HermesAton: não vou brincar não o DeltaCharlie vai acabar lembrando de algum bons
DeltaCharlie: Ainda bem que hoje fica so o sentimento de nostalgia ne?
Fênix 34: Smepre tem que ter o Pé atrás como diz o Lucas aproveitar o tempo de tranquilidade o máximo possível.
Daniell87: hahahaha você tem uma visão bem romântica, gosto disso.
Luuuh: O Ricardo é difícil, não tem como ajudar alguém que não quer ajuda, ele so quer que o mundo seja infeliz como ele, você percebe que o Vitor tem muita pena dele, mas o próprio Ricardo se incumbiu de afastar o Vitor e olha que essa e uma missão difícil.
Pessoal essa semana vou tentar ser mais regular com os capítulos, estou ansioso para chegar em um ponto específico da história.
Continuando...
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Cauan parecia que tinha caído de paraquedas na conversa, acabou engasgando-se com a Coca-Cola que estava tomando e demorou um pouco para conseguir responder.
- Cauan: Bom, se todo mundo concordar eu gostaria sim de ir com vocês.
Não tomei partido deixei que o pessoal tomasse a decisão de aceitar ou não o cara no grupo.
- Dani: Eu acho uma boa ideia, quanto mais gente melhor.
- Carla: Eu concordo com o Dani.
- Vitor: Bom acho que isso quer dizer bem-vindo a bordo Cauan.
Cauan me olhou como se esperasse uma aprovação da minha parte, eu ainda não estava bem certo de que isso seria bom, mas o encorajei com um sorriso.
- Cauan: Vou ficar feliz em passar as férias com vocês.
Após o almoço quase todos retornaram para piscina, apenas eu, Cauan e Valeria ficamos fora, eu estava sentado sozinho em uma cadeira de praia sem camisa e com óculos escuro os observando de longe quando ele sentou-se de frente pra mim.
- Vitor: Você não acha que está sendo super protetor não?
- Eu: Não faço ideia do que você está falando, eu apenas não gosto de entrar na piscina após o almoço, e você está ficando vermelho do sol. Tentei desviar o assunto.
- Vitor: Bom não posso questionar em relação a ficar vermelho do Sol vim até aqui para você cuidar disso pra mim, mas em relação a super protetor você sempre foi com todos nós, mas será que não esta sendo injusto não, quer dizer a Valeria e forte e sabe cuidar-se bem e foi você quem os apresentou isso conta pontos a favor dele não?
Peguei o Protetor solar e passei pelas costas dele ainda pensando no que ele tinha me falado, entreguei o frasco para ele poder passar pelo rosto e o encarei novamente.
- Eu: Sim, foi eu quem os apresentou mais está tudo muito rápido, a Valeria não e tão forte quando vocês a encaram ela usa aquela fachada mais na realidade e muito meiga e gentil e eu não gostaria de vê-la com o coração partido.
Vitor sorriu para mim – Cara, você e muito fofo quando tenta proteger e cuidar de todo mundo, mas você tem que confiar que ela vai fazer o melhor para ela e ela também sabe que se der tudo errado ela ainda vai ter você para cuidar dela, agora você podia da atenção pra mim né? Tô me sentindo abandonado aqui.
Ele falou isso fazendo cara de emburrado, eu não pude evitar o sorriso que isso me causou.
- Eu: Desculpa, não foi minha intenção deixar você carente, quer jogar ping-pong? Prometo deixar você fazer dois pontos de vantagem no início.
- Vitor: Eu não preciso de dois pontos de vantagem, vou vencer você com apenas uma mão.
Olhei para ele com desdém – Nem em 1 milhão de anos.
Sorrimos e fomos para a sala de jogos do clube, não me preocupei mais com a Valeria o resto do dia o Vitor se encarregou de deixar meus pensamentos ocupados com ele, o que não era uma tarefa muito difícil quando ele fazia de tudo para me arrancar sorrisos, com o passar da tarde o pessoal foi se juntando na sala de jogos e fizemos alguns campeonatos malucos de sinuca e ping-pong, por volta das 5 da tarde o pessoal começou a ir embora, Vitor e eu nos despedimos de todos e nos dirigimos ao ponto de ônibus, mais antes de chegarmos a entrada do Club o Cauan nos alcança.
- Cauan: Lucas, posso falar com você?
- Eu: Claro!
- Cauan: Queria te agradecer por hoje, foi muito legal da sua parte me convidar para ficar junto com vocês e me apresentar a Valeria.
- Eu: Tá tranquilo cara.
- Cauan: Na segunda feira eu gostaria de conversar com você, se não tiver nenhum problema, pode ser?
- Eu: Nossa, não precisa esperar tanto assim, podemos conversar agora.
- Cauan: Na realidade e apenas trivialidades, precisamos de tempo para conversar.
- Eu: Ok, passa no meu trabalho na segunda anoite e conversamos então.
Cauan se afastou e voltou para junto da Valeria, eu percebia que o Vitor me olhava de uma forma desconfiada.
- Eu: Desembucha logo.
- Vitor: Não sei se gosto de você conversando com esse cara não.
Não podia acreditar que ele estava com ciúmes de alguém que eu nem tinha conhecido ainda, mais aquilo era muito bonitinho desde que ficasse no tom que estava.
- Eu: Bom, ele está saindo com a Valeria não tem o que você se preocupar e lembrando que você é o único homem que faz meu tipo.
Ele me deu aquele sorriso torto com o brilho característico no olhar de quem estava radiante com a minha resposta, eu sorri em resposta, ficamos aguardando algum tempo no ponto de ônibus tempo o suficiente para o Dani nos alcançar, ele chegou e sentou no meio de nos dois colocando um braço no pescoço de cada um.
- Dani: Então, qual é o assunto?
- Eu: Pó, assunto chegou nem podemos mais falar dele.
- Dani: Como não? Eu sei coisas terríveis a meu respeito que vocês nem fazem ideia.
- Vitor: Talvez a gente também saiba.
Olhei para o Vitor com uma certa curiosidade, porque será que ele estava falando assim.
- Dani: Credo Vitor, ate parece que eu sou sombrio assim (risos).
- Eu: conversa estranha essa de vocês, então o que vocês acham dessa viagem? Tenho medo de ficar muito cara.
- Vitor: Esquece isso de valores você vai de qualquer jeito.
- Dani: Isso mesmo Vitor, o Lucas nunca viaja e fica nessa de economizar dinheiro.
- Eu: Nem todos somos ricos sabia Dani, eu tenho que manter minhas finanças em dia para não depender do meu pai e ajudar minha mãe, e que história é essa de eu vou de qualquer jeito, se não couber no meu orçamento eu não tenho como ir.
- Vitor: Você vai comigo, eu vou pagar as despesas da viagem.
Era legal ele querer fazer isso, mas eu não poderia aceitar jamais, eu só faria a viagem se estivesse dentro das minhas condições.
- Eu: Obrigado, mas não funciona assim, vamos ver o orçamento da Valeria e eu vou ver se consigo pagar.
Ele ficou meio revoltado com a minha resposta.
- Vitor: O Bom e que você podia pagar as cosias pra mim, ne? Tipo campeonato de futebol e tal e agora que eu posso fazer alguma coisa legal por você, eu não posso porque você e orgulhoso, é isso mesmo?
- Eu: Não e por aí que você tem que levar essa conversa Vitor.
Falei assim já prevendo que eu iria perder essa batalha, ele estava certo eu sempre o ajudava com grana, mais era sempre pequenos valores nada como uma viagem para Recife, era muito isso, enquanto eu pensava em uma resposta a chegada do ônibus me salvou, porem a cara do Vitor indicava que ele não esqueceria aquela conversa tão cedo, sentamos os três no fundo ônibus, eu no meio, Daniel de um lado e Vitor de outro, ele continuava me encarando esperando que eu desse uma boa explicação para ele, e eu continuava sem ter uma.
- Eu: Olha, vamos esperar o orçamento antes de começarmos essa briga, pode ser?
- Vitor: Não, prefiro resolver isso agora.
- Eu: cara, acabamos de fazer as pazes vamos curtir esse momento um pouco mais, nos resolvemos isso na segunda.
O rosto dele abrandou um pouco, ele havia começado a ser um pouco mais razoável.
- Vitor: Não pense que você ganhou essa briga ela só foi adiada por motivos fofos.
Eu sorri e Daniel também.
- Dani: Vocês são o casal mais engraçado que eu já vi, tem hora que parecem casados, tem hora que parecem crianças brincando e tem hora que parecem um casal de velhos como agora, mas o melhor e que na maioria do tempo parecem ser melhores amigos.
- Eu: Obrigado eu acho.
Todos rimos, o ponto em que o Vitor descia estava se aproximando, ele me olhou com a cara de cachorro que caiu da mudança e eu já sabia o que ele queria.
- Eu: Vou pra casa hoje, não vejo minha mãe a dois dias.
- Vitor: Mas eu nem falei nada.
- Eu: Mais já está me olhando com essa cara aí.
Ele tentou jogar sujo com o Dani. – Tá vendo Daniel, e isso que acontece quando a gente gosta de uma pessoa. - Dani: Pó Vitor não coloca nessa briga não irmão.
Eu segurei seu rosto com a minha mão e acariciei os seus lábios com o polegar, ele se desarmou quando eu fiz isso, e eu sorri para ele em retribuição.
- Eu: Na segunda agente conversa e marcamos de estudar para as suas provas de física.
Ele me abraçou e concordou com a cabeça, na próxima parada ele desceu e ficou apenas eu e o Dani no ônibus.
- Dani: Você sabe que ele está certo ne?
- Eu: Como assim?
- Dani: Olha eu não deveria tomar partido, mais o Vitor tem razão, você sempre o ajudou com tudo e eu sempre vi ele querendo te compensar de alguma forma e agora que ele pode você não quer deixar, é meio frustrante isso.
- Eu: Dani, eu vou pensar no assunto, mas e muita grana.
- Dani: Se ele tem condições você deveria deixar ele sentir-se útil pra você, as vezes você e mais pai dele do que qualquer outra coisa.
Daniel tinha razão, sempre cuidei do Vitor além de amizade e bem antes de descobrirmos o que temos agora, eu iria pensar bem no que fazer para ele sentir-se bem com isso.
- Eu: Obrigado Dani.
- Dani: Só mais uma cosia, eu acho que ele tem ciúmes de você comigo então resolve isso aí porque eu não quero perder meus amigos.
- Eu: Isso e coisa da sua cabeça.
- Dani: Eu acho que não é não, confirma com ele e depois me fala.
- |Eu: ok, mais vamos curtir o momento de paz, sei que toda vez que falo isso costuma dar merda mais o clima está tão perfeito ultimamente que tenho ate medo de introduzir novidades.
- Dani: ótima maneira de falar do Cauan “introduzir novidades”. (risos).
- Eu: Não me referia a ele, ao menos não apenas a ele.
- Dani: Colabora né, todo mundo viu que você vigiou eles o dia todo.
Droga, eu precisava ser mais discreto, parece que todo mundo estava ligado na minha preocupação e provavelmente seria isso que o Cauan vai querer falar comigo na segunda.
- Eu: estou sendo obvio assim?
- Dani: Só um pouquinho.
- Eu: Não vou me intrometer não, a Valeria merece ser feliz e se ela acha que vai ser com ele, tudo bem pra mim.
- Dani: Bom, se você tá falando né, vamos ver como fica na prática.
me despedi do Dani pois a minha parada era a próxima, desci do ônibus cheguei em casa e minha mãe não estava, ela tinha ido passar o fim de semana na casa da minha avó, tomei um banho quente e deitei no sofá de casa para assistir TV, peguei meu celular para olhar as mensagens.
A primeira era dele.
Vitor: Chegou em casa? Sinto sua falta.
Era realmente fofo como ele se comportava, resolvi responder antes de continuar.
Eu: Cheguei em casa, estou sozinho aqui vamos ver alguns episódios de Death Note?
Nós tínhamos mania de ver os mesmos filmes, series e animes juntos cada um na sua casa e comentando os episódios por mensagem, perdíamos horas fazendo isso.
A segunda era do Rafael:
Rafael: Lucas, eu precisava de uns conselhos seus estou meio perdido com a minha relação com o Paulo.
Realmente com os problemas com o Vitor nos últimos tempos eu havia negligenciado a situação dos meus amigos, eu estava vivendo um momento de muita felicidade, mas eles poderiam estar com problemas e precisando de ajuda.
Eu: Rafa, vamos almoçar amanha e conversamos em relação a tudo que está acontecendo, eu estive meio afastado de tudo nos últimos tempos, mas vamos ver como eu posso te ajudar.
Valeria: Lucas, o Cauan é muito gente boa, estou muito feliz com ele.
Eu: Que bom Valeria, espero que tudo dê certo entre vocês.
Enquanto respondia as demais mensagens o Vitor envia mais uma.
Vitor: Vamos ver outra cosia, esse ai tem poucos episódios que ainda não assisti, vamos ver sobrenatural?
Eu: Vamos sim.
Assistimos series ate a meia noite e eu acabei por pegar no sono no sofá, no outro dia cedo acordei meio perdido com a chegada da minha mãe, olhei no relógio e já era 10:30 da manhã, reuni toda a coragem que eu podia e levantei-me do sofá para recebê-la.
- Eu: Oi mãe, tudo bem?
- Mae: Tudo meu filho, como foi seu fim de semana.
- Eu: muito bom, e o seu?
- Mãe: Foi bom também, sua avó está com saudades de você.
- Eu: também estou com saudades dela.
O Domingo passou tranquilamente e eu passei o resto do dia com a minha mãe, conversamos e assistimos televisão juntos ate altas horas da noite, tudo estava aparentemente perfeito, e eu não podia querer nada diferente naquele momento. No dia seguinte acordei cedo como de costume, levantei-me tomei café com a minha mãe, tomei banho e sai para o colégio, sabia que era cedo demais para almoçar com o Rafa mais tinha a esperança de encontrar o Vitor por lá, não gostava de admitir mais eu sentia muita falta dele quando ele não estava por perto e já fazia uma eternidade desde que eu o tinha visto (ao menos na minha cabeça parecia assim), cheguei no colégio por volta das 10 horas, deite-me no meu pilar (provavelmente o primeiro lugar que ele me procuraria) e fiquei esperando ouvindo música com os olhos fechados, após algum tempo eu sinto um perfume conhecido e um sorriso se instala em meu rosto de forma permanente, ele havia acabado de deitar-se ao meu lado e encostado a cabeça no meu ombro eu instintivamente passei o braço pelo seu pescoço e ele pegou um dos lados do fone, não era preciso falar nada o simples entendimento daquele silencio era mais satisfatório do que qualquer conversa, até os pássaros pareciam estar com vergonha de cantar pois o silencio reinava naquele momento, não consegui definir por quanto tempos ficamos presos naquela transe, mas foi a aproximação da Valeria que quebrou a magia do silencio.
- Valeria: Estou olhando vocês dois a pelo menos 10 minutos esperando alguém falar alguma coisa, como vocês conseguem ficar esse tempo todo calados?
- Eu: Não sei, mas aparentemente não precisamos falar para apreciar o momento.
- Valeria: Coisa de louco mesmo.
Vitor não estava com uma cara muito feliz ao que parece ele não pretendia ser interrompido por ninguém, resolvi ignorar a cara de indignação dele e torcia para que a Valeria fizesse o mesmo.
- Valeria: Vocês não vão acreditar, mas consegui uma mega promoção para as nossas férias 15 dias com tudo pago por 2 mil reais por pessoa.
Realmente era uma ótima promoção mais totalmente fora da minha condição de pagamento, não iria entrar nesse mérito agora mais o valor era mais ou menos o dobro do que eu esperava, eu já sentia os olhos do Vitor buscando algum indicativo de que eu não iria viajar mais eu não queria dar esse sinal para ele, “ o que eu não daria para continuar naquele silencio que não me causava problemas” foi o que a voz na minha cabeça falou, eu não podia deixar de rir com a ironia que isso soava.
- Eu: Realmente é uma boa promoção, quando será o embarque?
- Vitor: pode confirmar agente (apontando para ele e pra mim), me avisa quando e que tenho que te passar o dinheiro.
- Valeria: Ok, preciso do dinheiro ate o dia 25 de novembro, o embarque será no dia 05 de dezembro e nós voltamos para o natal em família.
- Eu: Pera aí, ninguém me pergunta como você aceita que ele pague minha passagem assim (Falei olhando para a Valeria), e como você toma essa atitude sem conversar comigo (falei isso olhando para o Vitor).
Ao contrário do que eu esperava ele me olhou de forma serena como se falasse com uma criança birrenta que não queria ser contrariada.
- Vitor: Bom, eu não estou pagando nada pra você, estou contratando os seus serviços para me ajudar a passar em matemática e física, eu fiz uma pesquisa no final de semana e o preço de um professor particular por aula e de 150 reais, eu vou precisar de 20 aulas ate os dias das provas o que daria um total de 3000 mil reais, logo a sua viagem esta paga, e ainda tenho que te passar 500 reais.
Valeria teve uma crise de risos que não conseguia controlar, ele por sua vez sustentava um sorriso triunfante de quem tinha acabado que descobrir por acidente o sentido da vida, e eu estava sem conseguir falar, abri e fechei a boca algumas vezes sem conseguir formular uma resposta que me ajudasse nessa situação, já que a razão havia me vencido eu apelei para a emoção.
- Eu: (Em tom ofendido) Você acha que eu sou o que? Que dia que eu aceitaria dinheiro para ajudar um amigo a estudar?
- Vitor: Você é uma pessoa teimosa que não aceita que ninguém o ajude, mas dessa vez não faz sentido você não aceitar, sabe que essa grana não me fara falta e minha mãe esta mais do que satisfeita com a forma que eu pretendo gastar esse dinheiro, na realidade ela queria que eu pagasse o dobro pra você mais eu sei que você não aceitaria, então corta esse de ficar ofendido e aceita logo isso e agente já marca essas aulas pois do contrario eu não vou aceitar a sua ajuda e você sabe que é o único que consegui me fazer entender a matéria, então como que vai ser? Vai me deixar reprovar?
Eu sentia um misto de raiva e satisfação, raiva pois ele tinha me dado um check mate, ele sabia que eu não tinha como recusar uma vez que eu não o deixaria reprovar e também era verdade, eu era o único capaz de fazer ele prestar atenção e aprender a matéria, a satisfação vinha do sentimento de que ele raramente agia como “macho alfa” normalmente esse era o meu papel, eu quem agia de forma protetora, eu que toma frente nas decisões enfim normalmente eu quem conduzia a nossa relação ( tanto de amizade como romântica), mais confesso que ele fica muito sexy quando me tomava o posto de macho alfa. Eu resolvi me render dessa batalha pois a determinação em seu rosto estava seriamente prejudicando meu julgamento e eu não queria agarrá-lo ali no pátio.
- Eu: Você e meticulosamente perigoso quando quer alguma coisa, você usa meus sentimentos contra mim para conseguir o que você quer, isso não é justo.
Ele sorriu e me abraçou apresar dos meus protestos (apenas para fazer pose) beijou minha cabeça.
- Vitor: Temos um acordo?
Apensas sorri de forma tímida e assenti com a cabeça. Valeria ainda não tinha conseguido se controlar do ataque de risos e ele ostentava um orgulho sorriso de quem havia ganhado uma guerra sem perder nenhum soldado.
-Valeria: Eu vivi para ver esse dia acontecer, o dia em que o todo poderoso e inflexível Lucas seria domado, e quem diria pelo Vitor.
Vitor cruzou os braços atrás da cabeça satisfeito com ele mesmo e eu deitei a cabeça em seu peito em sinal de rendição, suspirei fundo.
- Eu: As loucuras que não fazemos por amor.
Ficamos algum tempo conversando ate o Rafa chegar, ele estava meio tímido ao se aproximar.
- Eu: Pessoal eu vou almoçar com o Rafa, encontro vocês aqui mais tarde?
- Vitor: Eu não posso ir junto não?
Queria matar o Vitor nessa hora, o Rafael ficou vermelho de vergonha, eu apenas olhei pra ele com cara de poucos amigos.
- Vitor: Ah, eu nem to com fome ainda.
Sem mais nenhum embaraço fui junto com o Rafa para o restaurante, chegamos ate lá nos sentamos e começamos a conversar.
- Rafa: Cara, queria dizer que estou muito feliz de estar junto com o Paulo, mas tem uma cosia que me preocupa nesse relacionamento.
- Eu: Que bom que você está feliz Rafa, mas o que te deixa preocupado com o Paulo.
- Rafa: Bom, ele não quer me assumir para a família dele apesar de já ter se assumido para a escola e para a irmã em consequência, toda vez que toco nesse assunto ele esquiva-se.
Lembrei-me de que o Paulo apensar das mudanças ainda era uma pessoa problemática com uma história e com uma família problemática e o Rafa talvez não soubesse tratar isso com tanta facilidade assim.
- Eu: Rafa, é só esse o problema do Paulo? Quer dizer você sabe que o pai dele e policial e que não aceitaria jamais o Paulo ser Gay e isso e assustador para ele em muitos aspectos, esse passo não e fácil de ser tomado, ser julgado por pessoas que você convive mais não ama não e fácil mais é suportável, agora ser julgado, condenado e humilhado por pessoas que você ama e muito cruel, meu conselho nesse ponto é que você seja compreensivo com ele, eu não sei ao certo mais ele parece esforçar-se muito para tentar ser feliz com você.
- Rafa: Ele é um fofo comigo, saímos junto todos os fins de semana e ele nunca força a barra para fazer sexo tanto que ainda nem tivemos nossa primeira vez, ele diz que quer fazer em um lugar especial para nos dois, ele e tudo o que eu precisava para minha vida ficasse melhor.
- Eu: Então Rafa, viva isso da melhor forma que você possa, e não se preocupe com rótulos e ser aceito, preocupe-se em apenas ser feliz que o resto com o tempo vem, se ele não tivesse consideração com você existiria sigilo nesse relacionamento ate para o colégio, mas a única restrição dele e não te colocar na parte ferrada da vida dele, a família.
- Rafa: Vendo você falar assim eu vejo que eu me acostumei a ter problemas e agora fico procurando alguns, te confesso que tenho medo de estragar tudo.
- Eu: como te falei, apenas aproveite o momento e seja feliz o máximo que você puder.
Rafael me olhou e sorriu como se eu tivesse tirado um ônibus de suas costas, eu sorride volta e nos almoçamos de forma tranquila, confesso que eu comi meio rápido pois ainda queria conversar com o Vitor antes das aulas começarem, voltamos ao pátio e o Vitor estava no mesmo lugar, me despedi do Rafa que iria procurar o Paulo e fui em direção ao Vitor, deitei ao seu lado sem dizer nada e ele ficou me encarando.
-Eu: O que foi?
- Vitor: Nada, só achei que iria me matar de fome.
Não pude evitar sorrir. – Você ainda não comeu?
- Vitor: Não, estava esperando você pra ir junto comigo.
Sorri mais uma vez para ele.
-Eu: Ok, então vamos logo porque você sem comida e muito mal-humorado.
Sai mais uma vez em direção ao restaurante e fiquei observando-o comendo, ele realmente estava com muita fome, enquanto ele comia eu bebia um refrigerante aguardando-o terminar.
- Eu: Vitor, qual o lance que você tem com o Dani?
Ele parou com o garfo a 3 cm da boca e me encarou com a boca aberta, a cena era por demais engraçada, ele retornou o garfo para o prato e me olhou por um segundo.
- Vitor: Não gosto da liberdade que ele tem com você.
- Eu: Como assim?
- Vitor: Não gosto que ele te abrace, não gosto da forma que ele fala com você e não gosto principalmente dele encostando em você, ele é íntimo demais.
- Eu: É sério isso? Dani é meu amigo a muito tempo e você vai ter ciúme dele mesmo?
- Vitor: Sempre tive ciúmes do Daniel, tanto que você não me vê com muita intimidade com ele, repare que e sempre ele quem me procura e não o contrário.
- Eu: Fico triste em saber que você tem ciúmes do Dani, mais você devia saber que só tem uma pessoa que ocupa minha mente e meu coração e que antes dela ninguém nem chegou perto de ocupar um desses dois lugares e acho que depois dela também ninguém vai conseguir ocupar esses lugares outra vez, e você sabe o porquê? (ele balançou a cabeça negativamente) e porque essa pessoa é muito espaçosa e conseguiu ocupar completamente todo esse espaço não deixando lugar pra mais ninguém, você sabe quem é essa pessoa?
Ele me olhou com um brilho nos olhos e com um sorriso enorme no rosto.
- Vitor: EU?
- Eu: Sim, você. Você colocou meu mundo de cabeça pra baixo, eu nunca tinha tido vontade de ter contato físico com outro cara e agora eu não consigo viver sem você, enquanto a outros caras você pode ficar tranquilo, posso andar em corredor de modelos pelados que nenhum deles vai ter efeito em mim, esse lance que eu tenho e apenas com você, não sinto atração nem desejo por outro cara, então por favor não estrague a amizade que nós temos por conta de ciúmes desnecessários.
- Vitor: estou sendo um idiota.
-Eu: ah, já me acostumei com isso.
- Vitor: vou tentar não ser ciumentos com o Daniel então.
- Eu: Tira o tentar dessa frase.
Sorrimos e ele terminou de almoçar.
Continua...