PARTE 2 - MARCELO
O Claudio estava estranho na hora do almoço, ele ficou assim de repente e eu não entendi nada. Mas não tinha como culpá-lo, desde que sua mãe morreu, ele teve que assumir a casa e ter seu pai sempre bebendo e acabando com o dinheiro não ajuda em nada.
Meu amigo esta sobrecarregado, eu ate tento ajudar, mas o filho da puta é tão cabeça dura. Quando a aula termina, eu volto para casa sozinho.
- Boa tarde filho, cadê o Claudio? - Minha mãe pergunta quando eu entro em casa.
Minha mãe trabalha como professora no turno da manhã de uma escola primaria perto de casa.
- Ele esta fazendo um trabalho pro senhor Lopes.
- Eu já falei para esse garoto que ele tem que estudar, que a gente cuida dele.
- Sabe como ele é. O Claudio nunca vai aceitar.
- Procura ele e manda vir jantar aqui, assim eu sei que ao menos ele vai jantar hoje.
- O pai vem hoje para casa?
- Não, vai dormir no sítio, mas prometeu que amanhã vem.
Meu pai trabalha no sítio da família, junto com meu tio, às vezes ele passa a noite lá, já que o trabalho sítio começa muito cedo.
Vou para meu quarto, deixo o computador ligando enquanto vou para o banheiro tirar o uniforme escolar.
Quando volto, meu computador já está ligado, entro na internet e rapidamente faço login nas minhas redes sociais.
Clara, minha namorada, estava online e a gente passa a tarde toda conversando. Não vejo a hora passar, mas lembro que tenho que procurar pelo Claudio.
Antes de desligar o computador, Clarinha me manda uma foto dela só de calcinha. Porra, que imagem, agora eu tinha que esperar o volume do meu short abaixar para sair do quarto.
Claudio passaria o dia trabalhando na casa do senhor Lopes, então me encaminho para lá. Eu toco a campainha e o filho dele atende.
- Oi, hum... Eu sou o Marcelo, o Claudio esta ai?
- Eu sei quem você é - Ele me olha de cima a abaixo, me avaliando - que sorte a minha, hoje tive não um, mas os dois gêmeos na minha casa.
- Gêmeos?
- Você não sabia? É assim que chamam vocês na escola, os gêmeos gostosos do 3º ano.
- Mas eu e o Claudio nem somos irmãos.
- Nós sabemos, mas vocês são tão parecidos, e ninguém liga se vocês são irmãos ou não, continuam sendo gostosos.
- Hum desculpa, eu esqueci o seu nome, mas não importa cara, eu não curto homens, foi mau. O Claudio esta ai?
O garoto me olhou com cara de decepcionado, mas negou com a cabeça.
- Meu pai o chamou na academia, ele ainda deve estar lá.
O senhor Lopes era dono da academia da cidade, então agradeço a informação e vou em direção a academia. Encontro Claudio lá.
- Marcelo, o que esta fazendo aqui?
- Minha mãe pediu para te buscar para jantar. O que você esta fazendo aqui?
- O senhor Lopes me chamou para trabalhar aqui com ele. Celo, eu tenho que ir para casa, nem sei se meu pai apareceu.
- Claro, você vai falar para dona Cida que não vai jantar com ela?
- Merda... Vamos logo então...
Dou uma risada enquanto saímos da academia. No jantar, ele nos conta sobre o emprego, o que parecia bom para minha mãe e deixou meu amigo mais tranquilo.
Depois de comer, vamos para meu quarto, ligo a TV e começamos a jogar videogame. Ficamos assim o resto da noite, convido Claudio para dormir na minha casa, mas ele quer ver o pai.
Depois que Claudio vai embora, eu resolvo ligar o computador e tinha varias mensagens enviadas da Clarinha, eu tinha ficado de voltar rápido para conversar com ela, o que não aconteceu.
Ela não estava online, mas tinha deixado outra foto dela. Dessa vez, ela estava completamente nua, a foto não mostrava seu rosto, mas eu não ligava, o que importa era ver aquela bucetinha gostosa.
Eu coloco minha mão dentro da cueca e pego meu cacete duro, começo a brincar com meu pau enquanto vejo as fotos de Clarinha.
Que garota gostosa, ver aquela buceta me fez lembrar das vezes que eu a provei, isso me fez gozar.
De manhã, escuto a voz de Claudio antes de sair do quarto. Quando vou para cozinha, ele esta sentado tomando café enquanto conversa com minha mãe.
- Partiu colégio? - ele pergunta.
- fazer o que né?! - Tomei meu café rápido, minha mãe avisou que estava indo dar sua aula e me lembrou de trancar a porta ao sair, ela deu um beijo na minha cabeça e fez o mesmo no meu amigo.
- Você sabe que ela gosta mais de mim né – Implicou meu amigo.
- Claro, ela tem três filhos, mas ela gosta mais de você, só nos seus sonhos. Vamos logo para aquele tormento – digo e então saímos
No portão do colégio encontramos nossa turma, Clara quando me vê vem ao meu encontro e me abraça, eu beijo sua boca.
- Dormiu bem?
- Depois daquilo que você me mandou, é claro.
- O que ela te mandou? - Claudio pergunta do meu lado, ele olha para nossa cara e sorrir - quer saber, deixa para lá, prefiro continuar na ignorância.
- Para de ser bobo, Claudinho.
Nos juntamos ao pessoal e ficamos conversando ate o sinal tocar e irmos para sala de aula. As primeiras aulas foram chatas e tediosas, mas antes do almoço teve educação física. A turma se dividiu entre a quadra de futsal e a de vôlei.
Eu estava a fim de jogar vôlei e Claudio veio junto, jogamos em times opostos, o que deixava o jogo mais competitivo, por conhecemos nossos jeitos de jogar.
Clarinha estava na arquibancada e grita toda vez que eu fazia um ponto, o que me fazia rir, Claudio aproveitava para me zoar e logo depois fazer seu ponto de contra-ataque.
Me concentrei então no jogo e nem vi a aula passar, quando o professor nos mandou para o chuveiro, não tinha mais ninguém na arquibancada.
Guardamos as coisas das aulas e fomos pro vestiário. A galera do futsal já estava terminando o banho, então ficamos esperando nossa vez, Claudio sentou ao meu lado.
- Vai lá para casa depois da aula?
- Vou, o trabalho na casa do Senhor Lopes acabou ontem.
- O garoto do primeiro ano que vai ficar triste
- que garoto? - Ele me olha - O Dário?
- Não sei o nome dele, o filho do senhor Lopes
- É o Dário, mas o que tem ele?
- Ontem quando eu fui atrás de você, ele deu em cima de mim descaradamente.
- Serio? - ele pergunta rindo.
- Não tem graça, você sabia que o pessoal do primeiro ano fala que nós somos gêmeos?
- Rapazes deixam para conversar depois, - Diz o professor entrando no vestiário - vão logo pro chuveiro que eu preciso trancar o vestiário.
Já tinha algumas cabines vazias, eu tiro meu short e pelado vou para uma delas. Claudio vai para cabine do meu lado e tomamos um banho rápido, depois colocamos nossos uniformes e vamos para o almoço. Como de costume, depois que comemos vamos procurar nosso pessoal.
- Oi gatinho – Clara vem me abraçando – ta cheiroso.
- Nem vi quando você saiu da quadra. – respondo e a beijo.
- Você estava tão concentrado – ela ri
Ficamos ali namorando ate o sinal tocar, procuro pelo Claudio para irmos para sala e ele esta conversando com o filho do senhor Lopes. Vou ate ele.
- A gente podia matar – escuto o garoto dizer.
- Matar o que? – eu pergunto me aproximando de Claudio, que tomou um susto quando falei.
- Oi Gêmeo... Eu estava falando de uns bichos que apareceu no quintal depois que o Claudinho cortou a grama.
- Claudinho? Bem... Você pode conversar depois com ele. Vamos Claudinho o sinal tocou.
Claudio me segue sem falar nada.
- Não vou com a cara desse moleque.
- Ele é legal, Celo, um pouco atirado, mas é legal.
- sei... Claudinho – respondo com deboche.
- Vai se foder.
- Ah, e pede para o seu amigo para parar de me chamar de gêmeo.
- Pode deixar, ate porque eu sou muito mais bonito que você, falar que somos gêmeos é um insulto para mim.
Dou um soco no braço dele e fomos para aula. Quando finalmente saímos do colégio, Clarinha se convida para ir para minha casa, então vamos os três.
CONTINUA...
Obs.: As partes 3 e 4 já estão disponiveis no wattpad - www.wattpad.com/user/Escritosc