Em um aeródromo nas proximidades de Dublin, Chantal e Serguei saltavam de um avião pilotado por Nina; antes que se afastassem, Nina saiu da cabine e foi até eles, segurando o braço do espião russo, impedindo que ele prosseguisse; eles se entreolharam por alguns instantes, sempre sobre a vigilância apreensiva de Chantal.
-Se você não voltar desta vez …, – disse Nina com um tom ameaçador.
-Não se preocupe …, sabe que voltarei – interrompeu Serguei, enlaçando a morena e puxando-a para si – Afinal, como vou sair desse país horrível?
Os dois riram e se beijaram ardorosamente; Serguei deixou Nina e seguiu com Chantal, cuja apreensão apenas aumentava.
-Muito bem, aventureira …, e agora …, o que faremos? – perguntou o russo com tom irônico – Vamos caçar Rufus e seus homens de casa em casa, ou você tem um plano?
-Sim, eu tenho um plano! – ela respondeu – Me dê seu celular …, preciso fazer umas ligações.
Com o aparelho na mão, ela se afastou de Serguei e fez as tais ligações. Em pouco tempo ela retornou para junto dele, entregando-lhe o aparelho e permanecendo ao seu lado, imóvel e sem falar. Serguei olhou para ela com uma expressão de inconformismo, ansioso por uma explicação. Antes que ele pudesse verbalizar sua irritação, um veículo em alta velocidade, surgiu vindo na direção deles. Com uma freada brusca, seguida de uma manobra, ele estancou ao lado deles. O vidro do motorista desceu, revelando o condutor.
-Oi, menina! Desculpe pela demora – disse uma mulher de cabelos platinados e sorriso largo – peguei algum trânsito! Vamos, entre!
-Obrigado Stephanie! Este é Serguei e ele está conosco – disse Chantal, enquanto entravam no veículo.
-Okay, Okay! Para onde vamos – perguntou a mulher, arrancando com velocidade.
-Preciso conversar com o Anônimo – respondeu Chantal com tom hesitante.
-O que? – berrou a mulher, metendo o pé no freio – Você está louca? O que andou cheirando? Você sabe que existe uma dívida sua pendente com ele, não sabe? Então, ele vai te arrebentar!
-Olhe, Stephanie, não tenho tempo para explicações – respondeu Chantal com firmeza – Scarlett está em perigo e …
-Eu sei da garota – interrompeu a mulher – Ela está nas mãos do Rufus, graças a sua falta de tato e a irritação do Templário!
-O que? Quando? Como? – perguntou Chantal em estado de desespero.
-Tudo culpa sua! – respondeu a mulher – Graças a sua falta de tato, irritou o Templário e Rufus …, eles estão com a garota e querem a relíquia …
-Mas, a relíquia não está comigo! Ela está com o Rufus! – esbravejou a aventureira, sem esconder sua irritação.
-Todo mundo sabe disso, mas o Templário sequer desconfia – emendou Stephanie com ar irônico – É, garota! Tá feia a coisa pro teu lado …, ainda quer falar com o Anônimo?
Chantal acenou afirmativamente, mesmo tendo no rosto um ar de decepção consigo mesma. Stephanie balançou a cabeça e retomou a direção do veículo. “Afinal, que é esse tal de Anônimo?”, perguntou Serguei em sussurro, temendo tocar em algo que não devia.
-Ninguém sabe ao certo – respondeu Stephanie, tomando a dianteira – Dizem que ele foi um membro do MI-6, que acabou atuando como agente duplo para a China; foi delatado, preso e torturado pela Inteligência Chinesa …, perdeu mulher e filha …, depois disso, desapareceu …, quando ressurgiu tornou-se um fantasma que serve aos interesses de quem pagar mais …
-Isso não importa – cortou Chantal, com os olhos marejados – Preciso resgatar Scarlett! Vamos! Dirija!
Algumas horas depois, com a noite avançada, Stephanie estacionava o carro próximo de uma área de galpões que parecia abandonada. Chantal olhou para ela, como perguntando se estavam no lugar certo.
-Está vendo aquele que parece um caixão? – apontou ela, prosseguindo – Lá é o centro de operações do Anônimo …, se pretende ir mesmo, boa sorte …, acho melhor eu e seu amigo esperarmos por aqui mesmo.
Serguei fez menção de acompanhar a aventureira, mas ela o impediu, descendo do carro e seguindo em direção ao local indicado. A poucos metros do destino, ela ouviu um rosnar rouco e ameaçador …, surgindo da escuridão, viu-se três animais exibindo as mandíbulas abertas e o olhar raivoso. Chantal permaneceu imóvel, esperando pelo que viria …, um homem em roupas militares, apareceu e assobiou para os animais que, imediatamente, afastaram-se.
-Chantal, não é? – perguntou o sujeito portando um rifle de assalto – Venha, o chefe está a sua espera.
No interior do galpão, um pequeno exército de homens fortemente armados, descansava em suas baias, rindo, bebendo, fumando e jogando; Chantal percebeu os olhares libidinosos em sua direção, mas os ignorou, pois sabia que ninguém tocaria nela …, ninguém, exceto ele! Entraram em uma espécie de elevador monta carga e subiram para o último andar do galpão. O sujeito abriu a porta do veículo vertical, apontando a direção a seguir.
-Sente-se! – disse uma voz rouca, vindo da escuridão, enquanto um facho de luz descia sobre uma cadeira de metal.
Chantal obedeceu, permanecendo em silêncio e esperando que seu anfitrião aparecesse. Poucos conheciam a fisionomia do Anônimo, e os que ousaram tentar, acabaram morrendo. A jovem sentia arrepios percorrendo sua pele; ela conhecia bem do que ele era capaz, principalmente, com alguém que lhe devia alguma coisa.
-O que você veio fazer aqui? – retomou a voz com tom retumbante – É sobre a pequena Scarlett?
-Sim …, é … – balbuciou ela, sentindo as mãos trêmulas.
-Cale a boca! Sua vadia! – vociferou a voz – Eu sei que está aqui por ela …, o problema é …, estás disposta a pagar o preço?
Chantal viu-se tomada por uma onda incontrolável de temor, com a garganta seca e o medo lhe assaltando os sentidos. “Sim …, sim, eu estou!”, ela respondeu, após alguns minutos, com um tom derrotista.
-De pé, sua puta! Tire a roupa! – ordenou a voz, enquanto se aproximava lentamente.
Assim que viu-se nua, Chantal observou enquanto o Anônimo surgia das sombras; era um homem alto e musculoso; tinha o dorso desnudo, exibindo manchas e cicatrizes, e ainda assim, tinha uma compleição digna de uma divindade grega; o rosto era riscado por cortes em sulcos e algumas marcas mais escuras, e os olhos tinham um aspecto ameaçador, embora ocultasse alguma docilidade rebelde.
-Venha! Me sirva! – ordenou ele, enquanto abaixava as calças, exibindo seu membro em riste.
Chantal obedeceu e mal começou a lamber e sugar o mastro viu-se segura pelos cabelos, com o sujeito socando seu membro vigorosamente em sua boca, ignorando dor ou humilhação; vez por outra, ele sacava fora o membro e esbofeteava o rosto da jovem, ampliando ainda mais os limites da humilhação que impunha a ela.
Após um longo período, ele parou o castigo, atirando Chantal contra o chão; ela estava em lágrimas, mas, pensava em sua querida Scarlett e da imperiosidade em resgatá-la com vida das mãos de Rufus. Anônimo andou em torno da mulher caída, sempre com um olhar animal furioso. Em dado momento, ele parou e tornou a puxá-la pelos seus cabelos.
-O que você quer, vadia? – perguntou ele, quebrando o silêncio.
-Preciso de sua ajuda para salvar Scarlett – ela respondeu com a voz embargada – e faço o que você quiser para isso!
-Hum, da última vez que você me disse isso, tive que lidar com Rufus sozinho – ele respondeu, rangendo os dentes – Mas, sei que você se preocupa com aquela garota …, assim como a Stephanie …, ela está lá fora te ajudando …, junto com o russo …, pensa que não sabia?
Chantal não respondeu; ela sabia que Anônimo tinhas olhos e ouvidos em todos os lugares do mundo, e nenhuma informação circulava sem passar por ele; por isso e tudo mais, Chantal precisava da ajuda dele.
-Muito bem …, eu te ajudo – ele respondeu após um longo emudecimento – Não porque você mereça, mas sim, porque quero acabar com a raça do Rufus …, você disse que faria qualquer coisa, não é …, está bem …
Nesse momento, ele assoviou e de dentro da escuridão, ouviram-se rosnados guturais; aos poucos as criaturas surgiram; eram cães! Três, na verdade, e seus olhares eram realmente assustadores. Anônimo olhou para eles e grunhiu; imediatamente, os animais sossegaram, pondo-se em torno dele a espera de uma ordem.
-Se você saciar o cio dos meus bichinhos de estimação, estaremos quites – disse em tom sarcástico e riso maledicente – Depois, eu te ajudo com aquele mercenário maldito!
Os olhos de Chantal não esconderam o terror que se apoderou de sua alma; ela fitou os animais e sentiu nojo de ideia de servir a eles como uma fêmea; mas a expressão de Anônimo não deixava margem para dúvidas. E antes que ela pudesse argumentar, dois homens surgiram …
Chantal foi encoleirada e depois presa a uma espécie de cadeira que a deixava em posição para servir aos animais; em seguida, teve seu traseiro vitimado por uma sucessão de chicotadas que lhe impingiam dor, sofrimento e mais humilhação. Quando o castigo cessou, ela sentiu um par de dedos fuçando sua vagina, lambuzando-a com uma espécie de óleo.
-Esse feromônio servirá para atiçar meus meninos – disse Anônimo, enquanto dava umas palmadas nas nádegas avermelhadas de Chantal.
Logo que ele se afastou, ela ouviu os rosnados dos animais; um a um eles cobriram a fêmea, enterrando seus membros rijos em sua vagina e depois em seu ânus; no início, Chantal sentiu-se humilhada ao extremo, servindo ao cio de animais e não de homens; por outro lado, ela não podia conter o gozo que sobrevinha, provocado pelo surpreendente desempenho das feras, cuja voracidade parecia não ter mais fim.
O suplício arrastou-se por muito tempo, e Chantal sentia fortes dores, causadas pelos cortes feitos pelas unhas das patas dos animais, mas, mesmo assim, ela resistia …
Do lado de fora do galpão, Stephanie e Serguei, aguardavam, sendo que após tanto tempo, o russo já dava sinais de impaciência. Olhava ao redor percebendo a presença dos homens armados escondidos nas sombras.
-Calma, garotão! Pelo jeito e coisa vai demorar – disse Stephanie com um tom melancólico – Pena …, pois acho que ele deve estar se aproveitando da garota …
-Como assim? Ele está trepando com ela – perguntou o russo irritado.
-Se não estiver, seus homens devem estar – respondeu a mulher de cabelos platinados com tom irônico – Relaxe …, Chantal sabe onde se meteu …, se eu fosse ela, tratava de aproveitar …, afinal, não é todo dia que temos um macho pra foder!
-Pelo jeito, você fala com experiência no assunto? – devolveu ele com a mesma ironia.
-Claro que sim! Arre! Faz um tempão que não chupo uma rola ou sinto-a dentro de mim! – respondeu ela, em tom ansioso e entediado.
-Olhe, Stephanie …, você é um mulherão – disse o russo, em tom maroto – Qualquer homem adoraria meter com você …
-É mesmo? Quem? Você? – ela redarguiu, mirando nos olhos de Serguei.
-Claro que sim! Porque não? Você deve ser boa de cama! – ele respondeu com uma expressão gulosa no olhar.
Stephanie era uma mulher de uns quarenta anos, longos cabelos lisos, olhos azuis e um rosto bem cuidado. Ao ouvir a frase do russo, ela se levantou do banco e com um movimento rápido jogou-se para a traseira do carro; lentamente, ela tirou a jaqueta de couro e depois a camisa, exibindo um par de seios cuja firmeza era instigante.
Sem delongas, ela tratou de abrir a calça do russo, pondo seu membro ereto para fora, admirando-o com um olhar cobiçoso. “Pode cair de boca, safada!”, sussurrou o russo com um tom provocador. Stephanie mergulhou a cabeça, fazendo o membro enorme desaparecer dentro de sua boca. A habilidade da fêmea produziu efeitos imediatos; Serguei sentia a glande roçando a glote da mulher, exercendo uma pressão que o enlouquecia de excitação.
Após uma longa sessão oral, Stephanie retornou a posição anterior, livrando-se do resto de suas roupas, enquanto o russo fazia o mesmo; trêmula e açodada, Stephanie empurrou o sujeito, subindo sobre ele e fazendo o membro escorregar para dentro de sua vagina quente e muito molhada.
Ela começou a cavalgar o macho, subindo e descendo sobre o mastro rijo com movimentos cada vez mais rápidos e intensos, atingindo o gozo que escorreu caudaloso, lambuzando a ambos. Serguei deliciava-se com a trepada monumental proporcionada por Stephanie, saboreando seus mamilos durinhos e beijando-a várias e várias vezes. Muitos orgasmos depois, o russo a segurou pela cintura ampliando os movimentos, até que, um espasmo seguido de fortes contrações musculares provocaram-lhe o gozo que inundou as entranhas da fêmea que gritou de tanto prazer.
A noite escura, aos poucos, era rasgada pelos primeiros raios de sol; Serguei acordou um tanto zonzo, sentindo o peso de Stephanie que adormecera sobre ele; olhou por cima do ombro dela e viu que Chantal estava retornando; empurrou Stephanie sussurrando a chegada repentina.
Quando ela entrou no carro, Serguei tentava vestir as calças, enquanto Stephanie, ainda nua, arrumava os cabelos com um ar de satisfação estampada no rosto. Chantal olhou para ambos, mas não disse uma palavra sequer, esperando que eles se recompusessem.
-Okay, temos um plano – começou ela, tentando disfarçar a voz embargada e os olhos marejados – o Anônimo vai nos dar todo o apoio e ele sabe onde o maldito mercenário se esconde …
-E qual é o plano? – perguntou o russo, enquanto acendia um cigarro – Vamos quebrar alguns ossos e fazer aqueles filhos da puta sangrarem?
-Tudo a seu tempo! Stephanie, preciso que faça uma coisa pra mim – prosseguiu Chantal – Aquele sujeito ali é Victor, homem de confiança do Anônimo …, vá com ele e faça tudo que ele mandar …
-Porra! Para um gostoso como aquele, eu até lato a abano o rabo! – respondeu a mulher com tom brincalhão.
-Serguei, tome …, esse é o endereço – disse a aventureira, estendo um bilhete e uma pistola automática – Você vai agir conforme as instruções que vou lhe passar, enquanto se dirige para lá …
-E quanto a você? O que vai fazer? – interrompeu ele, questionando Chantal.
-No momento certo, você saberá! – respondeu ela em tom enigmático – Agora, vamos! Nosso tempo é curto.
Do outro lado da cidade, na zona portuária, homens armados abasteciam um navio sem bandeira, tudo sob os olhos vigilantes de Steppenwolf e Black Cloud. Na instalação elevada, Rufus acompanhava a operação, enquanto trocava mensagens instantâneas com alguém. Atrás dele, Rocket e Sasha divertiam-se com o corpo nu de Scarlett, que não era capaz de reagir, já que estava sedada. Enquanto a mercenária sugava avidamente, a vagina da garota, a russa traidora, saboreava os mamilos da jovem, ao mesmo tempo em que se masturbava descontroladamente.
Vez por outra, Rufus olhava para trás e lambia os lábios, louco para participar daquela orgia, mas sabedor de que não era o momento apropriado, pois, para ele, os negócios sempre vinham antes do prazer. Um sinal de rádio chamou sua atenção. Do alto de uma grua, Mad Jack avisava que os visitantes aguardados estavam chegando.
Ele olhou para o fim da doca, observando dois veículos se aproximando a alta velocidade.