BSV
Capítulo 4
Era inevitável para Jonas não sorrir ao receber uma mensagem de Matheus.
À princípio, as conversas eram sempre calientes, com muita putaria verbal e sexo virtual.
Contudo, com o decorrer dos dias, os diálogos evoluíram para assuntos ainda mais agradáveis e lindas mensagens carinhosas durante o dia.
Diferente dos outros que Jonas costumava conversar, Matheus não era só um corpo atraente. Era engraçado, agradável, carinhoso e gentil, o que fez com que os outros "contatinhos " de Jonas não recebessem a mesma atenção diária.
Matheus havia acabado de terminar o colegial e se preparava para prestar vestibular para comunicação social.
Jonas desejava encontrá-lo pessoalmente, mas o rapaz estava viajando para Paraibuna passando as férias escolares na casa da uma tia-avó e só retornaria daqui a duas semanas.
_ Puxa que pena. Essas serão as duas semanas mais longas da minha vida. Estou louco para te vê, te tocar , te beijar e desfrutar de vários lugares do seu corpo para te provocar gemidos de prazer._ escrevia Jonas.
_ Nós mal nos conhecemos e você de cobranças, Jonas! Que porra é essa? Se continuar desse jeito eu terei que ir na sua casa e colocar uma aliança no seu dedo.
_ Vem mesmo, porque eu estou querendo muito o seu anel. 😈
_ Não fale assim. Eu sou evangélica. 😋
Matheus estava completamente apaixonado. Desativou o perfil no Tinder e Grindr. Tornou Jonas o seu Crush exclusivo.
Jonas era o seu assunto favorito entre a família e amigos. Seu semblante radiava felicidade ao falar nele.
_Quando eu chegar no Rio quero que você venha aqui em casa. A minha mãe está louca para te conhecer. Ela quer saber quem é o carinha que desperta sorriso bobo no filho dela.
Jonas sentiu -se um pouco assustado. Não estava acostumado com a aceitação familiar. No fundo também sentia um pouco de inveja de Matheus de ter uma família muito melhor que a sua.
Matheus ainda morava com a sua mãe, a Renata. Ela engravidara com quinze anos de idade e foi expulsa de casa pelo seu pai.
A única a abrigá-la foi Marília, a empregada da família.
O pai de Matheus era um policial casado e ameaçou a moça com um revólver apontado para a sua cabeça, dizendo que a mataria caso a moça revelasse a gravidez a família dele.
Apesar das dificuldades, Renata decidiu não abortar a criança e se adaptar a nova realidade.
Prosseguiu com os estudos numa escola pública, arranjou vários empregos informais e com muita dificuldade ingressou na faculdade e se formou em administração.
Marília a ajudava cuidando de Matheus para que Renata pudesse cuidar da vida e com isso desenvolveu uma relação de afeto com o menino, que a chamava de vó e ela o chamava de meu neto branco.
Matheus cresceu na casa humilde onde Marília dividia com os dois filhos Luiza e Marquinhos.
Ao conseguir um emprego com uma boa remuneração, Renata passou a ajudar a amiga: reformou a sua casa e pagava uma mesada razoável para ajudar nas despesas da casa. Comprou uma casa próxima a de Marília, onde vivia com Matheus.
Era fato que Matheus não sabia o que era ser rejeitado ou criticado pela família por causa da sua orientação sexual.
Em sua casa isso era tão naturalizado que quando sofria algum tipo de homofobia na rua ele sentia-se seguro porque a família o apoiava.
Por ser filho único, Matheus era mimado tanto pela Renata quanto pela Marília. Chegando a não precisar cortar o próprio bife do prato e isso desencandeava algumas atitudes infantis no rapaz.
A sua avó materna também o mimava e o amava muito, contudo via a filha e o neto as escondidas do marido, já que era submissa demais para desobedecê-lo em sua frente.
Renata também guardava mágoas do pai e do irmão mais velho , devido às humilhações que sofreu durante a gravidez. E por isso, havia cortado laços com eles.
Diferente dos outros, Jonas não sentia raiva quando Matheus falava em um futuro namoro. Pelo contrário, sentia uma ternura imensa e uma vontade louca de abraçá-lo.
Numa das chamadas de vídeo Matheus o apresentou a Renata que mesmo envergonhada cedeu a vontade do filho.
Jonas gostou muito de conhecê -la. Ficou surpreso por ela ser tão jovem e simpática. Ele recebeu um convite para ir a um churrasco em sua casa e Jonas a convidou para ir à sua pizzaria por conta da casa.
Um mês de conversas foram o suficiente para que Jonas se encantasse cada vez por Matheus, o que alegrava os seus amigos, que sentiam esperança de vê-lo esquecer Bruno de uma vez por todas.
O pai de Cinthia tinha uma casa de praia e ela combinou com os amigos de passar o final de semana lá. As presenças confirmadas eram de Rafael, Olivia e Júlia, uma menina que Cinthia estava ficando.
Jonas recusou o convite por ter a intenção de se encontrar com o Matheus naquele fim de semana.
_ Chame ele, homem. Assim ao invés de vocês passarem um dia juntos vocês passam três. _ sugeriu Cinthia.
_ É...até que é uma boa ideia.
Matheus ficou empolgado com o convite, mas teve que lidar com a resistência da mãe.
_ Ah, não sei, filho. Você não conhece ninguém. Vai ficar uma situação chata. E além do mais, e se essas pessoas não forem uma boa companhia?
_ Que saco, mãe! Cara, você não me deixa fazer nada! Eu já tenho dezoito anos! Eu preciso viver. Daqui a pouco fico velho e não aproveitei nada .
_ Que menino exagerado! Ainda falta muito para você ficar velho.
E a sua mãe tem razão. Vai que esse pessoal é do tipo que fuma droga?_ disse Marília.
_ Pra senhora todo mundo é drogado, vó!
Matheus cruzou os braços e respirava fundo.
Contudo não desistiu e depois de muitas insistências conseguiu persuadir a mãe, conseguindo a aprovação.
_ Pode deixar, sogrona, que eu cuido bem do nosso bebê. _ prometeu Jonas ao telefone.
Na noite do encontro. Enquanto se arrumava, Matheus sentiu -se muito tenso. O seu coração batia acelerado e inúmeros inseguranças passavam pela sua cabeça.
Ligou para Nathalia, uma amiga.
_ Amiga, eu tô muito nervoso! Eu tô com medo dele não gostar de mim.
_ Deixa de nóia, amigo. Ele já gosta de você.
_ Mas ele ainda não me viu pessoalmente. E se ele não gostar do meu beijo?
_ Mat, para de neura. Vai dar tudo certo.
Jonas e os amigos aguardavam Matheus na porta da boate. Eles estavam enfrente a um ponto de táxi.
Olivia estava feliz ao ver a felicidade do irmão.
_ Eu nem conheço esse Matheus, mas já gosto dele só por te fazer bem desse jeito.
Jonas sorriu e a beijou no rosto.
_ Quem não tá nada feliz é o Patrick. _ disse Rafael.
_ E você tinha que falar nele,né?_ reclamou Cinthia abraçando a namorada por trás.
_ Aliás, como o Patrick sabe? _ perguntou Olivia.
_ Uh, é! O Jonas vive falando nesse tal de Matheus lá pizzaria. Alguém bateu para o Patrick.
_ Vocês estão chatos com esse papo de Patrick._ Jonas disse resmungando.
Ao ver Matheus descendo do táxi, Jonas sorriu maravilhado.
Percebeu que as fotos e os vídeos não o enganaram, que Matheus era realmente lindo.
O menino vestia-se com uma blusa branca e calça vermelha, usava um boné vermelho e os óculos grandes de lentes sem grau realçavam ainda mais a beleza dos seus olhos verdes.
No seu rosto não havia nem bigode e nem barba, e um pouco de espinhas expressando a sua puberdade.
Matheus também ficou encantado com Jonas e de com os seus cabelos castanhos escuros e lisos brilhavam. O que mais o chamou a atenção foi o sorriso de Jonas. Um sorriso safado e sedutor e o seu olhar penetrante .
Ao se aproximarem, Jonas puxou Matheus pela cintura e a sua testa afastando um pouco o cabelo caído.
_ Boa noite._ disse sorrindo.
Matheus sentia o coração bater acelerado.
_ Boa noite, amorzinho.
Jonas amou ser chamado daquele jeito e no impulso o beijou.
Matheus penetrou os dedos entre os cabelos de Jonas e foi acariciando o seu rosto.
Era delicioso sentir a língua de Jonas deslizar na sua e com isso foi se acalmando.
_ Esses são os meus amigos Cínthia, Rafael e Júlia e essa é a minha irmãzinha Olivia.
Eles se cumprimentaram com um aperto de mão e três beijos no rosto.
O moreno pegou na mão de Matheus para que entrassem na boate como um casal de namorados.
Matheus não estava habituado a frenquentar baladas. Fez dezoito anos há três meses e ainda estava começando a conquistar a permissão da mãe para fazer programas de adultos.
Ele ficou maravilhado com o local. Porém, lembrou da mãe recomendando que não bebesse. Temia seguir essa recomendação e que o grupo o achasse um pirralho por isso.
_ Eu vou buscar bebidas. Vamos de combo de cervejas?_ perguntou Rafael.
Jonas percebeu o incômodo de Matheus e presumiu que o rapaz não tinha permissão para beber, o que Jonas achou uma grande bobagem, já que Matheus já tinha dezoito anos.
Contudo, não quis deixar o rapaz desconfortável.
_ Eu vou dirigir por isso vou de coquetel sem álcool. Você me acompanha, Matheus?
Matheus fez um sinal positivo com a cabeça.
Rafael conhecia o amigo e sabia que Jonas não se importava de dirigi alcoolizado, pensou em fazer alguma piada, mas resolveu se calar para não constranger Matheus.
Os dois passaram a maior parte do tempo abraçados e se beijando.
Matheus não teve dificuldades de se enturmar com os amigos de Jonas. Principalmente com Olivia, quem Jonas tanto estimava e Matheus queria muito agradar a possível futura cunhada. Torná-la sua aliada.
A cada beijo e toque os deixavam ainda mais excitados e Jonas não via a hora de ir embora e ficar só com Matheus.
As duas da madrugada sussurrou no ouvido do menino:
_ Vamos embora?
_ Já! Acho que os seus amigos não vão querer ir agora.
_ Vamos sem eles. A Cinthia e o Rafael estão cada um com os seus carros.
"Eu pego a chave da casa da Cinthia e a gente fica lá mais a vontade. "_ sussurrou dando leve mordidinhas na orelha de Matheus, o deixando todo arrepiado.
E assim fizeram.
Saíram da boate e foram para a casa de praia de Cinthia.
Matheus estava muito ansioso e temeroso pela situação.
Jonas acendeu a luz e ligou o ar-condicionado da sala ao entrar. Eles retiraram os sapatos.
Sentou no sofá e bateu nas pernas convidando Matheus para sentar .
Matheus sentou de lado e Jonas retirou o óculos e o boné do menino pondo para trás em sua própria cabeça.
_ Você é tão lindo! _ disse Matheus acariciando o rosto de Jonas e o beijando.
Jonas pôs as mãos por dentro da blusa de Matheus e deslizava as mãos pelas costas do rapaz para sentir a maciez da sua pele.
Subiu a ponta dos dedos até a nuca de Matheus o provocando arrepios.
O loiro começou a beijar o pescoço de Jonas e pôs a mão por debaixo da camisa dele, acariciando a sua barriga. Desceu a mão até o pau de Jonas e o acariciava.
De pênis ereto, Jonas pôs as mãos na bunda de Matheus e a subiu para retirar a blusa do garoto.
_ Fica peladinho pra mim._ ordenou Jonas.
Matheus se levantou e retirou as roupas.
Ao vê-lo Jonas lançou um olhar devorador e mordeu o lábio inferior.
_ Vem cá, meu bebê.
Pôs Matheus sentado de pernas abertas entre as suas e o beijava enquanto enfiava um dedo no seu cuzinho macio.
_ Você é tão apertadinho. Que delícia!
Eles prosseguiram no beijo e Matheus retirou a blusa de Jonas enchendo o seu peito de beijos.
Ajoelhou-se para tirar a calça do moreno e beijou o seu pau por cima da cueca branca.
Jonas pôs o pau para fora e o posicionou na boca de Matheus, que iniciou a chupada fazendo Jonas revirar os olhos.
_ Ah, caralho! Que boquinha gostosa! Puta que pariu.
Excitado, Matheus deslizava a língua pelo pau de Jonas, beijava a cabecinha rosa e voltava a chupar, enquanto se masturbava.
Jonas o puxou pelo queixo e o beijou.
Pôs Matheus sentado no sofá e abriu as suas pernas. Ficou admirando por um tempo o cuzinho rosado de Matheus, o seu saco também rosado e o seu pequeno pau.
_ Você é muito gostoso.
Começou a chupar o pau de Matheus, enquanto acariciava o seu saco. Em seguida, deslizou a língua até o cuzinho o garoto e começou a penetrar a língua, enquanto o masturbava, fazendo Matheus se contorcer de tesão.
_ Me come, caralho! Me fode gostoso.
Jonas ficou excitado com o pedido de Matheus. E o colocou de quatro no sofá.
Matheus abriu a bunda para receber o pau mediano de Jonas. Ele estava louco de tesão.
Jonas foi até o quarto e pegou o lubrificante que havia deixado na cama em que dormiria.
Voltou e ficou louco ao vê Matheus naquela posição.
Deu beijos na sua bunda e um leve tapinha.
_ Bate mais forte!
Jonas obedeceu dando um tapa tão forte que deixou as marcas das suas mãos.
Retornou o beijo grego para aproveitar ainda mais aquele cuzinho que tanto desejava. E Matheus começou a rebolar na sua língua.
Jonas passou bastante lubrificante o deixando tão molhadinho como uma bocetinha excitada.
Penetrou o pau sentindo o calor e a contração do ânus de Matheus e esse gemia ao sentir o pênis duro preenchendo o seu cu.
Segurando Matheus pela cintura, Jonas começou as estocadas a princípio devagar, só curtindo aquele rabinho quente e apertado.
Matheus acompanhava com a rebolada e as estocadas foram aumentando.
Os gemidos de Matheus eram músicas para os ouvidos de Jonas. Ele gemia como um gatinho manhoso e isso o excitava.
Penetrando os dedos entre os cabelos loiros de Matheus, Jonas os puxavam e beijava a boca do amante.
_ Eu quero sentar.
Jonas sentou no sofá e Matheus abriu as pernas subindo em cima dele. Mirou o pau de Jonas no seu ânus e sentou devagar até ter engolido tudo.
Cavalgou com vontade, gemendo gostoso e beijando Jonas, que também gemia.
Jonas beijava a boca, pescoço e orelha de Matheus enquanto o comia.
Sem interromper a penetração, Jonas inverteu a posição e pôs Matheus de frango assado no sofá.
Começou a masturbar o menino enquanto o comia. Matheus gritava de tesão.
Gozou na mão de Jonas, que gozou em seguida.
Matheus o beijou.
_ Caralho! Essa foi a melhor foda da minha vida! Quero te dar pra sempre.
_ Promessa é dívida! _ disse Jonas com a voz ofegante e um sorriso nos lábios.
Matheus se aconchegou nos braços de Jonas o abraçando, enquanto tinha os seus cabelos acariciados.
Jonas entrelaçou os seus dedos entre os de Matheus.
Há muito tempo não sentia esse afeto por ninguém. Era como tivesse revivendo a alegria da paixão.
Eles tomaram banhos juntos e transaram novamente no box.
Como a casa era grande, cada casal tinha o seu próprio quarto.
Fazia muito tempo que Jonas não dormia com nenhum ficante. Ele evitava esse ato para não criar nenhum vínculo afetivo.
Matheus deitou encostando as costas do seu peito e a bunda no seu pau.
Ambos estavam de cuecas. Jonas o envolveu em seus braços e beijou o seu rosto, fechando os olhos sorrindo.
_ Sabe que é a primeira vez que durmo com um homem.
_ Não me diga que você era virgem!
_ Claro que não! Mas nunca foi desse jeito.
"Só rolou duas vezes com um carinha que estudava comigo. Quando fazíamos trabalhos escolares na casa dele.
Mas não era nada além de satisfação carnal, sabe? Com você foi diferente.
Eu posso não ter perdido a virgindade do meu corpo, mas perdi a virgindade do meu coração. "
Jonas sorriu e o beijou.