Mais um causo do "Véio pro cêis..."
Fico sentado em dias como esses, chuvosos, com aqueles trovões que se ouve lá longe... a água caindo e deixando tudo encharcado. A pastaria, os campos, roçados, rios cheios... quantas lembranças daquela época boa da minha juventude!
Para os amigos e amigas do CDC, ja contei vários dos meus causos, no chat e por email. E por conta de um email que recebi, me perguntando sobre a vez que aprontei com uma moça, lá de Presidente Prudente, resolvi falar sobre esse causo.
Eu ja era um rapaz formado, na altura, físico e principalmente na "ferramenta". As diversas aventuras sexuais que tive, desde cedo, me tornaram um sujeito muito do safado.
E sabe como é cidade pequena, o boato corre, as notícias se espalham como rastilho de pólvora.
E eu sempre na boca do povo, e principalmente quando o assunto era homem safado, namorador, pegador, pulador de cerca 😂😂
Sempre que eu aparecia em alguma das cidadezinhas da nossa região, ja se faziam rodinhas de moças e começavam a cochichos e as risadinhas. A rapaziada não era tão simpática, uma vez que eu representava perigo à suas irmãs e namoradas 😂😂😉
Nunca fui covarde, nem medroso, jamais corri de briga, mas não era do meu estilo arranjar encrenca. Sempre gostei de fazer amizades por onde passava. Outra lição que aprendi com meus velho heróis, pai, tio e avô!!!
Pelo fato do meu pai e tio negociarem bois, vacas, bezerros e tropas de burro e mula, cavalos, sempre estavam rodando pela região, e eu, quase sempre do lado acompanhando, observando, ouvindo e aprendendo.
E foi em uma dessas andanças, que o meu querido e amado tio me levou com ele. Eu e minhas irmãs fomos passar uns dias com ele e minha tia. Meu pai havia levado minha mãe para Marília fazer uns exames, e ficariam por lá uns 10 dias. Como ja relatei em outros causos, minha mãe não tinha a saúde muito boa, e as vezes era preciso correr com ela.
Minha tia querida não podia ter filho, e por esse motivo, quando estávamos em sua casa, não sabia o que fazer para nos agradar. Era atenciosa ao extremo, fazia tudo que era tipo de bolo e doces, mandava meu tio trazer chocolate e balas para minhas irmãs, ensinava as meninas a costurar, cozinhar, fazer queijo, pamonhas... tudo. Sentavam na frente da televisão depois do almoço e ficavam as três conversando e olhando revistas de corte e costura! Eita saudade❤💕
Pela manhã sai com meu tio e os seus peões para olhar o gado da sua fazenda, e depois do almoço, iríamos à cavalo olhar dois sítios que ele arrendadava não muito longe dali. Eram duas propriedades vizinhas, boa aguada, pastaria alta, e somadas, as duas terras arrendadas, chegavam a 45 alqueires. Só não tinha curral que aguentasse gado de corte, pois nelore é bicho bruto demais, quando acuado então... Jesus! 😉😂
Almoçamos, e depois de forrar a bariiga, meu tio me chamou para sentar la no galpão que ficava perto do mangueiro. No local tinha rádio, garrafa de café, uma geladeira velha vermelha, e o tereré. Era a mesma rotina na casa do meu amado tio, almoçar e ir beber tereré no galpão com os peões contando causo.
Fomos nos despedindo da minha tia e das minhas irmazinhas, avisando que dali uma hora, sairiamos para olhar os bois no arrendamento. Fomos saindo do alpendre do fundo da casa, passamos pela janelona da cozinha, minha tia avisa:
-- Meu véio, caso oceis não fô demorá muito lá oianu os boi, bem que podia me fazê um favor! Vo precisa dumas coisinha... To fazeno uns doce com as pequena, e vai falta umas coisa... fermento, farinha, uns Toddy, leite moça...
A tia foi falando, e falando e falando... meu tio parou e me olhou falando, dando piscadas:
-- Eh fio, vai venu, isso que a tua tia queria só umas coisinha...
Caímos na risada, minha tia que não carteava em absolutamente nada com meu tio, ficou meio sem graça, abaixou a cabeça.
Eu vendo que o tio não estava afim de sair para cidade aquela tarde, resolvi me entrometer no assunto e ajudar a tia:
-- Hummm tia, a senhora vai fazer aquele pudim também? E o bolo de cenorua... ahh se for assim, eu vou a pé comprar pra senhora tudo que for necessário!
Ela com aquele olhar carinhoso, me deu um sorriso amoroso, enquanto meu tio tirava o chapéu, coçava a testa e resmungava, dizendo que pelo jeito não ia ter escapatória: 😂
-- Oceis são bardoso mêmu... criançada artera...bando di lumbriguento... ta bao, vô lá busca as coisa pros doce doceis... essa tar di tia tá dexânu oceis tudo mar acostumado mêmu!!!
Minhas irmãs gritaram alegres, pulando na minha tia, e depois indo até o meu tio esticando os bracinhos para abraçar aquele gigante ranzinza. Ele se abaixou e as duas o abraçaram e beijaram seu rosto, com a minha irmã mais nova puxando o bidodão dele. Lembro como fosse agora, nesse instante, quando olhei na janela da cozinha, minha tia secava as lágrimas com o avental. Era uma mulher dedicada, amorosa, submissa até dizer chega ao meu tio, mas o amava muito. O único desgosto dela, era não ter dado filhos ao meu tio.
Tudo acertado, meu tio mandou a tia escrever uma lista, com tudo que fossem precisar. Me chamou com os olhos, fomos até o galpão para beber um tereré ligeiro, e distribuir as ordens aos vaqueiros.
Não gastamos meia hora nisso, voltamos pra casa e meu tio avisou pra tia, que compraria as coisas em Prudente, aproveitando a ida à cidade para resolver uns outros assuntos. (Banco e as amantes).
Fui me dirigindo à caminhonete, quando ouvi meu tio dando um assobio, me mandando voltar para casa.
Voltei na carreira e ouvi dele, que era pra eu tomar um banho e colocar uma roupa melhor. Obedeci o velho e fui pegar uma calça limpa, camisa mais nova e outra botina.
Meu tio era lampino demais meu povo, sempre que saia, gostava de caprichar no seu visual. Apesar de rústico, jeitão selvagem, o Véio era vaidoso, gostava de usar chapéu novo, bota nova, camisa branca bem passada e aquele perfumão!!!
Me arrumei no banheiro de fora, quando fui procurar o tio, encontrei ele no seu quarto, acabando de se arrumar, fechando a cinta, e arrumando o 38tão atrás da chapa prateada do fivelão que mais parecia uma tigela 😂😂😂😂😂
Olhei ele e dei muita risada da cena, enquanto dava uma arrumada na aba do chapeuzão na frente do espelho da penteadeira, alisava o bigode fazendo cara de safado.
E como era safado e putanheiro meu tio... quanta mulher ele comia. Era um coroão arrumado, bom de papo, grandão, olhos azuis, tinha o corpo em forma... era bonitão o safado!
Saiu do quarto fazendo barulho com o salto das botinas e foi falar com a tia.
Ela estava no terreiro acompanhada por minhas irmãs, quando ele falou :
-- ôh muié, nois vai lá no Prudente, tamu sem hora pra vorta... é só isso mêmu que oce pricisa... me da um bêju aqui...
Ela deu um beijo nele, mas seus olhos denunciavam o ciúmes que sentia do meu tio!
Montamos na caminhonete, o tio buzinou, minhas irmãs correram até a porteira nos acompanhando, descemos pelo corredor e pegamos a estrada.
O tio ligou o toca fitas e fomos ouvindo uns modão, fumando e falando sobre mulheres, só pra variar um pouco 😂😂😂.
Seguimos pela estrada tranquilos, sem presa, era quase meio dia, sol estalando no céu, e eu, nem piscava ouvindo os causos do meu velho tio herói.
Ele também gostava de ouvir minhas aventuras com as menininhas da região. Naquelas ocasiões ele sempre me lembrava do causo que vivenciamos juntos, quando furou o pneu da caminhonete e acabei faturando aquela madame gostosona, e sua empregada também. O velho ria e me dava uns cutucões nas costelas, dizendo que eu estava ficando perdido e mal falado igual ele.😂😂😂. Mas que eu era o orgulho do tio, não negava a nossa raça de mulherengo!!!!!
Mais adiante, pegamos outra estrada e seguimos para Presidente Prudente, chegando ao centro da cidade por volta de 13:00 hs.
Meu tio dava um giro na cidade, olhava o movimento, paquerava a mulherada, e estacionava quase sempre no mesmo lugar.
Paramos perto de um local bem movimentado, e o tal supermercado onde encontrariamos as coisas da lista da minha tia, ficava duas ruas abaixo de onde paramos.
Andamos pela calçada e não tardou meu tio encontrou uns conhecidos dele e do meu pai. Eram outros boiadeiros que moravam naquela cidade.
Fizeram uma rodinha e ficaram conversando sobre negócios.
Eu não estava muito interessado no assunto que não me dizia respeito, fiquei olhando as meninas que passavam pela rua. Eu quebrava o pescoço pra todo lado, não deixava passar nenhuma sem mandar um sorriso, um beijinho ou um tapa na aba do chapéu.
Algumas correspondiam, outras sorriam mas se faziam de difícil, e vez por outra eu recebia umas piscadas. Ahh gente, eu adorava passear naquela cidade!!!!
Os boiadeiros se despediram de nós, pediram pra meu tio ir olhar um gado não sei onde... e seguimos até o banco, onde meu tio precisava descontar um cheque que havia recebido.
Ai, algum pode me perguntar, como é que meu tio entrava em uma banco, estando armado! Pois é, meus jovens leitores, algumas décadas atrás, um homem de bem, honesto e cumpridor de suas obrigações podia andar armado, e nas instituições financeiras, não haviam portas giratórias, nem detectores de metais!!!!
O tio entrou no banco, e eu avisei que ficaria ali na calçada paquerando as meninas. Ele me deu uma piscada e pediu para eu aguentar as pontas por ali, que o banco parecia estar meio cheio.
Me encostei em um poste e fiquei olhando o movimento dos carros e das pessoas.
Entre uma tragada no cigarro, um psiu boneca, e outros vem cá meu bem, avistei do outro lado da calçada, caminhando lentamente, um grupo com umas 6 meninas. Aparentavam ter a minha idade, e no meio delas, uma me chamou a atenção. Era uma menina baixinha, rostinho redondo, peitinhos pequenos, uma bela anca que se destacava pela saia que usava, nariz arrebitado, branquinha com os cabelos da mesma cor dos olhos, negros como uma noite sem lua!
Estavam com uniforme de escola, algns livros nas mãos e alguns rolos de papel almaço. Com toda certeza estavam indo fazer trabalho em grupo na casa de alguma delas.
Desencostei do poste, fui para a rua e me posicionei entre dois carros que estavam estacionados e fiquei paquerando as meninas.
Levantei o chapéu, abri um pouco a camisa e fiquei encarando, até que uma percebeu e alertou as amigas. Falou tão alto, que pude ouvir quando disse :
-- olha ali do outro lado... aquele peão olhando pra gente... aaiii...
Olharam pra mim fazendo aquela algazarra típica de um bando de jovens, começaram a arrumar os cabelos, jogando de um lado para o outro, tirando e colocando as presilhas, e rindo, tentando disfarçar, mas rindo muito.
Eu, aquele projeto de cafajeste, tirei o chapéu e mandei um " tarde isminina"... sorri e fiquei encostado no carro fazendo cara de puta!
Me responderam o boa tarde com aquela euforia, continuaram andando, me olhando e tagarelando sem parar.
Atravessei a rua e fui seguindo as meninas, que não paravam de rir olhando pra mim, enquanto me aproximava delas pela calçada.
Apertei o passo e quase chegando junto a elas, pedi para conhece-las.
A primeira a se apresentar foi a mocinha que me chamou atenção. Era uma gatinha mesmo, toda feminina, jeitinho delicado, e demonstrando muito interesse no peão aqui!!
Trocamos os beijinhos no rosto, olhares e sorrisos, quando outra empurra ela de lado, vindo me dar um abraço. Era uma loira, não muito bonita, mas bem atiradinha. Me deu três beijinhos no rosto, e acertando dois no canto da boca. E assim segui até comprimentar as 4 restantes.
Me apresentei, contei onde morava e o que fazia ali na cidade delas.
Contaram que estavam indo na casa da menina que fiquei de olho, fazer um trabalho de escola, e que estavam passando por ali, por conta das coisas que precisaram comprar em uma papelaria.
A gatinha que fiquei afim, olhou em seu pequeno relógio de pulso, e disse que adoraria me conhecer melhor, mas estavam atrasadas, precisavam ir para sua casa que não ficava muito longe dali.
Perguntei como faria para encontra-la uma outra vez, que havia achado ela uma boneca de tão linda, quando uma outra comenta:
-- xiii meninas, o cowboy tá afim da... e não sobrou nada pra nós...
Cairam na risada, e disseram que nos deixariam a sós por um instante, para combinarmos alguma coisa, um futuro encontro...
As 5 meninas ficaram paradas na esquina mais adiante, a gatinha aproveitou o momento e me falou:
-- olha Beto, se meu pai me pega de conversa aqui na rua, vou levar uma surra. Vamos combinar assim, se você puder estar na cidade no sábado, vou estar na loja do meu pai, ajudo ele aos finais de semana, e sempre saio as 14:00 hs.
Fique próximo, e quando eu sair, você me segue até um outro lugar onde podemos conversar, tomar um sorvete, um lanche... o que você acha... vemos isso na hora gato!
Respondi que faria de tudo para estar na cidade no sabado, queria conversar com ela, e quem sabe trocar uns beijinhos.
A menina corou, sorriu, abriu a mochila, pegou o caderno e uma caneta, e anotou na última folha, o endereço onde poderia encontra-la. Ainda me levou até a rua, mostrando como chegar na tal loja, que não ficava muito longe daquele lugar.
Avisou que não poderia se atrasar mais, me deu um abraço, abaixei a cabeca para dar um beijo no seu rostinho, quando escapou aquele meio beijo, de canto de boca, molhadinho, deixando aquele gosto de quero mais.
A baixinha me olhou com aqueles olhos negros, suspirou meio que virando os olhos, e sussurrou toda dengosa:
-- Nossa gato, faz isso não... ai.. sua boca... humm... assim vou querer te beijar... mas aqui não pooosso!!!
Fui pegar ela para dar um amasso, a menina se livrou do meu abraço dizendo que não era louca de fazer aquilo ali no meio da rua...
Foi andando de costas, se desculpando, me pedindo para voltar no sabado, enquanto tentava se recompor.
Meu pau estava pulsando dentro da zorba, querendo sentir aquela delicinha nos braços.
Arrumei os cabelos, coloquei o chapéu, peguei um cigarro, e enquanto acendia, observava ela chegando junto às amigas.
Fizeram aquela algazarra com a menina, enquanto caminhavam atravessando a rua, voltavam suas cabeças para trás a todo instante me mandando tchau e sorrisos.
As observei até dobrarem uma esquina à esquerda, e sumir das minhas vistas.
Precisava bolar um plano, tinha que pegar aquela baixinha gostosa de jeito.
Ir para a cidade não seria o problema, afinal, meu tio era muito meu parceiro, o problema era pegar a menina em um lugar mais tranquilo, longe dos olhares! 😂😂
Voltei para a frente do banco, esperei meu tio que ainda demorou uns 20 minutos. Quando saiu na calçada, ouço aquele vozeirão:
-- Cachorro do mato... mai ocê é veiaco mêmu, cabortêru que só burro de prefeitura rapai... pensa que perdi ocê das vista... la pelos vidro do banco vi ocê arrudianu um bando de minina...
Meu tio era foooooda, não perdia um lance, e quando me via em ação, ficava orgulhoso!
Aproveitei aquele clima de gozação, e pedi se teria como ele me trazer na cidade no sábado, que a menina marcou de me encontrar ali perto...
O tio respondeu que nem precisava pedir, sabado ele sempre saia de casa pra fazer a barba, cortar o cabelo , comprar algumas coisas pra fazenda, nem sempre ali em Prudente, mas se fosse pra eu dar uns pegas naquela gatinha, ele faria aquele sacrifício! 😂😂
Saimos daquele lugar e fomos no tal supermercado comprar as coisas pra minha tia fazer os bolos.
Ainda passamos na casa de um amigo do meu tio... em um outro bairro mais afastado, passamos na casa de uma morena gostosa pra caralho que meu tio carcava o ferro, para deixar combinado uma visitinha no sabado. Meu tio não perdia viagem 😂😂😂😂😂😂.
Saímos de Prudente, voltando para casa, por volta das 17:00 hs...
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O resto da semana não passava, as horas se arrastavam, custou, mas chegou aquele bendito sábado!
Pulei da cama antes de todos, fui lavar meu rosto no tanque de lavar roupas, estava ansioso e fogoso igual um potro, em imaginar aquela belezinha nos meus braços.
Ah vocês nem queiram imaginar como era angustiante aquela sensação de não ter notícias, poderia dar errado o encontro, não tinha como saber! Hoje com um zap ou uma ligação de celular, está tudo resolvido.
Meus tios se levantaram, pedi a bênção de ambos, a tia foi esquentar a água para passar o café, acender o fogão a lenha, meu tio procurava sintonizar uma rádio, minhas irmazinhas dormiam... eu com aquele frio na barriga!
Assim que tomamos o café e comemos um pão com queijo frito, fomos dar um giro no pasto, salgar uns cochos e correr cerca.
Meu tio tirou um sarro da minha cara, dizendo que eu estava entregando o ouro, demonstrando minha ansiedade.
Mandou me acalmar, que logo mais estaríamos indo para cidade encontrar nossas garotas!😄😉
Cumprimos nossa obrigação, e quando retornamos para desarriar a tropa, passava das 10:00 hs.
Chegamos em casa, meu tio e eu fomos tomar um banho e nos arrumar para encontrar nossas gatinhas.
Eu não gastei meia hora para estar pronto e cheiroso.
Quando nos despedimos da tia e minhas irmãs, era um pouco mais de 11:00 hs. Meu tio sentou o pé na caminhonete, quando chegamos na cidade, era puco mais meio dia.
O tio perguntou onde deveria me deixar, e a que horas nos encontrariamos. Respondi que poderia me deixar perto do banco, depois seguiria a pé encontrar a menina.
Só não sabia dizer a que horas terminaria o meu encontro.
Então o tio me deu uma idéia!
Ficamos de nos encotrar ali mesmo na rua do banco, e quem chegasse primeiro, esperava o outro.
Feito isso, seguiu pelas avenidas, e uns 20 minutos depois, me deixava próximo ao local onde a menina havia me indicado.
Antes de sair, me deu uma grana, dizendo que era para as despesas com a gatinha. Pois na ausência do meu pai, ela sentia- se responsável por mim!
Nem precisava daquilo, eu tinha minha própria grana, quase não gastava, mas o tio adorava me dar dinheiro para gastar com alguma gata. Dizia que era um dinheiro bem gasto, quando fazíamos algo do nosso agrado! 😂😂😂😂😂😂😂😂.
Desci da caminhonete, meu tio me recomendou ficar esperto com tudo e todos, e se alguma coisa desse errada, me indicou uns nomes, se fosse o caso, deveria citá-los e aguardar ele chegar!!!
Não posso dizer esses nomes, mas na lista incluía um capitão da Polícia Militar, um Delegado, um investigador, dois boiadeiros renomados da região (um era o Véio que foi meu patrão) e um advogado!!!
Quando se é jovem, nunca contamos com o azar, e sempre analisamos as coisas de uma forma muuuuito superficial 😂😂😂😂
Meu tio deu uma buzinadabe arrancou pela rua. Sai caminhando e fui passar em frente a loja do pai da minha gatinha.
Ao encontrar o local, fui devagar pela calçada, olhando tudo, só curiando com quem não queria nada. Era uma loja grande, vendia roupas de todo tipo, calçados e alguns utensílios. Dentro o movimento de pessoas era grande, mas consegui ver a pequena la no fundo do balcão, ao lado, uma mulher um pouco mais alta que ela, concluí ser a sua mãe.
Passei direto pelas portas, parando em frente a uma das vitrines, fiquei olhando umas camisas, outras coisas expostas.
Dei mais uma volta pela rua, alguns estabelecimentos ja começavam baixar as portas, me dirigi a um bar, estava ansioso demais.
Entrei, pedi uma carteira de Marlboro, um Hall's cereja e uma meia cerveja, daquelas garrafinhas barrigudinhas!( eu parecia ser bem mais velho pelo meu tamanho)
O balconista me serviu, paguei, e fui beber a cerveja olhando para a rua, em direção a loja. Faltava ainda uma hora para a menina sair, então pedi outra cerveja e fiquei vendo o movimento do lugar.
Faltavam 10 minutos para as 14:00 hs, avistei a menina saindo pela lateral da loja, pois com certeza, pelo horário, haviam baixado as portas.
Paguei a outra cervejinha, e fui atrás dela, só observando se não havia ninguém a acompanhando.
Vi quando ela andou um quarteirão, virou a direita, depois a esquerda e seguiu até próximo ao banco. Dei uma carreira, e quando a alcancei fui falando:
-- Ei, psiu... o gatinha... me espera!!!
Quando se virou e me viu chegando, abriu um baita sorriso, abriu os braços e me deu um abraço, mas sem beijo na boca!
Ela olhava para todos os lados, sismada e com medo de ser flagrada pelo pai.
Sugeriu acompanha-la até uma rua mais tranquila, onde havia uma praça.
Andamos um do lado do outro por cerca de 20 minutos, quando chegamos na pracinha, estava vazia, pouquíssimo movimento na rua. Escolhemos um banco proximo a uma velha figueira, nos sentamos e antes de mais nada ela me explicou algumas coisas:
-- Olha gato, estou louca pra te dar uns beijos, mas fico sismada com meu pai. Ele quer que eu vá prestar vestibular na capital, e fique na casa da minha tia no próximo ano... minha irmã mais velha está lá fazem dois anos...por isso está impossível nos últimos meses pegando no meu pé... hoje estão fazendo balanço na loja, conferindo estoque, fico até com penas dos funcionários, pois vão ficar até tarde da noite com meus pais conferindo tudo!! Hoje escapei por pouco, inventei que tinha um trabalho de escola, e precisava ir na casa da minha amiga, aquela loirinha que estava comigo aquele dia...sabe...
E continuou falando...
-- então Beto, as meninas te acharam um gato... essa minha amiga até falou, que se eu não te agarrasse, ela te pegava de jeito... você acha...que ousada... mas vou te confessar Beto, aquele beijo de canto de boca que você me deu, me tirou o sono a semana inteira, não parei de pensar em você peão...nas suas mãos, seu sorriso... esse chapéu que te deixa com uma cara...você é lindo demais, gato... como pode ser assim heim... deve ter um bando dessas galinhas atrás de você (mentira, acha!)...bla bla bla...
Ouvi tudo quanto ela falou e perguntou sobre a minha vida e família, até que calei sua matraca com um baita beijo.
A menina ficou sem reação, com os braços abertos, enquanto eu enfiava a língua na sua boquinha gostosa.
Quando a soltei, ela estava sem fôlego, rostinho vermelho, e muito sem graça.
Perguntei se ela não havia gostado do meu beijo. Ela meio sem jeito me disse que adorou, apenas não estava esperando um beijo daqueles.
Confesso a vocês que pensava que a moça era mais traquejada nesses assuntos.
Me arrumei no banco, virei ela de costa, como se fosse deita-la no meu colo, trouxe sua cabeça perto do meu peito, segurando com cuidado aquela bonequinha delicada, alisei seus longos cabelos negros e fui beijando aquela boca vermelha gostosa.
Trocamos um longo beijo, entre carinhos e passadas de mãos na sua barriguinha.
Conforme enfiava a língua na sua boca e lambia seus lábios, eu apertava suas costas com a mão esquerda, deixando a direita para apertar e acariciar suas panturrilhas.
A coisa ferveu de vez quando beijei seu pescocinho, causando um tesão absurdo na pequena, deixando ela sem ação e tentando fugir da minha lingua safada.
No movimento que fez, tentando se levantar, acabou apoiando a mão na minha barriga, escorregando e alcançando meu pauzão.
Quando senti a mãozinha sobre o meu cacete, ele pulsou furioso, senti a ponta melando, tamanho era o meu tesão.
A menina conseguiu se recompor, sentou-se no banco olhando em volta, toda preocupada, arrumando seus longos cabelos, olhando pra mim (meu pacotão) de rabo de olho :
-- Que iiiisso... você ta maluco? Anda armado ou coisa igual... (risos nervosos) você me deixou maluca, quantas mãos, nossa Betooo... assim não vale... o que eu faço... to com medo... mas nossa... to afim demais!!!
Me levantei, parei na frente dela e mostrei o que ela havia causado em mim, mostrando a macha meladinha na lateral da minha calça, enquanto pulsava o cacetão pra ela tomar ciência do tamanho do trabuco 😂😂😂😂😂😂
Ela olhou na minha cara, depois para o meu pacote, e voltou me encarar 😨:
-- Que isso Beto, ta doido é... nossa, você tá tarado demais!!
Peguei ela pelas mãos, a levantei e fiquei abraçado, esfregando meu pau na sua barriga. A menina apertava minhas costas,
arranhava e mordia meu peito.
A certa altura daquele pega gostoso, meu pau melou mais um pouco, fazendo ela parar e me perguntar :
--Beto, esse cheiro é o que to pensando?
Sorri com a maior cara de safado, dei um apertão nas suas costas e uma chupada no pescoço :
-- É sim gatinha, to quase gozando na zorba, to morrendo de vontade de você meu anjinho...
Ela ficou maluca, me beijou com força, apertava minhas costas, mordia meu peito, e ensaiava umas passadinhas de mãos muito rápidas por cima do meu pau.
Até que a baixinha me empurrou, olhou de lado, para o relógio e tomou uma decisão :
-- Agora ou nunca gato, me acompanhe até minha casa, e seja breve pelo amor de Deus...
Saiu andando rápido me puxando pelas mãos, me conduzindo até a rua da sua casa.
Andamos umas seis quadras, até que chegamos no portão da sua casa. Tinha uma grade baixa, e muitas flores na frente, corredores amplos dos dois lados da casa, garagem coberta por lage na frente, e pelo corredor da esquerda, se chegava a uma outra casinha nos fundos, que devia ser uma lavanderia. Era bem grande e bonita a casa da menina!
Rua calma, sem muito movimento de vizinhança, até pelo calor que estava fazendo naquela tarde. Abriu o portão, entramos pelo alpendre e enquanto ela tentava abrir a porta da sala, fui beijando seu pescoço e apertando sua bunda.
Ela ia se esquivando como dava, e com muita dificuldade abriu a porta me puxando pra dentro, me chamando se louco, safado...
Quando fechou a porta, se virou pra mim, olhou meio nervosa e perguntou se eu queria uma água.
Respondi agarrando e beijando aquela boca vermelha linda, enquanto minhas mãos procuravam sua bunda.
Ela se soltou e ficou mais receptiva às minhas investidas. Abriu minha camisa e ficou por um instante me olhando, admirada com meu físico. Chegou pertinho e veio beijar meu peito, enquanto alisava minhas barriga, mas não pegava no meu cacete nem por decreto 😂😂.
Estava tomado pelo tesão, explodindo e querendo subir pela parede, peguei ela no colo e perguntei onde era o seu quarto.
Ela me indicou um corredor ao lado da sala de jantar, depois a última porta à direita.
Entramos no seu quarto, ela saltou do meu colo e foi fechar a porta.
Voltou e veio me dar outro amasso daqueles. Estava ficando no cio a pequena, ofegante e me oferecendo o pescoço a todo instante para eu beijar e lamber.
Tirei minha camisa, ela me olhou e disse :
-- Olha gato, não sei o que vai acontecer, estou muito afim de você, mas não temos a tarde toda, tenho medo de meus pais voltarem antes por algum motivo... e preciso que saiba de uma coisa!
Ainda sou virgem!
Dito isto, abaixou a cabeça e ficou calada.
Me aproximei, peguei ela no colo e a deitei na cama. Beijei seu pescoço, fui subindo sua camiseta, lambendo sua barriga, subi o sutiã, me deparei com dois seios durinhos parecendo dois buritis pontudinhos, com mamilos vermelhos bem clarinhos.
Dei uma bela sugava nos dois que fiz a menina se contorcer na cama de tanto tesão.
Depois de mamar com vontade aqueles duas delícias, desci para o umbigo e fiquei lambendo em volta, causando arrepios e arrancando suspiros daquela baixinha linda.
Desabotoei sua calça jeans, desci até as canelas, desamarrei seus tênis, tirei as meias e continuei até tirar a calça. Ela ficou imóvel na cama, olhando sem saber o que fazer.
Fui direto ate sua bucetinha e beijei muito aquele rachadinho melado que se destacava pelo tecido da pecinha quase transparente.
Ela suspirava e gemia baixo me chamando de safado, rebolando no meu rosto.
Tirei a calcinha toda e joguei junto com a sua roupa, e fiquei admirando a beleza daquela moça.
Seus pentelhinhos eram bem pretos, aparadinhos e espalhados por todos os lados da xaninha. Abri suas pernas e a fiz revelar seus lábios vaginais pequenos e um grêlinho tímido, parecendo um grão de feijão.
Me Aproximei e fui chupar aquela gruta virgem, abrindo com delicadeza e cuidado, enfiando a língua e sugando aquela baba salgadinha cheirosa. Logo na portinha da fenda, eu conseguia ver aquela pele delicada do cabacinho daquela delícia.
Enfiei um pouco a língua, ela estremeceu, se contorceu, me arranhava a cabeça gemendo muito.
Aumentei o ritmo das chupadas, a baixinha, foi ficando mais tarada, eu a ponto de explodir de tão excitado com aquele cheiro gostoso de fêmea...
Senti quando ela deu um grito, travou minha cabeça com as coxas e gozou agarrada nos meus cabelos.
Com custo fiz ela destravar seus dedos, subi até seu rosto e a beijei com vontade, falando sacanagem e mandando ela provar o gosto da própria bucetinha.
Enquanto rolava aquele beijo gostoso, abaixei a calça e a zorba até os joelhos, abri suas pernas, e fui tentando encaixar o cacetão nela.
Quando sentiu a tora estacionada na entrada, ficou maluca de tesão, rebolando, se esfregando e arranhando minhas costas.
Avisei que ia enfiar o pau, mandei ela se acalmar e sentir a cabeça da rola entrando.
Soltou minhas costas, segurou as coxas e com os olhinhos fechados foi sentindo eu romper o seu cabacinho.
Empurrei a cabeça com um pouco mais de força, senti rompendo o cabaço, parei um instante e beijei sua boquinha, ela chorava nesse momento, dei mais uma empurrada, entrou mais alguns centímetros alargando a bucetinha.
Ela ficou imóvel, não falava nada, só resmungava um "ui ui ui..."
Iniciei um vai e vem vagaroso, tirando rápido e colocando bem devagar, enquanto voltava mamar aquelas tetinhas durinhas.
Ela parou chorar e começou a gostar da brincadeira, alisando minhas costas e falando:
-- Você é meu homem Beto... me fez sua mulher... agora eu sou uma mulher... a sua mulher... vem... coloca em mim... vem...
Me abracei a ela, beijei muito sua boca, seu pescoço e seus peitos, não demou a mocinha estava anunciando que ia gozar.
Me arranhou as costas com força, enquanto tentava mover os quadris com parte do meu pauzão espetado nela.
Também não me aguentei, dei umas poucas bombadas, saquei o cacete e gozei gostoso, lotando sua barriguinha de porra.
Quando olhei para baixo, via a tragédia.
Meu pauzão estava todo ensanguentado, a cama parecendo uma maca de campanha depois de receber um baleado.
Ela olhou aquilo e entrou em pânico, juntou o lençol, roupa, tapou a bucetinha e foi correndo para o banheiro tentar se lavar.
Eu subi as calças, tirei a fronha do seu travesseiro e fui limpar meu cacete.
Eu havia tirado vários cabacinhos, mas nunca aconteceu aquilo, uma tremenda hemorragia!
Confesso que fiquei com o cú na mão naquela hora!!!
Me vesti e fui até a porta do banheiro ver se estava tudo bem.
Bati na porta e pedi para ela abrir, mas a menina só chorava enquanto se lavava embaixo do chuveiro.
Demorou uns 15 minutos até que ela aparece com os olhos vermelhos, cabelos todos molhados, fazendo beicinho 😢:
-- Ai Beto, que será que aconteceu? Minhas amigas quando perderam a virgindade não foi assim... me contaram que saiu um pouco de sangue, normal, mas nossa... eu sangrei muito...
Se ela não sabia, quem dirá eu naquela época meu povo!!!
Falei sem pensar , disse que era normal, que ja havia feito antes com outras meninas virgens...
Aí foi que ela chorou, me xingou de cafageste, cachorro, safado... devia comer todas... e como é que ela foi cair na minha lábia... 😂😂😂😂😂
Foi uma cena daquelas que guardei comigo!
E muito brava comigo, irritada pelo que eu disse sem pensar na hora, me mandou embora e que nunca mais aparecesse por lá!
Eu era jovem, mas tinha lá os meus brios, e odiava ser ofendido sem motivo 😂😂😂
Sai chamando ela de louca, e que não se procupasse, pois nunca mais ela ia olhar pra minha cara de safado...
Sai na rua, pisando alto, bufando de raiva, camisa aberta, calça manchada de sangue (vi depois), fumando igual uma chaminé e chutando latas na rua.
Cheguei na rua do banco, meu tio estava estacionado me esperando, sentado ao volante, com o braço pra fora, fumando um cigarrão bem tranquilo.
Quando me viu chegando, abriu a porta e veio saber o que havia acontecido, se eu havia brigado, e o porque de estar sem o chapéu! Pois é, sai com tanta raiva que deixei até o chapéu na casa da menina!
Tranquilizei meu tio, pedi para ir embora daquela cidade, eu estava furioso...
Ele entrou, deu partida e saimos dali comigo calado, olhando para o lado sem dizer nada.
Quando pegamos a estrada, meu velho tio me cobrou uma satisfação de tudo aquilo.
Estando mais calmo, relatei tudo a ele, que ouvia com calma, sem me interromper.
Quando finalizei minha história, ela me falou com toda calma e experiência :
-- Ocê pego ela a força? Oce bateu nela? Oce feiz u qui num divia cum ela sem ela quere? Intão oce sussega... ara... e te digo mai fio... esse povo vai parece la na fazenda pra levá teu chapéu di vorta... aahhh se vao!!! E la nois acerta as coisa... fica im paiz... seu cachorro do mato!!!
Deu aquela risadona debochada, bagunçou meu cabelo e ainda me lembrou de uma coisa! Imagina se esse problema fosse na minha casa e com a minha mãe estando presente😂😂😂😂😂
Chegamos em casa, fui direto para o banheiro sem falar com ninguém. Tomei um banho, sai enrolado em uma toalha e me tramquei no quarto sem falar nada.
Lembro da tia perguntar ao meu tio o que tinha acontecido comigo.
O tio só mandou me deixar quieto, que eu estava cansado e nada mais.
Aquela noite nem dormir, rolei na cama e fiquei preocupado com o acontecido. Estava chateado com as coisas que ela havia me falado, ainda mais por ser verdade aquilo tudo, mas o fato era que eu estava mesmo preocupado com ela!
Peguei no sono ja passava das duas da manhã.
No primeiro cantar do galo, eu pulei da cama, fui pro banheiro, coloquei uma roupa de serviço e fui pegar um cavalo para olhar o gado do arrendamento do meu tio.
Meus tios logo sairam da cama, me deram a bênção, então o tio falou que era domingo, não precisava ir olhar gado, afinal a fazenda não era de cria e recria!
Mesmo assim insisti, e ele sabendo da minha preocupação, e necessidade de ficar sozinho, me mandou ir no seu cavalão tordilho, arriar uma mula de cangalha, e levar sal para todos os cochos, também pediu, já que eu estava todo disposto, levar o laço e a creolina, caso algum boi tivesse bichado!
Sai dizendo que faria tudo como me pediu, peguei umas bananas maçã(perdia na fazenda do tio, tanto que tinha) enfiei num embornal, um naco de queijo e sai pelo terreiro.
Meia hora depois estava saindo pela estrada montado e levando a mula carregada de sal.
Aquilo me ajudou muito a distrair a cabeça, e retornei para sede da fazenda do meu tio depois das 14:00hs.
Vinha no passo do cavalo que estava cansado, pois tivemos que curar 3 bois, que deram um trabalho dos diabos pra eu pegar!
A estrada que levava para a fazenda do tio, ficava em uma boiadeira meio estreita, e depois de uma leve subida, começando a descer a estrada, se avistava a fazenda e um horizonte bem distante.
Acendi outro cigarro, cutuquei o cavalo na espora para chegar um tiquinho mais rápido, quando me foi permitido enxergar com um pouco mais de clareza ... 😕
Além da caminhonete do meu tio, havia um monza prata embaixo do flamboyant perto da porteira, e uma um opala bejinho. Lembro como fosse agora, o cagasso que passei!!!
Eh povo, certas épocas pra trás, o caboclo tinha que casar! 😂😂😂😂😂😂
Deu até vontade de acabar de chegar a pé, mas não tinha outro jeito, fui me aproximando!
Quando entrei pela porteira meus medos se materializam diante dos meus olhos!
Todos em pé, me encarando!
Meu tio com cara de onça acuada, o pai da moça soltando fogo pelos olhos e ventas, a baixinha abraçada à mãe, ambas chorando, um outro sujeito com cara de gente boa no meio deles e minha tia com cara de assustada, preocupada, segurando minha irmãzinha mais nova no colo, e a outra escondida atrás dela. E maaaaais la pro fundo do terreiro, três peões que trabalhavam pro meu tio e suas famílias espiando curiosos aquela situação.
E eu, com a maior cara de puta, de cachorro ladrão de frango, que de tão nervoso que estava, mãos geladas, esporas tilintando nos calcanhares saudei a todos:
-- Tarde povo, tudo bao!!!!😂😂😂😂😂😂
O pai da moça foi o primeiro a falar:
--Tarde povo uma pinóia seu moleque safado...
Meu Tio:
-- ocê oia a boca...acuma cê fala com meu fio (na hora dos pegas ele me chamava de filho ❤) que o galo índio desse terrero é eu... fala baxo ô... e na carma sinão a taca vai cumê nuceis tudo... (esturrando igual uma onca)
A mãe da moça :
--- aaaaaaaiiii meu Jesus... que vergoooonha!!!
Minha tia:
-- rum... nem falo nada preci'povo mitidu !!!!
O tal homem que eu não sabia quem era:
-- Vamos manter a calma meu povo, vamos conversar, vamos resolver tudo...
A mocinha:
-- Eu gosto dele paaaaaiiiiiiêêê... oh mãe... olha que baita confusão... 😭😭😭
Eu caladinho, nem apeei do cavalo 😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂
Sei que foi uma discussão dos diabos do meu tio com o pai da moça!
O homem se queixava que eu havia seduzido sua filha, que era virgem, e exigia uma retratação, pois a filha não ficaria falada na região, como uma qualquer!!!
Que eu não tinha respeito, e jamais poderia ter feito aquilo com um mocinha, sua filha, ainda por cima, sendo menor!
O amigo do sujeito que por acaso conhecia meu tio, era advogado, e estava la na qualidade de me enquadrar, e se não cumprisse a lei mandaria me prender! Assim pensava o pai da moça 😂😂
Se virou para o meu tio e disse que o pai da menina estava disposto a relevar o incidente, desde que saísse o casório!
Meu tio, ja doido pra pegar o revólver e colocar tudo pra correr, nessa hora sorriu satisfeito e falou:
-- Bao, o Beto vai casa si ele querê... pelo que sei, num pego a minina a força, ô pego fio??? (Me olhando sério) Si pego eu mêmu dô uma peia nele e levo ele maniadu (amarrado pelas mãos) na frente do juiz di paiz e du delegado...
Todos calados! Ele continuou:
-- ocê minina, ingole o forgu, para di chorá e oia pra eu e respondi! Ele pego ocê a força e desdonzelo uce? Hãmmm...
(Ela balançou a cabeça negando)
-- apois intao as coisa ta resorvida... e num tem macho nesse mundo que vai pega o Beto na força pra casa... e se fo casá, meu irmão e minha cunhada tem que assiná... esse cavalim só tem tamanhu mêmu, tamanhu i safadeza... pruque num sei si oceis sabi... si a moça contô...mai ele é di menó tamém!!!
O povo ficou quieto, o pai da moça olhou pro advogado, pra esposa...
O advogado sem saber o que falar, sugeriu deixar eu e a menina conversarmos a sós por um instante.
Desci do cavalo e fomos até perto da porteira, e ela começou a chorar e pedir desculpas pelo que havia me dito no dia anterior, que estava assustada, com medo, falou com a mãe, que contou pro pai e foi aquele piseiro dos infernos.
Como eu havia dito onde estava, e onde ficava a fazenda do meu tio, e o nome dele, foi fácil nos encontrar!!!
Seu pai nem deixou terminar a conversa com ela, veio até onde estávamos, pegou ela com força pelo braço, e quando pasou por mim, me deu um esbarrão, quase me derrubando.
Aquilo quase acaba em tragédia meu povo!
Meu tio veio igual uma patrol, deu um peitada no meu quase sogro, que o homem caiu de cu trancado no chão... ralou as costas, quebrou óculos...
Eu e o advogado precisamos quase que laçar meu tio. Gritei pros peões nos acudir e segurar o italianão, que tava nervoso igual um jacaré pego na tarrafa!!!!
Sei que sairam a mil da fazenda, ainda freiou o carro e tacou meu chapéu no chão com raiva no meio da estrada !!! E sumiram na poeira do caminho!!!
Quase uma hora depois, meu tio mais calmo, ouviu o advogado, que pediu para ele deixar passar, o homem estava nervoso por conta da filha...
O homem saiu da casa do meu tio com o opalão ja estava querendo escurecendo!
Ainda encontrei com a menina algumas outras vezes, mas não aconteceu nada entre nós. Ela me mandou algumas cartas nas semanas seguintes, mas não passou disso.
Seu pai não podia ouvir falar de mim, nem do meu tio, que certa vez, no banco, junto com meu pai, se encontraram. O pai da moça cuspiu no chão quando ele passou, e disse que eram boiadeiros sujos, desonestos! 😂😂😂😂😂
Foi preciso mais que uns 6 pra segurar, não meu tio, mas sim o meu pai, que àquela altura, estava a par da confusão!
E o boato véio correu... quando eu saia de casa, minhas orelhas queimavam! 😂😂😂😂😂😂
Meu tio sempre que podia, não me deixava esquecer aquele causo!!!
Pois é meu povo, nos antigamentes era assim!!!