Pouco tempo depois, saímos do banheiro e fomos finalmente almoçar. Danilo segurou minha mão até quase chegarmos à cozinha. Naquele espaço curto de tempo, eu me perguntava ingenuamente se estávamos namorando. Será que ele preferia a mim?
Sentamos à mesa lado a lado. Até hoje não me lembro de ter feito uma refeição com tanto prazer e com tantos pensamentos simultâneos. Danilo não perdia a oportunidade de esbarrar sua mão em minha perna. Eu estava constantemente arrepiado, pensando em tudo que tínhamos feito. Não via a hora de estarmos sós novamente. Danilo também pareceu ansioso e, por baixo da mesa, segurou minha mão, colocando-a sobre seu pau. Eu tive medo e pensei em recusar, porém já estava com saudade de sentir aquela piroca tesuda entre meus dedos. Assim, apertei o pau dele sobre a bermuda e senti seu corpo tremer. Meu cuzinho piscava e eu já tinha me acostumado com a dorzinha causada pela metida praticamente a seco no banheiro.
- Já acabou? Quer jogar Playstation? – Perguntei de boca cheia.
- Quero! – Respondeu largando os talheres.
- Calma vocês dois. Terminem de comer com calma e ainda tem sobremesa. Tem sorvete e sua mãe fez um bolo de abacaxi que, só por isso, eu me casaria com ela de novo. – Comentou meu padrinho, dando selinhos na esposa.
A ansiedade tomava conta do meu corpo e eu me contorcia na cadeira. Olhava Danilo comer e aquela cena me fazia suar. Repousei minha mão sobre sua coxa e segurei seu pau novamente. Ele arregalou os olhos e continuou a comer como se nada estivesse acontecendo. Devoramos a sobremesa e finalmente fomos permitidos a nos retirar. Eu fui direto para o quarto dele, que não tinha porta, só uma cortininha que separava esse cômodo da sala. Joguei-me na cama de bruços e olhei-o convidativo. Danilo aproximou-se da cama e sentou calmamente. Abracei-o e passei as mãos pelo seu corpo, até, enfim, pegar no seu pau.
- Aqui não rola, Dudu. Podem nos pegar.
- Vamos para a garagem, então. Ou para o banheiro. Eu prometo que não vou gritar de novo. – Disse-lhe, beijando os dedos em sinal de promessa.
Danilo me olhou demoradamente. Eu sorri e segurei seu braço direito. Danilo ficou reticente, depois levantou-se e ligou o videogame.
- Não quer mais? – Perguntei sem entender o porquê da mudança.
- Poxa, Dudu. Você tinha mesmo que soltar aquele berro?
- Desculpa, Dani. Foi sem querer. Quando entrou doeu.
- Sim. Foi mal também.
- Seu pau é muito grosso, Dani. – Falei dando um beijinho no seu braço. Ele deu uma risadinha de satisfação e começou a jogar. Eu, porém, não queria jogar. Queria rola. – Vamos lá na garagem, Dani. Eu prometo não fazer barulho. – Insisti.
- Não, Dudu. Já quase nos descobriram duas vezes.
- Poxa, Dani. Só um pouquinho. Só chupar. Rapidinho.
Danilo continuou jogando. Eu então comecei a implicar com ele. Puxava o controle, tapava seus olhos, mas ele se esquivava. Até que lambi seu pescoço, ele não resistiu tanto. Então lambi sua orelha. Ele ficou parado fingindo jogar. Em seguida, ajoelhei na frente dele e comecei a deslizar as mãos por suas coxas. Ele então abriu mais as pernas e fui colocando as mãos dentro de sua bermuda. Eu já podia ver o volume pulsante dentro dela.
- Danilo! – Ouvimos seu pai chamando.
Tomamos um baita susto mais uma vez. Joguei-me na cama de bruços e Danilo enfiou o travesseiro entra as pernas.
- Porra, Eduardo. Que merda! Está vendo? Falei que não! – Disse irritado.
- Danilo, vem cá! Está surdo? – Insistia meu padrinho.
- Estou indo! – Disse ele, levantando-se e ajeitando o pau na bermuda como podia.
Eu fiquei culpado e não sabia se pedia desculpas ou se deixava o assunto morrer. Senti-me envergonhado e resolvi ficar sozinho no quintal, sentado no balanço do qual tanto gostava. Achei que Danilo fosse até lá me encontrar depois de saber o que meu padrinho queria, mas isso não aconteceu. Só depois de um bom tempo que deram falta de mim e foi minha mãe que veio até o balanço perguntar se estava tudo bem.
- Está sim, mãe. É que comi demais.
- Ah, sim. – Disse ela sorrindo. – Deita lá no quarto do Danilo um pouquinho para descansar então. Dorme um pouquinho.
- Quero não, mãe. Estou bem. Obrigado.
- Tudo bem, querido. – Disse beijando-me e, em seguida, voltando para junto dos amigos. – Daqui a pouco nós já vamos.
Pela primeira vez, eu queria ir embora da casa do Danilo. Fiquei mais um pouco no balanço, sentindo o vento fresco do final da tarde e admirando o desfile de cores do sol poente. Perdi-me em pensamentos até ser interrompido por uma figura imóvel que me olhava da varanda. Era Danilo.
- Dudu, tá fazendo o que aí?
- Nada. – Respondi, continuando a balançar-me.
- Quer que te empurre?
- Pode ser.
Danilo veio até mim. Foi impossível não o olhar. A medida em que se aproximava, meu coração acelerava. Ele, por outro lado, evitou contato visual.
Veio o primeiro empurrão. Silêncio.
- Posso empurrar forte?
Fiz sim com a cabeça, sem me virar para trás.
Segundo empurrão. O vento toca agressivamente o meu rosto e chia pelos meus ouvidos. Danilo continua a empurrar-me no balanço com uma força que, pela nossa idade e tamanho, o brinquedo não ia aguentar por muito tempo.
- Mais fraco, Dani. Vai quebrar. – Disse, ouvindo rangidos e estalos preocupantes vindos das correntes.
Danilo, porém, continuava cada vez mais forte.
- Para, Dani! – Disse com firmeza. Um estalo agudo veio do balanço e eu pulei do brinquedo mesmo em movimento, temendo o pior. Em um movimento em falso, torci o tornozelo ao aterrissar. Por sorte não me quebrei, mas ralei o rosto no chão. Caí em silêncio.
- Dudu, tudo bem?
- Eu falei pra parar, Dani. – Respondi sério.
- Desculpa, Dudu. – Disse, agachando-se para me ajudar. – Foi sem querer, foi mais forte do que eu.
- Também foi mais forte do que eu lá no quarto.
Ficamos em silêncio por alguns instantes.
- Seu rosto...
- Não foi nada.
Danilo me ajudou a levantar e nossos olhares cruzaram-se.
- Dani, lá no quarto... Desculpa... Eu gostei muito...
- Tudo bem, Dudu. Vamos esquecer isso.
- Foi minha primeira vez, sabe? Eu adorei.
- Foi a minha também. Digo, com homem. Escuta... vamos esquecer aquilo tudo, ok? Foi só uma brincadeira, somos jovens, foi só curiosidade. Ninguém precisa saber.
- Claro, claro. Ninguém precisa saber.
- Isso. Não vamos fazer mais. Beleza?
- Sim, beleza. – Eu definitivamente queria ir embora de volta para casa.
- Dani! Eduardo! – Ouvimos meu pai chamando.
Fomos até a sala, onde todos estavam sentados à mesa em volta do laptop do meu padrinho.
- Olhem! Que acham?
Na tela do computador, pude ver as fotos de uma casa, que parecia ser na praia.
-Que aconteceu com o seu rosto? – Perguntou meu pai.
-Nada. Caí do balanço. – Respondi.
- Que casa é essa? – Perguntou Danilo.
- Acabamos de alugá-la para o réveillon. Que acham de passarmos todos juntos o ano novo em Búzios?
-Top demais! – Comemorei. Todos riram, foi uma algazarra só! Realmente a casa parecia ser maneiríssima.
- Casa na praia de Geribá, pé na areia, 3 quartos, luxo! – Acrescentou meu padrinho.
- 3 quartos só? – Perguntou Danilo.
- Só o que, garoto? Você vive me pedindo para Eduardo dormir aqui. Eduardo a mesma coisa. Vocês vão dividir o mesmo quarto. Algum problema?
Continua...