a examinar tudo o que se escondia debaixo do capô e, que constituía um verdadeiro mistério para meus nulos conhecimentos de mecânica. A cara de boa-pinta não escondia a safadeza dele quando entrava uma cliente gostosona na oficina, ou um carinha como eu com um corpo escultural, bunda avantajada e um sorriso fácil e ingênuo dirigido a ele. Mesmo antes de começar a testar os componentes que julgava terem algo a ver com a queixa que eu relatara, o zíper do macacão foi baixado até o umbigo como se estivesse com calor naquela manhã bastante fresca de julho. Depois da primeira enrabada do Adriano, eu nunca mais consegui desviar o olhar de um belo macho viril e seus predicados. E, aquele safado já tinha notado essa minha fraqueza, não se fazendo de rogado e exibindo os seus como um pavão cortejando uma fêmea. Pelo volume que se formava junto à coxa direita dele quando se movimentava dava para ter uma ideia do tamanho do caralhão que ele tinha entre as pernas e que, fazia questão de exibir orgulhoso. Quando descobriu qual era o problema do carro, me mostrou o que precisava ser feito e, minha aproximação, debruçado sobre o motor, ainda rescindindo ao tênue perfume cítrico que minha pele exalava, bastou para ele experimentar uma deliciosa ereção, que fez questão de me deixar notar. O pau ficou tão duro que afastou o tecido do macacão permitindo que se contemplasse seus densos e sedutores pelos pubianos. Fui tomado por um calor abrasador, o que só confirmava o quão necessitado de uma rola eu estava. Fingi não dar importância ao seu dote, o que só serviu para deixá-lo ainda mais excitado. Autorizei o conserto do qual ele fez questão de participar, simulando estar dando as orientações para o rapaz que fazia a substituição da bomba de combustível. Também não me afastei do carro, pois não era todo dia que se podia sentir no ar o tesão de um macho aflorado por seu corpo. Quem não gostou nada daquilo foi o Adriano, quando voltou com cliente. Com pouca sutileza, ele dispensou rapidamente o cliente e veio ter comigo. O sorriso que estava em seu rosto era forçado na minha direção e, seu olhar belicoso foi diretamente em direção ao sócio tarado. Ele mal conseguiu me ouvir repetindo o motivo de ter trazido o carro, afastou-me dali e, não duvido, se pudesse, capava o mecânico tesudo que estava me seduzindo se isso não constituísse um crime.
- Por que não me ligou? Eu ia buscar o carro na sua casa. – afirmou, no que mais parecia um rosnado do que a fala de um homem.
- Bobagem! Não tinha nada a fazer e, é minha obrigação cuidar dos meus interesses.
- Que interesses? – questionou, com o cenho franzido.
- De consertar meu carro, ora! Que outro interesse eu teria em vir numa oficina mecânica. – respondi, embora soubesse que sua pergunta foi gerada por ciúmes.
- Ah! Tá! Da próxima vez, me ligue! Não precisa vir aqui.
- Duvido! Não vou depender de outros para resolver meus problemas. – retruquei. – Tudo isso é ciúmes, porque seu sócio taradão não consegue ficar sem dar mole? – perguntei, quando ele me afastou uns passos com o pretexto de me servir um café.
- Não! Não é! É para você não ficar com essa cara de hipnotizado pelo bagulho que o desgraçado não consegue manter sob controle dentro da calça! – exclamou, sincero e abertamente.
- Ciúmes. O nome disso é ciúme. Não se esqueça que foi você quem me despertou o interesse em observar essas maravilhas prodigiosas. – devolvi faceiro.
- O teu interesse deve se limitar a essa maravilha prodigiosa aqui! Só a essa, está me entendendo? – retrucou emburrado, dando uma agarrada na própria rola. Lancei um sorriso doce na direção dele e senti como isso o enterneceu. Ele estava mudado, não restavam mais dúvidas. Em outros tempos, talvez tivesse me arrastado pelo braço à força para longe dali me dado um esporro e, quem sabe, até erguido outra vez os punhos diante do meu rosto.
- E quem foi que te disse que meu interesse verdadeiro não é só por esse troço aí? – provoquei. No mesmo instante ele largou o copinho de café que estava em sua mão e, me prensando com seu corpo contra a parede, num canto onde ninguém nos podia ver, colou sua boca na minha e enfiou sem demora a língua na minha boca. Não se mesclaram apenas os sabores do café, mas o de nossas salivas apaixonadas.
- Volta a dar esse cuzinho para mim, volta Bruno! Eu sei que você me deseja, sei que me ama, eu também não aguento mais viver sem você e, acredite no meu amor, por favor, acredite que eu te amo de verdade, que me arrependo de ter sido o cafajeste que fui com você. – sussurrou, ao mesmo tempo em que mal desgrudava seus lábios dos meus. Naquela noite eu cedi e voltamos a ter um relacionamento compromissado com os sentimentos que tínhamos um pelo outro.
Denotando toda a ansiedade que o acometera com a promessa que lhe fiz naquela manhã, o Adriano chegou bem antes do horário combinado. Eu tinha resolvido fazer um jantar surpresa para ele, uma vez que quase sempre tinha sido ele a se encarregar dessa tarefa quando estivemos juntos pela primeira vez. Ainda não tinha decidido qual seria o cardápio quando o segurança anunciou que ele havia entrado na vila. Olhei para o relógio para confirmar se não havia me perdido no tempo, estava tudo certo, exceto eu que ainda perambulava pela casa de cueca devido ao calor excessivo e inusitado para aquela época do ano daquela tarde. Não queria abrir a porta naquela condição que certamente o faria concluir que eu estava desesperado para me entregar às suas obscenidades. Mas, antes que eu pudesse subir para me vestir, ele já entrava pela porta dos fundos e me flagrou em plena fuga.
- Não ficou combinado às 08:00 horas? – perguntei, quando na cara dele só havia um sorriso de contentamento por estar voltando àquela casa não na condição de intruso, mas de um convidado e, um olhar cheio de cobiça para minha bunda tão sumariamente coberta por aquela cueca sensualmente cavada.
- Eu estava de bobeira e resolvi me antecipar um pouquinho, até porque está para desabar um temporal pelas nuvens carregadas que estão dominando o céu lá fora. – respondeu, fingindo que não era a ansiedade de me enrabar o principal motivo de chegar quase três horas antes do combinado.
- Ainda nem comecei a preparar o jantar! – exclamei. Não sei se ele me ouviu, pois estava focado na minha nudez. – Está quente demais, por isso me livrei das roupas. – expliquei me justificando, como um garotinho pego em flagrante fazendo arte.
- Mas a sobremesa já está praticamente servida! E que sobremesa! – exclamou, ladino.
- Larga a mão de ser tarado! Me dá um tempo que eu já volto! – afirmei.
- Aonde vai?
- Vestir uma bermuda, ora!
- Nem pensar! Gostei do traje que está usando, é mais do que suficiente!
- Já vai começar?
- Se você quiser, é para já! Dá só uma sacada, vê, estou pronto! – exclamou, exibindo impávido a ereção.
- Se quiser começar com o pé direito, é bom ir apagando esse fogo todo. – devolvi, desviando o olhar daquela jeba volumosa pela qual meu cuzinho mal conseguia se conter.
Só depois desse diálogo à certa distância, é que ele se aproximou e me beijou. Um beijo reconciliador, carinhoso e excitado que simbolizava, em seu sabor carregado de luxúria, todo o amor que descobrira sentir por mim. Foi um daqueles beijos longos que fazem as pernas da gente estremecer e nos fazem querer abrir as pernas para levar uma bela vara no rabo, especialmente porque suas mãos obviamente não se contentaram em circundar meu tronco e deslizaram gananciosas até as nádegas praticamente expostas. Precisei interromper aquela investida impulsiva, uma vez que meu pau também começou a se manifestar, quando meu corpo sentiu o calor do dele tão próximo e tão sensualmente másculo àquela curta distância.
Acabamos por dividir as tarefas no preparo do jantar enquanto uma garrafa de vinho ia se esvaziando. Estava escuro há tempo, devido as nuvens carregadas, mas era noite quando nos sentamos para degustar o jantar. Enquanto ele engolia satisfeito cada garfada de sua comida predileta me encarando sem falar muito, eu fiquei tentando identificar se aquele olhar pousado em mim era por conta do que estava comendo, ou se pelo que pretendia fazer em seguida, comendo meu cuzinho. De qualquer forma, era excitante pressentir aquela eminência de estar novamente com aquele macho totalmente enfiado no cu.
- No que esta pensando? – perguntou, ao me contemplar distraído com aquele pensamento libidinoso.
- Se tomei a decisão correta! – exclamei, uma vez que revelar a verdade seria constrangedor.
- Qual? A de me aceitar de volta em sua vida, ou a de confessar que não vê a hora de transar comigo? – questionou petulante.
- As duas. – respondi, sincero.
- Nós nos amamos! Seria um desperdício de felicidade se não nos acertássemos e vivêssemos tudo o que temos para viver juntos. Não acha? Ou você ainda não confia em mim?
- Quero confiar! Quero muito mesmo poder confiar em você outra vez. No entanto, às vezes penso que estou entrando numa espécie de roleta russa ao te aceitar de volta. – revelei com franqueza.
- Você é o sujeito mais desconfiado e inseguro que eu já conheci! Eu juro que vou te fazer feliz, muito feliz. Acredite! – disse, colocando sua mão sobre a minha em cima de mesa.
- Quando se leva uma rasteira como a que você me deu, não é tarefa fácil voltar a ter confiança.
- Então deixa eu te provar que mudei.
- Está bem, eu já havia mesmo resolvido ceder, e é o que vou fazer. – asseverei. Contudo, eu não sabia se era minha razão que estava afirmando isso, ou se era meu cuzinho carente e saudoso quem havia colocado essa decisão na minha cabeça.
O temporal desabou antes de findo o jantar. Meia hora depois, o vento forte que o acompanhava se encarregou de cortar a energia nos deixando no breu. A primeira vela acessa com sua luz amarelada tremulando e lançando nossas sombras na parede começou a criar o clima de excitação que ganhava nossos corpos sequiosos. As demais que foram sendo acessas, só o reforçavam e mergulharam a sala numa atmosfera lasciva. Foi durante a ligeira arrumação das coisas na cozinha que ele veio me abraçar por trás, beijando minha nuca, acariciando meus mamilos e me apertando contra a pia numa encoxada que me fez sentir sua rola já completamente dura e, os pelos do peito dele roçarem minhas costas. Seguimos para o quarto, ele já se livrando da bermuda e da cueca no meio do caminho. Peguei na benga pesada dele durante o trajeto, pois a saudade que eu sentia dela era tão imensa que não pude me conter. No quarto ele me prensou contra a parede logo junto à porta, colou seus lábios nos meus num beijo exigente e voluptuoso. Senti como se meu corpo estivesse derretendo em suas mãos predadoras, e soltei um gemidinho sensual quando senti seu dedo rodopiando sobre as minhas preguinhas anais. Dei um salto no ar circundando minhas pernas ao redor de sua cintura, o que abriu minhas nádegas e facilitou o acesso dele ao meu cuzinho quente fazendo beicinho para aquele dedo tarado. Ele me levou até a cama, com a língua se esfregando na minha, e sua saliva se fazendo sentir na minha boca. Deixei-me escorregar corpo abaixo até ficar de joelhos diante de seu mastro enrijecido. Coloquei-o delicadamente na boca e comecei a chupar a babinha espessa que saia pelo orifício uretral. Ele grunhiu e mergulhou os dedos na minha vasta e sedosa cabeleira, garantindo que minha boca não soltaria seu caralho.
- Chupa teu macho, chupa meu viadinho! Quero que volte a se recordar do cheiro e do sabor do teu macho! – exclamou, gemendo e se contorcendo para controlar o tesão que o consumia.
Ele ignorava que eu nunca tinha me esquecido do aroma daquele cacetão nem do sabor dos fluídos que eclodiam dele. Era algo que tinha se impregnado em mim para todo o sempre e, que eu seria capaz de identificar certeiramente entre milhares de outros machos se os houvesse. Me esbaldei brincando com aquela rola e os testículos dele num revezamento entre a boca e os dedos carinhosos que vasculhavam cada canto daquela virilha máscula. Meu olhar em direção ao seu rosto era quase suplicante quando minha língua deslizava sobre a cabeçorra que estava na minha boca sendo simultaneamente mamada com carinho, pedindo para ele gozar nela. Ele sabia que seria incapaz de refrear o tesão e o desejo de ejacular na minha boca, pois me ver engolindo seu sêmen o deixava maluco. Quando senti seu períneo se retesar em contato com as pontas dos meus dedos, dei uma derradeira sugada na cabeçorra e a porra veio farta e quente, quase não me dando fôlego para a engolir toda. Se eu tivesse que declarar um vício, esse seria o de engolir porra de macho. Havia algo nesses néctares que era mais do que viciante, era o próprio exercício da felicidade.
- Senti tanta falta dessa sua boca carinhosa. Promete que nunca mais vamos nos afastar. Preciso de você como do ar que respiro. – sussurrou ele, ao me tomar em seus braços e se deitar comigo na cama. Eu prometi.
Eu estava torcendo e enrolando os pelos do peito dele entre as pontas dos meus dedos, enquanto conversávamos e o caralhão dele começava a empinar outra vez. Deslizei minha mão até ele e acariciei o sacão peludo, brincando com os culhões consistentes dentro dele. O Adriano me deitou de bruços, abriu meu rego e começou a lamber meu cuzinho. Isso tinha o poder de acabar comigo, com qualquer objeção ou resistência à investida de um macho. Até o Fabrício já tinha descoberto essa minha fraqueza e se valido dela para consumar a cópula. Eu gania feito uma fêmea tendo o cio explorado por um macho, ao sentir aquela língua quente e úmida roçando minhas preguinhas. Ele me devorava e, de vez em quando, mordia meus glúteos até me ouvir gemer. Impudico e invasivo, ele enfiou um dedo devasso no meu cu. Moveu-o descarada e soberbamente lá dentro ouvindo meus gemidos lascivos antes de meter o segundo, abrindo e laceando minha rosquinha apertada. Cobriu-me com seu corpo e guiou a pica numa pincelada ao longo do meu rego antes de apontar a glande saliente contra meu orifício anal. Travei não só a respiração, como toda a pelve quando senti aquilo prestes a entrar em mim. A lembrança dos coitos doloridos voltou a ocupar meus pensamentos. O Adriano era enorme, nem tanto fisicamente, mas naquela parte anatômica em particular. E, eu sabia do que aquilo era capaz de fazer com as minhas entranhas. Na segunda forçada, eu agarrei o lençol e mordi o travesseiro segundos antes do cacetão me rasgar e penetrar meu cuzinho. Meu gritinho submisso, abafado pelos dentes cravados na maciez do travesseiro, deixaram o Adriano quase doido. Era a volta, o retorno triunfante de seu domínio sobre mim, a chance de exercer todo o potencial de sua masculinidade tendo outro homem à disposição de suas taras. Mais do que copular com uma mulher, a cópula como ativo com outro homem era o que lhe dava a convicção de ser um macho alfa. Copular com uma mulher para fins reprodutivos ou por puro prazer era tarefa para qualquer homem comum conseguir realizar. Mas, copular com outro homem que se submete passivamente à sanha da pica de outro, era como lhe conceder e reconhecer a superioridade viril. E, era disso que o Adriano gostava, mais do que tudo, no sexo homossexual. Dentre suas experiências nesse campo, eu tinha me mostrado a mais gratificante delas, a ponto de ele nutrir sentimentos por mim que jamais sentira com uma mulher ou outro homem. Ele nunca me confessaria isso, mas se sentia escravo da minha paixão, e faria de tudo para não a perder. Para descarregar a tensão que essa constatação gerava nele, só havia uma maneira, socar o caralho no meu cuzinho úmido e apertado e ouvir a doce sinfonia dos meus gemidos. E, era isso que ele fazia, sem dó nem piedade. Quando aquela posição parecia não ser suficiente para o desejo que lhe apoquentava, ele me mandou ficar de quatro, me puxou pela cintura e, em pé ao lado da cama, voltou a estocar a jeba no meu cu. Gani durante todo aquele vaivém que esfolava minhas pregas dilaceradas, parecendo um boneco empalado nas mãos daquele macho destemperado. Quando essa posição se mostrou monótona, ele me lançou sobre a cama, abriu minhas pernas e enfiou novamente o cacete em mim e, mais uma sessão de estocadas me fez gemer de tesão, dor e prazer numa mistura depravada de emoções. Eu passei meus braços ao redor de seu torso suado, beijei-o cheio de amor e aceitação até ele se lançar sobre a cama e ficar embaixo de mim. Eu estava sentado sobre a piroca dele cavalgando feito um cavaleiro montado em sua sela, levando as estocadas no rabo, quando espalmei minhas mãos sobre seu peito e o encarei com doçura.
- Morde o meu caralho, morde, e vai cavalgando de mansinho para não deixar o caralho escapar do cuzinho. – disse ele, fechando as mãos ao redor da minha cintura.
Agora eu comandava o ritmo da foda, mais lento, porém mais profundo e voluptuoso, as emoções pareciam querer explodir dentro de nós. Eu travava a musculatura anal ao redor daquela rola imensa e ia me sentando devagarinho sobre ela, até a fazer desaparecer nas minhas entranhas. A dor e o prazer não eram menores por conta da lentidão dos movimentos, mas nos conectavam de uma maneira muito mais significativa e profunda. De repente, a dor que eu sentia por toda a pelve se tornou quase insuportável com o retesamento do meu períneo e, um gozo farto explodiu da minha pica lançando jatos de uma porra espessa. Eu gania e repetia o nome dele, para poder dar vazão a todo o amor que eu sentia por aquele macho. Ele sorria triunfante para mim, ciente de seu papel naquela demonstração inequívoca de prazer e luxúria. Inclinei-me em direção à sua boca e o cobri de beijos. Ele lutou o quanto pode contra a sensação de prazer que devastava seu corpo antes que gozar no meu cuzinho, despejando os jatos de esperma naquele casulo quente que o agasalhava cheio de amor. Nada mais nos impedia de viver uma vida em comum. Poucos meses depois, passamos a morar juntos assumindo definitivamente aquela paixão que, até agora, vem se mostrando o fermento que faz crescer diariamente nosso amor.