Sexo, amor e outras histórias: 3

Um conto erótico de Roger Feliciolli
Categoria: Gay
Contém 3137 palavras
Data: 30/12/2020 20:18:36
Última revisão: 31/12/2020 10:56:46

Carlos foi tomado por uma súbita paralisia logo que ouviu a voz de Bernardo. Só que, desta vez, não pretendia manter uma postura de indiferença, não poderia ser covarde.

– Não, não temos nada para conversar – afirmou, enfático. – Nós não nos conhecemos, esqueceu disso?

– Não complique as coisas...

– Espere. Estou ouvindo direito ou ainda acha que tem o direito de fazer qualquer imposição a mim? Só pra constar uma coisa: você é muito esquisito.

E Carlos encerrou a chamada. No entanto, antes que houvesse tempo para refletir sobre o que tinha acabado de acontecer, seu celular tocou novamente. Para evitar outro aborrecimento, ele resolveu desligá-lo. Quando voltou a caminhar, questionou-se como Bernardo havia conseguido seu número, mas a resposta era bastante óbvia: na posição de um dos homens mais poderosos daquela empresa, por certo seria fácil para ele ter acesso às informações dos funcionários com o Departamento de Recursos Humanos. Simples assim.

“Isso só pode ser carma, não é possível!”

Uma hora depois estava com os amigos Gil e Miguel. Tinham almoçado em um restaurante no centro da cidade, onde Carlos contou a eles tudo o que havia acontecido, sem se esquecer de qualquer detalhe. Depois do almoço, caminharam até o Parque Municipal e se sentaram em um dos bancos, de frente para o coreto onde um artista de rua tocava seu saxofone.

– Mas e agora, o que vai fazer? Se demitir? – Miguel perguntou.

Ele era um jovem naturalmente loiro, mas que costumava pintar os cabelos de um azul-elétrico. Era magro, afeminado, trabalhava em uma agência de publicidade e tinha uma das melhores qualidades que alguém pode ter: não se importava nem um pouco com o que diziam de negativo sobre sua aparência ou personalidade.

– Sem chance – Carlos negou enquanto mordiscava uma maçã. – Não pedi pra que nada disso acontecesse. E preciso da grana, também.

– Pelo menos você tem o tal do Marcos...

– Não, não. Eu não tenho ninguém, Miguel. E no fundo, talvez seja até melhor assim.

– Exatamente – Gil argumentou, sempre pragmático. – Melhor Carlos ficar longe dessa confusão toda.

– Ele deu pra uma dessas confusões – Miguel rebateu. – E gostou da trepada, o que é mais importante. Então acho que está um pouco cedo pra esquecer tudo o que aconteceu.

Com ironia, Carlos indagou ao amigo:

– Então o que me sugere? Que eu me jogue nos braços do Bernardo?

– Não. Dele você tem que manter o máximo de distância sempre que possível. É o típico troglodita, reconheço caras assim de longe. Pelo que contou, parece ser muito gostoso, mas ainda assim um troglodita. Agora, quanto ao Marcos, acho que não há nada de mais em você se aproveitar da situação. Já que se ajoelhou, tem que rezar...

– Você só pode ter batido a cabeça nessa última viagem! Eu conheci o cara hoje, Miguel!

– Mas, pelo visto, ele está caidinho por você.

– O quê? Você perdeu o juízo mesmo... – Carlos expressou, começando a ficar aborrecido.

– Sinceramente, Carlos, não consigo te entender. Você e o Beethoven aí – disse Miguel se referindo a Gil – vivem reclamando de estarem solteiros. Gil um pouco menos, é verdade, já que parece se importar mais com aquele Conservatório de Música do que com a própria vida amorosa. Mas logo agora que aparece um peixão na sua rede, você vai mesmo agir com toda essa inocência? Amigo, acorde pra vida! Se não entrar no barco, irá vê-lo do cais seguindo a correnteza...

– E o que você quer, então? – Gil pôs-se no meio daquele debate. – Que ele saia se envolvendo com qualquer um?

– Acha mesmo que esse Marcos parece ser qualquer um? – Ao provocar o silêncio e reflexão dos amigos, Miguel prosseguiu: – Carlos, ao menos chupe o pau dele. Simples desse jeito! Assim não vai ser um prejuízo total.

Mesmo aflito com toda aquela situação, Carlos não se conteve e riu do conselho de Miguel.

– Problema resolvido – Gil concordou e também caiu na gargalhada. – Agora, se me permitem trocar esse assunto, amanhã quero vocês dois na minha apresentação. E nem adianta dizer que é dia de pegar macho na balada.

– Ele só pode estar falando com você, meu irmão – Carlos apontou para Miguel em tom de brincadeira.

– Vocês são ridículos! – Miguel se defendeu. – Posso até comparecer, mas depois vou pra balada, é claro. E vocês irão comigo!

– Depois nos envie o horário certinho – pediu Carlos. – Só que, pelo amor de Deus, não nos obrigue a irmos de terno dessa vez.

Eles ainda conversaram por mais algum tempo, mas precisaram se despedir, pois, por mais que desejassem, terminado o horário do almoço deveriam retornarem para seus trabalhos. Carlos passou em seu apartamento para trocar de roupa e depois seguiu para a escola em que lecionava. Sentia-se chateado com todo o ocorrido com Bernardo, contudo não permitiu que isso influenciasse em seu trabalho. Cumprimentou os porteiros e professores e foi recebido por seus alunos com o carinho habitual. Outra vez mais, dedicou-se em dar suas aulas. Só que o assunto, para seu desconforto, era o Romantismo Alemão, e falar sobre a melancolia e a realidade de um amor impossível presente em Os Sofrimentos do Jovem Werther, de Goethe, fez com que, pela primeira vez em sua vida, Carlos não tivesse prazer em falar sobre literatura.

“O que você está pensando, Carlos?”, ele se questionou enquanto seus alunos resolviam um exercício analítico que havia passado. “Foi apenas uma boa foda com um babaca, só isso.” E para concluir: “Isso só pode ser amor de rola.”

No horário do recreio, Carlos conversou com os outros professores a respeito de uma feira de artes e ciências que estavam preparando. Enquanto fazia suas observações, veio em sua mente a imagem de Bernardo: incrivelmente bonito, terrivelmente estúpido. Podia mentalmente ouvir aquela sua voz grossa e seus gemidos enquanto lhe comia e mordia delicadamente seu pescoço. Podia sentir a textura de sua pele, o cheiro de seu perfume, o contrair de seus músculos a cada estocada forte em sua bunda... E pensar em Bernardo foi o suficiente para Carlos perder a concentração e se esquecer do que dizia, de modo que precisou perguntar a um dos professores qual era mesmo o conteúdo de sua fala. É claro que isso não passou despercebido e gerou algumas piadinhas, todas elas expressando que Carlos devia estar apaixonado. Ele riu, mas um riso inegavelmente forçado.

Mais tarde, quando o sino da escola tocou, Carlos finalmente respirou aliviado pela chegada do fim de semana. Pegou um ônibus que levava de volta para o centro e passou no Burger King para comprar um combo de hambúrguer com bastante cheddar, pois estava com preguiça de ter que preparar seu jantar. As ruas já estavam decoradas com pisca-piscas e elementos natalinos. Uma aragem de melancolia, própria do fim do ano, recaía sobre a cidade. E todas aquelas pessoas que abarrotavam as calçadas e as lojas para suas compras, longe de calor e um espírito coletivo, simbolizavam apenas um retrato de solidão para Carlos.

Em seu minúsculo, porém aconchegante apartamento, ele colocou para tocar a versão de Lauryn Hill para Can't Take My Eyes off You e tomou um banho bem demorado. Depois disso, vestiu uma cueca samba canção e decidiu abrir uma garrafa de vinho. Pretendia beber apenas duas taças, mas acabou fazendo mais do que isso, afinal poderia acordar mais tarde no dia seguinte. Foi até a janela, olhou para as janelas iluminadas dos edifícios enquanto a escuridão da noite devorava o céu. Na rua logo a baixo, o tropel de pessoas ia diminuindo nas calçadas ao mesmo passo que os bares ficavam lotados de criaturas noturnas, alguns bêbados de corações partidos, outros tantos apaixonados e, certamente, os devassos e os amantes da vida.

“A toast to misfortunes...” Carlos brindou a todos.

Antes de se esparramar no sofá, comer e assistir televisão, corrigiu alguns trabalhos de seus alunos para não ter que fazer isso no dia seguinte. “Deixar pra depois dá sempre mais trabalho”, costumava pensar. Assistiu parte do jornal e caiu no sono sem perceber. Era por volta das 21h da noite quando acordou com seu celular tocando. No visor aquele mesmo número desconhecido... Carlos resolveu atendê-lo.

– Alô...

Silêncio.

– Olha, não tô procurando encrenca – prosseguiu Carlos. – Vamos esquecer o que aconteceu e seguir com nossas vidas. Por mim tá tudo bem, juro.

– Estou em frente ao seu prédio. Desça.

Assim que Bernardo desligou o telefone, Carlos foi tomado por um ódio absurdo. Afinal, quem Bernardo pensava que era para agir daquela maneira? Depois de toda sua indiferença transmitida mais cedo, ainda se sentia no direito de dar ordens? Ele já estava passando dos limites do respeito, do bom senso, de tudo. E munido de toda raiva que conseguia sentir, talvez influenciado pelo vinho que havia bebido, Carlos vestiu uma calça e, com passos meio bamboleantes, desceu até o térreo. Atravessou o hall sem arrefecer sua ira e, do lado de fora, procurou por Bernardo, porém não lhe avistou. Olhou para os lados e nada. Havia uma Mercedes-Benz mais à frente estacionada na rua, os faróis acesos, mas os vidros eram escuros e Carlos não conseguia enxergar seu ocupante. Decidiu ir até o veículo.

Quando estava próximo, a porta do passageiro ao lado do motorista se abriu. Isso fez com que Carlos parasse e se sentisse com medo. Poucos segundos depois, no entanto, ele voltou a caminhar e, com o coração na boca, entrou no carro. Era mesmo de Bernardo. E lá estava ele, os cabelos negros molhados como se houvesse acabado de sair de um banho, vestindo uma bermuda e uma camisa esportiva de manga longa da Nike, seu perfume característico se espalhando pela Mercedes. Naquele momento, Carlos perdeu toda sua valentia.

Novamente o silêncio reinou sobre os dois.

– O que está fazendo aqui? – Carlos questionou, esforçando-se para manter o tom de voz firme. Não conseguiu.

Bernardo, que até então olhava para sua frente, uma das mãos no volante, voltou o rosto para ele.

– Me desculpe...

Aqueles olhos oceânicos, de um azul mais intenso do que duas preciosas gemas de safra, lhe encaravam com seu modo peculiar: sério, dominador e... ardente. Poderia ser mais do que o suficiente para intimidar Carlos, transformá-lo num gatinho acuado, mas ele se manteve firme na sua decisão de se livrar do que estava preso na sua garganta. Se não fizesse isso, talvez nunca mais teria a chance.

– Bernardo, me diga qual é o seu problema? Tem alguma dificuldade em se relacionar com as pessoas, é? Não digo amorosamente, porque talvez isso não seja do seu interesse, mas me refiro a todas as relações sociais mesmo. As mais simples, as mais comuns. Você é instável. Mal te conheço, mas pensa que pode mandar em mim. E o que fez hoje mais cedo... me tratou como lixo! Acho que pior do que isso. Nunca me senti tão usado. E olhe que já passei por muita coisa nessa vida.

Carlos despejou tudo o que sentia. E a sensação posterior foi de alívio, precisava disso. Contudo, lançadas suas últimas palavras, notou que Bernardo novamente voltou a olhar para frente. Estava ele se sentindo envergonhado?

– Eu me sinto desconfortável com isso tudo...

– Acha mesmo que tem esse direito? – Carlos interviu, descrente.

– Queria que tudo fosse mais fácil...

– Do que você está falando, cara? – Indagou mais uma vez Carlos, aborrecido.

Bernardo não lhe respondeu. E isso bastou para que o aborrecimento de Carlos alimentasse outra vez sua ira.

– Quer saber, vou voltar pra casa.

Carlos quase se retirou. Chegou a abrir a porta do carro. No entanto, foi segurado pela mão firme de Bernardo.

– Por favor, fique. Não irei te fazer mal. Só preciso conversar...

Pela primeira vez, Carlos observou que havia alguém cheio de inseguranças, medos e fraquezas escondido dentro daquele soldado nórdico. Havia, por trás daqueles olhos suplicantes, um homem comum. E isso agradava Carlos, de tal modo que o fez fechar a porta e ficar.

– Vamos sair daqui – Bernardo propôs. – Não se preocupe, não irei te fazer mal – ele repetiu.

Carlos não disse nada. É claro que ele sentia medo, naquela situação não poderia ser diferente, contudo o desejo de continuar ali, em saber mais e mais, superou o conjunto de apreensões que ramificavam em seu peito. Então, pois bem, afivelou o cinto de segurança e viu-se deslocando pelas ruas ao lado de Bernardo, ambos no mais completo silêncio. Atravessaram viadutos, alguns bairros e já estavam distantes do centro da cidade. Pela direção tomada, Carlos notou que Bernardo pretendia ir até a Lagoa da Pampulha. E foi exatamente isso o que aconteceu quando ele estacionou o carro em uma das paradas quase desertas, na orla da lagoa.

Do outro lado, a igrejinha da Pampulha, projetada por Niemayer com suas características curvas modernistas, estava mergulhada pela escuridão em virtude das obras de sua revitalização. O Parque Guanabara, mais atrás da igreja, apagava as últimas luzes de seus brinquedos. O silêncio somente não era total em razão das respirações de Carlos e Bernardo.

– Eu não queria ir embora. Mas precisava...

Carlos absorveu a fala de Bernardo. Disse em resposta:

– Confesso que não fiquei feliz quando acordei e não te vi. Mas isso não importa.

– Não sou o tipo de cara que age assim, Carlos – Bernardo explicou olhando firmemente em seus olhos. – Não sou.

– Então quem é você, Bernardo? Por que diabos fingiu para seu irmão, aparecendo do nada como se não me conhecesse?

– Em todos os lugares do mundo você tinha que ir trabalhar logo lá... – falou Bernardo referindo-se à construtora de seu pai. – Eu vi Marcos beijando sua mão. Não gostei daquilo.

– E por isso agiu feito um babaca comigo?

– Não... – Bernardo negou e sua voz, ainda que firme, não indicava que estivesse mentindo. – Só que fui pego de surpresa ao vê-lo ali, parado com meu irmão. Tem coisas sobre mim que você não sabe...

Bernardo se calou. Quando voltou a falar havia um sorriso tímido em seu rosto:

– Você ter me dado aquela camisa foi a cantada mais bonita que eu já recebi.

– Não era uma cantada – contrapôs Carlos. – E você não a aceitou.

– Apenas porque ela jamais serviria em mim – Bernardo rememorou. – Carlos, gostei muito de ter dormido com você. Foi uma noite muito especial para mim, acredite nisso. Mas...

– ... mas? – Carlos instigou que ele prosseguisse.

– Eu não devia ter feito aquilo.

– Por qual motivo?

– Porque tenho uma noiva.

Silêncio.

– Por favor. Não quero que fique magoado...

– Não acha que é meio tarde para isso? – Carlos questionou retoricamente. Algumas lágrimas começavam a brotar de seus olhos. E suas emoções lhe traindo o irritou ainda mais. – Devia ter me falado a verdade antes de me puxar para aquele beijo! Era tão difícil ser honesto?

– Carlos...

– Carlos o caralho! Eu jamais me envolveria com alguém comprometido! – E pensar nisso bastou para que Carlos se sentisse parte de uma trama de agudo mau-caratismo. – Pronto, agora me sinto sujo em estar nessa posição. Coitada dessa mulher! Como consegue ser noivo de alguém que engana para dormir com outros homens?

– Nunca dormi com outros homens. Você foi o primeiro.

Silêncio, mais uma vez. Ele estava falando a verdade? Para Carlos isso já não importava.

– Vamos esquecer isso, Bernardo – Carlos disse, esforçando-se para se acalmar. – Vamos nos esquecer que nos conhecemos, como você mesmo sugeriu na frente de seu irmão hoje mais cedo. Foi apenas uma foda, nada mais do que isso. Muito boa, é verdade, mas apenas uma foda. Agora me leve de volta.

– Carlos, por favor...

– Bernardo, se não puder fazer isso eu vou sozinho. Chamo um uber, um táxi, qualquer coisa. Mas não irei ficar aqui.

Bernardo lhe encarou, e Carlos receava ceder se continuasse a olhar para aqueles olhos azuis que, naquele instante, refletiam um oceano de tristeza. Para além disso, refletiam um sentimento puro e que, pela primeira vez, permitia ser testemunhado em toda sua vulnerabilidade. Carlos, é claro, não sabia disso, mas ele era o primeiro a enxergar uma face que Bernardo lutava para esconder do mundo.

– Está certo.

O silêncio das ruas era perfurado pelo ronco do motor da Mercedes. Em algum lugar, o som de garrafas se quebrando. Bernardo deixou Carlos em sua casa e, quando ele se retirou, acelerou o carro e poucos segundos depois sumiu de vista.

Pois bem, já foi escrito que no princípio era o verbo. E assim o é desde os tempos mais remotos e – sem espanto algum – já esquecidos pela memória coletiva. Nascer, desenvolver-se, partir. Três estágios se esforçam para resumir todo um universo de significações e garantem que, dessa forma miseravelmente factual, se dá a progressão de todo ser organizado até tornar-se verbo intransitivo. Assim foi, é e será: até o fim derradeiro, do pó ao pó, do verbo ao verbo.

Mas entre o verbo, e posterior a ele, estão os detalhes que constituem todo um universo de significações, todos os percursos e percalços. Todos os sintagmas e sintomas. Em vista disso, nessa nossa esfera azul que vem tediosamente girando já há bastante tempo, brotam então as conjunções, os advérbios, os próprios adjetivos, mas também os pronomes e substantivos. E surgem os ditos e os não ditos, as gamas de cores, de elementos, de sons, de sensações e sentimentos os mais diversos. Surge até o não estimado, mas essencial para a formação da identidade dos seres que passaram a andar de pé e dominaram o mundo com suas canetas esferográficas e plástico bolha. Nessa categoria descortina-se a dor e a tristeza, é deveras.

Carlos dormiu sentindo-se um completo infeliz. Na noite do dia seguinte, na apresentação de seu amigo Gil, não conseguiu esboçar um sorriso, mesmo com Miguel esforçando-se para alegrá-lo com seus comentários mordazes sobre os homens que compunham a orquestra. Muito evidentemente, Carlos contou tudo o que havia acontecido para os amigos, que lhe reconfortaram como sempre faziam. Mas ao observar o mundo a sua volta, repleto de beleza, decidiu que não deixaria sua vida se transformar em um réquiem. Pois, afinal, ele era cercado por pessoas que amava muito, trabalhava com aquilo que mais gostava e tinha a invejável capacidade de reter tudo o que fosse bom das situações mais abjetas para fins de aprendizado. Na parte do outono de As Quatro Estações, de Vivaldi, Carlos já se mostrava bem diferente do que o jovem de horas antes.

Depois do concerto, os três amigos inseparáveis e fabulosos subiram uma das ruas do centro em busca de diversão, dry martinis e rapazes. As possibilidades estavam abertas e a noite emanava poesia.

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Ei, pessoal! Espero que todos estejam bem. Não sei se postarei amanhã, então gostaria de desejá-los um feliz, leve e bonito ano novo! Que 2021 seja sinônimo da mais merecida tranquilidade, de sucesso e amadurecimento!

Preciso dizer que estou muito feliz com a quantidade de leituras recebidas. E é isso o que realmente importa, ser lido! Mas, se não for pedir muito, gostaria que avaliássem os capítulos, assim poderei melhorar o trabalho que pretendo ir desenvolvendo.

Um abração desse mineiro aqui!

R.F.

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Ansioso pelos próximos capítulos. Nota mil!

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