Borboletas sempre voltam 8

Um conto erótico de Mistério
Categoria: Gay
Contém 2183 palavras
Data: 03/12/2020 22:58:46
Assuntos: Amor, Gay, Mistério, Sexo, Tesão

Capítulo 8

Bruno entrelaçou os dedos entre os dedos de Jonas. Deitados na cama, um adorava curtir a presença do outro.

Jonas apoiava a sua cabeça no peito de Bruno, enquanto tinha os cabelos acariciados pelo amado.

_ Sabia que quando eu era criança...pré adolescente eu tinha um namorado imaginário?

Jonas levantou a cabeça e o olhou com espanto erguendo uma sobrancelha.

_ Como assim você tinha um namorado imaginário, Bruno? Geralmente as crianças têm amigos imaginários. Namorado imaginário é novidade!

_O nome dele era André, era engenheiro agrônomo, morava em Malibu e era extremamente bonito.

_ Ele tinha o pau maior que o meu?

_ Fala sério, Jonas!_ Bruno disse rindo.

_ O cara é bonito, rico e inteligente, se tiver pauzão aí mesmo que fica difícil de competir com ele.

_ Eu não sei quem é mais doido eu que tinha um namorado imaginário ou você que está com ciúmes de um ex imaginário.

_ "De todos os loucos do mundo eu quis você/ porque eu estava cansado de ser louco assim sozinho..."

_ "Te todos os loucos do mundo eu quis você /porque a sua loucura parece um pouco com a minha."

Eles cantavam com as pontas dos narizes colados e sorrindo um para o outro. Bruno o beijou. Amava-o com tanta força. Está com Jonas era um dos únicos momentos em que se sentia seguro e extremamente feliz.

_ Eu te amo demais, meu menino.

_ Não mais do que eu._ Jonas disse o envolvendo nos seus braços.

Com olhos umedecidos, sentado na ponta da cama, Bruno se preparava psicologicamente para ir tomar café da manhã. Sabia que iria encontrar Jonas e Matheus aos amassos e isso partiria o seu coração. O pior para Bruno era ter que ocultar a sua infelicidade e o ciúme. Isso o destruía.

Renata mandou encher a piscina de plástico no terraço. O casal estava abraçados e aos beijos quando Bruno se aproximou.

Renata e Diego, um amigo que dormira na casa, estavam sentados na cadeira de praia.

_ Boa tarde, Buba. Põe uma sunga e vem ficar aqui com a gente.

Bruno fitava o casal na piscina. Matheus deitou entre as pernas de Jonas apoiando a cabeça no colo do namorado.

Quantas vezes ele e Jonas ficaram juntos daquele jeito. Oito anos de distanciamento não foram o suficiente para esquecer Jonas.

_ Eu adoraria, tia, mas estou com uma dor de cabeça. Só vou tomar um analgésico e voltar para a cama.

_ Nossa! Mas você nem bebeu nada alcoólico ontem! Deve ter comido alguma coisa que te fez mal.

_ Com esse calor insuportável do Rio de Janeiro quem não passa mal?_ disse Diego.

_ Oh, meu bem, faz o seguinte: tem uma caixinha de remédios lá na pia do banheiro, você toma, vai para o meu quarto, liga o ar-condicionado, descansa um pouquinho e assim que você melhorar vem ficar aqui com a gente. Daqui a pouco a Marília, Luíza, Marquinhos e as crianças vem pra cá vamos um churrasco.

Bruno saiu e foi para o quarto de Renata. Deitou na cama e ligou a TV. Não tinha a intenção de sair enquanto Jonas estivesse na casa. Queria evitar mais dores emocionais.

Apesar de aparentar felicidade, Jonas sentia-se muito incomodado. Para ele era torturante está ao lado de Bruno e fingir que nada estava acontecendo. Queria ir embora, mas foi detido por Matheus e família que insistiam por sua presença.

De todos, Matheus era o mais feliz. Estava completamente apaixonado por Jonas e tê-lo por perto aquecia o seu coração.

_ Desde o dia em que eu te conheci fui tão feliz como nunca fui antes. Eu te amo tanto, bebê. _ Matheus dizia sorrindo.

_ Eu também, meu amor.

Jonas sentia-se aflito por não ver Bruno durante o churrasco. Mesmo que não pudesse tocá-lo queria vê-lo nem que fosse um pouco.

_ O seu primo parece ser um pouco tímido.

_ Um pouco. Ele é meio bicho do mato. Depois você se acostuma._ respondeu Matheus o beijando.

Jonas ficou na casa de Matheus até o anoitecer. O loiro o acompanhou até o portão para se despedir. Jonas encostou as costas no carro e Matheus enfrente a ele segurava as suas mãos.

_ Pena que você não pode ficar mais um pouco. Eu amei a sua visita.

_ Amanhã a pizzaria reabre e eu tenho que estar lá.

_ Mas ela só abre a partir das quatro da tarde. Você poderia ir de manhã. A gente poderia dormir agarradinhos lá no meu quarto e..._ Matheus aproximou a boca no ouvido de Jonas._ Você poderia me comer gostoso.

_ Hum! Com uma proposta dessas é até covardia da sua parte, hein bebê.

"Mas deixa para a próxima. Amanhã tenho algumas coisas para resolver no banco e vou dar um abraço de feliz ano novo na minha avó.

"Mas saiba que você está intimado a visitar o meu apartamento. "

_ Que dia eu posso ir?

_ O dia que você quiser. As portas sempre estarão abertas para o meu nenenzinho.

_ Olha que eu vou, hein.

Jonas o beijou.

_ Quando você vai me apresentar para a sua família, bebê?

_ Oh, meu amor, no meu caso é um pouco mais complicado.

_ Por quê?

_ A minha família não é tão boa quanto a sua. Meus pais são homofóbicos, daquele tipo insuportável. As únicas pessoas conviviveis são a Olivia, que você já conhece, e a minha avó.

_ Por você eu enfrento qualquer coisa. Até mesmo sogros homofóbicos. Eles que lutem para me engolir.

Jonas sorriu.

_ Menino, você é demais. Te amo pra caralho.

"Qualquer dia eu vou te levar para conhecer a minha avó. Mas vou esperar a ocasião certa."

_ Tudo bem.

_ Mas no meu apartamento e na pizzaria você pode ir quando quiser.

"Agora eu preciso ir."

Matheus o agarrou pela cintura e encostou a cabeça no seu peito.

_ Ah, não! Eu vou sentir saudades.

Jonas sorriu e olhou para cima. Seu sorriso se desfez ao ver que Bruno os observava.

_ Eu preciso ir, amor.

Matheus o beijou e se afastou. Jonas entrou no carro e partiu.

Durante o percurso para a casa, Jonas sentia-se conturbado. O rosto de Bruno não saia da sua cabeça.

Ao passar por uma rua próxima da sua casa, estranhou o fato de ver muitas pessoas aglomeradas perto de um portão e ouviu uma gritaria.

Pela janela avistou um homem caído no chão enquanto outro o batia com um pedaço de pau.

O agressor gritava:

_ Seu viadinho de merda! Na minha família eu não admito isso!

Ao te conhecer o agredido, Jonas estacionou o carro e saiu do veículo indo em direção ao conflito.

_ Para com essa porra! Você acabar matando ele!

_ Não se mete nisso, meu chapa._ disse o agressor.

Jonas ergueu a perna e deu um chute giratório derrubando o pau da mão do homem, em seguida o socou com toda a força que tinha no braço. O homem caiu de costas no chão.

Revoltado, ele se levantou e foi em direção a Jonas com os punhos cerrados. Jonas agarrou a sua mão e girou o seu braço o levando para trás das costas dele , o trazendo para o seu peito e envolveu os seu braço no pescoço do homem.

As pessoas em volta gritavam como adolescentes incentivadores de brigas escolares.

_ Você é um merda! Como tem coragem de espancar o seu próprio filho?

O homem se debatia tentando sair do braço de Jonas. Esse o jogou no chão e se aproximou de Patrick erguendo a sua mão para que ele pudesse se levantar.

Com o rosto ensanguentado e sentindo -se humilhado, Patrick levantou-se com os olhos cheios de lágrimas.

_ Vem comigo. Eu vou te levar para o hospital.

_ Você deve ser uma outra bichinha também. Leve esse baitola contigo. Aqui na minha casa ele não pisa mais.

_ Não pisa mesma no que depender de mim.

Jonas guiou Patrick até o seu carro e mudou o percurso indo em direção ao um hospital.

No carro, Patrick desabou a chorar.

_ Calma, cara. Tá tudo bem. Você tá seguro agora.

_ Me abrace, por favor?

Jonas estacionou o carro e Patrick o abraçou sujando a sua camisa de sangue.

_ Eu fui tão humilhado. Nunca mais quero voltar naquela rua.

_ O que aconteceu lá? Ele descobriu que você é gay?

Patrick fez um sinal positivo com a cabeça.

_ Patrick, eu vou te levar para um hospital e depois vamos para uma delegacia. Você sabe que homofobia é crime. Isso não pode ficar assim.

_ Eu não quero piorar as coisas. Só me leve para o hospital. E para algum lugar em que eu possa descansar e pensar o que vou fazer da vida.

_ Ele não pode sair impune.

_ Por favor.

Patrick havia fraturado o nariz, olho esquerdo estava arroxeado e a boca inchada. Após receber atendimento médico, Jonas o levou para a casa da sua avó.

Dona Chiquinha gostava muito de Patrick. O jovem sempre agradável com ela e lhe fazia visitas levando algum vasinho com plantas para agradá-la. Ele sabia que Jonas e avó eram muito próximos e tinha esperanças de que a idosa o ajudasse a conquistar o seu neto.

Dona Chiquinha fazia gosto pelo namoro dos dois. Mesmo com todos os seus argumentos não conseguia convencer o neto, que sempre desviava o assunto.

_ É um absurdo quem em pleno século XXI pais ainda agridem os filhos e os expulsem de casa por puro preconceito contra a homossexualidade. Como se isso fosse algo errado.

"Ainda me vêem com esse papinho de "Deus condena " , "É pecado!". Ah, que Deus é esse que odeia as próprias criaturas?

"Esse deus é o reflexo da maldade deles, porque o deus que conheço amou tanto a humanidade que deu a vida por nós. Eles é que precisam de Deus para tirar o ódio dos seus corações. "

_ Obrigado por tudo que vocês estão fazendo por mim. Amanhã mesmo eu tomo um rumo e arrumo um canto para ficar.

_ Ah mas de jeito nenhum. Você vai ficar em casa o tempo que precisar.

"A casa é grande e eu vivo aqui sozinha com os gatos. Vai ser um prazer te ter aqui. "

_ Eu não quero incomodar, dona Chiquinha.

_ Imagina. Você é muito bem-vindo.

Dona Chiquinha o hospedou no quarto em que os seus netos costumam dormir quando vão visitá-la. Arrumou a cama com lençóis limpos e cheirosos.

Depois do banho de Patrick, dona Chiquinha serviu aos rapazes um prato de estrogonofe de frango, com arroz e batata palha.

Após o jantar, Jonas anunciou a partida. Dona Chiquinha pediu para ele dormisse na casa, mas o rapaz recusou.

Patrick o acompanhou até o portão.

_ Me desculpe por todo esse transtorno. Minha vida é muito complicada. Jonas, obrigado por tudo que fez por mim.

"Eu nem sem Como te agradecer."

_ Não precisa me fazer nada. Aliás, nem precisava vir até aqui. Deveria ter ficado no quarto descansando.

_ Amanhã eu vou enfrentar uma barra. Terei que ir até a minha ... quer dizer a casa do meu pai para pegar as minhas roupas e documentos.

_ Você deve ir à polícia prestar uma queixa.

_ Já está tudo complicado demais. Eu não quero piorar mais as coisas. Só quero pegar o que é meu e nunca mais ter que olhar na cara dele.

_ Você é quem sabe.

"Bom, eu tô indo nessa. Tô muito cansado."_ disse Jonas bocejando.

Patrick permaneceu o observando entrar no carro. Apesar das dores e do sentimento de humilhação, sentiu que naquela noite o seu amor por Jonas aumentou em grande escala.

Ele foi maravilhoso em salvá -lo, o tratou tão bem como nunca fora tratado na vida.

Patrick sentiu que precisava lutar para tê-lo ao seu lado e estava disposto a fazer tudo para isso.

Em casa, debaixo das águas do chuveiro, Jonas pensava em Bruno. Recusava-se a acreditar nas palavras dele.

_ Bruno gostava muito de mim. Com certeza está mentindo.

"Deve ter acontecido alguma coisa para que ele fugisse daquele jeito. Mas eu vou descobrir o que é. "

Após o banho, Jonas foi de toalha até o quarto, a arrancou do corpo e jogou numa cadeira próxima da cama e deitou nu.

Pegou o celular. Decidiu entrar no Instagram e procurar pelo perfil de Bruno entre os seguidores de Matheus.

Ficou revoltado ao vê as fotos de passeios e viagens que Bruno fizera. Em todas as fotos, Bruno sorria.

_ Desgraçado! Enquanto eu sofria pra caralho o filho da puta se divertia.

"Eu sou um idiota mesmo. "

Decidiu mandar uma mensagem para Matheus.

"Boa noite, bb. Tá fazendo o quê?"

"Saindo do banho."

"Hum, que delícia 😋 manda uma foto de agora."

Matheus enviou uma foto de cabelos molhados, em que fazia uma careta enfrente ao espelho do banheiro.

"Assim não. Quero te vê peladinho."

"Nada disso. Peladinho só ao vivo pra poder me comer."

"Isso é covardia. Vai fazer isso comigo, bb."

"😈😈"

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Comentários

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ooo gosto desse conto mais acho q vc ta botando patrick muito no papel de ficante apaixonada eu gosto desse personagem ñ deixa ele asim ñ

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Continua logo está demais...

Não demore a postar.

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Sacanagem o q estão fazendo com o Matheus. Ele tem o direito de saber a verdade é N de ser iludido! #chateado com o Jonas e com o Bruno. E eu teria lindo dado parte no lugar do Para intolerantes tolerância 0!

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