Sexo Casual - O encontro de Daniel e Bruno

Um conto erótico de Sedento
Categoria: Gay
Contém 806 palavras
Data: 18/09/2020 15:26:05
Assuntos: Gay

— Obrigado pela carona —, Daniel apertava as cochas molhadas e sentia a voz mal sair da garganta.

— De nada. Onde você mora?

A voz de Bruno saía como se ele estivesse fazendo algo contra a própria vontade. Era um tom entediado, o timbre grave e impaciente. Por um momento Daniel sentiu medo e questionou as verdadeiras intenções daquele motorista incrivelmente lindo.

— Moro perto — Daniel menciona o bairro e o ponto de referência. — Mas se quiser pode me deixar um quarteirão antes, não quero atrapalhar.

Silêncio.

Bruno se divertia com a confusão de Daniel. Ele sorria por dentro e sabia que o coitado estava intimidado com sua postura. Mas Bruno era sádico e estava gostando de se divertir às custas do garoto indefeso. Não era como se ele realmente fosse fazer algo contra o pobre, mas não custava nada rir um pouco daquilo.

— Sou o Bruno.

Daniel tensiona o corpo, levando um pequeno susto pelo tom de voz grave no silêncio do carro.

— Prazer, Bruno — a voz de Daniel sai quase num choro e é preciso muito esforço para que Bruno não sorria.— Daniel.

— Não precisa ficar com medo, não vou te fazer nenhum mal.

Daniel queria saber o motivo daquele homem tão estranho ter se disposto a ajudá-lo já que parecia tão contrariado. Ele realmente era muito bonito, mas aquele jeito esquisito estava começando a assustá-lo. Se arrependeu por não ter mentido o endereço e ter descido o quanto antes.

— Olha, você não precisa me deixar se não quiser, é sério.

Bruno olha dentro dos olhos de Daniel, que constrangido, foge o olhar para baixo.

— Tá assustado. Já disse que não precisa ficar com medo.

— Eu não tô com medo — a voz de Daniel diz o contrário.

— Tá sim, olha só.

E então Daniel sente. A mão áspera de Bruno tocar o seu pulso e erguê-lo. Seus nervos o denunciam e os dedos tremem de nervoso. Mas alguma coisa naquele toque tranquiliza Daniel e de repente ele já não se sente tão ameaçado. Havia qualquer coisa naquele toque, aquele gesto inesperado que fez com que uma faísca se acendesse no íntimo de Daniel e agora o estimulava.

— Um pouco, só — Daniel sorri.

— Eu tenho cara de mau? – Bruno sorri, malicioso.

Tem cara de gostoso. E de ser bom de cama, Daniel pensou consigo mesmo.

— Não, quê isso — Daniel solta um risinho.

Mais um momento de silêncio.

— Posso pegar essa avenida? — Bruno volta a Daniel.

E ele podia perceber que o garoto estava babando por ele. Até a boca de Daniel estava entreaberta, como se ele estivesse sonolento, envolto em uma fantasia indiscreta. Bruno se divertia com aquilo.

— Como? Ah, sim! Claro, pode sim! A avenida. Desculpa.

Bruno não contém o riso.

E então ocorre a Daniel que talvez aquele cara estivesse muito sorridente. Não, ele estava apenas achando engraçado o seu jeito estabanado de ser, era isso. Mas aquele olhar... não, não podia ser verdade. Seria muita sorte, coisa de filme. Pornô.

— Então, você é casado? — Daniel se vira e demonstra simpatia.

— Isso não é da sua conta.

E então Bruno para o carro.

O coração de Daniel acelera e sua testa umedece de suor. Aquele era o momento, Daniel sabia que não deveria ter entrado naquele carro e agora ele estava ali, preso num carro com um maluco de pedra. Se perguntou se haveria como ele abrir a porta do carro e sair correndo, mas ele se atrapalharia já que a porta deveria estar trancada. E então ele engoliu em seco e esperou seu destino ser traçado.

— Eu te peguei pra isso aqui.

Bruno abre o zíper da calça e pega a mão de Daniel, levando até seu sexo.

Bruno não sabia o que tinha acontecido pra ele agir daquela forma, ele simplesmente precisava fazer aquilo. Aquele garoto que cheirava tão bem apesar de parecer cansado, estimulava qualquer coisa nele. Bruno sabia que tinha escolhido a presa ideal para sua primeira experiência gay. Um garoto tímido, frágil que com certeza não daria com a língua nos dentes. Aquilo ficaria ali, seria só uma vez e ele logo se esqueceria, assim como o tal Daniel. Ou não, talvez o garoto não esquecesse daquilo nunca. Mas pouco importava. O coração de Bruno acelerava e ele só queria terminar de uma vez por todas com aqueles desejos que ele sempre sentiu, mas nunca teve a chance de concretizar. Aquela era a hora.

Daniel se deixou levar e agora massageava o pênis de Bruno ainda envolto na cueca.

Ele mal podia acreditar no que estava acontecendo e quando se aproximou para finalmente abaixar a cueca e ver o que se escondia ali, Bruno o interrompe.

— Vem vindo alguém.

Daniel suspira em frustração. Droga, justo com ele, logo naquele instante. Era muito azar, mesmo. Ao menos serviria como uma boa história.

Mas logo Bruno interrompe seus pensamentos.

— Vamos pro motel.

Continua...

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