Pessoal, estou muito feliz com o carinho de todos vocês, sério mesmo, muito bom ter tantas pessoas acompanhando o conto.
Suara: Bom o capitulo de hoje você vai descobrir hahaha, bjs.
Brazilianblackguy: O anonimato não costuma dar muito certo rsrsrs, você não sabe como esta certo com a questão da vulnerabilidade, espero que goste do capitulo de hoje.
HermesAton: Muito obrigado pela compressão, quase que eu não posto o capitulo de hoje ele me fez chorar quando terminei de escrever, boa leitura e espero que continue gostando.
Pichelim: Obrigado, espero que continue gostando após a reviravolta do capitulo de hoje.
Carlos Henrique: tudo será revelado hoje... hahaha
Continuando....
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Acordei no outro dia cedo e ele já não estava deitado comigo, olhei pelo quarto e não o encontrei, achei o seu boné, com um bilhete encima na mesinha de cabeceira da cama. o bilhete dizia:
" Amor, desculpa não ter te acordado pra tomarmos café juntos, mais você estava muito lindo dormindo, queria poder ficar deitado com você o dia todo, mais não posso, minha mãe passou cedo ai no AP para que fossemos buscar o Ricardo, eu não vou para o colégio hoje então se cuida, vamos nos ver no churrasco do Dani, já estou com muita saudades de você.
Ps. Deixei o café pronto pra você.
ps2. como você ficou com o meu boné, levei uma coisa sua comigo, divirta-se tentando descobrir o que é.
Com amor, Vitor”
Fiquei desapontado com ele por ter saído sem me acordado, poderia ter me chamado para ir junto com ele, no final não importa não tenho a mínima vontade de ver o Ricardo, e agora eu só o veria no sábado, era muito tempo, quase 48 horas apenas ele e o Ricardo, “ esse pensamento tirou a minha paz” mais eu não tinha opção, resolvi não me torturar e levantar para arrumar a casa, fui até a cozinha tomar uma xícara de café e acabei me surpreendendo, ele havia arrumado um mesa de café da manhã digna de um hotel 5 estrelas, com certeza a tia havia ajudado ele pois até o pão de queijo que ela sabia que eu adorava estava lá, a mesa estava linda havia até um flor no centro, reparei que junto a xicara de café havia outro bilhete dele, peguei a xicara e o bilhete e comecei a ler, o segundo bilhete dizia:
“Eu sei que você está grilado por eu não ter te acordado, peço que me desculpe mais uma vez, também achei que você não ia querer ver o Ricardo ( mais você prometeu que iria dar uma chance), mais não se preocupe você ainda é tudo pra mim, tome o café imaginando que eu estou ai que eu estarei dentro do carro imaginando que você está aqui comigo, prometo te compensar por isso, já descobriu o que eu levei?
te amo”
sorri bobo com o bilhete, tomei café da manhã e comecei a arrumar o lugar, passou-se 1 hora até conseguir ajeitada toda a bagunça que fizemos, tomei um balho e arrumei minhas coisas para ir embora, porem enquanto guardava minhas roupas percebi o que ele tinha levado, não consegui evitar rir, ele havia levado a cueca que eu tinha usado ontem, não consegui evitar escrever uma mensagem pra ele.
Eu escrevi: Então você levou minha cueca seu safado, vai cheirar ele toda noite antes de dormir?
Vitor respondeu na hora: não só antes de dormir, toda hora que estiver sozinho.
Eu respondi: podia ficar comigo e sentir meu cheiro a horas que quiser.
Vitor resposta: era o que eu mais queria, mais algumas responsabilidades não me permite fazer o que eu queria.
Eu escrevi: te amo, te vejo amanhã, ok?
ele: sim, nos vemos amanhã, também te amo.
Terminei de arrumar minhas coisas tirei o lixo pra fora e fui até o trabalho do meu pai para devolver a chave do apartamento, chegando no seu serviço dele.
- Eu: pai, obrigado eu limpei tudo e tirei o lixo pra fora não precisa se preocupar.
- Pai: nem me preocupo você e muito responsável, gostaria que você fosse ao clube comigo no domingo, você aceita?
Eu não costumava aceitar esses convites do meu pai, mais dessa vez resolvi que mal não poderia fazer.
-Eu: vamos sim, nos encontramos lá então?
Meu pai abriu um sorriso e confirmou com a cabeça satisfeito com minha resposta.
Cheguei ao colégio e me deitei em um dos pilares inclinados da sala dos professores, não estava afim de assistir aula hoje, passei a primeira aula inteira no pátio ouvido musica, o dia parecia passar em câmera lenta era o pensamento que eu tinha na cabeça quando a Valeria me encontrou.
- Valéria: E eu que pensei que nunca veria o grande Lucas com os quatro pneus arriados por conta de uma pessoa, isso é ridículo, não aceito você perder mais nenhuma aula.
- Eu: você podia ser mais gentil, eu não posso fazer nada se ele faz falta.
Ela revirou os olhos e deitou ao meu lado.
- Valéria: vocês brigaram?
- Eu: não, pelo contrário, estamos bem e só que ele está com o primo dele e não sei como as coisas vão ficar agora.
Valéria começou a rir descontroladamente,
-Valeria: eu não posso acreditar que o indomável Lucas esteja com ciúmes.
Uma súbita onda de compreensão tomou conta de mim, eu realmente estava com ciúmes, mais com ciúmes do primo dele, tudo bem que o primo já o chupou mais isso foi a muito tempo, “está sendo ridículo” uma voz falou dentro da minha cabeça, eu sorri também.
- Eu: você tem razão, obrigado Valéria.
Voltei para as aulas e o dia terminou tranquilamente, cheguei em casa dei um beijo na minha mãe, tomei um banho e deitei na minha cama, como de costume peguei meu celular para ver as mensagens, para minha felicidade eu tinha 8 mensagens não lidas.
a primeira era da Valéria.
Valéria escreve: boas notícias eu e a Carla conseguimos um karaokê para amanhã vamos selecionar as músicas do festival.
eu: que bom valeria, nós já não tínhamos a nossa música?
Carla: Lucas, amanhã vamos treinar nossa música no karaokê, estou muito empolgada, quem sabe você não aparece com aquela pessoa especial, bjs e boa noite.
eu: que bom Carla vamos cantar o dia todo.
Dani: cara detesto pedir isso, mas você pode chegar amanhã mais cedo e me dá uma ajuda, sou uma negação para comprar carne.
eu: Dani, sem problemas irmão, nos encontramos as 09 no supermercado do setor.
Rafael: cara estou empolgado, sei que conversamos isso hoje, mais qual roupa eu devo ir, como devo me comportar?
eu: cara, relaxa e só ser você mesmo que todos vão gostar, espontaneidade garoto.
Paulo: boa noite, achei que devia saber, eu conversei com o Rafael é me desculpe com ele, estamos conversando e nos tornamos amigos, quero ser uma pessoa melhor.
eu: fico feliz com isso Paulo.
em fim cheguei as mensagens que eu queria.
Vitor 1: amor estou sentindo sua falta.
Vitor 2: precisamos conversar.
Vitor 3 vou levar o Ricardo no churrasco amanhã, tchau.
Putz, que mudança de humor foi essa?
eu: podemos conversar quer me ligar?
Vitor: não cara, tá tudo bem até amanhã.
Tem alguma coisa muito errada na forma como ele escreve, mais não deve ser nada, amanhã resolvemos.
No outro dia levantei cedo, tomei banho, vesti uma camisa preta com rola V um calção jeans, um tênis Adidas preto, peguei o boné do Vitor coloquei na cabeça e peguei meus óculos escuro(aviador), sai de casa e encontrei o Dani no supermercado do bairro, compramos carne, bebida, e outras coisas que íamos precisar, chegamos na sua casa e as meninas já estavam lá na cozinha.
-Eu: bom dia, ainda bem que a Carla está aqui do contrário iríamos morrer com a comida da Valéria.
- Valeria: Você é um babaca.
Valéria saiu correndo atrás de mim, com a cara fechada, eu me desviei dela e a puxei pelo braço caindo encima do sofá da sala do Daniel, ficamos ali um tempo rindo, era sempre bom rir com ela.
- Dani: Lucas me ajuda com a churrasqueira?
- Eu: claro irmão.
Na realidade Daniel não sabia muito bem como fazer churrasco, eu sempre o socorria nesses momentos, comecei a colocar a carne na churrasqueira e as meninas já estavam fazendo a comida na cozinha, Daniel chegou com duas cervejas na mão, eu não curtia muito beber mais sendo um churrasco acabei abrindo uma exceção, passado algum tempo as pessoas começaram a chegar, na realidade era apenas os amigos mais chegados, deveríamos estar entre 6 ou 7 pessoas no máximo, fique na churrasqueira junto com Daniel, fizemos um acordo eu assava a carne e o Dani cortava ( ou mutilava).
- Eu: Dani, cara queria te contar uma coisa.
- Dani: Estou prestes a saber quem é a pessoa que fisgou o senhor (risos).
- Eu: esta sim, desde que não comente com ninguém e ninguém inclui a Carla.
- Dani: Sem problemas irmão pode confiar.
- Eu: pode ser um choque pra você mais a pessoa e o Vitor, tem uma semana que isso aconteceu e não sabemos como vai evoluir mais é isso.
- Dani: Cara, isso não muda nada pra mim se for esse o seu medo, vocês sempre foram um casal pra mim, quer dizer vocês dois pegam um monte de mulher mais nunca namoram com nenhuma, ambos tem um cuidado exagerado um com o outro que é digno de um namoro, eu acho que só vocês dois ainda não tinham percebido isso.
Eu abracei o Daniel.
- Eu: obrigado pela compreensão Dani.
- Daniel: Rapaz se algum dia eu terminar om a Carla até dou uma moral pra você.
Carla chegou curiosa.
- Carla: da moral pra quem em Daniel?
Olhei para o Daniel e caímos na risada, Carla ficou com cara de paisagem, me aproximei de Daniel e falei.
- Eu: ele daria moral pra mim Carla, e você sabe como eu sou caiu na rede é peixe.
Falei isso dando um tapa na bunda do Daniel. Todos rimos e a Carla Anunciou, o almoço está pronto e todos já chegaram, meu coração disparou mais ao mesmo tempo fiquei pensativo, “ele nem me procurou”, levamos a carne para dentro e chamamos todos para comer, começamos a distribuir os pratos e as pessoas a se servirem, meu olhar cruzou com o do Vitor e ele rapidamente desviou, percebi que o Ricardo sussurrou alguma coisa no seu ouvido e ambos vieram até mim.
- Vitor: Lucas esse é o Ricardo (Vitor sem graça).
- Eu: e aí Ricardo quanto tempo, acho que já tem mais ou menos 1 ano.
Ricardo me olhou com desdém e respondeu.
- Ricardo: mais ou menos isso mesmo.
Ricardo virou as costas e saiu com Vitor atrás dele, definitivamente isso estava estranho mais resolvi apenas observar a evolução, todos nos almoçamos a comida estava ótima, aqueles que não tinham ajudado pela manha lavaram toda a louca e organizaram a cozinha. Sentamos todos na área da casa do Dani e começamos a conversar, quando Ricardo falou que queria contar uma história muito engraçada, quase ninguém o conhecia porem todos resolvemos deixa-lo contar a história.
- Ricardo: essa história que eu vou contar pra vocês aconteceu com meu primo na quinta-feira anoite, um “amigo” dele o chamou para conhecer o apartamento do seu pai e passar a noite lá com ele, ate ai tudo normal ne, chegando lá o cara tinha comprado umas cervejas e eles tomaram, quando esse cara viu que meu primo estava bêbado ele resolveu se aproveitar dele, forçou meu primo a transar com ele durante a noite, meu priminho foi obrigado a comer ele, e o pior e que ele colocou a cueca dele dentro da mochila do meu primo e roubou o boné dele, se vocês não sabem quem é essa pessoa e a única pessoa que esta de boné aqui. Não é verdade Vitor.
- Vitor: é verdade sim.
Eu fiquei sem reação, acho que nem se eu quisesse eu teria conseguido sair do lugar, parecia que cada célula do meu corpo doía e gritava de desespero, eu não acreditava no que eu tinha acabado de ouvir, e o pior e que ele confirmou tudo, minha mente não conseguia processar o que estava acontecendo, quando o segundo golpe aconteceu.
- Vitor: Não passou de uma bebedeira então você não precisa mais me procurar pois eu não quero ver você nunca mais.
Ele falou isso olhando pra mim, com um olhar sem brilho e com um tom de voz sem emoção, eu queria sumir, queria acordar desse pesadelo e voltar para a minha vida, ninguém parecia entender nada, Valeria parecia estar em choque tanto quanto eu, Daniel levantou-se e falou com a cara fechada.
-Dani: É melhor vocês dois saírem da minha casa, agora.
- Ricardo: você vai defender uma pessoa que se aproveita de outras pessoas bêbadas.
-Daniel: Não sei quem você é, mas eu conheço essa pessoa que você tá acusando a anos, então não venha me dizer besteiras a respeito dele não, caso você não tenha entendido fora da minha casa.
Eu não sei como ou com qual força eu estava de pé.
- Eu: Não Daniel, sou eu quem vou embora.
- Daniel: Não, você não fez nada de errado e você não está em condições de sair pelas ruas não, vem comigo.
Daniel me levou para dentro de sua casa me colocou sentado em seu quarto puxou a porta e eu fiquei sentado no escuro sem saber o que fazer. Eu ouvi o portão abrindo e fechando mais não me importei eu estava em estado de torpor, não tinha mais noção de nada, eu não chorava, não pensava e nem falava, eu não sei quanto tempo passou-se enquanto eu estava ali daquela forma, foi a voz da valeria que trouxe de volta ao mundo.
-Valeria: Lucas (no tom mais amável que eu já tinha ouvido ela dizer).
- Eu: Oi?
- Valeria: Você está bem?
- Eu: Sim, estou.
Valeria entrou chorando dentro do quarto e me abraçou, o choque dela estar chorando trouxe meus pensamentos de volta, “ela não devia estar chorando” passei a mão em seus cabelos.
- Eu: Valeria, eu estou bem, vai ficar tudo bem não precisa chorar.
- Valeria: mas você não merecia isso.
- Eu: tudo bem, eu já estou recuperado da situação, eu não me importo mais com ele.
- Valeria: Não e fácil assim Lucas você vai precisar ser forte e eu vou estar com você.
- Eu: Obrigado, agora eu vou pra casa estou muito cansado.
Sai do quarto, olhei para todos os presentes me despedi de todos e fui rumo ao portão, Daniel, entretanto me alcançou antes que eu pudesse chegar lá.
- Daniel: Lucas, eu não sei o que dizer pra você, se precisar de mim eu estarei com você.
- Eu: Obrigado Dani, isso e importante pra mim.
Mais na realidade eu não sentia nada, era como um robô programado a dar resposta prontas para satisfazer o usuário, me senti oco como se parte de mim tivesse sido arrancada, a melhor parte de mim estava faltando naquele momento.
- Eu: Dani, nos vemos na segunda.
Cheguei em casa, e encontrei minha mãe.
- Mãe: Algum problema?
- Eu: não, mãe apenas estou cansado, vou tomar um banho e deitar um pouco.
Terminei o meu banho, entrei para dentro do meu quarto e fechei a porta, com a luz apagada eu deite na minha cama e então uma enxurrada de pensamentos tomou conta de mim, a primeira leva de pensamentos duvidava do que tinha acontecido, a segunda leva era a aceitação de que aquilo tudo era real, a terceira leva era apavorante o que fazer agora, como aplacar toda aquela dor que me consumia, como não fazer meus amigos sofrem junto comigo, com esses pensamentos horríveis eu adormeci um sono sem sonhos como se tivesse sido engolido pelo vazio que agora era meu coração.
Continua...
