Cap 56 - Jéssica Albuquerque

Um conto erótico de R Pitta
Categoria: Homossexual
Contém 1403 palavras
Data: 02/08/2020 16:47:43

Queria socar a alma de Melissa. A cada soco que dei em seu rosto ela soltava uma palavra pedindo ajuda. Fui erguida pela cintura por Diego.

- Diego, me solta!

- Que porra está acontecendo aqui? Melissa, onde você estava?

- Estava com o Diego na casa de um amigo dele?

- E quem é a porra de Diego?

- Eu, senhor.

- Melissa e Larissa. Entrem. Vou conversar com esse rapaz. La dentro a conversa é nossa, Melissa.

As meninas entraram e Diego me pôs no chão novamente.

- De onde você conhece minha filha?

- Eu era namorado... hã... eu sou amigo da Jéssica. E a conheci por ela.

Seu Rubens me olhou e acenei confirmando com a cabeça. Ele continuou.

- Me conte o que aconteceu.

- Eu tive que ir no veterinário com minha irmã pois o cachorro dela passou mal a noite... - Diego começou a contar os detalhes do ocorrido. Meu pai e eu apenas ouvindo a história. -...e a Cris...

- Quem é essa "Cris"? - Interrompi a conversa.

- Essa Cris sou eu. Maria Cristina.

A garota de cabelo curto e unhas longas estava encostada, de braços cruzados, no carro preto.

- Deixa ele terminar. - Disse meu pai antes que eu pudesse falar algo. Não falei mais nenhuma palavra, porém não tirei os olhos dela.

O moreno continuou e percebi que o pai da Melissa ficou, aparentemente, mais tranquilo. Seus ombros estavam menos rígidos e suas feições mais aliviada.

- Olha, meu rapaz. Espero não está enganado, mas acreditei na sua história. Mesmo assim, lá dentro, irei perguntar a versão da minha filha.

- Pode perguntar. Ela dirá a mesma coisa que eu disse. O senhor está falando com um homem, não um moleque.

- Desejo exatamente isso. Melhor vocês irem. Boa tarde.

Seu Rubens agradeceu meu pai e entrou.

- Vamos para casa, Jéssica.

Meu pai me chamou já entrando no carro. Voltei minha atenção para Diego.

- Mais tarde eu te ligo para conversarmos. Tchau.

Nem aguardei resposta e entrei no veículo que se encontrava ligado. Liguei o rádio e fiquei olhando pela janela. Não falei uma palavra e meu pai respeitou meu silêncio. Melhor lugar para se refletir é pela janela do carro, estava me sentindo em um clipe musical, ainda mais com Lana Del Rey tocando. Fui lembrando da briga, dela indo embora, do barulho dos tiros, da falta de notícia, meu pai indo morar lá em casa... Muita coisa para assimilar. Chegando no apartamento, fui direto para cama. Estava completamente cansada. Não é para menos, passei a madrugada inteira acordada. Ao deitar, última coisa que lembro foi ouvir a voz do meu pai me desejando bons sonhos. Acabei tendo sonhos totalmente aleatórios e sem sentindo algum.

No dia seguinte não procurei mais Melissa e ela fez o mesmo. Talvez por orgulho, talvez por medo. Nem no outro, e no outro, e no outro... os dias passando e não tive mais notícias dela. Minha vida pós colégio se resumiu a academia/piscina/pensar na Ruivinha. Eu estava com saudades, olhava o celular a todo instante com a esperança de receber alguma mensagem. Poderia ser até um SMS ou sinal de fumaça. E foi em meio a esses pensamentos e saudades que meu telefone toca. Sai de meu transe e peguei o telefone rapidamente.

- Alô! oi!

- Oi, amiga. Tá bem?

- Ah, oi. Estou sim. - Era Vanessa. - E você?

- Estou indo. Tô querendo ir no cinema.

- Fazer o que lá?

- Ah, sei lá, talvez jogar truco ou cacheta. Se juntar um galera rola até um churrasco. Que Porra, né, Jessica.? O que vou fazer num cinema?

- Foi mal, não tô legal.

- Brigou com a Ruiva?

- Não. Não tenho notícias dela desde a nossa briga.

- Eita, sério? Já tentou ligar para ela?

- Não tive coragem.

- Orgulho?

- Medo mesmo. A briga foi feia. Eu a expulsei da minha casa e agora vou atrás dela? Vou sair como louca.

- Amiga, você nunca vai saber o pensamento dela se não ligar. Já pensou que ela pode pensar o mesmo?

Vanessa estava certa. Nunca iria saber o querer/pensar dela se não perguntasse. Como iria fazer isso? Ligar depois de, sei lá, dois, três meses sem ter uma notícia e do nada ligar para ela. Teria que pensar em algo para me aproximar.

- Nessa, quero sua ajuda para encontrar a Mel. - Percebi que Vanessa deu uma risada baixa. - Qual foi a graça, piranha?

-Rs. nada, puta. Ajudo você depois, primeiro vamos ao cinema. 14h passo passa aqui em casa.

- Eu não sei.

- Sei desse marasmo. 14 horas estarei pronta. Beijos, até mais tarde.

Ela desligou o telefone, nem tive chance de responder algo. Percebi que não estava em posição de escolha. Fui fazendo algumas coisas em casa e fiquei conversando com meu pai que morava comigo. Parece que o jogo virou, não é, Sr Albuquerque? E conversamos até dar a hora de sair. Me arrumei e fui ao encontro da Vanessa que, mesmo comigo chegando dez minutos atrasada da hora marcada, ainda me fez esperar mais uns 10 minutos.

- Bora, Vanessa! - Comecei a buzinar.

- Estou indo. Não tem duas horas você nem queria sair de casa, agora está ainda querendo tirar o pai da forca. – Nessa entrou no carro e jogou sua bolsa tiracolo no banco de trás do meu carro. – Falando em pai, como está o advogado do rolê?

- Está bem. Ainda morando comigo.

- E sua mãe?

- Não sei. – Liguei o carro e parti rumo ao shopping - Não fala mais comigo desde aquele dia fatídico.

- Seus pais não tem mais volta?

- Olha... – Aproveitei o semáforo vermelho para pensar na pergunta, apoiei meu cotovelo na janela e a mão no queixo. Olhei para o céu. – Eu acho que não. Preferi não perguntar para meu pai.

- Entendo. Eles ainda estão trabalhando juntos? – Recebi uma cutucada – Olha o sinal verde, piranha.

- Estão sim, e com essa sua pergunta me fez perceber que, quando ele fala algo do trabalho até para mim, ele fala o nome dela formal até demais.

Seguimos o caminho até o shopping falando sobre a relação dos meus pais. Chegando lá decidimos qual o filme e entramos na sala. Rimos demais na sessão, comemos doce, refrigerante. Aproveitei o dia com minha amiga. Faltava encontrar Melissa para o dia ficar completo. Ao sair da sala do cinema, fomos comprar um sorvete e buscamos um local para sentar.

- Por que não liga para ela?

- Como? Com qual coragem?

- Qual é? – Ela olhou para frente. – E se você tivesse a oportunidade de encontrar com ela?

- Eu iria amar.

Vanessa levantou e pegou o celular se afastando de mim. Falou com alguém, desligou a ligação e voltou.

- Pronto.

- Pronto o que?

- Acabou de ter a oportunidade de encontrar com Melissa.

- Você ligou para ela?

- Não. Liguei para Amanda que vai ligar para Melissa que iram vir aqui para o shopping nos encontrar.

Eu fiquei sem reação. Não sei se estava preparada para reve-la, a única coisa que sabia era que queria reve-la. Minha amiga sentou do me meu lado e começamos um novo assunto. Não conseguia focar no assunto. Ficava olhando para todos os lados em busca de uma baixinha de cabelos vermelhos. E a encontrei. De calça jeans e blusa preta, como sempre. Seu estilo sempre foi bem simples porém combinava com ela. A única diferença naquele momento era seu braço engessado.

- Estamos aqui perto da fonte.- Vanessa falou ao telefone. Amanda, que estava com Melissa, olhou para nossa direção e desligou. - Elas estão vindo. Preparada?

- Eu estava até você perguntar.

A cada passo que Mel dava em minha direção meu coração acelerava. A Ruiva vinha totalmente distraída conversando com a morena ao seu lado. A poucos passos da gente ela olhou para frente e me avistou e travou.

- Oi. - Arrisquei uma palavra.

- Oi. - Me respondeu.

- Como está?

Dessa fez não obtive resposta e sim um beijo. Melissa passou sua mão em minha nuca e puxou-me. Não foi um beijo de língua, foi um beijo de saudade mútua. Fui solta e a senti afastar um pouco. Continuei com os olhos fechados.

- Estava com saudades. - Encostou sua testa na minha.

- Também estava.

Apoie minhas mãos em seu ombro e desci pelo seu braço aproveitando sua pele macia. Parei ao sentir o geso.

- Por que está com isso?

- Quebrei o braço andando de skate.

- Explica essa proeza.

Minha ruiva começou a contar a história do seu acidente.

"Como é bom estar ao seu lado"Amores, obrigada pelos comentários e emails que recebi.

Como está sendo essa quarentena de vocês?

@rpittas

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Comentários

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Queria ler desde o primeiro capítulo, mas não estou achando na site. Quebra o galho, manda pra mim, por favor.

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GRUPO PARA BISEX somente mulheres eu adiciono. Se vc pelo menos gosta de se masturbar e curte lesbo love escreva com seu zap para: assinante.135@bol.com.br e no assunto coloca NOME E LESBO BI CONTOS. Beijos e sigilo total. A nota é 1000000.

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Achei que vc tinha sumido. Que bom que apareceu. Estava morrendo de vontade de ler esse cap..Adorei!

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Quarentena tá entediante. Agora feliz por mais um capítulo 💛

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Uhuuu! Feliz d+ por vc ter postado a continuação e Tb por elas terem se entendido!

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