Desde que comecei a vender o meu lindo corpo não acordava tão cedo. Nesse tipo de profissão é comum acordar bem depois do horário do almoço mais naquele dia especifico acordei antes mesmo do café da manhã. Meu corpo vibrava, minha alma estava leve. Jamais tive um programa tão bem aproveitado. Nessa vida pegamos todo tipo de cliente e com manias e fetiches diversos nas quais precisamos atender; não é atoa que somos conhecidos como os profissionais do sexo. Já peguei um tiozinho com uma mania bizarra na qual ele simulava ser o meu professor e na imaginação bizarra dele, estava eu, um adolescente estudioso sendo estuprado. Já aconteceu também de atender um casal no qual a mulher, que já beirava os cinquenta anos tinha fetiche em ver o seu marido garotão sendo fodido por um garoto de programa, sem mencionar a vez que atendi um cara que passava tanto perfume no pau que me sufocava toda vez na hora do boquete, minha sorte era que ele gostava bem mais de pagar o boquete, e pela falta de dentes nisso ele era bom.
Levantei da cama, tomei um café reforçado; uma das coisas que mais gostava de fazer quando acordava cedo com mais frequência... isso me lembrava da época que ainda morava na minha cidadezinha, naquela época que meu nome era outro e que o meu corpo apenas me pertencia.
TOC TOC
Ouso alguém bater na porta e isso me tira do meu devaneio; caminho alguns metros e a abro, é Luiz Augusto.
Ele não vestia absolutamente nada e usava uma caixa de bombons para tampar aquele caminho da felicidade.
- Bom Dia - ele sorriu ao pronunciar essas palavras - Será que você pode me deixar entrar? tenho medo de ir preso por está nu aqui.
Abri espaço e ele entrou deixando amostra aquela bundinha redonda que tanto me fascinou.
- Onde estão suas roupas? - perguntei.
- Sobre isso, por favor pega elas que estão atrás do latão de lixo no seu corredor.
Fui até o latão e logo atrás vi a pilha de roupas, as peguei e senti de leve o seu perfume.
- Você é louco!
- Isso foi uma pergunta? - sorri pra ele - Não. Foi uma afirmação mesmo - ele sorriu de volta e estendeu a caixa de bombons pra mim, agora sim deixando absolutamente tudo de fora.
- Pra você - ele entregou a caixa pra mim e me empurrou na sua direção me dando um delicioso beijo; nossas línguas dançavam e o calor entre os nossos corpos era incrível.
Ele tirou minha camiseta com uma velocidade animal, e após me empurrar na cama puxou o meu shorts junto com a minha cueca caindo de boca no meu pau. Que delícia. Vi satisfação no seu olhar e ele via prazer no meu. Ficamos assim até ele com aquela selvageria excitante puxou o meu cabelo em direção ao seu; comecei pela cabeça rosada e fui devorando cada centímetro. Nos beijamos ainda mais, um beijo tão molhado que quando nossas bocas se separavam era possível ver o rastro de baba e gostávamos disso num tal ponto que ele cuspiu dentro da minha boca, e eu louco de tesão engoli o fazendo sorrir de satisfação. Ele beijou todo o meu pescoço, afastou minhas pernas e começou a pincelar o meu cuzinho.
- Caralho... mete logo essa porra mete - implorei mais ele não atendeu o meu pedido de imediato me fazendo delirar apenas na punheta. Quando ele enfim começou a me penetrar, ele começou na calma como se estudasse todas as probabilidades e depois foi numa velocidade insana me fazendo urrar. Uma mistura de dor e tesão e assim ficamos até ele encher o meu cuzinho de leite. A melhor parte foi sentir aquele líquido quente e grosso escorrer pelas minhas pernas. Gozei alguns segundos após ele ficando totalmente mole e entregue.
- UAU... Isso foi maravilhoso - ele falou. Nós dois suávamos muito e precisamos de algum tempo para nos recompor.
- Você acabou comigo - falei e ele sorriu - E você não acabou comigo? - nos beijamos ainda mais e mais.
Assim que Luiz Augusto se vestiu, me entregou mais dinheiro que ia muito além do valor de um programa mais dessa vez recusaria com todas as minhas forças.
- Porque você não aceita?
- Eu curti tanto quanto você... na real eu gosto desse lance que a gente tem.
- O que você acha da gente viajar nesse fim de semana? - ele perguntou.
- Sério? - ele balançou a cabeça em afirmativo.
- Estava pensando de passarmos o fim de semana em uma ilha que a minha família tem muito incrível.
- É mesmo... você nunca me falou da sua família.
- E você nunca puxou o nosso histórico? - ele perguntou com ares de desconfiado - Logico que não! - menti.
Na verdade somos só minha mãe e eu e ela que fica cuidando dos negócios.
- Que tipo de negócios? - perguntei - Tráfico de drogas - ele falou mais logo gargalhou com a piada.
- Minha família é proprietária da Pimentel Editorial, uma das maiores editoras desse país.
- Acho que já ouvi falar... tem uma revista que gosto muito e acho que é dessa editora mais não me lembro agora.
- Provavelmente deve ser.
- Você não comanda os negócios? - perguntei.
- Amo fotografia e até já tirei algumas fotos pra editora, agora comandar o negócios, só a minha mãe mesmo. Essa não é a minha praia... mais agora... - ele me agarrou - Vamos falar da gente - e me beijou.
- O que tem a gente? - perguntei - Tudo certo pro nosso fim de semana?
- Acho que pode ser divertido.
- Te busco na sexta á noite - nos beijamos e ele foi embora.
Naquela mesma noite contei para Tonny tudo a respeito do cara que salvara a minha vida: - Você acha que ele tá apaixonado? - perguntou ele.
- Apaixonado? quem se apaixona por um garoto de programa?
- Há mano... acontece, e se ele estiver apaixonado? ele é rico. A sua chance de deixar essa vida.
- Eu posso até vender o meu corpo mais tenho princípios. Eu não quero ficar com um cara pelo o que ele tem ou deixa de ter.
Um homem veio na nossa direção e levou Tonny para um programa, e quando fiquei sozinho não resisti aos pensamentos e lembrei do meu príncipe, mais logo tratei de voltar a realidade. Ele queria o que qualquer um busca com um garoto de programa, sexo e não amor.
Um caminhão parou e o caminhoneiro fez sinal para que eu entrasse e entrei.
Após mais uma noite longa, o sol começara a nascer no horizonte e resolvi ligar para o Mathias, só que bateram á porta antes e meu coração se encheu de felicidade. Fui atender na esperança de ser o Luiz e assim que abri a porta tudo caiu por terra. Não era o Luiz mais também não conhecia a figura bem arrumada que estava do outro lado.
Era um homem alto e forte que vestia um terno negro.
- Rodrigo?
- De onde você me conhece? - perguntei.
- Peço que me acompanhe por gentileza até a Pimentel Editorial.
A editora na qual a mãe do Luiz Augusto era dona.
- Aconteceu algo com o Luiz?
- Só me acompanhe.
- Espera só um instante.
Vesti algo mais apropriado e segui o homem até um carro bastante sofisticado, ele até abriu a porta pra mim e me levou até a editora.
Chegamos a um prédio enorme próximo a Avenida Paulista, em letras bastante chamativas estava escrito 'PIMENTEL EDITORIAL' e esse homem me conduziu para a recepção onde coloquei um adesivo de 'Visitante' e ele me conduziu até o salão, e depois até o elevador. Subimos até o ultimo andar e ele apontou em direção a um corredor;
- No fim daquele corredor tem a sala da presidência. Já estão no seu aguardo, só se identificar - falou o homem.
- Quem tá me esperando? o Luiz? - perguntei - Só vá até lá e se identifique senhor.
Fiz como o homem sugeriu e cheguei até uma mesa de vidro, atrás havia uma senhora negra que, assim que me identifiquei me mediu dos pés a cabeça como se me analisasse.
- Espera um instante - disse a mulher que se levantou com toda a delicadeza do mundo e sumiu dentro de uma sala, voltando alguns segundo depois com um gesto delicado para que eu entrasse.
Assim que entrei na sala, a primeira coisa que eu reparei era do tamanho colossal e da mesa enorme com mais de um tipo de computador.
- Seja bem vindo.
Assim que me virei para o meu lado esquerdo a vi pela primeira vez: uma mulher que beirava os cinquenta anos, se vestia e se comportava de forma elegante, seu cabelo louro se prendia em um delicado coque.
Os olhos eram mais velhos só que idênticos aos do filho. Aquela mulher só podia ser Beth Pimentel Reis, mãe de Luiz Augusto.
Beth me olhou de cima a baixo, seu olhar tinha algo desagradável que não consegui distinguir. Como ela sabia de mim? será que o Luiz contou sobre nós?
- Uma coisa eu não posso negar... o meu filho tem bom gosto. Quantos anos você tem?
- Vinte e três senhora - respondi.
- Certo... tem cara de quinze deve ser ai que está o seu sucesso nessa profissão... embora não seja menor de idade passaria despercebido, e por mais que as pessoas neguem isso sempre chama atenção. Aposto que a maioria nem pergunta sua idade que é pra não quebrar o encanto. Não é? - ela me encarou como se tivesse pronta pra pegar uma mentira.
- A maioria não pergunta mesmo não senhora - falei e ela sorriu.
- Pensei que o seu filho não tinha falado de mim.
- Meu caro, ele não falou mais sei tudo que acontece com o meu filho. Sei que ele te levou num motel.
Aquilo havia me deixado totalmente sem graça.
- Você faz programa desde que idade?
- Meu primeiro programa foi aos dezessete senhora.
- Qual o motivo de você ter entrado nessa vida?
- Fui expulso de casa e assim tudo começou.
Beth parecia verdadeiramente interessada na minha história.
- Então vamos ao que interessa. Que tal ter a chance de não se deitar com mais ninguém por dinheiro?
- Como senhora? - perguntei.
- Eu te dou trezentos mil reais e você simplesmente some da vida do meu filho pra sempre... mas se não aceitar... - a interrompi - o que acontece? - a questionei e ela me fitou como se estivesse diante de uma presa prestes a ser abatida.
- Até no seu mais doloroso pesadelo, nada se compara a se por no meu caminho.
CONTINUA...