O GV4 tinha corrido para um dos prédios antigos da escola onde eles tinham mobiliado, uma sala enorme deles, que foi cedido pelo diretor. Ali eles poderiam estudar, fazer suas festas particulares, isso que chamo de privilegio.
“O que merda foi aquela? -A era nosso código para mandar mensagens ameaçadoras para aqueles da escola que odiamos. - Samira chutou um Puff que quicou e parou perto da Tv. - Quem é o desgraçado que fez isso?”
Jason ainda calmo ou perplexo, ou os dois, (enfim, eu não me importo muito), ele se sentou no sofá e começou a vasculhar em sua mente alguém que poderia entrar no sistema fechado do GV4. Guilherme pegou e ligou os computadores e começou a fazer sua pesquisa, para ver se tinha algum hacker.
“Temos realmente um problema ou aquilo foi um tipo de vingança de Daniel contra nós? - Dino pegou o celular e observou novamente o sms que chegou em seu celular.”
“Daniel não poderia saber que foi nos, ele poderia desconfiar mas tinha mais gente que poderia fazer isso contra ele. Não é mesmo Jason? Você não namorou com ele de mentira por causa daquela aposta? - Samira encarou o amigo que estava ainda distraído, seus olhos estavam nublados.”
“Ei, bonitão? Tu não vai me dizer que…”
“Cale a boca, Dino, apenas ainda estou em choque porque o rapaz se suicidou, isso é algo que pode pegar para gente, temos que descobri que é esse novo “A” e silenciá-lo. - Observou Jason para o amigo que estava se jogando mais ainda no sofá.”
“Mas… E se ele tentar nos incriminar? Acha mesmo que teríamos ligações com ele? Ele apenas namorou você por alguns meses e andou conosco, mas destruímos tudo que aquela vadia… - Dino ficou calado, ele encarou o amigo que estava ainda em choque.”
“Jason você ainda lembra de alguma coisa daquela noite? - a pergunta de Samira fez os outros dois a encararem.”
“Que noite? - Guilherme se virou rapidamente deixando os códigos incompletos.”
“A noite da festa, a festa na casa de Jason, aquela festa que você disse que não lembra de muita coisa e você enfim destruiu o coração de Daniel. Que você disse que Daniel descobriu tudo. - Samira encarou o amigo com os braços cruzados.”
“Você não iria contar isso para gente Jason? - Guilherme encarou mais ainda de perto o amigo. - Seu filho da puta, você disse que brigaram… Puta que pariu Jason.”
“Se esse “A” REALMENTE souber do que aconteceu nesses meses, das pessoas que brincamos, ele pode acabar com a gente. - Dino se levantou e socou a parede. - Que merda, a gente está fudido.”
“Claro que não estamos. - disse Jason friamente, - Hoje assim que sair da escola, vou dar um pulo na casa de Daniel e ver o que posso descobrir.”
“Descubra mesmo, não vou para cadeia por causa de uma brincadeira idiota que fizemos, a culpa não foi nossa dele não ser forte o suficiente, e outra Daniel não era esse anjo que vão querer endeuza. - Disse Samira sendo ríspida”
“Nem ele, e muito menos aqueles dois amigos deles, Kaike e Jonas, sempre foram dois fudidos, que fizeram também um inferno. - Disse Dino, se controlando do acesso de raiva.”
“Missão então para Guilherme, tente hacker essa mensagem que recebemos, tente encontrar uma forma de achar a pessoa que está fazendo isso, Dino use de seus talentos para achar alguma coisa dentre aqueles amigos de Daniel. Samira, você por enquanto vai fazer uma lista de pessoas que nos odeia. - ordenou Jason.”
“Eu vou ter que seduzir um deles? Espero que a foda vale a pena. - resmungou Dino”
“Se não fizer isso, vai fazer sexo com os presidiarios, acho que eles vao adora te chamar de Cadela, já que seu nome parece de cachorro. - Debochou Samira. - Eu vou levar um tempo para isso, a maioria da escola nos odeia.”
“Faça. Precisamos esta na frente dele, precisamos saber quem é essa vadia ou puto, e dar cabo dele, não vamos para cadeia e muito menos vamos ser culpados por isso, se ele quer jogar, achou gente a sua altura. - Disse Jason tentando acreditar que era possível.”
Os celulares dos 4 tocaram.
“Corram meus ratinhos, corram desesperados, vocês estão na minha mira e eu sou o gato que vai exterminar todos vocês. Jogue os dados e andem em meu tabuleiro, vamos ver quem cai primeiro? Beijos - A”
Jason e seus amigos encaram o celular e Jason fechou o punho em torno do aparelho, ele saiu andando tempestuosamente.
“Para onde você vai? - Perguntou Guilherme tremendo.”
“Dar uma visita aos meus antigos sogros.”
Jason era conhecido por ser modelo, o garoto era muito bonito, ainda mais quando ele tinha começado a fazer certas tatuagem em seu corpo, e tirava a camisa nos treinos que tinha de educação física.
Mas assim que ele entrou no carro, seu corpo que estava em efeito de adrenalina e tensão, relaxou. E em sua mente ele viu novamente o vídeo que apareceu de Daniel se jogando. Naquele momento sua mente tentava raciocinar rápido, tentava encaixar as peças. Ele tinha desistido da brincadeira, de A, de tudo, quando realmente se viu apaixonado por aquele garoto. Sim, Jason amava o garoto, ou como eu via, ele aprendeu a amar Daniel.
Daniel era impulsivo, mudava sempre de ideia e para ele odiava ficar parado, o garoto lutava contra a baixa auto-estima e a depressão que o assolava, e quando Jason descobriu isso e viu como ele tinha confiado no rapaz para dizer sobre isso.
Jason se viu intrigado em amar tanto aquele garoto, que seu coração doeu e so agora, ali sozinho ele poderia chorar, ele poderia aceitar que o rapaz tinha ido e tudo isso por sua culpa, por ele se vingar de várias vezes Daniel ser intrometido em sua vida e sempre o desafiar.
Jason tremulou tocou a música favorita do garoto, Hair - Lady gaga, era estupido, Jason não gostava muito dessas músicas, o bom e velho ACDC era mil vezes melhor, mas ele aprendeu a gostar dessa música, porque Daniel o obrigou a entender a letra. Ele sempre costumava a dizer que:
“Essa música é minha vida Jason, Eu só quero ser eu mesmo, quero amar e ser livre, eu sei que meus pais só te aceitaram porque você é rico, e eles são gananciosos até demais, por isso que jamais queria te trazer aqui. Sua ideia de amor mudaria se soubesse que tenho pais assim, e acharia que sou mais um golpista na sua vida. - Ele estava tão feliz naquele dia, estavam sentado na laje da casa de Daniel, o frio batia e eles se achegaram um no outro. - Eu quero viver o meu melhor, sou uma aberração dentro de casa pelos meus pais, ele me mataria se eu terminasse com você, minha mãe me disse até para amarrar você na macumba.”
“Não sou uma das melhores pessoas para ter tudo isso. - Jason respondeu beijando a testa de Daniel - Você praticamente é uma das coisas mais encropedidas da terra, e eu gosto desse mistério, gosto da ideia de desvendar o mundo com você. Meus pais te amam, porque afimar que você é vai ser grande e a sorte que eu tenho de te ter do lado.”
Daniel passou as mãos macias nos cabelos dourados de Jason e o puxou para um beijo longo e delicado. Toda vez que eles se beijavam Jason se sentia amado, se sentia uma pessoa melhor.
“De uma coisa nossos pais tem razão. - disse ele rindo”
“E o que seria? Porque os meus parecem querer te adotar e me jogar na rua. - comentou Jason um pouco triste.”
“Somos incompatíveis, mais isso que faz a gente dar certo. Nos esforçamos para ser a linha torta da outra pessoa, para ser a pessoa certa para outra, é por isso que te amo Jason.”
Jason olhou em seu antebraço, o nome do rapaz que ele tinha escrito duas linhas tortas se cruzando e embaixo a palavra incompatíveis. Jason chorou tudo que tinha chorar até soluçar, ele bate e socava o volante do carro com fúria. E saiu disparada com o carro, para a casa de seu ex namorado.
A residência dos Santos era um casa de quatros andares e um laje, ela era simples, não tinha nada de mais, com uma cor salmão em todo a casa, a sala era grande enquanto a cozinha era pequena, o banheiro era no corredor e o segundo andar era de seus pais, com outra escada que levava o pequeno escritório, com o quarto de hóspede e o quarto andar era o sótão, quarto de Daniel e a laje em si.
Jason parou na rua e desceu a pequena ladeira, a casa ficava bem em frente ao escadão que levava a casas para baixo, um emaranhados de casas de madeiras a alvenaria, como um mini labirinto. para trás da casa, tinha um mato crescendo, que de vez em quando o pai de Daniel aparava e logo mais a frente um terreno baldio que caia num barranco.
Jason olhou para o espelho e seus olhos estavam vermelhos, sua mãos estavam trêmulas e seu olho esquerdo piscava num tremilique irritante. Ele respirou fundo e tentou se acalmar, colocou os óculos escuro e tentou se ajeitar dentro do carro. Logo quando via, parou numa floricultura e arrumou flores brancas para a mãe de Daniel.
Ele respirou fundo e saiu do carro, olhou mais uma vez para o espelho e rapidamente vi alguém o encarando, um vislumbre de alguém que ele deveria conhecer, assim que virou para encarar o vulto, alguém o chama.
Era o pai de Daniel, o senhor Edivaldo, com os cabelos brancos e bigode no rosto, ele andava com ajuda de uma bengala, ele era magro, de olheiras debaixo do olho, sempre visto ranzinza, mas Jason sabia do porque o pai do garoto o queria por perto.
Enquanto estavam namorando, Jason doou uma boa quantia de dinheiro para levantar mais ainda a casa dos pais de Daniel, o senhor era interesseiro é isso se via na diferença de como ele tratava as outras pessoas para quando Jason estava perto. Mas naquele dia, ele estava calmo até demais.
O encarou e chamou:
“Jason, Jason meu garoto venha!”
A voz grave do senhor Edivaldo fazia Jason não confiar mais ainda no senhor, era doce demais, era boazinha demais, (eu mataria ele, mas enfim, sou apenas o narrador da história).
“Senhor Edivaldo, eu… eu…”
“Eu sei, tentamos falar com você, ligamos para seu celular, mas uma outra pessoa atendeu, disse que você não estava em casa e logo desligou…”
Jason encarou o senhor e achou estranho, ele não tinha recebido ligação alguma. Mas entrou na casa, a mãe do garoto estava de preto, ela estava chorando, ela tocava a foto que tinha de Daniel, Jason sabia qual era a foto que ela estava, era do primeiro dia em que Daniel ganhou uma medalha da olimpíada de matemática. Ela contava para todos sobre esse dia.
Dona Rosa era uma senhora alta, de sardas no rosto e linhas de expressão na testa e debaixo dos olhos, de cabelos castanhos e pele oleosa, seu nariz arrebitado e olhos castanhos, ela tinha um corpo bonito, mesmo para sua idade. Mas naquele dia, ela estava desolada.
“Querida, Jason trouxe flores…”
Edivaldo tocou no ombro de sua esposa, mas ela não pareceu se importar, como se seu esposo fosse um fantasma, como se Jason fosse invisível, ela apenas estava chorando e encarando a foto de seu filho.
“Meu menino… meu menino se foi…”
Ela soluçava e aquilo partiu o coração de Jason, ele chegou bem perto e encostou as mãos grossas nas mãos de dona Rosa delicadamente e ela encarou o olhar perdido de Jason.
Ela abraçou desesperadamente o rapaz.
“Traga meu filho de volta, traga-o de volta. Ele não se foi embora… ele…”
Edivaldo pegou sua esposa delicadamente e a tirou de Jason.
“Ela está em choque ainda. Tudo foi muito rápido, Daniel…”
Eles não conseguiam forma frases inteiras sem chorar.
“Eu… eu queria ir no quarto dele, preciso ver as coisas dele uma última vez.”
Edivaldo olhou para o rapaz e o deixou subir até o quarto do rapaz, a casa estava deprimida, a energia da casa era cinza e sem cor. A luz do sol nem ousava entrar na casa, a deixando mais escura.
Jason entrou no quarto de seu amado e respirou fundo, sentiu dentro de seu corpo, o aroma dele, o perfume de Daniel e viu o quarto do jeito que está a na gravação. Duas garrafas de vodka pura no chão, a caixa de som ligada na tomada, as luzes de neon ainda acessa, a cama estava bagunçada e as roupas do rapaz estavam jogadas no chão.
Jason olhou para o quarto e viu a janela aberta ainda, ele viu as navalhas no chão com sangue ainda. O notebook de Daniel não estava no quarto, pen drives ou o celular também não estava. Jason procuro alguma coisa que poderia ajudar a descobrir quem era A. Mas não achou nada, ele se sentou na cama e pegou o panda de pelúcia que deu para Daniel nos dias dos namorados.
Ele abraçou o urso e sentiu o cheiro dele ali, essa pessoa poderia nem fazer muito esforço para incriminar Jason, pois sua mente já fazia isso a todo estantes.
Jason ficou ainda ali e deitou na cama de Daniel, ele se virou e assim sentiu um caderno de baixos dos lençóis, ele pegou mais não abriu por ouvir passos subindo as escadas.
Rapidamente colocou o caderno dentro de suas roupas e pegou o panda grande e colocou em cima de si.
“Ele amava esse urso. Ele tinha ciúmes dele. - Comentou Edivaldo nostálgico”
“Ele não deixava nem eu pegar nele direito. - Comentou Jason triste para seu ex sogro.”
“Voce poderia ter salvado nosso filho, você poderia ter salvado ele Jason. - Edivaldo estava chorando e bateu com força na parede. - Se tivesse ficado do lado dele. Ele estaria aqui. Porque não ficou? Porque não salvou ele?”
A voz de Edivaldo era grosería e irritada, ele despejava em Jason a culpa.
“Ele era feliz, você o fez ficar deprimido, você é seu término com ele, se não tivesse terminado com ele, nosso garoto estava aqui. A culpa de tudo isso é sua… apenas sua… meu filho… ele…”
Seu Edivaldo pulou em cima de Jason, querendo dar soco e enforcar o rapaz de raiva, Jason tomou um choque, mais depois de alguns socos, ele despertou do transe e jogou o pai do garoto de lado e jogou a bengala longe e saiu correndo porta fora da casa, correndo e com medo, com a mãe do garoto enfurecida por só agora Jason aparecer para salvar o seu filho.
Jason abriu a porta do carro com tudo, mais recebeu mais um choque, em seu banco tinha uma foto de Daniel agora sem vida e no necrotério, ele estava maquiado para esconder os hematomas roxos.
Jason virou a foto e viu uma letra caprichada.
“A culpa é sua e sangue está nas suas mãos, até quando posso guarda esse segredo antes que a polícia comece a interligar os pontos? - Beijos -A.”